Mãos

Foto de Hisalena

Hoje apetecia-me...

Hoje apetecia-me ouvir a tua voz,
apetecia-me estender a mão e tocar-te,
apetecia-me ouvir-te falar de nós
e uma vez mais voltar a desejar-te,
apetecia-me mandar embora a solidão
e abrir-te de par em par o coração.
Hoje apetecia-me convidar-te para dançar,
apetecia-me perder-me no teu calor,
apetecia-me ter de novo esse olhar
e uma vez mais senti-lo falar de amor,
apetecia-me mandar embora a inquietude
e viver a vida nesta louca plenitude.
Hoje apetecia-me ter de novo o teu tocar,
apetecia-me as tuas mãos na minha cintura,
apetecia-me ouvir-te de novo a sussurrar
e sentir o meu corpo invadido de loucura,
apetecia-me mandar embora uma parte de mim
e viver esta paixão até ao fim!

Foto de Enise

Amar é...

Amar é enaltecer uma ilusão
É assoprar num fogo morto
Mesmo quando sabe-se - é em vão!
Amar é buscar-se no fundo da alma
É festejar uma alegria ilusória
Mesmo na solidão...
Amar é plantar um afeto
É colher um vazio
Mesmo que escorra um desafeto pelas mãos...
Amar é fazer um amigo crescer
É estar em paz consigo
Mesmo na escuridão...
Amar é sorrir, é ter rimas para florir
Mesmo com o peito em lágrimas, na desolação...
Amar é ter quietude pra desejar
É dizer palavras para acalmar
Mesmo com a angustia em prontidão...
Amar é entrar numa luta impossível
Combater numa batalha imperdível
Mesmo que o tempo diga não...
Amar é agigantar uma esperança
Sem pensar numa cobrança
Que se espera sem razão ...
Amar é compreender
É não ter opção para escolher
Mesmo que o caminho seja o perdão...
Amar é um estado de vida
É preparar-se para cada despedida
Dos que entram e partem do coração...

Copyright 2007 by Enise

Foto de Enise

amar é...

Amar é enaltecer uma ilusão
É assoprar num fogo morto
Mesmo quando sabe-se - é em vão!
Amar é buscar-se no fundo da alma
É festejar uma alegria ilusória
Mesmo na solidão...
Amar é plantar um afeto
É colher um vazio
Mesmo que escorra um desafeto pelas mãos...
Amar é fazer um amigo crescer
É estar em paz consigo
Mesmo na escuridão...
Amar é sorrir, é ter rimas para florir
Mesmo com o peito em lágrimas, na desolação...
Amar é ter quietude pra desejar
É dizer palavras para acalmar
Mesmo com a angustia em prontidão...
Amar é entrar numa luta impossível
Combater numa batalha imperdível
Mesmo que o tempo diga não...
Amar é agigantar uma esperança
Sem pensar numa cobrança
Que se espera sem razão ...
Amar é compreender
É não ter opção para escolher
Mesmo que o caminho seja o perdão...
Amar é um estado de vida
É preparar-se para cada despedida
Dos que entram e partem do coração...

Copyright 2007 by Enise
Todos os direitos reservados a autora

Foto de Junior A.

É noite...

É noite, sinto-te pela casa, em passos, por entre os espaços, vazios de ti. Logo há de chegar, as velas, sobre a mesa queimam e se gastam, em um pouco da esperança de logo ver-te.
Teu perfume, ameno paira pelo ar, mistura-se ao aroma das pétalas que cuidadosamente deixei ao chão, da casa, escuro, escuso de si em saudade, luzes apagadas, tudo em silêncio, realçado apenas com o brilho das estrelas, distantes, ao céu, que se intrujam por entre os vidros da janela da sala.
Dar-se o tempo, oiço, bate a porta, chegas, um tanto atrasada, envolta por pingos da chuva, que serôdia se derrama, como em pranto, fraco, presente. Num vestido vermelho, rente ao corpo, cabelos soltos, olhos sôfregos e coração pulsante, insegura talvez, mas bem delineada para com teus anseios. Despojas o teu vestido, único acessório que cobria tua pele, branca, teu cheiro inunda os cantos, os meios, os lados que não se viram, que não se vê. Teu libido grita por entre teu olhar, serrado, fitado em mim. Entras por entre porta, cala-me o dizer com tua língua que afaga a minha, tuas mãos inquietas, tua estuga em achar-me. Dou-me ao palor de outrora, acomete-me a dor das amarras.
Desato-me do teu beijo que queima em meus lábios, afasto-me do teu quadril que o meu procura, no desejo de encaixar-te. Cá, não me cabe. Não se desatina a mente, liga-se as luzes que não escureciam, já que lúcido ainda estava. Recolho teu calçado por sobre tapete, lhe devolvo o vestido que se perdera no caminho e peço-te:
- Vai embora.
Teu desejo, mais que tua nudez me assusta, tamanho é o infortunio que nada mais de ti desejo. Enamorei-me por tua alma, nua, onde a beleza intacta se apura ao decorrer do tempo. Vá, cubra os teus excessos, procure-me no dia em que isento de mim mesmo, ei de querer-te apenas num corpo, sem alma. Deixa-me só agora, como quase em todo o tempo estou, apague as luzes antes de ir por favor, deixe apenas o vinho, o cheiro que não se vai, para apetecer-me a sonhar com o dia em que ei de encontrar, a nudez, que tua pele sem roupa esconde.
Permita-me pensar, que cá ainda não chegaste, para quem sabe assim, ter de ti aquilo que em verdade almejei.

Foto de Kenparker

O Silêncio

Silenciosamente, dentro do toque das minhas mãos sobre a sua pele
Eu te sinto cada vez mais em mim,
Sinto você transpirando e olhando pra mim
Em um silêncio que me deixa lucido
E cada vez mais te buscar em mim,
Te buscar em meu coração, te buscar em seu coração,
Seus olhos são o motivo de te perseguir -te,
Perseguir em seus sonhos,
Te olhar, te tocar e te amar,
Te amar com o calor da alma e com o calor da paixão,
Apenas sinta o meu calor junto ao seu,
Apenas me sinta em seu coração

Foto de muchacho

Agora me arrependo (por:Muchacho)

Agora me arrependo
Não quis te compreender
Deculpe-me pelo que fiz
Mas tu tem que me entender
Su siumento
Pensa-se nisso antes de me querer

Desculpe-me
Pelas arrogancias de que te falei
Pelo jeito como te tratei

Entenda eu sou desse jeito

Agora eu vejo q perdi o que eu tinha de mais vailoso na minha Vida
Sem você eu naum vivo
Sem você eu naum respiro
Sem você eu morro
Sem você eu sofro
Sem você eu choro

Me perdoe
Sera a ultima vez
Se não me perdoar irei entender
Essa resposta está em suas mãos
Mas nunca diga adeus
E sim até logo
Um beijo

Foto de Zedio Alvarez

A Deusa do Xadrez

Sou professor de xadrez e admiro muito esse esporte que me conquistou pela lógica dos seus movimentos, pela magia que impõe à nossa vida, fazendo-nos ser guiados pelo mundo quadrado e mágico de um tabuleiro, representando o nosso universo imaginário, elevando a nossa auto estima, fazendo-nos pensar a cada momento, trazendo satisfação e com isso antecipando a nossa felicidade num simples xeque mate da eternidade.
Sempre participo de torneios pelo Brasil e América do Sul , aumentando ainda mais a vontade de jogar, pois abre o nosso leque de amizade transpondo as fronteiras dos idiomas fazendo dele, o xadrez, uma linguagem universal.
Eu tenho muitas histórias para contar do mundo do xadrez e sem dúvidas a mais espetacular de todos os tempos foi uma experiência vivida na Argentina, mais precisamente em Buenos Aires, em fevereiro de 99, quando disputei um torneio em nível mundial, contra enxadristas de várias nacionalidades.
Tive a oportunidade de conhecer alguns grandes mestres de xadrez e viver uma aventura apoteótica com uma Mestra Espanhola, chamada Lucy Polgar, que agora passo a contar nos mínimos detalhes no tabuleiro da minha vida.
Ao começar a primeira rodada enfrentei um mestre argentino, Luiz Martinez, de grande potencial e que tive muitas dificuldades para enfrenta-lo e vence-lo, não só por causa de sua habilidade com um jogo muito forte, mas com um obstáculo por ter me desconcentrado do jogo, uma boa parte do tempo, vindo a ameaça de uma retumbante derrota, da outra fileira de competidores.
Quis as coincidências que só o Deuses do xadrez explicam, que a Mestra Lucy Polgar ficasse justamente a minha frente. Ao apresentar-me na recepção do Hotel Ondas Del Mar, a mesma já lançava olhares venenosos para minha pessoa, como se já arquitetando algumas jogadas para um possível encontro “enxadrístico” entre nós, provocando por inteiro a minha libidinosidade,
Ela era uma das maiores enxadristas de todos os tempos e possuía um jogo denso, cheio de combinações e ciladas, convidando a nossa vontade para duelá-la.
A mesma estava em processo de litígio com o seu esposo que não concordara com a sua vinda para participar daquele torneio. Eu já era fã incondicional daquela beleza morena de cabelos negros e de um sorriso simplesmente fantástico.
Durante toda partida com o argentino, ela ratificou o que antes já fizera no nosso primeiro contato, só que além dos olhares cruzados, ela lançou uma nova arma sedutora, que foi uma amostra de suas coxas roliças e a cada cruzamento dos nossos olhos, contribuía para que em alguns momentos eu vislumbrasse a sua calcinha azul, me atraindo para aquele campo minado de tesão. Ela estava com uma minissaia Jean, que serviu de pretexto para que aquela cena maravilhosa de suas lindas pernas, fossem vistas pelos meus olhos de radares.
A cada intervalo das rodadas nossos caminhos se cruzavam e os flertes eram incisivos. Chegamos a duo monologar em alguns instantes sobre a forte pressão do momento, fazendo com que o coração e a voz desentoasse na sinfonia, pela falta de respiração. Num desses momentos falei do filme, Lances Inocentes que estava em cartaz, e propositadamente iríamos assistir na parte da tarde.
Chegamos juntos ao cinema e sentamos lado a lado. Permanecemos alguns minutos sem propalar nenhuma palavra, incentivados pela emoção que nos causava uma ebulição corporal. Ficou claro que o filme seria um motivo, para aquele primeiro encontro. Fazendo jus ao nome “lances inocentes” começamos a participar do estrelato sendo protagonistas daquela fita. Ela começou a falar da sua vida matrimonial, que não estava bem entrosada e que aquele torneio tinha sido o estopim para desencadear a sua separação. Falamos muito sobre xadrez é claro, mas principalmente da minha admiração e minha idolatria pela aquela beleza basca. Ela contra atacou falando que já tinha visto algumas partidas minhas e que era seu sonho me conhecer. Fiquei lisonjeado com a afirmativa da Dama do xadrez.
Nossos scripts foram deixados de lado e começamos a atender o que a emoção pedia insistentemente. A essa altura estávamos abraçados e nossas bocas começaram a ir de encontro fazendo uma junção perfeita, amaciada pela saliva quente com gosto de hortelã. A língua como sempre fez seu trabalho de coadjuvante. A partir daí as nossas mãos tomaram um rumo ignorado pela razão, mas aceito pelo desejo, que mandava na nossa contracena. Elas procuraram a sua fenda quente e orvalhada que foi totalmente massageada. As dela também fizeram a sua parte indo de encontro ao meu instrumento medidor de temperatura que estava fumegante e já a ponto de explodir diante de tanta pressão. Foi quando fomos interrompidos pelo final do filme, “o outro”, e tivemos que nos retirar do ambiente. Fiz um convite formal à mesma para jantarmos a noite no meu apartamento, aproveitando para estudarmos algumas táticas, estratégias, revermos algumas jogadas e jogarmos algumas partidas. Ela prontamente aceitou.
Justamente às nove horas ela bateu suavemente na porta, cujas batidas ecoaram na minha imaginação com o acompanhamento do meu alegre coração que vibrava com aquele encontro triunfal da minha vida.
Ao abrir a porta, deparei-me com aquela beleza rara, a qual estava com um vestido azul, que trazia um decote deixando-a praticamente com seios à mostra, fazendo com que a temperatura ambiente do cenário preparado, se elevasse deixando o clímax a beira do pecado. Surpreendi-me quando fui tomando de assalto num beijo interminável, sendo que as nossas salivas misturadas produziram uma fórmula química que alterava ainda mais o nosso ciclo hormonal fazendo girar em energizar todo nosso corpo, provocando o aceleramento dos batimentos cardíaco.
Eu como um bom estrategista, senti-me na obrigação de tomar a iniciativa do combate e ali comecei a depenar sem pressa aquela Águia Real de plumas azuis. Queria degustar de todas as regiões daquele corpo escultural. Comecei a usar uma das minhas armas fatais, a língua, num passeio pelas suas coxas queimadas e sua duna que possuía um farto areal. Fui a cada localidade sempre a reverenciando com palavras poéticas, com a língua banhando suas fartas áreas e dando o seu recado. Nos seus seios com forma de pêra passei um bom tempo mamando e me alimentando daquele leite afrodisíaco, com a voracidade de uma criança faminta.
Todo ritual seguia o que planejei para uma estratégia vitoriosa. Comecei a pegar o caminho em direção a gruta do amor, contornando o umbigo que a fez suspirar. E chegamos a Terra prometida. Deparando-me com aquela fonte maravilhosa de prazer, constituída de pelos escuros cuja superfície já estava molhada provocada por uma chuva de essência nectal. A essas alturas a paciente Rainha me pedia para dar-lhe um xeque mate de imediato formalizando um convite para ser o dono do seu reinado do amor; mas ainda tive a humildade de pincelar toda aquela arquitetura lapidada pela natureza que minava através de uma água salobra, fazendo com que a minha sede aumentasse ainda mais. Ela retribuiu toda minha receptividade lingual e deu um verdadeiro show no meu universo corporal. Matematicamente falando, nossos corpos paralelos, traçaram perpendiculares, e numa junção geométrica, construímos várias figuras, num jogo constante e simultâneo de trocas de carícias e gentilezas.
O incrível é que a cada variante escolhida através dos meus planos ela já conhecia, seguindo o caminho que nos levava ao desfecho extasial, ditando palavras ofegantes e sussurrantes, no bailar da dança de nossas massas corpóreas. No balanço produzido pelas nossas almas, havia um sincronismo perfeito no vai vem dos nossos músculos picantes.
E chegamos ao ápice final de uma partida magistral. Levando-a para um tabuleiro de almofada prontamente preparado para aquele duelo, executei-a atendendo a sedutora ordem expressa, vinda da voz desesperada de uma fêmea. Estávamos no limite e uma explosão não tardaria. Foi justamente o que veio acontecer, com um mate único e preciso na história de um amor enxadrístico. Invadi o castelo de amor, da minha Deusa com fervor. Aquela bela rainha virou uma felina feroz quando despejei todo meu líquido seminal naquela fenda quente e gostosa. Foi um momento único e monumental. Sem dúvidas foi uma das maiores experiências amorosas que tive na minha vida.
Desfalecemos e sonhamos... Ao acordarmos pela manhã jogamos mais uma partida, que também foi espetacular. Fizemos alguns planos e decidimos concluir o torneio, o qual faltava apenas duas rodadas para o seu encerramento.
– Ah! Vocês querem saber da nossa colocação no torneio de xadrez?
– Deixa pra lá... (risos)
Ela queria conhecer o Rio de Janeiro, falando que um dia tinha sonhado desfilando numa escola de samba carioca. E pegamos o primeiro vôo para o Rio numa viagem onde não nos desgrudamos nenhum segundo um do outro. Ainda vivíamos das imagens da noite de amor inesquecível.
Eu tinha um certo conhecimento com a diretoria da Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio e conseguindo contatá-los, prontamente atenderam o nosso pedido, viabilizando a participação da mesma numa ala de destaques da Escola, tornando possível a realização do sonho de minha Rainha Espanhola.
No dia seguinte embarquei a mesma para Barcelona. Nunca deixamos de nos corresponder... Só quando a saudade resolveu entrar em cena...
Um ano depois ela resolveu voltar ao Rio de Janeiro para morar, se tornando uma Professora de xadrez e hoje trabalha nas comunidades carentes, divulgando a nossa nobre arte enxadrística. Reatou por questões de conveniências com o seu marido e de maneira parcial ele resolveu acompanha-la. Mas o mesmo não vai a torneios justamente para evitar a ciumeira doentia que ele tem, e assim tempos a oportunidade de “jogarmos” muitas partidas de xadrez por esse Brasil afora. Mas ele tem razão, porque ela chama atenção do público com a sua exuberante beleza em qualquer local onde esteja.
Continuo me comunicando com aquela Realeza através do MSN, e quando sobra um tempo dos meus afazeres no estado de Pernambuco onde trabalho, vou ao encontro daquela fêmea fantástica, participar de torneios e realizando partidas espetaculares fazendo dos nossos “lances inocentes”, um lance surpresa para alimentar a nosso espírito na eterna jogada da vida.

F I M

Foto de Anjo Violinista

Como posso esquecer de "Você"

A vida passa e cada momento se grava no coração e na mente daqueles que são especiais, e foi assim que aconteceu na minha vida...
Ela apareceu do nada e de tudo se fez, como uma semente que nasce numa terra boa e floresce no tempo certo, a terra foi meu coração e a semente rarara, não sei como veio parar, só sei que aprofundou em meu peito.
Mas como toda vida tem seus problemas e dificuldades a semente tem uma marca e essa marca faz de mim alguém errado em querer que ela floresça e além disso nem sei se ela sonha em florescer em meu coração
E por isso das vastas vezes tentei esquece-la, mas não sei o que acontece comigo que não consigo, será algo predestinado? Ou algo provado para que eu sofra e sonhe em um dia te lá...
Só sei que sem querer minha mente em contato ao meu coração faz em minhas mãos algo de estrema importância, pois delas meus dedos se formão em letras e se criam escritas onde me expresso...

Como posso esquecer de alguém
Sendo que no amanhecer do sol lembro do brilho de seu olhar
Como posso esquecê-la
Sendo que ao ver uma criança lembra da simplicidade e da pureza
Que habita em seu coração
Como posso esquecer de alguém
Que me ajudou muita das vezes e sinto ainda seu ser em minha alma
Como posso deixar de esquecer aquele olha
Comoooooooooooo???
Será que tudo o que acontece comigo é a mais pura amizade de todas
onde o mundo desconhece ainda na face da terra, o que será ???????
E assim vou levando minha vida de poeta, tentando ter algo que para mim seja impossível, mas que o coração diz que tudo é possível quando se fortalece a cada dia...

Foto de Magroalmeida

Quando acaba o Amor

QUANDO ACABA O AMOR

Tudo começa de forma lenta,
gradual e imperceptível...
Aos poucos os espaços vão sendo
preenchidos por desencantos e
desgastes aparentemente naturais
e que inevitavelmente se revelam insuportáveis.

De repente as mãos rendem-se
ao peso das desilusões e o espelho cai e trinca,
despertando a inquietude contida em nossa alma.

A imagem que passa a ser refletida mostra-se
desfigurada, distorcida e marcada
pelas rugas das mágoas, das insatisfações,
das agressões verbais, dos ressentimentos e do ódio
inconsciente que tenta invadir o nosso coração.

A partir daí, torna-se impossível encontrar
aquele fio de esperança capaz
de recompor a harmonia, a paz, a compreensão,
a cumplicidade, o respeito as individualidades,
o carinho e o amor.

Chega-se, infelizmente, ao fim de uma estrada sem retorno.
Percebe-se, então que, ao longo dessa viagem,
tivemos como companheiros inseparáveis
nossos mortais inimigos: o silêncio e a acomodação.

É fato também que, a trinca causada no espelho
da nossa alma, por menor que seja, torna-o incapaz
de refletir a nossa imagem com o brilho
da paz, da felicidade e do amor.

Por mais que lutemos, nossa mente passa
a não responder aos apelos da alma.
Nossas mãos, aliam-se aos nossos corações
mas não conseguem redesenhar o futuro.
O traços são meros rabiscos imperfeitos,
disformes, desfigurados, desencontrados...

Infelizmente não dá mais...o amor acabou...
partiu sorrateiramente sem avisar ao nosso coração...
é o fim!

Diante de todos esses acontecimentos
resta-nos, apenas, seguir em frente.
Caminhar por uma estrada desconhecida
em busca de novos horizontes.
Em busca de uma nova vida e,
quem sabe, de um novo amor
que possa trazer de volta a alegria de viver.

Mas, certamente, jamais se apagará
de nossa memória toda a história
que um dia escrevemos no portal da nossa vida.
As lembranças jamais nos dirão adeus.

Lágrimas poderão brotar em nossos olhos,
mas não serão de arrependimentos,
serão das saudades que se perpetuarão em nossa alma
durante o nosso novo caminhar pela vida.

Assim, cabe exclusivamente a nós abrirmos o nosso coração
para que a felicidade nos brinde no novo amanhecer que nos espera.
E, certamente, seremos felizes outra vez
onde quer que estejamos.

Mar/2007
Magroalmeida

Foto de Suavenigma

Insana

Ah!Este desejo louco
de procurar beleza em todas as coisas feias,
e transformar em bem
o mal que, por ventura,
em meu mundo surja!

A rosa sem espinhos.
O amor sem adeus.
O céu sem nuvens.
Sempre no coração um afeto e,
nas mãos,
um gesto de ternura.

Fogo no inverno.
Sombra no verão.
Sem dissonância, a música.
Sem pedras o caminho.
No homem, a força.
Na mulher,o carinho.

O bom,o belo, o verdadeiro.
O querer, o poder, o dever,
todos de uma só vez.
Sorriso por olho; beijo por dente!
...............................................
E um fastio enorme de viver.

Suavenigma®

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