Luz

Foto de Oliveira Santos

No Meio Do Povo (Um poema de carnaval)

Eu corro por todas as ruas tentando lhe encontrar
Nos becos, nos bares e esquinas, em qualquer lugar
E todos os feixes de luz se confundem com o seu olhar
Coberto pela solidão sigo a lhe procurar

Menina formosa, brilhante que me arrebatou
Manifesto de ímpar beleza, canto em seu louvor
Lhe procuro incessantemente, pois quero dizer
Que lhe acho muito especial e eu quero você

No meio de toda essa gente é difícil lhe ver
Mas meu coração ligado ao seu me guiou até você
Finalmente olhos nos olhos estamos nós dois
Agora só você me importa, o resto é depois

Eu corria por todas as ruas tentando lhe encontrar
Nos becos, nos bares e esquinas, em qualquer lugar
E agora o lume dos seus olhos começa a me iluminar
Acabou solidão, só alegria pedindo pra entrar

07/02/97

Foto de Carmen Lúcia

Começar de novo

Saio da escuridão,
titubeio, piso em falso...
A luz ofusca a visão,
persisto no encalço
de ir de encontro à luz.

Esforço-me, cambaleio,
corpo pesado, passos cansados,
descompassados, sem precisão...
Recomeçar é preciso,
livrar-me do castigo
a que me condenei...
Livrar-me dos pecados
que me foram atirados
sem nem saber porquê...
Sem direito de me defender...
“Eu, pecadora, confesso...”
...a culpa que não cometi,
as dores que sofri,
as lágrimas que verti.

Agora volto e protesto...
Quero a absolvição!
Se amar demais é pecado
morro sem pedir perdão...
Pois amar foi o que mais fiz,
ainda que a pessoa errada,
mesmo sendo enganada...
Foi o amor que meu coração quis!

_Carmen Lúcia_

Foto de Oliveira Santos

Feitiços

Estes estranhos acordes dissonantes
Que à minha mente impregnam e perturbam
Esta berrantes cores, flores que, dançantes
Os meus olhos insandecem em ilusões
Esta ofuscante luz ardente, intensa
Que a minha pele aquece, às vezes queima
Nesse claro, escuro, vasto firmamento
Que me intriga, envolve, encerra em mil dilemas
Essas mulheres tão brilhantes, leves, livres
Pelas quais eu não resisto em me encantar
Guardam segredos nunca outrora desvendados
Que me suplantam docemente me fazendo desvairar

05/07/97

Foto de Carmen Vervloet

PROCURANDO ESTRELAS

Meus olhos insones perdidos no horizonte
tentando desvendar a ausência das estrelas
ancoram logo na primeira fonte
na ilusão de no espelho d’água vê-las.

Mas parece que a luz dorme cansada
coberta pelo negro manto da escuridão...
Meu olhar à deriva na água ondulada,
afoga na solidão, a breve inspiração.

Mas um anjo me viu nesse abandono
e nas suas asas de plumas trazendo aconchego
veio embalar mais uma vez meu sono
envolvendo-me em seus braços num doce chamego

Carmen Vervloet

Foto de Diario de uma bruxa

A luz do seu amanhecer

Em meus braços
Você sempre será especial
Não é uma conseqüência
De um mero acaso

É amor de verdade
De primeira visão
Não é amor de verão

Quero você ao meu lado
Como na inocência de um amor
Adolescente
Não quero só por uma noite
Quando amanhecer também
O quero ao meu lado

Não quero ser sua prisioneira
Nem sequer pretendo aprisionar você
Quero ser uma presença
A luz do seu amanhecer
Quando abrir os olhos
Sou quem você vai ver

Quero você pra vida inteira
Hoje e sempre
E até depois que eu morrer.

Poema as Bruxas

Foto de Oliveira Santos

Enquanto

Enquanto cai a noite o dia se despede
Na vermelhidão do céu, luz que precede
As horas mais compridas que se passam

Enquanto vejo o sol refugiar-se
Noto a primeira estrela cintilar-se
E as falsas intenções que se disfarçam

Enquanto aqui amordaço este meu pranto
Mais adiante posso ouvir um nobre canto
Dos bem fadados, todos agitados

Enquanto explode a mente em demasia
Da falta de um alento, de alegria
Mantenho meu lamento enclausurado

03/11/00

Foto de Oliveira Santos

Ponto De Vista

Eu vejo a turba de gente
Que caminha descalça e sem dentes
Espinho, poeira, chão duro e calor
Olhos vazios refletindo dor

A dor que fustiga bem fundo os seus corpos
Castigada a terra, ressecadas as plantas, os animais mortos
A criança desnuda, os pés descarnados
Os ossos a mostra, povo maltratado

Eu sigo os tais penitentes
Que revelam a mim o seu sofrer pungente
Seus passos pesados, pois as pernas tremem
Uns vão entoando cantos enquanto outros gemem

Pesarosos dias, moribundos uis
Como pode o breu em meio a tanta luz
Ofuscar minha vista diante de tais seres?
Não vi com os meus olhos, sim com os olhos deles!

?/05/98

Foto de rodrigolost

tristeza

Quando penso que um dia
Tudo era diferente
Que os meus sonhos eu podia sonha
Que eles nunca iriam se acaba
Que você junta a mim sempre esteve

Bate um aperto tão grande
Um vazio
Que chega dói
Que maltrata
Que deixo marcas
Que hoje é tão complicado

Eu aprendi que é errando que se aprende
Mais será que meus erros farão
Tão grave assim
Que o preço seja sofrimento
Já não basta ter lhe pedido
Vôo ter que viver sofrendo

Quando você vai percebe que o seu amor é a minha luz
Que eu preciso de você pra ser feliz
Que eu precisaria apenas de uma chance pra mostra
Que foi errando que aprendi
Só queria mais uma chance pro amor
Só mais uma chance

Pra mim, pra você
Pra nós dois
Apenas mais uma chance.

Por:rodrigo

blog:http://momentos-momentosrodrigo.blogspot.com/

Foto de Carmen Lúcia

A mesma chuva...

A mesma chuva que molha meu corpo
molha também o teu...
A mesma nuvem pesada
que escurece meus dias
escurece os teus...
A mesma lama parda e suja
que escora a água da chuva
revela vestígios de nossas pegadas
em direção contrária à luz...

O céu macilento e triste que vejo
é o mesmo que tu vês...
O pranto que minh’alma chora
é o que chora a tua, agora...
Fomos feitos do mesmo barro,
da mesma massa encruada,
pérolas negras no lodo geradas
que não preservaram a beleza,
aviltaram tamanha grandeza
imbuída na palavra amor...

Passamos ilesos por ela
sem perceber o que gera,
sem nos ater ao real valor...

Hoje é cada um por si...
perdemos a chance oferecida.
Não vimos o céu se abrir,
deixamos a chuva inundar nossa vida...
Fechamos janelas, facilitamos partidas,
perdemos o chão, a ocasião...
sucumbimos no vazio da solidão.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Além do infinito

Quero alcançar os sonhos
ultrapassar limites
levar-me em abandono
num mergulhar profundo...
E, se o inatingível permite
cruzar a linha do horizonte
atravessar a ponte
que une o infinito
onde o sol se esconde...

Quero vestir-me de magia
fazer estripulia
abusar da fantasia...
e, num voo inusitado
ver versos espelhados
na luz que traz o dia...

Quero durante o anoitecer
em nuvem azul-marinho
poemas em dourado, tecer...
E, soprá-los de mansinho
feito poeira cósmica
ver o céu resplandecer...

Quero a própria poesia
e toda alegoria
que validam o viver
e depois de entusiasmos
de versos derramados
eu quero renascer...

_Carmen Lúcia_

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