Lua

Foto de Evelline Andrade

Adotarei o amor - Kalil Gibran

Adotarei o amor - Kalil Gibran

Adotarei o amor por companheiro
e o escutarei cantando, e o beberei como vinho,
e o usarei como vestimenta.

Na aurora, o amor me acordará
e me conduzirá aos prados distantes.
Ao meio dia, conduzir-me-á à sombra das árvores
onde me protegerei do sol como os pássaros.
Ao entardecer conduzir-me-á ao poente,
onde ouvirei a melodia da natureza
despedindo-se da luz, e contemplarei
as sombras da quietude adejando no espaço.
À noite, o amor abraçar-me-á,
e sonharei com os mundos superiores
onde moram as almas dos enamorados e dos poetas.

Na Primavera, andarei com o amor, lado a lado,
e cantaremos juntos entre as colinas;
e seguiremos as pegadas da vida,
que são as violetas e as margaridas;
e beberemos a água da chuva,
acumulada nos poços,
em taças feitas de narciso e lírios.
No Verão, deitar-me-ei ao lado do amor
sobre camas feitas com feixes de espigas,
tendo o firmamento por cobertor
e a lua e as estrelas por companheiras.

No Outono, irei com o amor aos vinhedos
e nos sentaremos no lagar,
e contemplaremos as árvores se despindo
das suas vestimentas douradas
e os bandos de aves migratórias
voando para as costas do mar.

No Inverno, sentar-me-ei com o amor
diante da lareira e conversaremos
sobre os acontecimentos dos séculos
e os anais das nações e povos.

O amor será meu tutor na juventude,
meu apoio na maturidade,
e meu consolo na velhice.
O amor permanecerá comigo até o fim da vida,
até que a morte chegue,
e a mão de Deus nos reúna de novo.

Foto de Carmen Lúcia

Transmutação

Recolho meus versos...
Os que despejei aos teus pés
e me devolveste o reverso,
um versejar sem alma, perverso.
Transmuto-me ao meu inverso...
Deixo de ser eu.
Sou aquela que me perdeu,
que desfez seu pacto com a lua
e o encanto esmoreceu.
E agora, sem poesia, anda nua...
Sem ter porque se inspirar,
a quem amar, onde ancorar.
Anda a esmo...
nem por si mesmo
é capaz de se edificar.
Apago as estrelas...
Seu brilho já não me diz nada.
No céu, a luz apagada
transpassa pela madrugada
varando uma manhã nublada.
Me encolho feito caracol
sem ver o sol...
só há sombra
e eu...
só.
Carmen Lúcia

Foto de kaew

A respeito de

A respeito da lua pouco sei,
mas quando anoitece a saudade aparece
e com ela surgi a esperança de que a reencontrarei,
pois sem ela minha tristeza resplandece

A respeito do mar posso afirmar,
que o nome teu que na areia escrevi não se apagará,
pois permanece lá o nome de quem amará
para o resto da vida sem hesitar

A respeito do mundo nada posso fazer,
mas em relação a ti posso te dizer,
que dentre muitas coisas da vida escolho você

A respeito de ti, nada posso falar,
pois quando se ama é impossível pensar
simplesmente porque a razão é inimiga da emoção

Foto de RenataSchwengber

Somebody.

Em algum lugar do universo, alguém procura alguém.
Mas não sabe quem, nem qual é seu nome. Mas aspira
que alguém apareça.
Em algum lugar do planeta, nessas luzes acesas
existem pessoas se divertindo e desejando que jamais
essa noite acabe. E pessoas sonhando. E pessoas dormindo
e pessoas que não conseguem dormir por preocupação.
Alguém ligou a luz para ver as horas. Alguém torce para
que as horas passem. Alguém querendo que a semana
acabe. E alguém vagando em seus pensamentos,
procurando no que se preocupar. E alguém que não tira
alguém da cabeça. Alguém esperando uma mensagem,
alguém recebendo sem nem dar importância.
As pessoas agindo errado por que não sabem mais
o que é certo. Alguém agindo errado por que o certo não
adianta mais. Alguém pensando quais serão suas
conseqüências mais tarde.
Alguém olha as luzes.
Alguém tem tudo nas mãos mas não sabe como agir.
Alguém que não aguenta mais esperar e vai ligar.
Mas ninguém atende.
Alguém sabe que a lua ilumina o céu, mas só consegue enxergar a solidão.
Alguém cansou de errar. Alguém que justifica seus atos.
Alguém que espera respostas. E alguém que vai dormir
para o tédio parar de consumir. Alguém que precisa tanto de
alguém que não sabe o que fazer quando encontrar.

Foto de kaew

02 DE ABRIL

O dia primeiro acabou, que susto me destes
Quando disse que me odiava, quando disse que de mim não gostava
Meu mundo quase desmoronou, senti que perdi meu alicerce
Perdi meu eixo, perdi o que me centrava.

As palavras acertaram em cheio meu coração,
não conseguia entender. Mentira, fracasso e fim
Minhas lembranças negavam sua boca de ingratidão
E o medo se alojou dentro de mim

Mais deu meia noite e por sua boca a vida voltou
Tudo não passou de uma brincadeira inocente
Que a menina travessa planejou

Não suportaria te perder, és o néctar da minha vida
És o remédio pra minha tristeza,
em fim és meu mundo e sem ti não vale a pena viver

Graças, tudo não passou de uma mentira
E como a lua que pela terra orbita
Simplesmente por ti minha vida gira

Já não tenho palavras, pois o medo de te perder a tomou
Meu coração bati forte agora que a vida voltou
Não consigo raciocinar, mas uma frase não sai do meu pensar
Ela diz que por toda a minha vida eu vou te amar

Foto de Carmen Lúcia

Nada mudaria...

Se eu registrasse
as dores que vivi,
espinhos que colhi
encobrindo as rosas do caminho...
As decepções ingeridas,
sorrisos falseando o pranto,
desencantos, desenganos,
seria apenas mais um clichê
e nada mudaria...

O mundo continuaria a girar
trazendo a noite e o dia;
as mesmas emoções sentidas
permeariam , sob medida,
as imutáveis estações
elegantes ou mal vestidas.

As mesmas esperanças no amanhecer,
mesmos pedidos de novas chances,
recomeçar ou renascer...
Mesma nostalgia ao entardecer,
expectativa da noite para os amantes
que já não são como antes...
Não veem a lua;
perambulam pela rua crua.

Se poesia eu quisesse escrever
alguns realces poderiam surgir;
novas nuances a se expandir
pressionando o sorriso a marcar o papel...
Maquiagem irreal, trunfo ilegal .
No mais, tudo como antes...
Tema, argumentos, sentimentos,
atenuantes...

Se eu chorasse, se eu gritasse
ou implorasse...
Não faria diferença ao mundo.

Carmen Lúcia

Foto de betimartins

Fantasmas!

Fantasmas!

Caminhos por muitos sofridos, caminhos que foram de amor incompreendido
Apenas o silêncio impera na minha alma, na quietude do tempo que aflora
Escuto a madruga a chegar, entre os vultos que assombram nossa alma imortal
Apenas fico a mastigar dentro de mim, o que tanto eu fiz de errado para senti-los
E a escuridão atola meus pensamentos em grandes pânicos, quero caminhar, mas não consigo...
Abro meus olhos no negro do meu quarto, nada vejo a ser os meus fantasmas do que me perseguem do meu passado.
Tateio apenas a parede aos encontrões aos que encontro, quase que eu caio em tralhas que por ali andam ao descaso.
Quero respirar e não consigo, sinto o sufoco como asfixia só quer apenas sair dali e ligar a luz do meu quarto.
O ar está pesado e completamente abafado, caminho entre poeiras e pilhas de livros para a janela do meu quarto.
Sinto minhas pernas fraquejarem ao toque de algo quente e fofo, que arrepia grito sem saber o que posso eu fazer...
Apenas recobro a minha força para ir abrir a minha janela, abro e logo sinto o ar fresco entrar no meu quarto.
Entre a luz da lua e das estrelas eu olho para dentro e vejo aqueles olhos brilhantes, olhando-me, apenas...
Respiro de alivio, pois era meu gato que estava apenas fazendo companhia no meu quarto.
Espantei todos os meus fantasmas, desamarrando-os do meu passado, sinto apenas alivio e liberdade no momento.
Eu era livre de arrumar as minhas idéias e minha mente, apenas sorri, caminhou para a porta do meu quarto.
Acendi a luz da minha vida sem ter mais medo do meu passado, libertei as correntes que amarravam e doía na minha mente.
Enfim! Aconteceu de novo? Aquele sonho voltou da casa que não conheço e do quarto que nunca vi...
Afinal eu estava a sonhar.

Foto de airamasor

A dor da espera.

Recontei o tempo,
andei pra trás,
colecionei os dias e as noites.

Atrasei as horas,
segurei as nuvens,
troquei as estações.

Plantei cata-ventos,
falei com bem-te-vis,
chorei com beija-flores.

Reguei a saudade
e cochilei em suas sombras.
Subi mangueiras
entardecidas de espera.

No quintal,
apanhei um pé de palavras
e arranjei uns versos
silvestres no vaso.
Sentei na soleira da porta
e desenhei seu nome na terra.

Poli a lua,
dei corda nas estrelas,
arrumei o céu.

Debrucei meu coração na janela,
até meu peito ficar marcado
pela dor da espera.
(Aira, 27 de março de 2011)

Foto de Felipe Ricardo

Historia de um Palhaço

Era uma vez... Não, não, não! Nada de "era uma vez"! Ora! Ta sendo ate agora! Então nada de era uma vez isso, uma vez aquilo, vou logo começa, me chamam de Luneta, é claro porque eu não me chamo assim, eu vim de uma famila muito desigual, pois meu pai era astronomo, é esse pessoal que perde a noite de sono vendo esse pontinhos no ceu, e minha mãe era uma execelente bailarina que amava de paixão o belo som de uma clarineta, é aquele troçinho que aquela lula toca.
E em um belo dia eu nasci, só foi um belo dia ate eu nasce porque depois veio um toró de chuva dos grandes, chega que o ceu se pintou de cinza e começou, meu pai ja aperriado das ideias resolveu pedir a Lua que me ajuda-se, porque quando eu vim prá cá eu era magro demais, é como voce podem vé to emgordando depois passo a receita, mas voltando, num é que a reza do meu pai deu certo e parou de chuve e então eu disse meu filho vai ter o nome de Luan, em homenagen a grande lua que fez para de chuve...
Eita que foi ai q começou a confusão, pois num é que a minha mae quiz, porque quiz colocar meu nome de Clarinetesencio, ai lasco esse nome ate eu chorei na hora mas depois de muita briga e muito chororó decidiram colocar esse nome mesmo de Luneta, Lu de Luan e Neta de Clarineta e pronto assim começa a minha louca jornada desse mundão que so ta começando...
E logo eu herdo de minha mãe uma clarineta e de meu pai o gosto por estelas e foi que então eu descobri um segredo...
... As estrelas tem vida e podem conversa com nois...É serio não pensem que eu to zureta não é sim, mas elas só falam com quem sorrir, quem tem cara de raiva ela não brilham muito, mas isso é rpa outra hora hora agora vamos brinca!

Foto de William Contraponto

Ao Vento do Absurdo

Por todas ruas que passei
Em todas as calçadas que andei
O vento me levava
Sem precisar imaginar
O que me esperava

Basta sentir a nuvem
Ou a fumaça que passa
Por cima de qualquer rastro
Arrasando tudo a sua frente
Ontem foi a lua quem pairou
Sob o mesmo telhado
Iluminando o caminho passado.

Sinais, barreiras ou olheiras
Fazem parte do medo
Quando tenta se esconder
Os feitos realizados
Num entardecer alucinado

Nas praças, nas calçadas
Becos ou estações
Todos seguem pilhados
Tentando acreditar em soluções
Mas vão ser nas ruas os aprendizados
Para todas as velhas questões.

Não se iluda com o lógico
Ele não sabe inventar
É só no absurdo
Que o vento vai tocar
E assim nos levar
Ao mais verdadeiro mundo
Onde viajar nunca será demais

Basta sentir a nuvem
Ou a fumaça que passa
Por cima de qualquer rastro
Arrasando tudo a sua frente
Ontem foi a lua quem pairou
Sob o mesmo telhado
Iluminando aquele caminho passado

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