Mãos

Foto de Xaverloo

Inventariando

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Eu e as minhas mãos vazias
No passo apressado de toda correria
Deixamos ao mundo tudo que trouxemos
Inventariamos nossos sonhos não alcançados
Abrimos mão dos nossos fardos
E roubamos da vida o direito de viver enquanto se faz possível.

Eu e meus pés descalços
Degustamos o sabor da terra nua
Caminhamos nos versos das canções da vida
Escrevemos nas páginas das folhas ao chão
Deixamos nossos livros não escritos à mão
Para registrar a longa vida que viveremos neste curto espaço de tempo.

Eu e meus olhos nostálgicos
Na captura das partes que se não deixam perdidas
Ricocheteamos toda boa imagem que testemunhamos
Fiquem com flores que pretensiosamente roubamos
E espalhamos as pétalas em forma de fantasia
Porque na nossa vida, escolhemos o perfume que o vento em flores trazia.

Eu e meus ouvidos atentos
Na sonha de distinguir os sons do silêncio
Partituramos o canto que não viaja nas ondas da invenção humana
Transcrevemos as vibrações de emoções inexplicáveis
Que a cá neste mundo suspiramos
Alardeando o choro, o grito, o sorrir e o desespero dos aflitos
Na esperança da felicidade que por vezes nos tateia e nos deixa.

Eu e meus lábios culpáveis
Beijando a ousadia de tentar descrevê-la
Sob a ótica desse instante que transforma-se constante
Entrego a prepotente vontade de desnudar a vida e explicá-la
Decido vivê-la e não mais
Até experimentar o sabor que tem a morte
Que por certo também faz parte da vida.
Prometo, por seu doce sabor, nunca mais perdê-la.

Xaverloo

Foto de Diario de uma bruxa

Em minhas mãos... O tempo

Em minhas mãos está o tempo.
As horas...
Enfim, os minutos e segundos.

Tento reprimi-lo,
apertar o máximo possível.
Para atrasar o badalar da meia noite...
Nesta hora tudo vira abobora.

Não quero ser esquecida...
Quero ser sempre presente,
o seu ar... A vida.
O ponto alto do seu dia.

Por isso seguro o tempo.
Controlo-o o tempo todo.
contando cada passada.

Mas no final tudo acaba, e
vejo que realmente
foi tudo
um conto de fadas.

Deby N. M.

Foto de Gabriela Bedalti

Onde está o amor?

Onde está aquele amor
que deveria existir entre os seres humanos?
Onde está aquele calor
dos abraços com que sonhamos?

Onde está o carinho
que agrega os irmãos?
Onde está aquele bom caminho
entregue em nossas mãos?

Onde está a sabedoria
Que Deus deu ao homem?
Onde está a melhoria
para que pesadelos não nos estorvem?

Onde está a renúncia
à maldade, ao preconceito?
Onde está a pronúncia
de união para um mundo direito?

Onde está a felicidade
sem as diferenças sociais?
Onde está a fraternidade?
Faz falta demais...

Onde está?
Onde colocaram?
Quem descobrirá
onde as guardaram?

Onde...onde está o amor?!...

Foto de Anderson Maciel

...

Minhas mãos pálidas demonstram o quanto eu me sinto agora, delubriado e cheio de dores dentro da alma por saber que você está longe de mim... Meu corpo já não é mais o mesmo desde que você se foi, ao meu redor só existe tristeza e um vazio profundo; o que era para ser o lugar de descanso virou uma sala negra aonde eu desfaço todas aquelas alegrias, aqueles momentos de felicidade transformando tudo em pura nostalgia uma vontade demasiada de retirar aquele sangue fraco que já não me alimenta mais. O coração vai parando lentamente enquanto eu me deito no chão da sala, esquecido com as amargas mágoas de um alguém que se foi; indo além ao fechar os olhos entrando em outro plano onde a dor aperta ainda mais a alma mostrando o quanto viver é inútil e continuar é em vão. Anderson Poeta

Foto de Carmen Vervloet

Botões Delicados

Botões mimosos
ainda a florescer...
Semeados sob viadutos, pontes,
solos inférteis!
Talvez nem cheguem a crescer...
Límpidas fontes de pureza
que se perdem nas ruas
infestadas por cruéis ardilezas...

Nos olhos, álgida tristeza,
o estômago a roncar...
Ausência de qualquer delicadeza!
Mãos sujas a mendigar,
corpos frágeis de fome
cambaleando magreza!

Homens passam de um lado pro outro,
alguns viram o rosto...
E elas maltrapilhas, famintas,
sem riso, sem chão,
sem brilho no olhar,
deixam uma lágrima escapar!

Vez em quando, uma alma generosa,
doa-lhes algum vintém...
Dividem um pão seco
com muito cuidado
pra não falte a ninguém
e dão lições de solidariedade,
elas nada possuem,
mas partilham o que têm.!

Neste esmaecido jardim,
de flores tão delicadas
semeadas em nossas ruas,
bancos de praça e calçadas,
sem viço, mas com a alma perfumada,
transeuntes não querem penetrar...
Ou dói-lhes a consciência,
ou prepondera a dormência...

E assim é criada por nós homens
a escola da marginalidade,
pós graduação em revolta...
E aquela pura flor,
em trágica reviravolta,
transmuta-se em feroz espinho
por carência de um lar, escola, amor...
Por carência de alimento, um olhar atento,
quem sabe um suave carinho?!

Ah! Triste destino de botões tão pequeninos!

Foto de Carmen Vervloet

Cenário

CENÁRIO

Galos cantam anunciando a manhã!
Pela janela entreaberta do meu quarto
uma brisa leve
acaricia, com mãos delicadas,
meu corpo descansado.

Estrelas derradeiras
despedem-se pálidas e tontas,
cegas pelo brilho da aurora.

Árvores silentes dançam,
no ritmo do vento calmo,
com arte e inspiração...

A lua dá seu último mergulho
nas águas do mar
que refletem sua imagem nua
num espelho de prata.

A paisagem me envolve,
o silêncio seduz!...
A paz se apossa da minha alma
que se enche de amor.
Acordo sorrindo
junto ao sol que se espreguiça!...

Foto de Carmen Lúcia

Momento único (para minha mãe)

Um doce enlevo me conduz à recordação,
trazida pelo vago entre a tarde que morre
e a noite que se anuncia...
Pela nostalgia que se espalha no ar
e pelo espaço vazio entre os dois momentos;
final da tarde e início de noite...
Pelo surgir, de qualquer canto, da saudade
que invade e toma forma,
pra se fazer notar...

Então a vejo...
A tez clara em oposição à contraluz do lugar;
brilho ao mesmo tempo fosco e esfuziante...
Cabelos discretamente dourados,
como folhas de outono, apagadas...
Olhos que me acariciam, me adornam...
E me deito em seu colo
tentando retroceder o tempo...
Queria esse tempo agora!

Utópico pensamento que me consola.
Suas mãos macias em meu corpo
me fazem renascer...
Adormeço com o seu cântico
a me embalar ... e de novo me gerar.

Minha mãe...Eterna morada...
Acordo... enquanto o doce enlevo se desfaz;
olho para o espaço vazio
entre a tarde que se vai
e a noite que ainda vem.
É o momento de a reencontrar...

Carmen Lúcia

Foto de Paulo Gondim

Serca

CERCA
Paulo Gondim
05/05/2012

Não me deixes só, antes que me perca
Pois que aqui o mal nem é a seca
Mas a pouca terra, em tanta terra
Pois se há terra, há também a cerca

E como mar que se navega a esmo
Não me cobre rota ou destino
A terra alheia me faz tão pequenino
A terra existe, mas não é minha
Ela não dá pão e nem farinha

A mesma terra infértil, morta,
Por muito tempo adormecida
Vista de longe com olhos fundos
Suspiros doídos, profundos
De quem até a vida é esquecida

Não me deixes só, antes que me sirvam
Como restos aos urubus que se ativam
Sobre a carniça fétida da fome
Nessa terra, poucas espigas se cultivam

A chuva escassa foge em sua pressa
E na terra seca, a vida logo cessa
Mãos ossudas estendem-se no ar
Num sinistro grito, sem brecha
Mais uma vez a seca, o ciclo se fecha

É assim, sem vida, sem guarida
A cerca impede qualquer saída
A terra cercada se faz abandono
Se tem cerca, também tem dono

E a terra não dividida
Em poucas mãos, possuída
Se torna estéril, impura
E de quem dela precisa
Serve apenas como sepultura

Da série, “No Sertão, é assim”

Foto de von buchman

Mercedes, minha declaração publica da minha paixão e do meu eterno amor por você....

Uma declaração de amor, a mulher de minha vida...
Eu era bem jovem quando lhe a vi pela primeira vez...
Ela entrava na escola de natação onde eu era o professor
Meu olhos foram ao encontro dos dela e senti algo
Que nunca antes tinha sentido por outra mulher...
Meu coração disparou e minha respiração ficou fora de ritmo
Uma paixão fulminante tomou conta do meu ser
E meu coração nunca pode esquecer..

Lembro das primeiras palavras que escutei de sua boca
Oi! fazendo-me um mui gostoso e ardente sonhar...
Eu Fecho meus olhos e começo à lembrar
De cada detalhe do teu corpo e do meu desejar...
Os dias passaram a cada dia um novo sonhar...
No primeiro toque de suas mãos
Ao primeiro beijo não tem como esquecer ou como apagar...
Namoro, noivado foi um eterno sonhar...

A plena satisfação foi levar-te para o altar,
Linda e maravilhosa menina mulher com quem fui me casar...
O realizar veios com os filhos e a linda
E mui bela família que Deus me deu e vivo a guardar...
Os anos passaram hoje estou longe de tua carne...
Mais moras eternamente no meu coração,
Como no meu desejar e no meu realizar...
Foste és e serás eternamente endeusada
No meu amar, sem nenhuma macula no teu ser, ...

Não consigo e não tem como negar,
Sou um homem loucamente apaixonado por ti,
Em cada momento vejo-te nos meus realizar...

Erramos muitas vezes, mais quem não erra ,
A perfeição só de Deus e dos seus anjos,
Aprendi a te perdoar pois és a única razão do meu viver,
e commo diz a palavra tenho que saber perdoar
e ter meu coração limpo custe o que custar...
Nada tem valor sem você no meu viver...
Te esquecer já mais, não a como nem no pensar...
Foste marcante e presente em toda minha vida
e assim serás eternamente...

Determina-te posse total e exclusiva
De meu coração, do meu corpo e do meu amar !
Eu trocar-te por outra nem me atrevo pensar...
És imaculado no meu ver,
Linda e bela mulher que eu sempre vou amar,
Razão do meu puro viver,
Nada é mais perfeito do que te amar..

Como posso te qualificar:
Anjo de luz...
Mulher maravilhosa....
Deusa do meu sonhar..
Rainha de minha vida...
Eterna paixão do meu viver...
Musa inspiradora de meus poemas...
Mãe e esposa perfeita para do meu lar...
Linda e bela mulher que vivo tanto a sonham e desejar...

Teu olhar me faz lágrimas rolarem de saudades
Dos belos e lindos momentos da nossa vida a dois e do nosso lar...

Do primeiro beijos, até as mais puras
E as mais ousadas propostas de uma amar...

És a menina sapeca do meu único realizar
Eternamente meu doce anjo do amar...
Amo-te agora muito mais ainda,
Pois este amor ficou maduro,
Responsável, sem medo ou com um pé traz,
No que se diz entregar por total,
Pois neste 32 anos de vida a dois,
Me ensina-se como devia sempre te amar
E como viver sabiamente ao teu lado...

Fui aluno aplicado em todas as matérias
Do amar, do sonhar, da responsabilidade,
Da honestidade, da fidelidade, do romantismo,
Na doçura, nos carinhos, no fantasiar, no desejar,
Na amizade, na relação a dois, na dedicação,
Na paixão, no se completar,
Na sedução e no pleno realizar ...

Reconheço que vacilei,
coloquei em risco nossa vida a dois
e o nosso amar...
Rogo-te e peço-te perdão meu amor,
pelos meus erros e falhas que não são justificáveis
com um servo de Deus e esposo apaixonado...

Mas a certeza de que és meu maior bem querer e o
Meu mais ousado desejar...
Me fez me dedicar mais e mais chegando ao
Meu maior objetivo que é teu mui lindo
E belo coração que para sempre nele quero morar...

A velhice estar a chegar e quero poder sempre te amar,
Passeia de mãos dadas como nos nossos vinte anos,
Mesmo quando não mais sejamos mais firmes no andar,
De cabelos bem branquinhos, mais quero que todos vejam
Do por que deste mui apaixonado amor,
Da minha total dedicação,
das minhas realizações com você
Em nosso eterno viver ao teu lado,
Sempre fazendo-te meus poemas
E declarações de amor com paixão,
muitas vezes escritos no espelho do banheiro,
E levando-te o café na nossa cama ao amanhecer,
com flores silvestre como sempre o fiz...

Cet! Amo-te eternamente como nunca amei outra mulher,
Sou totalmente apaixonado por ti e em cada detalhe...
Teu lugar ao meu lado este está eternizado ,
Nunca precisas temer a nenhuma mulher,
Desde as mais novinhas ou as mais desejadas por outros...
Pois sou unicamente seu para sempre...
O que Deus juntou não quem possa separar...
Por que meu coração meu corpo a te pertence
Até que a morte me venhas á consumar......
Te amo eternamente meu amor e paixão...

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Autor: VON BUCHMAN

Foto de Carmen Lúcia

Mãe é eterna

Da parede de meu quarto
cuida-me o teu retrato,
pintura à óleo, indescritível,
imagem que me fala,
imperceptível,
o que preciso ouvir,
sussurrando aos meus ouvidos
o canto de uma fada,
voz em mim gravada ao te ver partir...

Teu olhar a me seguir de onde tu estás,
aflito com o que faço,
com o que eu possa errar...
Acaricio o teu rosto, beijo tua face,
peço que me abençoes e venhas me brilhar...
És luz que me alivia, me induz a acertar.

Guardo teu sorriso meigo
e sem qualquer disfarce
deixo cair as lágrimas da dor que me quebranta
em meio às lembranças que permeiam os cantos
da casa onde agora o silêncio mora
velando teus encantos em forma de saudade
que ao mesmo tempo arde
e me revigora...

Mãe é para sempre, é amor eterno,
ser que não se acaba mesmo quando ausente,
mesmo quando cedo vai sem ir de nossa história
marcando com seus gestos, a nossa memória.
Presença radiosa a preencher vazios,
caminho que nos leva e traz de volta ao ninho.

Em cima da mesa a toalha bordada
por tuas mãos de artista, como era antes,
espalhando euforia dos dias de festa,
doravante, desses dias, é o que me resta.
Tua vigília sacrossanta nas noites de medo,
tua luz sempre acesa nas horas de escuro,
os carinhos que não esqueço, verdadeiro abrigo,
colo que abraço e beijo ao sonhar contigo.

_Carmen Lúcia_

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