Mármore

Foto de Zami

Filho de Brasilia

Deixa a mulher fruir
Ama com leveza e acolhe o ventre amado
Caminha n a verde grana e no seco cerrado
Ama sua terra
Que ver o belo pôr do sol
Homem magnifico
Amado por todas
Que sabe o que quer
Salve, salve

Mulher fêmea e mãe
Ganha flores e voa longe
homem do século vinte um
Que” fica” sem pensar
E liga no dia seguinte querendo “bis”

Brasiliense feito sobre o barro ou mármore de Pietra Firma
Terás cérebro de Homem
Toda mulher quer ter
Entra em qualquer crédulo
Crer na mulher
Sai pelas curvas e entra em perfeita harmonia no eixo

Sabe que o azul não é mar
Mas para que mar se o cérebro sabe soprar brisa
Beijando docemente

Fi lhos arco_íris que beijam ,beijam
Amam e se amam
Somos todos humanos livres para amar

Foto de pttuii

Pelo menos sou são I

Havia um desatino naquela face, parecia
de mármore com cueiros puxados,
para baixo, sim,
sem atavio,
Figura longínqua que me lembrava o vazio
de ideias que tenho ao lanche,não,
porque não passo fome,
e se algo me recorda a infância,
sou eu, desatinado,
vestido de mármore.....

Foto de pttuii

Poeta ao amanhecer em dia de sol

O poeta sente-se mal,
Toma um Kompensan,
Benze-se pela publicidade dúbia,
E o vangloriar de arrivismos humanos desnecessários,....

O poeta prolifera ao sol do amanhecer,
Recita-se em calão vernáculo,
Daquelas coisas que custam a ouvir,
E depois levanta-se, para ir dar de beber à alma,....

Escolhe a mármore que mais mal diz,
O pau de cabeleira mais feio,
No recôndito menos exposto,
E afoga a página de anúncios do jornal,....

O poeta é esperto porque a absorção é um dom,
E o sintético dos panos é para donas de casa,
O poeta prefere chocalhar,
Remeter encomendas de santidade ao céu estrelado,

O poeta engana na medida em que ilude,
O poeta não gosta de vocês,
Porque vocês adoram o poeta,
E querem beijá-lo, e esmagá-lo,....

Um dia,
Numa noite menos santa,
O poeta voltará menino,
Porque velho é quem lê e se faz de cego.....

Foto de eliane rocha

Declaraçao ao meu amado.

Levanta-te, vento norte,
e vem tu, vento sul;
assopra no meu jardim,
para que se derramem os seus aromas.
Ah! venha o meu amado
para o seu jardim
e coma os seus frutos excelentes!
O meu amado é alvo e rosado,
o mais distnguido entre dez mil.
A sua cabeça é como o ouro mais apurado,
os seus cabelos como galhos de palmeira,são pretos como o corvo.
Os seus olhos são como os das pombas
junto as correntes das águas, lavados em leite,
postos em engastes.
as suas faces são como um canteiro de bálsamo,
como colinas de ervas aromáticas;
os seus lábios são lirios
que gotejam nmirra preciosa;
as sua mão cilindros de ouro,
enbutidos de jacintos;
o seu ventre, como alvo marfim,
coberto de safiras;
As suas pernas, colunas de mármore,
assentadas em basa de ouro puro;
o seu aspecto, esbelto como os cedros e desejável;
O seu falar é muitissimo doce;
Sim, ele é totalmente desejável.
Tal é o meu amado tal o meu desejado ele é
quem eu aguardo anciosa e cheia de desejos,
para desvendar cada parte desse corpo incomparável...

Foto de pttuii

Avatar

reages, tens a presença envenenada,
porque és afago em mármore de taberna,
avental assoberdado de nódas,
pano de assoar mágoas incontidas,...

Spectrum a chiar,
tardes à espera,...

com cão eremita a carpir destinos,
e a emagrecer pelo côto cortado,...

Com tempos que já foram de verbo,
e sóis aptos a morrer,
capitéis,
És à sombra, com frio,
timidez desembargada,
complexo avatar de amor,...

saio de ti afunilado,
com a mentira dissecada,
o arroto de basta,
que ecoa,
em espírito que trancaste,
com esporas de cavalo cansado,...

Do que és em semi-breu,
arrependimento, conciso sentido
de espera,
Antevejo um rio,
de ti para a esquina,
o reduzido,
de um caminho consentido,
se pensas que matar
o que resta,
te vai trazer
a gnose....

Foto de sidcleyjr

Etapas

Começando numa visão que habilita autoconsciência dos pensamentos, que basicamente ao lembrar de possibilidades, fracassos e vitórias que conseguem ao despertar a árvore da vida, momentos e cicatrizes dos sorrisos e ao horizonte lembrar do floco de D’alva lá debaixo do vigiar do eterno criador. Daí se passou todas as folhas, voaram ao encontro do vento que jogava pra lá e cá, descendo e amadurecendo em dedicação ao ciclo e compreensão à natureza.
Fases no encanto qual fervor não queria? E apareceu uma moça sabe... Ela disse um doce olhar que me quer e na qual tensão me lambuza e crucia ao abraço que coração que pede crença. Tanta mocidade caminhando na areia descalça vulnerável dos pequenos arranjos, que o mar justou o vento e assim nas tardes e decisões do sol, ela criou seu inocente avanço em minha memória.
Aos amigos que me fizeram o som dos conselhos e correram ao meu lado nos quartos e telhados de vidro, quando pensei que assim poderia ser um fraco ou apenas oprimido em condição do próprio pranto. São florais, espelhos de felicidade e sempre a audácia de cumprimentar de tal excêntrica maneira, lhes degusto uma pétala com orvalho sobre sua ponta, simples agradecimento aos guerreiros azuis, pela comunhão do velho tempo que passou tão experiente me mostrou o valor de cada lágrima, sendo concepção de segurança e paz, pelos temores que aqui sua contradição agora permanece e o anjo me entrega ao algodão do céu, musas sorridentes que tem amor pra dá e atitude nas palavras, algumas apenas olhares e admiração, posso assim viver tranqüilo e chorando aos domingos de poltronas ouvindo Vércilo, “ninguém é de mármore”.
Casinha do amor, família na janela vendo o passarinho branco me ligando: está na hora que vir pra casa dormir e acordar ir para escola e beijar a mulher que tu ama, e apresenta-la assim a tua mainha e mãe que no colo te abraça tanto.
A hora de agradecer a Deus pelos motivos de me custaram o pouco que as oportunidades serviram, assim posso respirar devagar na minha casa e escrevendo estradas, posso até escutar Murilo Mendes:— Da Rua posso apenas falar de pessoas, gestos e até do sorriso da Carmem, os trilhos e comprimentos ficam ao conceito dos calçados.

Macroo ' (voltei galeraaa)

Foto de Carmen Lúcia

A acompanhante

(texto inspirado no conto “O enfermeiro”, de Machado de Assis, em homenagem ao centenário de sua morte.)

Lembranças me vêm à mente. Ano de 1968. Meus pais já haviam falecido e me restara apenas uma irmã, Ana.
Foi preciso parar com meus estudos, 3º ano do Magistério, para prestar serviços de babá, a fim de sobrevivência.
Morava em Queluz, cidade pequena, no estado de São Paulo, quando, ao chegar do trabalho, bastante cansada, recebi a carta de uma amiga, Beth, que morava em Caçapava, para ser acompanhante de uma senhora idosa, muito doente. A viúva Cândida. O salário era bom.
Ficaria lá por uns bons tempos, guardaria o dinheiro, só gastando no que fosse extremamente necessário.Depois, voltaria para minha cidade e poderia viver tranqüilamente, com minha irmã.
Não pensei duas vezes. Arrumei a mala, colocando nela o pouco de roupa que possuía e me despedi de Ana.
Peguei o trem de aço na estação e cheguei ao meu destino no prazo de uma hora, mais ou menos.
Lá chegando, fui ter com minha amiga Beth, que morava perto da Praça da Bandeira e estudava numa escola grande, próxima de sua casa. Ela me relatou dados mais detalhados sobre a viúva, que, não fosse pela grande dificuldade financeira que atravessava, eu teria desistido na mesma hora.
Soube que dezenas de pessoas trabalharam para ela, mas não conseguiram ficar nem uma semana, devido aos maus tratos e péssimo gênio da Sra Cândida.
Procurei refletir e atribuir tudo isso a sua saúde debilitada, devido às várias moléstias que a acometiam.
Os médicos previram-lhe pouco tempo de vida. Seu coração batia muito fraco e além disso, tinha esclerose, artrite, bicos-de-papagaio que a impossibilitavam de andar e outras afecções mais leves.
Depois de várias recomendações de paciência, espírito de caridade, solidariedade por parte de minha amiga e seus familiares, chamei um táxi e fui para a fazenda, onde morava a viúva, na estrada de Caçapava Velha.
A casa era de estilo colonial e lembrava o passado, de coronéis e escravos.
Ela me esperava, numa cadeira de rodas, na varanda enorme e mal cuidada, onde vasos de plantas sucumbiam por falta de água.
Percebi a solidão em que vivia, pois apenas uma empregada doméstica, já velha e com aspecto de cansada, a acompanhava.
Apresentei-me:-Alice de Moura, às suas ordens!Gostou de mim.Pareceu-me!
Por alguns dias vivemos um mar de rosas.Contou-me de outras acompanhantes que dormiam, não lhe davam seus remédios e que a roubavam.
Procurei tratá-la com muito carinho e ouvia atentamente suas histórias.
Porém, pouco durou essa amistosa convivência. Na segunda semana de minha estadia lá, passei a pertencer à lista de minhas precursoras.
Maltratava-me, injuriava-me, não me deixava dormir, comparando-me às outras serviçais.Procurei não me exaltar, devido a sua idade e doença.Ficaria ali por mais algum tempo. Sujeitei-me a isso pela necessidade de conseguir algum dinheiro.
Mas, a Sra Cândida, mesmo sendo totalmente dependente, não se compadecia de ninguém.Era má, sádica, comprazia-se com a humilhação e sofrimento alheios.
Já me havia atirado objetos, bengala, talheres, enfeites da casa.Alguns me feriram, mas a dor maior estava em minh’alma.Chorava, às escondidas, para não ver a satisfação esboçada em seu rosto e amargurava o dia em que pusera os pés naquela casa.
Passaram-se quatro meses.Eu estava exausta, tanto fisicamente, quanto emocionalmente.Resolvi que voltaria à Queluz.Só esperaria a próxima rabugisse dela.Foi quando, de sua cadeira de rodas, ela atirou-me fortemente a bengala, sem razão alguma, pelo simples prazer de satisfazer seu sadismo.
Então eu explodi. Revidei, com mais força ainda.Mantive-me estática, por alguns minutos, procurando equilibrar minhas fortes emoções e recuperar a razão.
Foi quando levei o maior susto de minha vida. Deparei-me com a viúva, debruçada sobre suas pernas e uma secreção leitosa escorrendo de sua boca.Estava imóvel.
Já havia visto essa cena, quando meu pai morrera de ataque cardíaco.
Aos poucos, fui chegando mais perto, até que com um esforço sobre-humano, consegui colocá-la sentada na cadeira e com o xale que havia caído ao chão, esconder o hematoma no pescoço, causado pela minha bengalada.
Pronto!Tornara-me uma assassina!Como fui capaz de tal ato?
Bem, fora uma reação repentina, em minha legítima defesa.Ou quem sabe, a morte tenha sido uma coincidência, justamente no momento em que revidei ao golpe da bengala.
Comecei a gritar e a velha empregada apareceu. Ajudou-me a levar o corpo até o quarto.Chamei Dr. Guedinho, médico da Sra Cândida e padre Monteiro, que lhe deu extrema unção.
Pelo que percebi, o médico achou que ela fora vítima de seu coração, um ataque fulminante.E eu tentei acreditar que teria sido mesmo, para aliviar a minha culpa.
Após os funerais, missa de corpo presente na igreja Matriz de São João Batista, recebi os abraços de algumas poucas pessoas que lá estavam, ouvindo os comentários:
-Agora você está livre!Cândida era uma serpente!Nem sei como agüentou tanto tempo!Você foi a única!
E, para disfarçar minha culpa, eu retrucava:
-Era por causa da doença!Que Deus a tenha!Que ela descanse em paz!
Esperei o mesmo trem que me trouxera à Caçapava e embarquei para minha cidade.Aquelas últimas cenas não saíam de minha mente. Perseguiam-me dia e noite.
Os dias foram se passando e o sentimento de culpa aumentando.
-Uma carta para você!gritara minha irmã.-E é de Caçapava!
Senti um calafrio dos pés à cabeça. Peguei a carta e fui lê-la trancada em meu quarto.
Que ironia do destino!Eu era a herdeira universal da fortuna da viúva Cândida!Logo eu, que lhe antecipara a morte.Ou teria sido coincidência?
Pensei em recusar, mas esse fato poderia levantar suspeita.
Voltei para Caçapava e fui ter com o tabelião, que leu para mim o testamento, longo e cansativo.
Realmente, era eu, Alice de Moura, a única herdeira.Após cumprir algumas obrigações do inventário, tomei posse da herança, à qual já havia traçado um destino.
Doaria a instituições de caridade, às igrejas, aos pobres e assim iria me livrando, aos poucos, do fardo que pesava em minha consciência.
Cheguei a doar um pouco do dinheiro, mas, comecei a não me achar tão culpada assim e passei a usá-lo em meu benefício próprio. Enfim, coincidência ou não, a velha iria morrer logo mesmo e quem sabe se era naquele momento.
Ainda tive um último gesto de compaixão à morta:Mandei fazer-lhe uma sepultura de mármore, digna de uma pessoa do bem.
Peço a quem ler essa história, que após a minha morte, que é inevitável para todos, deixem incrustada em meu epitáfio, essa emenda que fiz, no sermão da montanha:
_”Bem aventurados os herdeiros universais, pois eles serão respeitados e consolados!”

(Carmen Lúcia)

Foto de Cabral Compositor

O Tempo est[a dentro do Tempo que a gente nao Ve

O radio toca uma musica, num domingo de Janeiro de 2007. Uma musica de 1968, transporta uma linguagem de anos atrás. E antes de estar aqui, estive também em 1968. E esperava num dia de Janeiro, uma resposta para sair e encontrar com amigos comuns. Ouvia radio nesse dia, e no radio, tocava uma musica dos anos sessenta. Percebi, que tanto hoje e antes, não mudou muita coisa. Algumas vezes me deparei em circunstancias semelhantes, verificando algumas fotos de família e onde foram documentados outros tempos, lugares, paisagens.
Após varrer o quintal da casa, veio uma idéia, que me deram através dessa forma, digo num desses sentidos que temos de pensar e imaginar. Achei uma chave imaginativa, de tamanho médio, clara, prata, com voltas e contornos de modelo de chaves antigas. Uma chave que abriu uma porta,sustentado por colunas de mármore claro e limpo.
Uma chave imaginaria, uma porta imaginaria. Ai, uma imagem infinita, sem estrada definindo o caminho ou a dire;ao do pensamento.
Acho, que o inicio de tudo, a primeira pedra, o primeiro verde, o primeiro orvalho. Uma letra A mesmo sabendo que existia, tinha a convic;ao, que era a primeira letra A.
Um Sol primeiro, um Vale, uma nascente. Tudo bem limpo, bem calmo,bem inicio,um primeiro.
Fui seguindo, dentro de um plano pensante, sozinho, um só, andando a esmo. Nada de vida, nada de seres, somente a natureza viva de um plano. A minha natureza, organizada, como foi criada, como foi percebida após a imagem ao descobrir, do encontrar a chave de prata.
A chave de partida, da igni;ao, da primeira partida, do tranco, do primeiro passo de pensar e criar.
Ai, se colocar dentro de um plano sintonizado, sem mudan;as de caráter ou atitudes. Coisas, como, dar e receber, acreditar nas questões simples.
Outra musica, outro domingo, umas falas, uma outra passagem de tempo. Sem estradas, sem caminhos determinados, sem cidades, ruas, prédios, lojas, hospitais, restaurantes, consultórios médicos, bares. Transpus uma fronteira, onde um aqui se distancia do agora, aquele mesmo, onde encontrar pode ser um achado determinante, consistente, seguro.
Achei o inicio, onde nada ainda poluiu, nada ainda esta sem nome, o embrião, a semente nova, de cor verde claro, e pele macia ,a origem do pensar.

As matérias, tudo do primitivo ainda iniciando. Arvores, para as madeiras, minério, para o ferro e o a;º As pedreiras, para os mármores e granitos, o cimento para os blocos, tijolos. A areia, para as ligas das massas, do reboco. O barro, para as telhas, também o amianto. São as primeiras letras para transforma;ao global, a transforma;ao do universo, da natureza. Então vem se transformando outras matérias em vidro, plástico, cobre, zinco, pólvora, ácidos,produtos químicos, produtos de limpeza, de higiene, eletrônicos.
Outra musica, outro domingo, outro momento.

Foto de Lu Lena

SONHO AUSENTE

Olhos que lentamente acordam
ao amanhecer...
como se fossem duas janelas
que se escancaram dando
boas vindas ao sol...
que resplandecem com seu
brilho e em meu corpo
vem me aquecer...
por uns instantes fecho
novamente os olhos
e nesse devaneio
viajo até voce....
suas palavras são
como borboletas
que esvoaçam num
campo à cada alvorecer...
poetizando um bosque
com flores frescas do campo
exalando perfume em todo
o meu ser...
vejo meu corpo inerte
sob um mármore perdido
o vento sopra vultos com
véus esvoaçantes que
se perdem no horizonte
esculpido num jazigo
em letras reluzentes
aqui jaz um' alma morta
no passado...
acordo desse devaneio
não me encontro...
Estou viva
foi apenas um
sonho ausente
de voce...

Foto de Lu Lena

SONHO AUSENTE

Olhos que lentamente acordam
ao amanhecer...
como se fossem duas janelas
que se escancaram dando
boas vindas ao sol...
que resplandecem com seu
brilho e em meu corpo
vem me aquecer...
por uns instantes fecho
novamente os olhos
e nesse devaneio
viajo até voce....
suas palavras são
como borboletas
que esvoaçam num
campo à cada alvorecer...
poetizando um bosque
com flores frescas do campo
exalando perfume em todo
o meu ser...
vejo meu corpo inerte num
jazigo em mármore perdido
o vento sopra vultos com
véus esvoaçantes que
se perdem no horizonte
esculpido num jazigo
em letras reluzentes
aqui jaz um' alma morta
no passado...
acordo desse devaneio
não me encontro...
Estou viva
foi apenas um
sonho ausente
de voce...

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