Lua

Foto de Carmen Vervloet

Homem

Ser mutante como a lua e suas fases!
Às vezes lua crescente, cheio de força,
galgando os obstáculos sem enrugar a fronte,
sem vergar o tronco...
Decidido, sábio, sereno, corajoso!
Outras vezes lua nova,
renovando idéias, semeando sonhos,
plantando ideais!...
Às vezes lua cheia
ofuscando outros homens,
iluminado, sedutor, majestoso!...
Mas quando lua minguante,
esconde-se nas sombras,
arredio, frágil e humano.
Mas sempre passível de renovação!

Foto de Anderson Maciel

PURA MELANCOLIA

Trancado em um quarto frio
vou soltando as dores do medo
onde o coração se torna vazio
sem ter odores de segredos

Onde a luz não tem sua vez
mesmo que seja a luz da lua
só a escuridão toma conta
deste quarto triste

Enterrando as tristes lembranças
de um desejo que não importa
no quarto onde a esperança é morta
e a vida é pura melancolia. Anderson Poeta

Foto de Anderson Maciel

O DIA MAIS TRISTE

Numa noite fria, acompanhado da lua
vejo estrelas sobre o céu iluminado
cortando as mentes mutuas
com um sistema inesperado

Dor, sofrimento e puro tormento
vão acompanham a triste melodia
que ecoa com tons suaves
de uma mais terrível agonia

Em sussurros de delírio
morre lentamente a alma
em noite onde tudo é sombrio
vou criando meu túmulo. Anderson Poeta

Foto de Rute Mesquita

Os segredos do bater do seu coração

‘(…) Encosta-te a mim, põe a tua cabecinha no meu peito e adormece a ouvir o meu coração a bater (…) A bater para que um dia tenhamos a nossa viva e que vivamos juntinhos para sempre! (…) Adormece ao meu peito.’

E lá estava eu com a cabeça pousada a seu peito no seu abraço de tal forma envolvente que me fazia sentir pequenina. Aquele abraço quente e terno que me protege. Aquele mesmo abraço no qual muitas vezes caí. Caí de loucura, caí de desejo ou até mesmo de fraqueza.
Estavas ali, eu sabia disso agora mais que nunca. Pois ouvia o teu coração, que realizava os meus sonhos a cada bater. Sentia o teu respirar num movimento pacífico de sobe e desce, como se no mar boiasse o meu corpo.
Enquanto, eu escutava atentamente e emocionadamente os segredos do seu interior a sua mão macia e grande tocava delicadamente os meus cabelos, quase que fio por fio, como se tocasse uma viola com muita serenidade e paixão.
Num jogo terno, carinhoso e sensual no qual as palavras se ausentam em prol daqueles toques. Os toques das nossas mãos que se aventuravam à exploração pormenorizada de cada detalhe do corpo um do outro. Aquelas mãos que pareciam agora viver por si, pareciam ser independentes.
Fechámos os dois os olhos e apertámo-nos. Não nos queríamos separar, não queríamos ser dois, queríamos ser ‘uno’, uma coisa só.
Então eu começo a imaginar curtos episódios de como será uma vida contigo a meu lado, começando por um simples amanhecer, na verdade será o amanhecer mais perfeito da minha vida, no qual desperto com o ‘bom dia’ daquele sol radiante a transparecer-se pela janela, o qual me pede para abrir os olhos, como se me aguardasse uma surpresa. E era mesmo uma surpresa, o sol queria que eu abrisse aqueles meus olhinhos ainda adormecidos e que a primeira imagem que os mesmos enviassem ao meu cérebro fosse aquele doce olhar daquele ser quente e perfumado que se encontrava a meu lado, iluminado por uma áurea.
Imagina, estar na cozinha, a dedicar-me com muito carinho para te tratar como um rei e tu me surpreenderes com um abraço carinhoso, enquanto mexo aquela receita, que depois dos teus carinhos ficará completa. Ou até mesmo vermos televisão, juntos num sofá confortável, em que eu estaria sentada e te pedia para que te deitasses no meu colo e tu assim o fazias, correspondendo com um olhar profundo e cintilante.
Imagina-nos, os dois deitados na relva do nosso jardim, passando horas e horas a olhar o céu que parece correr diante os nossos olhos, enquanto soltávamos gargalhadas ao darmos nomes às formas das nuvens e acabarmos sobre um céu estrelado, sobre a luz de uma noite de lua cheia e passar uma estrela cadente e pedirmos um desejo: ‘Desejo, que isto possa ser real, que tenhamos a nossa vida e que sejamos muito felizes’. Enquanto, o desejei senti que outra voz se sobrepunha à minha, foi então que eu, ao abrir os olhos e ao me sentir de volta aos balanços do seu peito, percebi que ele tinha imaginado tudo aquilo comigo e desejado exactamente o mesmo que eu e que tal como disse o seu coração bate para que um dia tenhamos a nossa vida e que possamos viver juntinhos para sempre.
E assim adormecemos tranquilos, esperançosos, felizes e sempre sonhadores.

Foto de Diario de uma bruxa

Eu e você

Que tal um fim de tarde
Com uma brisa suave
A soprar seu cabelo
Num campo deserto
Eu e você

E agora o sol já poente despedindo-se
Fazendo a noite acontecer
Com estrelas cintilando
E a lua iluminando
Eu e você

Que tal um cálice de vinho
Para brindarmos nosso destino
Sobre o clarão da lua
Nos dois unidos em um
Eu e você

Poema as Bruxas

Foto de Edigar Da Cruz

Céu Sem Estrelas

Céu Sem Estrelas

. Percebo um céu diferente sem estrelas,..
A ele um limo sem fim!..Uma decida desenfreada,..de estrela indo embora
Um céu enorme de uma fria noite, sem estrela
Não vejo nada somente uma escuridão sem fim...
Um negro céu escuro sem brilho algum..
Ate a lua esta mais, triste sem estrelas do céu!..
Esta tudo mais triste! Mais saliente a dor,..
A falta de brilho de um calor que fazia parte da noite! Era a estrela ,maior e cadente de amor e carinho,..
Dessa estrelinha que deferia eu ter tomando conta,..e foi embora feito um lindo cometa...
Foi triste magoada pelas faltas que o insano cometeu..com essa estrela do céu...
Foram todas outras mais juntas deixando um céu interno sem brilho algum..
Cadê a luz do céu! Cadê aquela estrelinha linda
Que era um céu lindo que se foi!
Falta algo! Por Falta de ser um fracasso...
Que a estrelinha linda se foi..deixando um céu nu e negro sem luz ..

Autor: Ed Cruz

Foto de Rute Mesquita

Lua sangrenta

Minha lua,
minha luz baça.
Aqui para ti
danço,
preparando o meu próprio sacrifício

Vê, como estou tão nua
como o sangue que brota da tua taça.
Brinde ao nosso descanso!
Brinde a este doce precipício!

Agora bebe-me, quero te sangrenta!
Vamos juntas saciar a nossa sede
Nós somos a ‘rede’
Nós vamos matar
até à alma mais ausenta!

Leva-me
nesta demolha,
vamos juntas fixar o terror.
Nós somos a obscuridade,
e vamos dar sem escolha,
a provar à humanidade,
o veneno do seu amor.
Vamos dar uma nova cor ao mundo,
vamos domá-los,
fazer deles criaturas que são!

O que esperas?
A ti me fundo,
faz-me arder na tua paixão!

Foto de Rute Mesquita

O pacto

O Mundo gira,
as trevas ausentam o sol...
Sinto a minha ira
acima da cantiga daquele rouxinol.
A lua cheia,
contrasta com o céu
e eu acordo com uma voz que diz:
‘Vinde tomar a sua última ceia.
Vinde ao meu acordo
e verás que não estás só’.
O meu corpo,
levantou-se,
correspondendo ao chamamento
contradizendo,
a minha mente que ia enfraquecendo.
Movo-me num andar assombroso.
Rastejo-me… num olhar penoso…

†††

Chego, à grande sala do castelo,
vejo uma mesa enorme cheia de sacrifícios.
A minha alma diz que de nada tem belo
mas, a voz interfere:
‘Eis os nossos delícios.
Sentai e brindai comigo’.

†††

O meu corpo obediente,
ergue o corpo que derramava sangue.
A minha mente fraquejava e fraquejava…

†††

Aquela voz suava a mestre,
a possessão, a poder,
e fazia-me nas suas palavras ferver
como se me afundasse no manto da crosta terrestre.

†††

Brindámos e a minha visão alterou-se…
Tudo se cobria de vermelho
e nós gargalhávamos sem razão.

†††

Eu acabara de perder a minha alma,
Havia punido
e estava na sua grande palma.
Tornei-me uma criatura insaciável.
Já não era aquele ser racionável.
Agora, sou uma predadora
e à noite saio do castelo.
Sempre com um ar de desconhecedora,
sentada naquele jardim,
afagando o meu cabelo.
Tentando parecer normal
para atrair atenção.
Desejando, que alguém caísse na tentação
do mal.
Na verdade, conheci muitas bocas,
que me elogiavam
mas, tinha de levá-las às minhas tocas.
as minhas presas assim o ditavam.
Conheci muitos corações,
uns puros, outros marginais.
Hum, como já tanto saboreei por dois furos,
aqueles racionais.

†††

Continuarei a crescer,
continuarei a matar.
Não me assusta morrer
mas, sim ir sem te provar.

Foto de Edigar Da Cruz

Água De Cheiro Doce!

Água De Cheiro Doce!

Como água de cheiro doce!
E o cheiro doce gostoso de pele perfumada,..
Há pessoas que exalam cheiro de lua nova,..
De sol reluzente de cheiro de flor de mar e de amor!!
Uma doce água de amor,..
Do cheiro doce do mar! do corpo!,..
Que perfume de felicidade se exala de poros de pele,..
Ao seu Cheiro um poema de amor,..
Cheira sedução!!!!,,,...
Cheira desejos!!!!!,,,...
Um delicioso,frutos do mato,
Cheiro de jardim,..sabor de vontade e paixão,
Afogo-me dessa água de vontade,..
Que cheira roupa limpa que rasgo todinha
De tanto prazer desejado,..
Aquele delicioso cheiro de água de pele doce!!!,.
Teu cheiro e como a flor,..
Em cada novo amanhecer renascer linda brilhante
Feito uma ceu de amor..
Sua aura e Água de cheiro de puro amor!!

Autor:D.Cruz
Do Meu Livro Jardins Das Palavras

Foto de Nailde Barreto

"O conto além do espelho"

O que vemos quando nos olhamos no espelho?
Será que enxergamos quem realmente somos, ou será que conseguimos ver apenas máscaras, com todo seu arsenal de disfarces, que nos mantêm de pé, fazendo frente às aparências.

Então, é plausível essa indagação: afinal, o que há além do espelho?

Existe a fraqueza reprimida;
Existe o amor egoísta;
Existe falsa razão;
Existe cômoda inspiração;
Existe telhado de vidro;
Existe “bordel” requintado de emoção.

De tal modo, somos limitados por regras pré-fixadas por uma sociedade medíocre, “canibal”, e, muitas vezes vivemos de aparência, justamente porque somos influenciados e assustadoramente conduzidos para não ser como realmente somos.
Defronte do gigante espelho, somos marionetes de fácil manipulação, tudo é previsível sem muita emoção, personalidade de mocinho, estrelas ao alcance das mãos.
Além do espelho, somos livres, sem regras, sem culpa, sem medo do perigo, personalidade de bandido, totalmente, fora da lei.
Agora, após esta ligeira introdução, apresentar-lhes-ei, além do espelho no fim de semana.
_ Sábado, prenúncio da extravagância, quatro rodas na estrada, cheia de curvas, acabou o asfalto e, logo adentramos num caminho estreito, de poeira, pontes, árvores e xixi no chão, em meio ao pó do sertão. Costelas de vaca na estrada fizeram o corpo todo dolorir e balançar, já era chegada a hora da pausa para um breve descanso e uma gelada tomar para mais animar.
Seguimos o curso da lua, avistamos enfim, nosso destino, ao som dos grilos que cantavam nos dando boas vindas.
Já à beira do fogão a lenha, conversamos por horas a fio, acompanhados com wisk e gelo, bela combinação para apaziguar o frio e, banho de rio na madrugada clara, fomentou a excitação.
A noite pareceu passar num piscar de olhos. Já eram 05:34 hr (am), quando apagamos na cama, exaustos...
Após acordarmos, logo nos foi dito: “safados”, pensamos em chamar os bombeiros, pois, conforme os sussurros que ouvimos, parecia ser um incêndio, impossível de ser apagado com as mãos.
Engraçado, nem imaginei que algo tão normal fosse causar tanto impacto e repercussão.
Demos as mãos, e fomos apreciar o rio para relaxar e, fechar os olhos para da noite anterior relembrar, pois, breve chegaria o almoço e também a hora de retornar para casa, para a vida defronte o gigante espelho, e, em tempo, ansiosa, para além do espelho, novamente estar.

_escrito em 25/07/11_

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