Mãos

Foto de Sacana Honesta

O Beijo

No encontro dos olhares
Um beijo carinhoso
Bocas que se estudam
Línguas que se buscam
Mãos entre os cabelos
Olhos voltados um para o outro
Você como que encantada
E eu provando teu batom
Nossos corpos ainda leves...
Frisson.

E da troca dos fluidos
Um beijo alucinado
Bocas se engolindo
Línguas que se enroscam
Quatro mãos a deslizar
Pálpebras semicerradas
Você pulsando arrepiada
E eu explodindo em ereção
Nossos corpos comprimidos...
Paixão.

E na força dos abraços
Passou-se ao beijo ardente
Bocas que se comem
Línguas que se lambem
Mãos analisando coxas
Olhos fechados pro mundo
Você já descontrolada
E eu sem dominar a situação
Nossos corpos se unificam...
Tesão.

E da fúria da libido
Um beijo mais ousado
Bocas se mordendo
Línguas que se colam
Carícias mais profundas
Os olhos revirados
Você já toda molhada
E eu querendo te invadir, com dor
Nossos corpos preparados...
Pro amor.

Por Bruno Henrique Lima Horst, meu namorado

Foto de Mel Santos

AMANDO-ME FEITO LOUCO!!!

Quanto sinto que estás perto
Meu corpo se arma, perde a calma...
O coração dispara, minha boca se cala.
Minha pele arrepia, as mãos ficam frias.
Quando sinto que estás perto
O meu corpo te chama, se inflama.
Entro em combustão, de desejo de tesão...
Desejo-te e imploro por um beijo
Quanto sinto que estás perto
Sinto dentro de mim o calor do deserto
És o oásis que me alucina, e me fascina.
Quando sinto que estás perto
Desejo que apague meu o fogo, me tire o fôlego.
Desarme meu corpo, beijando minha boca.
Amando-me feito louco.

Mel Santos
20/01/07

Foto de Ana Cris

A Sua Espera

Pés descalços...mãos vazias...coração despido de sentimentos.
A cada ida e volta desse mundo insano,
Metade dos anjos de Deus caídos na mediocridade terrestre;
Metade dos seres humanos
Lutando entre si como antigos gladiadores
Na busca desesperada de mais uma vitória
Que significará a continuidade da sua existência.
Enquanto eu, deitada em meu leito solitário,
Absorvo a fumaça cancerígena de mais um cigarro.
De olhos fechados, não observo o céu ou as estrelas
Que aliás, deixaram de existir no meu universo.
Onde agora, só restam sombras difusas e sem sentido
De um passado que creio que não haja sido o meu...
Na lembrança de um beijo que já nem sei se aconteceu...
Presa a um sonho que nunca me pertenceu.
Enquanto eu, absorta em meus próprios pensamentos,
Vivo a espera de alguém que possa curar todos os meus tormentos,
De um anjo que faça calar todos os meus lamentos...
De você!: o único ser capaz de devolver,
Todos os meus sentimentos...

Foto de Jorgejb

Por Ela

Olhei-a de soslaio, sem deixar entender meus olhos fitados nela. A sua beleza descrevia o entardecer magnífico de um qualquer campo de trigo amarelo, amadurecido no pincel de um qualquer Van Gogh. Derramava dela a brutal incompreensão do absoluto, um mar de solstício de Setembro, forte e rude, belo e vital.
A presença dela, inundava a luz das coisas em que tocava, inventando áureas mágicas, texturas forradas a prazer, entregando-se nos gestos que compunha – banais – como se fossem momentos únicos, actos solenes, deíficos, imaginando (eu) que seus beijos fossem obras de autor, ternos consolos de quem se sentia um Cesário perdido nos braços da sua amada.
Foi então, sim foi então que a desejei. Desejei-a como se deseja no íntimo de cada alma, ansiando a plenitude, resgatando gestos, olhares, pedindo os cabelos, as pernas, as mãos, os seus seios. E fui então o maior dos poetas, compus oitavas de génio, falando de amor e solidão, incontornável veste de poeta, da muita solidão – e falei de todas as ruas onde a queria levar. Pintei o seu nu com a arte que se arroja e a decência inocente dos anjos. Cantei o madrigal mais terno e leve que se deseja cantar, quando o seu rosto por fim repousar no meu ombro.
Parei. E o meu peito arfava. Havia tecnicamente, como que a impossibilidade de respirar. Num esgar, o meu rosto contraiu-se, os olhos humedecidos pedindo – como qualquer pedinte que se verga a pedir do desespero de nada ter. Decidido, ergui-me. Ergui-me, como qualquer homem se ergue no meio da noite do leito da sua amante, arrefecendo no caminho os pés que o levarão de volta à cama conjugal, sempre quente.
Olhei-a uma última vez, na doçura de um quadro pintado pelo melhor dos artistas, lembrou-me uma bailarina de Degas.
A história chegava assustadoramente a um eminente fim, quase possível, evidentemente clássico. Os meus passos transportavam o sorriso dos conformados, ébria virtude de quem sofre da mais profunda imaginação, e se perdoa diante dos santos, que riem de todas as preces com a mesma terna e impassível candura.
É agora que se inventa um final feliz. Logo ela virá correndo, quem sabe, perguntando as horas, um endereço. Depois, porque não, conversaremos, marcaremos o encontro no café, que será o de todas as vésperas, e o amor, o que move e desenha palavras, nascerá perene e doce, até ao fim deste conto. Ela, será forçosamente a razão do sonho de um homem, a razão, de sempre se perder a razão – por uma paixão.

Foto de InSaNnA

A Tua Poesia e Eu

Sinto esquentar o corpo
do centro para fora..
o coração arde á tua espera..
A tua poesia,estremeçe minha alma..
O corpo reage,arrepiando derme adentro,
enquanto, suspiro os teus primeiros versos
sinto o poder de suas palavras !!
Parecem mãos em passeio
por minha pele..
A tua brisa festiva
renova o meu fôlego,
em vibrações incontidas ..
O coração, agora,pulsa acelerado,
parece chamar-te loucamente..
enquanto,a minha boca,
banha-se em saliva,
a espera de tí..
Ardentemente..

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Obrigada!Um beijo !

Foto de M.Veríssimo

Desejo

Alimento-me na luxúria de teu prazer...
meu sexo erecto de fogo lascivo,
navega em sonho no teu ventre activo,
para em miríades de cor se desfazer.

Com calma ardente, teu mundo penetro...
e em mãos enlaçadas a gente se aperta
esta noite amando-nos em intensa descoberta
teu corpo fremente vezes sem conta adentro.

Tu, sorrindo meu nome chamas,
quando te repito a palavra amor,
em doces gritos tua paixão derramas...

embevecido fico com teu longo tremor,
nessa alegria em que nos apanhas
e juntos nos unimos em rios de suor...!

Foto de Hirlana

Se...

Se eu pudesse em teus olhos,
refletir essa minha inspiração...
Se eu pudesse em teu corpo,
mostrar minha paixão...
Se eu pudesse te fazer sonhar,
acalentar teu coração...
Se eu sentisse em ti mais amor...
Se ficasse comigo até o amanhecer...
Se eu sentisse o calor das tuas mãos...
Se eu pudesse em teus braços chorar minhas lágrimas...
... rir meu riso..
...comemorar minhas vitórias...
...pedir aos deuses proteção...
...sentir o pulsar do teu coração...
Se eu pudesse em tua vida...
ser algo mais pra você...

Foto de Hirlana

Pensando em você...

Apaguei a luz...ainda não contente com a escuridão, fechei meus olhos e pensei em você
Ví teu olhar profundo e teu sorriso doce a tomar conta da minha alma...
Ouvi tuas palavras ditas de maneira tão suave... que aos meus ouvidos uma música se iniciou e meu corpo ficou leve, como se estivesse sendo levada por essa música em meus pensamentos...
Pensei em você... Pensei em nunca te perder...
Me deliciei com teus beijos... senti teus abraços, teu perfume forte, tuas mãos...
E foi naquele silêncio, naquela escuridão que o vazio que habitava em mim se foi... eu não estava sozinha, deitada em um quarto escuro... eu estava pensando em você, eu estava sonhando acordada, juntando todos os momentos que passamos juntos, os segredos e planos que dividimos, os nossos sentimentos...
Aqui estou, escrevendo essas poucas linhas... com o sorriso no rosto e o brilho no olhar que você me deixou. Não estou sozinha... te trago comigo em meus pensamentos, meu coração, em meu corpo, na minha alma.
Eu amo você!

Foto de Foxylady

Masmorra

Final de tarde.
O vermelho no céu anunciava o calor que passara e se iria sentir no dia seguinte.
A luz fugidia desvanece e mal se vislumbram as sombras naquelas paredes semi- rebocadas.
Entram sons quase imperceptíveis pelas grades da pequena entrada, vejo pés que passam e outros que se cruzam indeléveis no caminho a percorrer.

Tento sacudir a cabeça na tentativa falhada de não entrar sangue nos olhos, em vão me debato, o mesmo escorre em gotas finas lânguidas e demoradas e já o saboreio...Posso reparar que pousa nos meus peitos desnudados e hirtos pela frescura do tenebroso lugar.

Virou costas e saiu.
Permaneço imóvel, imutável, imobilizada, mortal...
Desesperadamente indefesa.

A sós com os meus pensamentos encurralada entre 4 paredes decadentes, a ferrugem das grilhetas corrói-me a pele, estremeço no receio e na incerteza do futuro...

Rodas guincham num derradeiro esforço, entra uma mesa putrefacta com uma toalha preta disfarçando o rude artefacto.
Mais relevante o que nela jaz pousado: chibata, correntes...palmatória... venda...Gag...os punhais...velas vermelhas e pretas qual aparato satânico que faz ranger os dentes e elevar cada pêlo do corpo...

Não me atrevo a chiar um "ai". Observo apenas.

Levanta a mão, dirige-se num gesto para mim, calculo que vá aliviar minha dor, da coroa de espinhos que me martiriza mas em vez disso puxa por meus cabelos misturados de vermelho e atira minha cabeça com força para trás na cruz que me segura...

Quer me ouvir a implorar, caso ceda sofrerei torturas.

Meu mestre permanece calado, inamovível, inabalável de sua missão, limpar meus pensamentos de luxúria pecaminosa que me invadem os sonhos e me soltam a voz enquanto durmo, cheiro de mulher para mim estava off limits porque ele assim o ordenava.

De palmatória em riste, olhar maquiavélico que me cega, defere golpes em meu sexo.
Nada posso fazer senão respirar fundo a cada investida, dolorosa, que me arreganha as entranhas e me faz entregar assim de maneira inteira.
Afasta meus lábios, e agora acende a vela, a chama eleva-se majestosa e começa a soltar gotas que me marcam e ferem a fenda humedecida por um turbilhão de emoções, uma amálgama de sentimentos que me faz perder os sentidos.

A cera misturada com meus sucos cai no chão enquanto mais continua a cair em mim, estremeço ainda com cada gota, cada gota me arrepia e ferve o sangue cá dentro na ânsia e receio de o sentir.

Palmatória outra vez, castiga-me friamente, sua respiração denuncia o prazer animal e grotesco que suga de todo o cenário.

Os lábios inchados cobertos de cera começam a ser revelados à medida que a cera vai caindo a cada investida, ora nos mamilos hirtos do frio da noite que nos abraçou.

Engulo os queixumes, debato-me em vão, ele aumenta a intensidade...
Não aguentando mais perco os sentidos, o sentir mata-me aos poucos e colapso no escuro.

Acordo (quanto tempo terá passado?), o seu corpo aperta-me e um punhal no pescoço trava-me um hipotético gesto. Com a lâmina faz pequenos golpes no meu pescoço que chupa sofregamente, eu mal me atrevo a respirar horrorizada pelo seu olhar encerrado naquele capuz hediondo. Respiro tremulamente, dificilmente me lembro do frio, somente sinto o fio que corta minha pele enquanto me aperta cada vez mais.

Sinto seu membro encostado ao interior de minhas coxas, sofro por senti-lo...

O mestre respira ofegante, sinto seu perfume que me entesa mais ainda.
Sem contemplações nem avisos, de uma só golpada sinto-o todo vibrante dentro de mim...A cada investida enterram-se mais os espinhos que me ornamentam a fronte.
Largou do punhal e arranca-me a gag por onde fios de saliva escorrem para me dar a mão inteira na boca antes de poder gritar.
Ferrei com a força toda que advinha do prazer, sei que ele gosta que eu sofra e que me perca nos meandros das sensações do meu corpo...

Banhada na loucura o calor imenso que me sufoca e sobe corpo acima até me deixar desfalecida em seus braços enquanto ele me presenteia com o seu auge...

Beijou-me.
Soltou minhas mãos, beijou cada uma com devoção.
Soltou meus pés, beijou cada um com igual devoção.
Levou-me ao colo, deitou-me num banho quente com sais...

– Agora és minha Rainha, sirvo-te eu!

Foto de Isa Castro

Voo

Seguro o momento
Do voo de uma gaivota.
Delicado e harmónico….
Irradiando esperança e serenidade,
Tem a beleza de um entardecer.
E faz-nos sentir tão bem, numa tão plácida leveza!
Não tenho pudor, nem vergonha de me expor,
Mas sinto o carinho que de ti flui,
Uma luz, o apogeu deste fluxo de energia,
Que suaviza com a ternura o que em nós reluz.
E o calor se nos confunde, neste clima tão doce,
Envolvente, moldando as nossas mãos no remanso
De uma concha, pela qual conseguimos vencer e renascer.
Pela alma do vento,
Do calor dos raios da alvorada fria,
Da harmonia de um voo silente
Tão singular e genuíno como tu!
Estou serena pela transparência da tua alma.
És singularmente, a aura mágica
Que me faz voltar a acreditar numa esfera de sonhos.

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