Medalha

Foto de Fernanda Queiroz

O Show

Em meio aquela multidão eu me sentia perdida. Por mais que imaginasse nunca cheguei a pensar que pessoas poderiam ser tão apressadas e barulhentas.

Na hora de reservar meu ingresso optei pela geral, pensei que assim passaria despercebida, a idéia de camarote não me inspirava privacidade e sim destaque e como jamais tinha assistido a show de uma Banda famosa ou qualquer outra tudo era novidade. Minha experiência se resumia nas quermesses organizadas pela Associação Comunitária da Vila onde o som da banda dominical entoava valsas enquanto desfilávamos entre barraquinha de jogos e doces e aguardávamos os fogos, estes sim eram a estrelas das festas. Ficar olhando para cima vendo um pequeno zumbido se transformar em imensas partículas colorida era um espetáculo, mesmo que ás vezes acarretasse lembranças nostálgicas, eu amava aquele céu pontilhado de luminosidade.

Enquanto tentava entrar em um enorme recinto, daqueles que se vê somente pela TV, empurrada para lá e para cá por uma multidão que parecia não conhecer as normas da boa educação, estava pensando o que tinha me levado a tomar esta decisão.

Já havia se passado quase dois anos desde que falei com ele pela última vez, neste tempo tão forte quanto às lembranças que sobreviveram estava meu medo de saber o rumo que ele tinha dado a tua vida.
Afastei-me completamente do mundo das manchetes, onde certamente ele sempre seria destaque. Não lia revistas, jornais somente seção de investimentos e cultura, TV canal fechado sobre economia e agricultura, assuntos fundamentais em meu trabalho.
É claro que sem que eu pudesse evitar ás vezes os ouvia cantando, no radinho de pilha de algum operário, nas grandes magazines de eletrodomésticos na cidade, na faculdade onde os rapazes bonitos e famosos fazem à cabeça das garotas que até tatuavam em teus corpos nomes juntamente a desenhos exóticos.
No principio sofria muito por isto, depois sabendo que nada podia fazer, passei a ignorar, afinal quem tinha mandado me apaixonar pelo ídolo do Rock?

Finalmente tinha conseguido entrar no estádio onde a multidão se aglomerava onde estar á frente era certamente um privilégio para expressar o fanatismo que alterava o comportamento das mais diversas maneiras.
E agora estava ali, há poucos minutos e metros de onde ele entraria, duvidando de minha sanidade em ter tomado a decisão de ir vê-lo. Talvez se não fosse próximo à cidade que estava a trabalho há dois dias, jamais teria ido. Fui exatamente para ficar dois dias resolvendo questões de Marketing, mas era impossível não ver todos os outdoors espalhados pela cidade. Minha primeira reação foi de pânico, queria voltar sair correndo ao fitar ele entre o grupo sorrindo, como sorriu muitas vezes para mim... Deus...as lembranças voltavam em avalanche fazendo meu corpo estremecer, meu coração disparava, como aquele ressoar de buzinas que soavam atrás de mim, foi quando me dei conta que estava atrapalhando o transito e com mãos tremulas segui em direção ao hotel onde me hospedara, parando somente em uma loja especializada onde adquiri um potente binóculo, se fosse levar esta loucura a frente ele seria necessário, pois pretendia me manter mais distante possível e algo dentro de mim gritava para ir...Eu iria.

Já se passava 1 hora do horário grifado nos cartazes, a multidão que formara era tudo que jamais tinha visto, parecia uma disputa de quem conseguiria gritar mais alto, ou agitar mãos blusas lenços ou faixas mais altos. De onde estava bem retirada da multidão a tudo assistia ocultando minha ansiedade.

De repente os gritos se tornaram mais forte e contínuo em resposta a presença deles no palco.
Minhas mãos suavam tremulas, meu peito parecia que iria explodir lançando meu coração ao palco, por um momento pensei em desistir e sair correndo para meu abrigo, meu canto onde meus segredos me protegiam... respirei fundo, ergui a cabeça, encostei em uma pilastra, como se ela pudesse segurar meu fardo de dor, estava cantando acompanhado eloqüentes pela platéia minhas mãos levantaram o binóculo sem a pressa de quem esperou tanto por este momento, lentamente o ajustei aos meus olhos onde avistei gigantes holofotes, estava tentando me orientar, olhei em volta tentando ajustá-lo. Vi o baterista movimentado ao frenético ritmo que me fez piscar várias vezes, parecia a minha frente, lentamente movi para a esquerda encontrei o saxofonista, voltei-me para a esquerda devagar, quase sem respirar para não perder o foco, quando o vermelho da guitarra coloriu as lentes senti um impacto tão grande que parecia atingida por um soco no estomago.Engoli saliva inexistente, tentei suavizar os ressequidos lábios passando a língua por eles, meu peito arfava e meus olhos buscava naquela potente tecnologia, tua face amada.

Recosta bem no fundo, longe da entusiástica platéia sabia que precisava vê-lo. Determinada, ajustei as lentes tentando reencontrar o foco reluzente de tua guitarra e lá estavam tuas mãos a segurarem firmemente, dedos firmes dedilhando-a, mãos de artista. Fui subindo, encontrei tua camisa alaranjada, Deus eu amava esta cor em você, lembra-se daquele casaco? Quando o vi sabia que tinha sido feito para você. Caiu como uma luva ficou lindo como sempre foi, será ainda que o guarda? Ou estará jogado e esquecido em algum armário?

Pela camisa entreaberta pude ver tua inseparável medalha segura pelo fino cordão de ouro que cismava em colocar entre os lábios quando estava nervoso, como naquela vez que esqueci o celular desligado por toda tarde exatamente no dia que te aconteceu um imprevisto, tinha que viajar, e não conseguia contato. Quando conseguiu falar, a primeira coisa que disse... já mastiguei todo meu cordão... risos, era sinal de perigo... mas também das pazes de teus beijos ardentes de tuas palavras que compunha as mais belas declarações de amor.

Teu rosto... Deus... a barba feita, cabelos desalinhados como sempre te dando um ar de garoto, tua boca em movimento, cantando ... para a platéia...para o mundo, como gostava quando cantava só para mim que entre risos sempre podia ouvir dizer que me amava... muito, fitando-me longamente com este olhos da cor do oceano e infinitamente maior, pois era a janela que me transportava para as portas do paraíso que meus sonhos tanto almejaram.

Deus... é ele, meu eterno amor, há poucos metros de distancia, no palco, no teu show, no teu mundo.
A lente ficou turva, lágrimas desciam copiosamente por minha face, uma dor física me invadiu fortemente fazendo-me escorregar pela pilastra até encontrar o abrigo do chão, pensamentos desatinado trazia o passado de lembranças onde o presente se fundia em uma imagem com o olhar perdido na platéia.

Teus olhos sorriam as manifestações enlouquecidas, gritavam teu nome em todos os tons, gestos, mãos erguidas, cartazes, onde os pedidos nítidos requeriam tua atenção... teus olhos vagavam acompanhando em um misto de alegria e encantamento.
Olhos para o flash, foi como me disse um dia. Que era um olhar reservado á todas outras garotas do mundo... que para mim sempre seria um único e eterno olhar.
E agora? Que olhar era este? De flash? E se pudesse me ver, me olharia de novo como se tivesse me inventado? Como se tivesse me feito nascer a partir de teu olhar?

Levantei-me cambaleante, tonta, ouvindo o frenesi se tornar mais acentuado, você jogava rosas...a toalha que usou para secar teu rosto...como se doasse um pouco de você...e tudo de mim.

Às vezes vivemos em minutos, muito mais que em dias ou meses, minha mente parecia entorpecida diante da lente que deixava você tão perto quanto eu queria estar, teu rosto, teu sorriso, teu corpo... você do jeito que eu sempre amei... no mundo que não conhecia...no palco...na fama...tua vida, tua carreira, teu destino.

Sai caminhando devagar, virar as costas me custou muito... muito mesmo... nunca saberá o quanto...
A menos que um dia queira assistir um show... em um palco diferente... cheio de galhos e flores... talvez se quiser se juntar á platéia dos passarinhos... ouvindo somente o som de minha flauta, que mesmo tocando baixinho pode-se ouvir além do horizonte...

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Carmen Lúcia

Circunstâncias

Circunstâncias reverteram meu perfil,
invadiram-me a alma,
redigiram meu destino...
Teia ardilosa!Armadilha sutil!
Transtornaram os meus planos,
vasculharam meu avesso...
Fizeram-me, da medalha, o reverso
e de meu sorriso, o inverso.

Circunstâncias mudaram o meu rumo,
inverteram meu trajeto,
impuseram-me decreto...
Tomaram-me as rédeas,
conduziram meu futuro,
embargaram-me o presente,
embaçaram meu passado
que prefiro nem lembrar
para não me ver chorar...

Circunstâncias são tratores,
represálias aos amores...
máquinas devastadoras
que arrastam e assolam
sentimentos mais profundos
e a dor maior do mundo
vem à tona...E detona!
Reabrindo as feridas,
impugnando a vida.

(Carmen Lúcia)

Foto de raziasantos

A Última Carta!

Há ultima carta.

Entre mil novecentos e trinta nove, quando estoura a segunda guerra mundial:
Estávamos com nosso casamento marcado, por opção de meu noivo com seu patriotismo, resolveu alista-se para a grande batalha, não sei se sabia o que o esperava...
Seus pais como eu tentamos persuadi-lo a desistir, de lutar, mesmo porque se abreviássemos nosso casamento ele não seria convocado.
Mas quando amamos verdadeiramente não podemos podar os sonhos de quem amamos seria como se quebrássemos as asas de um pássaro.
As famílias dos pracinhas reuniam-se para despedida:
Da cidade onde morávamos eles eram transportados por trens, para um destino que nem eles sabiam onde seria.

Marcos este empolgado e orgulhoso em sua farda engomada, e bem passada.
Marcha sorridentes em direção á estação, onde eu e seus pais já o esperávamos, juntamente com outras famílias.
Eu usava um vestido de organza florido, meu cabelo dourados solto:
Estava ali ansiosa e aflita me orgulhava de meu amor, mas sabia que nosso destino agora era incerto, neste momento Marcos perdia a solidez da família e nosso calor, mas ganhava os aplausos e solidariedade de todos como também
Os demais soldados.

A me ver Marcos corre ao meu encontro tira sua boina e coloca no bolso, me abraça forte depois me toma em seus braços, me levanta como seu fosse uma pena, tão forte vigoroso.
Estávamos apaixonados, e nosso coração confirmava nosso amor.
Beijamos-nos longamente um beijo com sabor de despedida, mas cheio de desejos.
Ao som do hino nacional os soldados embarcam em busca da vitoria.
Como crianças inocentes estão eufóricas, como quem se espera um presente cheio de surpresas.
O trem fecha as portas e os sonhadores, exibem suas boinas nas janelas do aglomerado trem:
Entre os apitos, e fumaça desaparecem nas curvas das montanhas.
Marcos prometeu-me que me escreveria todo mês que para mim seria uma eternidade.
Quando o barulho do tem cessa, meu coração também se silencia.
Ainda sinto em meus lábios o sabor de sua boca, mas jê é grande a saudade.

Os dias passam lentamente, e para minha alegria recebo a primeira carta.
Marcos me escreve, com entusiasmo, e positivismos, diz estar tudo ótimo

Diz minha amada não se preocupe estou bem instalado em uma humilde hospedaria, mas tenho lençóis, limpos e comida quente, a guerra não é tão mal como se dizem.
Ele só se torna melancólico ao falar do nosso amor da saudade que sente do desejo que arde em querer me abraçar, me beijar, estar ao meu lado.
Neste instante eu o vejo sorrindo ao nos despedirmos, mas apesar da tristeza de sua ausência, fico feliz ao saber que ele esta sob um teto limpo com comida quente.
Começo há contar os dias para receber a segunda carta.
Assim meus dias passam mais rápido.

Por doze meses recebia suas belas cartas, a cada trinta dias eu já esperava o carteiro, com um copo de refresco ou uma xícara de café.
Sentia meu coração disparar quando o carteiro gritava meu nome ele já estava habituado, a todo mês me entregar à carta tomava seu refrescou ou café e assobiava acenado feliz por me dar boas noticias.

Eu me sentava ao lado da cachoeira nos fundos de minha casa, e com os pés na água espumante eu lia e relia todas as cartas.

Ardia em meu peito à dor da saudade e uma longa e intensa espera.

Mas as cartas tão cheias de incentivos e positivismos me deixavam, mais animada por saber que me amado Marcos estava bem.
Na pequena cidade que morávamos nunca recebíamos jornal.
E eu não tinha radio.
Meu coração por vezes apertava e sentia meu amor em perigo
Às vezes sonhava com ele sujo, e chorando...
Um amigo de Marcos volta para casa mutilado, depois que seu acampamento foi torpedeando.
Com a chegada de Mauricio entendi a dor de meu coração e razoes de meus sonhos, Marcos mentiu para mim, por todos esses meses, não tinha hospedagem com lençóis limpos, nem comida quente, tudo era sujeira e rastro de destruição, sobrevier não era uma opção, mas sorte.
Marcos não sabia que Mauricio tinha voltado, e continuava a falar coisas boas sem nunca deixar de me declarar seu imenso amor.
Meu coração agora é só dor, e medo, de perder meu grande amor.
A espera de suas cartas já não me deixa feliz, pois sei que ele mente.
Meus dias passaram a ser eternos, pois nunca via o tempo passar.
Todos os dias eu orava por todos que lutavam nesta guerra sem propósito.

Depois de onze meses as cartas cessaram!
E o silencio-me fez adoecer de amor, a saudade e incerteza tomaram conta do meu viver.
No dia vinte e dois de março de mil novecentos e quarenta e dois depois de mais de um ano no silencio, ouço novamente chamar meu nome, corro para abrir o portão, mas sei pela voz que não é carteiro, logo que abro o portão vejo um carro oficial militar parado em frente á minha casa um comandante tira a boina e faz continência me cumprimentado meu corpo estremece algo dentro de mim me diz que vou ter a pior noticia de minha vida, mas por outro lado eu rejeito esse pensamento e penso__ ele meu amor esta dentro do carro esta é a surpresa, o comandante olha em meu olhos um olhar distante e frio, com voz tremulas me diz meus pêsames senhorita, estou aqui para lhe entregar estas duas cartas,em uma eu reconheci imediatamente a letra do meu amor,mas no momento não tive coragem de abrir.
A segunda abriu diante dos olhos do comandante era uma medalha de honra á um herói morto.
Senti um vazio tão grande seguido de grande revolta, pois me lembrei de Marcos entrando naquele trem cheio de esperanças, e orgulho, por ir lutar por seus pais.
Olhei para o comandante que insensível a minha dor começou a detalhar a morte de Marcos.
Sem me despedir do comandante fui para nossa cachoeira ali eu li minha última carta.

Minha querida hoje te escreve para te dizer que estou indo com uns amigos para um novo lar, ainda não sei como será viver neste lar, mas sei que para sempre irei te amar, jamais se esqueça que nasci pra te amar.
Quando a saudade te sufocar lembre-se estarei entre as nuvens, e por todo firmamento a te olhar.
Lembre-se minha ama da nossa cachoeira, como as águas espumantes estão sempre, a nos abraçar, amo-te amor, amo-te
Adeus meu grande amor.
Assinado Seu unicamente Marcos.

E assim eu recebi sua última carta!

Foto de Chácara Sales

Brasil, Terra que Adoece!

Todo mundo parece girar, girar...
Esta rotação influente deixa o povo doente,
Acaba destruindo a mente.

Vejo a maldade sucumbir a alegria humana,
Os bancos das praças virarem cama,
Crianças e igrejas vivarem comércio,
O povo inocente sem honra, sem mérito.

À cada minuto ou ano que passa
As portas de emprego estão mais escassas.
É gente falando até da falta de água.
O que é isso? Política? Conversa fiada?

Tem gente que não perde tempo pra nada:
Rouba, mata, estupra, topa qualquer parada.
A honestidade por certo acaba.

A língua do povo está mais afiada que faca,
Gilete, arpão ou navalha.

Assim gira o pobre no mundo:
... em troca de quase nada,
De viver de favor, sem ganhar um trocado ou medalha.

Como é que vivemos de pernas pro ar,
Sem saber o caminho por onde trilhar?
Será que não haverá chances de nos estabilizar?
Acorda Brasil, é preciso Lutar!

* Autor: Chácara Sales

Foto de Edson Cumbane

Trajectos de rima- Amor cobra amor como pagamento

Desci às profundezas da amargura
Lá descobri que a vida Terrestre
Deus censura
Humanos desprezam as divindades celestes.

Desci ao mais fundo da depressão
Ficou tudo escuro como no serão.
Descobri que ela é fruto do pecado
Fruto de pecado que me tem pesado.

É sarcástico? Dizer que há quem vive
Mas no profundo da verdade está morto?
Esta vida terrena é realmente um monstro!
Só quero, só quero, só quero...
Que a luz ao meu espírito avive.

Subi ao topo da loucura do álcool!
Descobri nele loucura! É, loucura do álcool!
Porém, há quem vive, vive nessa loucura.
A minha sensibilidade é esquadrinhar tudo.
Esquadrinho tudo, do amor à loucura.
O mundo fica louco, até mudo ou surdo
Só para não escutar a voz da luz...

Indaguei o amor com todo meu suor
Descobri nele o verdadeiro sentido do labor.
O amor faz de tudo pelos viventes
O amor transpira e trabalha
No coração dos viventes...
O amor merece mais que uma medalha
Porque ele nos ama mesmo sem merecermos
O amor é vencedor, nada o atrapalha.

No mundo reina a falsa felicidade
Nos ambientes de lazer
Todos, sem saber, tristes, buscando prazer
Frequentei esse ambiente algures na Cidade.

Enfim, enquanto a tecnologia é útil
O Homem tem vivido uma vida inútil.
Para quê viver se se está morto por dentro?
Para quê pensar se não se tem sentimento?
Pensa de borla quem não abraça o amor!
Morto por dentro está quem não tem amor!

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

MEDALHAS

MEDALHAS
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Eu nao quero de nenhum jeito
Encher de medalhas o meu peito
E tao pouco me vangloriar
Nem declarar que sou um ser perfeito
Que sou o melhor sujeito
E a primeira pedra atirar

Mas quando voce estava comigo
Voce tinha um bom abrigo
E os meus bracos para descansar
Sem contar os meus labios
Que sempre estavam avidos
Procurando lhe beijar

Voce tinha uma bela casa
E eu lhe amava de graca
E nunca pensei em lhe ferir
Agora voce fala em voltar
Destruir quem esta no seu lugar
Mas a vida nao e bem assim

A fila andou
Alguem novo chegou
O meu coracao se transformou
E voce sobrou, sobrou

E o meu coracao que foi um gigante
Movendo todos os montes
Por onde voce pisou
So aceita hoje a medalha
Pela simples falha
Do tempo que lhe amou

(c) 2009 Islo Nantes Music
Globrazil@verizon.net or globrazil@hotmail.com
All Rights Reserved

Foto de pttuii

Fugir

Fugir, mas sem fazer com que me aperceba de cobardias adstritas. Aliás, sempre vi nas imposições de limites ao bater de asas, uma forma de conter abismos deleitados. Quase como se derrubasse uma ponte estreita, de palhota, entre o quase e o consumado, o impossível e a medalha de ouro, o escuro e a alva.
Conheci-me numa fase em que desdenhava que teria alguma vez futuro. Sentia-me surdo, e se alguma vez falei com o devir, tornei-me capaz de ignorar a lição de métodos que porventura tenha sido proferida. Vesti-me antes de sonolência, com um xaile de xadrez fortuito, que nem sequer já conseguia aquecer. Passaste por mim sem que eu te compreendesse, e frustrei em mim mesmo o que me pareceu um pedido.
Ainda vais a tempo de traduzir o refastelamento sintáctico que me pareceu ter percebido. Se calhar foi ladaínha. Provavelmente nem foi nada. O que restou? Sou incapaz de me dar de mãos vazias. Prefiro longos campos de trigo, com um vento inquiridor que, de sorriso de criança em riste, deixa na terra uma fenda igual a amor ensanguentado. Sobram pequenos resquícios de um conflito benemérito. Galhos de árvores sucedâneas do limbo, ninhos de pássaros que, indiscretos, explicam em linguagem pré-românica a diferença entre um segundo, e o outro.
Dá para ponderar a pouca estima que existe entre as pessoas que guardaram o passado em meias rasgadas. Envolve-as um fumo azul, medíocre, que eu nunca tive por nunca ter querido fazer da lealdade uma nódoa de pequenas dimensões, no quadro resoluto da existência.
Acabei. Fico-me pelo suficiente das coisas simples. Sem necessidade de fugir.

Foto de Carmen Lúcia

Circunstâncias...

Circunstâncias reverteram meu perfil,
invadiram-me a alma,
redigiram meu destino...
Teia ardilosa!Armadilha sutil!
Transtornaram os meus planos,
vasculharam meu avesso...
Fizeram-me, da medalha, o reverso
e de meu sorriso, o inverso.

Circunstâncias mudaram o meu rumo,
inverteram meu trajeto,
impuseram-me decreto...
Tomaram-me as rédeas,
conduziram meu futuro,
embargaram-me o presente,
embaçaram meu passado
que prefiro nem lembrar
para não me ver chorar...

Circunstâncias são tratores,
represálias aos amores...
máquinas devastadoras
que arrastam e assolam
sentimentos mais profundos
e a dor maior do mundo
vem à tona...E detona!
Reabrindo as feridas,
impugnando a vida.

(Carmen Lúcia)

Foto de CarmenCecilia

VÍDEO POEMA OLIMPÍADAS

VÍDEO POEMA: OLÍMPIADAS ( HOMENAGEM ATLETAS OLIMPÍADAS)

POEMA: CARMEN VERVLOET

EDIÇÃO E ARTE: CARMEN CECILIA

TRABALHO REALIZADO EM IMAGENS EM PHOTOSHOP

MÚSICA: GLORIA STEFAN

OLIMPÍADAS

Cruzando continentes,
Oceanos profundos,
Sobrevoando densas florestas,
Vulcânicas colinas
Os maiores desportistas do mundo
Aterrissam na exótica China
Mais precisamente na fascinante Pequim
Ao som das cordas do liuqin!
A cidade com pompa preparada
Para as Olimpíadas tão esperadas!
Na mente de cada atleta, determinação
Ansiedade e sonhos no coração
Todos almejando subir ao pódio
Unidos num único propósito
Conquistar a medalha de ouro
Coroando seus esforços com os louros
Que presentearão ao seu país,
Seu berço e sua raiz!
Com dignidade esquecendo as diferenças
Numa emocionante confraternização
Cada um com sua crença
Mas no peito, latente, o mesmo coração!
ocidentais e orientais,
Diferenças culturais,
Irmãos universais!
Os melhores do mundo
Instigados pelo sentimento profundo
Da esperança
Mas a esperança é verde
E verde é o Brasil
Este nosso país fértil em talentos
Que se distinguem em qualquer evento.
Diego Hipólito, Jade Barbosa, Marta,
Ana Paula e Larissa, Emanuel e Ricardo
Diane dos Santos, Ana Claudia,
Fofão, Tiago Camilo
Giba, Robert Scheid
Todos passageiros desta nossa caravana
De talentos mil
Filhos do nosso Brasil,
Carregando nossa bandeira no coração
Levando-a ao País inventor do papel
Onde desenharemos com dourado pincel
Com esmero e devoção
O nome de cada brasileiro campeão!
Boa sorte desportistas brasileiros!
Ronaldinho, nosso grande artilheiro!
Ficamos aqui torcendo
O coração acelerado batendo!
Gritando em uníssono, Brasillllllll!

Carmen Vervloet

Foto de Carmen Vervloet

Olimpíadas

Poesia: Carmen Vervloet
Edição e Arte: Carmen Cecília

http://br.youtube.com/watch?v=-bq7UuxXFuo

OLIMPÍADAS

Cruzando continentes,

Oceanos profundos,

Sobrevoando densas florestas,

Vulcânicas colinas

Os maiores desportistas do mundo

Aterrissam na exótica China

Mais precisamente na fascinante Pequim

Ao som das cordas do liuqin!

A cidade com pompa preparada

Para as Olimpíadas tão esperadas!

Na mente de cada atleta, determinação

Ansiedade e sonhos no coração

Todos almejando subir ao pódio

Unidos num único propósito

Conquistar a medalha de ouro

Coroando seus esforços com os louros

Que presentearão ao seu país,

Seu berço e sua raiz!

Com dignidade esquecendo as diferenças

Numa emocionante confraternização

Cada um com sua crença

Mas no peito, latente, o mesmo coração!

ocidentais e orientais,

Diferenças culturais,

Irmãos universais! recusar aceitar
Carmen Cecilia: Os melhores do mundo

Instigados pelo sentimento profundo

Da esperança.

Mas a esperança é verde

E verde é o Brasil

Este nosso país fértil em talentos

Que se distinguem em qualquer evento.

Diego Hipólito, Jade Barbosa, Marta,

Ana Paula e Larissa, Emanuel e Ricardo

Diane dos Santos, Ana Claudia,

Fofão, Tiago Camilo

Giba, Robert Scheid

Todos passageiros desta nossa caravana

De talentos mil

Filhos do nosso Brasil,

Carregando nossa bandeira no coração

Levando-a ao País inventor do papel

Onde desenharemos com dourado pincel

Com esmero e devoção

O nome de cada brasileiro campeão!

Boa sorte desportistas brasileiros!

Ronaldinho, nosso grande artilheiro!

Ficamos aqui torcendo

O coração acelerado batendo!

Gritando em uníssono, Brasillllllll!

Carmen Vervloet

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