Melhor

Foto de Sonia Delsin

CHÁ DE ROSAS...

CHÁ DE ROSAS...

Maria Lúcia tentava deixar a mesa bem bonita. A amiga Leonor era tão reparadeira.
Ela nunca fora muito de arrumações. Na verdade odiava estes detalhes de mesas bem arranjadas.
Etiqueta não era com ela.
Gostaria que a amiga se sentasse na cozinha mesmo e as duas se pusessem a conversar como nos velhos tempos.
Que tempos aqueles!
─ Puxa! Como seus peitinhos cresceram, Malu!
─ Leonor, cria modos, menina!
As duas cheias de segredinhos. Mauro era lindo e as duas o desejavam.
Desejavam sim, por que dizer o contrário?
Os milhões de hormônios. Quinze anos. Malu tão triste sempre. A falta da mãe e Leonor a lhe fazer companhia todas as tardes.
─ Ela melhorou, Malu?
─ Que nada. Nunca mais sai daquela clínica...
─ Como pode? Uma mulher tão bonita ir parar num lugar daqueles. Tenho pena de você. Sabe que sou sua amiga até embaixo d’água. Pode contar comigo sempre.
O abraço da mocinha a confortá-la.
─ Ele passou pela calçada hoje e só faltou torcer o pescoço de tanto olhar para trás.
─ De quem está falando?
─ Do tonto do Jonas.
─ Ainda vai se casar com ele.
─ Isto é que não. Malu, eu quero o Mauro.
─ Ele gosta da Vânia.
─ Que sortuda ela é! Os olhos daquele cara são de matar...
Enquanto arruma a mesa Maria Lúcia se recorda dos tempos da juventude.
Leonor se casou mesmo com Jonas e como se deu bem na vida. Não poderia encontrar melhor marido. Mauro não se casou com a Vânia. Acabou mudando e casando-se em outra cidade. Voltou umas duas vezes à cidade e todos comentavam que ele se casou com uma mulher muito bonita.
Ela se casou com Normando e foram felizes naqueles dez anos que passaram juntos, mas a morte o levou cedo demais. Marina ainda não tinha sete anos quando ele se foi.
Irmãos ela não tivera, e a amiga de tantos anos não era a mesma de antes.
Malu não era de fazer amizades com facilidade e vivia muito só. A filha já estava com nove anos e estudava à tarde. Leonor havia ligado que viria para um chá.
A amiga ficara cheia das frescuras e ela continuava a ser a mesma de sempre.
Vestia um longo vestido indiano, que era como gostava de se vestir. Nos pés trazia umas sandálias leves. Os cabelos ainda continuavam muito negros e ela os trazia pelo meio das costas.
Era uma bela mulher. O sofrimento não lhe marcou o semblante.
Acabou a arrumação da mesa, ligou o som num volume bem baixinho e ficou a aguardar que a amiga chegasse. Ainda tinha vinte dias de férias pela frente.
Pensara em viajar, mas a filha estava em aula. Não conseguira desta vez conciliar as férias da filha com as suas.
A campainha a fez sobressaltar-se. Já estava a divagar. Havia se esquecido que aguardava a amiga.
Foi atender e a aguardava uma enorme surpresa.
Mauro! Não mudara tanto naqueles anos.
Ele estendeu a mão.
─ Como vai, Malu?
─ Bem, e você? Que surpresa!
─ Soube que ficou viúva. Sinto muito por você. Só fiquei sabendo há uns três meses. Meu primo esteve me visitando e contou.
─ Fico grata que tenha se lembrado de vir até aqui...
─ Eu tenho muitas coisas a lhe contar...
─ Estou aguardando uma visita.
─ Quem?
─ Espero a Leonor.
Mauro franziu a testa, demonstrando desagrado.
─ Volto outra hora.
─ Estou de férias. Volte amanhã para conversarmos.
Com um abraço ele se despediu.
Depois de dez minutos a amiga chegou e Malu notou que Leonor estava excessivamente maquiada, vestia uma roupa de péssimo gosto, trazia os cabelos numa cor exageradamente avermelhada.
Beijou-a e a fez entrar na casa, tentando uma conversa amigável.
Não gostou quando Leonor fez alguns comentários desagradáveis, mas tentou ignorar.
Diante da mesa ela comentou que havia ficado a desejar com a arrumação da mesa.
Malu havia aprendido com o marido que os calados sempre vencem e ela o recordava ainda mais neste instante.
Normando nunca gostara de Leonor.
─ Que chá preparou para nós?
─ Um chá de rosas...
─ Que horror! Eu não tomo uma coisa destas...
Malu a olhou demoradamente nos olhos e descobriu que a amiga de tantos anos se tornara uma estranha. Uma estranha!
─ Estou brincando. Preparei o seu chá preferido. Chá preto.
─ Quem lhe falou que gosto de chá preto, querida? Eu gosto de chá mate natural. Natural...
─ Eu preparo num instante...
A mulher seguiu em direção à cozinha. Não diria à amiga que Mauro estivera lá. A intuição lhe dizia que nada deveria contar.
Preparou o chá rapidamente, por sorte tinha uma caixinha de saches de chá mate.
Agüentou pelo resto da tarde as conversas banais da amiga e esta por fim comentou sobre Mauro.
─ Se recorda como éramos loucas por ele, Malu?
Maria Lucia nada disse. Ficou esperando que ela falasse.
─ Ele está separado. O casamento não deu certo. Dizem que tem um filho e vivia um inferno com a mulher.
Ela ficou a ouvir sem nada comentar.
Logo que a amiga saiu, ela foi até o colégio buscar a filha, que naquele dia tivera aula de reforço. Marina tinha muitas dificuldades em matemática.
As duas voltaram abraçadas. Marina era muito alta, quase a alcançava aos nove anos. Havia puxado ao pai.
Ela contou à filha que a amiga Leonor passara parte da tarde com ela e ocultou que um velho amigo também a visitara. Achou que seria melhor nada comentar.
As duas jantaram e ficaram vendo TV.
─ Gostaria tanto que estudasse de manhã, minha filha.
─ Mamãe, sabe que tenho preguiça de me levantar cedo...
Ela acariciou a testa larga da filha e ficou recordando o marido. Ele fazia falta, como fazia!
Beijou a filha e as duas foram dormir.
Mauro voltou a visitá-la no dia seguinte.
Ela vestia um velho jeans e uma sapatilha de tecido. Os cabelos estavam presos com uma pequena presilha no alto da cabeça.
Estava muito bonita e se divertia com um jogo de quebra-cabeça da filha quando a campainha tocou.
Mauro também vestia uma calça jeans e uma camisa azul clara. Quase na tonalidade de seus olhos.
Ela o convidou a entrar e ele se encaminhou até o quebra-cabeça quase montado, encaixando rapidamente as peças que faltavam.
Malu ficou a olhá-lo quietamente.
─ Não me convida a sentar?
─ Claro. Sente-se. Fique à vontade, Mauro.
Ele se sentou numa poltrona e ela puxou outra bem à sua frente.
─ Também estou só ─ disse ele.
─ Não entendo porque me procurou...
─ Sempre fui apaixonado por você. A Leonor vivia a me dizer que você não podia nem me ver. Passei quase toda a minha vida sonhando com você. Por fim acabei indo embora daqui quando a vi casar-se com o Normando.
Ela o olhou demoradamente.
─ Apaixonado por mim?
─ A Leonor nunca contou?
─ Não. Ela me dizia que você era apaixonado pela Vânia.
─ Tantas vezes eu a procurei e pedi que lhe falasse que eu a amava.
─ Não posso crer.
─ Estou dizendo a verdade.
─ Não posso crer que minha amiga tenha feito isto comigo. Ela sabia que eu também...
─ Você o quê?
─ Eu também o queria tanto...
Mauro levantou-se da poltrona e pegou a pequena mão de Maria Lucia entre as suas.
─ Sonhei tanto com você. Tanto que nem pode imaginar. Quando aqui cheguei pensei em procurar a Leonor para pedir que viesse lhe falar de mim, mas a vi um dia ao lado do marido e ela me olhou de uma forma que me fez desistir. Em seu olhar havia algo que não gostei nada.
Os olhos de Malu o fitavam e Mauro aproximou-se dela ainda mais. Sua boca a procurou e quando deram por si estavam se abraçando e beijando apaixonadamente.
─ Eu nunca a esqueci. Casei-me com a Dora para tentar esquecê-la, mas cometi um grande erro. Um casamento destes nunca dá certo.
─ Eu fui feliz com meu marido. Ele era uma pessoa maravilhosa.
─ Fico feliz por você. Eu vivi num inferno. Por sorte me libertei. Sinto pena do pequeno Franco que sofre sem ter culpa de nada.
─ Quantos anos tem seu filho?
─ Seis anos. É um menino de ouro. Eu pensei em continuar casado com a mãe dele, mas quando soube que você estava só fiquei maluco. Tivemos uma discussão e a deixei.
─ O que pretende fazer?
Gostaria de me acertar com você.
─ Não é tão fácil, Mauro. Temos filhos. Tenho meu trabalho aqui e você mora em outra cidade. Minha filha precisa de mim, seu filho também...
Abraçando-a ele não deixou que ela continuasse e falou:
─ Você me quer, sua boba... isto é o que importa... vamos morar em outro lugar... começar uma vida nova. Eu cuido de sua filha como se fosse a minha.
─ E o seu filho?
Ele baixou os olhos tristemente.
─ Eu o perdi a partir do momento que deixei a mãe dele. Dora nunca me perdoará... ela é uma mulher vingativa. Vai fazer tudo para que meu filho me odeie.
─ Ele não o odiará.
─ Você não conhece aquela mulher.
Malu estreitou-se nos braços que a enlaçavam e deixou que a paixão comandasse sua vida. Na verdade nunca estivera apaixonada pelo marido. Tinha-lhe carinho, respeito, mas não o amara. O sentimento que guardara no peito desde os tempos da juventude lhe explodia no peito. Mauro sempre estivera em seus sonhos. Acalentara por tantos anos o sonho de ver-se olhada por aqueles olhos azuis.
Estava na sua hora de ser feliz. Tudo o mais não importava tanto. Importava mesmo é que se sentia a mais feliz das mulheres.
Começariam sim uma vida nova.
Lamentava por Leonor que lhe dera abraços de Judas. Fora traída por ela e não lhe tinha ódio, mas se afastaria dela de uma vez por todas. Nunca mais lhe prepararia chá algum...
Recordou o olhar azedo quando comentara banalmente que havia preparado um chá de rosas...
Ela perguntou-se como alguém conseguia agir daquela forma e com tanta naturalidade. Não sabia se doía mais perder a única amiga que tinha ou constatar que ela na verdade nunca fora sua amiga.

Foto de Anderson Maciel

DESISTIR

DESISTIR
sei que morro de tentar
para com vc sempre estar
mais hj aprendi
o quanto nisso me perdi
e a vida deixei lavar
pelo seu jeito de ser e pelo jeito de vc falar
então pedi a deus para desistir
para que ele me de mais uma chanse de por vc não mais lutar
pois tenho uma nova vida e quero a ela levar
pois não sou troxa de aqui o tempo todo estar
tentando ser feliz com quem não quer me amar
então te digo adeus foi bom com vc pequenos momentos apreciar
pois hj vou embora para nunca mais voltar
vou para onde vc nunca vai chegar
vou para um lugar de paz onde eu possa na minha vida pensar
e la poder refletir no que realmente o amor
pois seja la como for DESISTI de tentar
DESISTI de me enganar
DESISTI de sofrer
DESISTI de com vc estar
a vc só resta um adeus e uma boa noite
pois to indo embora para nunca mais voltar
adeus ate um dia
pois pretendo nunca mais voltar
pois pra que vou voltar
por uma coisa que não tem futuro
não tem lógica
vou embora agora
fui até outra hora
onde eu possa te encontrar
e poder com vc conversar
e poder te falar
que para mim DESISTIR foi a melhor opção
pois estar morrendo por vc isso fasso mais não. Anderson Poeta

Foto de Anderson Maciel

MIHA VIDA SEM VOCÊ

MINHA VIDA SEM VOCÊ

MINHA VIDA NÃO TEM SENTIDO SEM VOCÊ AQUI.
POIS QUERIA SER UM ANJO PARA ESTAR AI.
SEI QUE A DISTÂNCIA NOS SEPARA.
MAIS O GRANDE AMOR NÃO.
POIS ELE ESTA MAIS ACESO.
PARA ESSA GRANDE PAIXÃO.
ESTA SUPER FELIZ POR TER ALGUEM PARA AMAR.
MAIS AS VEZES FICA TRISTE EM SABER QUE NÃO SABE AMAR.
É COISA QUE VEM JA DENTRO DE MIM,POIS SOU ASSIM E NÃO VOU NEGAR.
SEI QUE MINHA VIDA NÃO É NADA SEM VOCÊ.
É UM DESESPERO É COMO UM BUERO.
QUE FICA NA ESCURIDÃO.
E CHEIO DE PORCARIA, POIS É ASSIM QUE ESTA O MEU CORAÇÃO.
AS VEZES PENSO QUE NÃO TE AMO.
MAIS NÃO TEM COMO NEGAR.
POIS O SEU NOME SEMPRE CLAMO QUANDO QUERO RECITAR.
POIS DE VOCÊ GANHEI A INSPIRAÇÃO.
PRA PODER RECITAR E TERMINAR ESSE REFRÃO.
E PODER O MEU TRABALHO MOSTRAR COMO UM BELO CAMPEÃO.
SER COMO AIRTON SENA QUE MESMO MORTO AINDA É O MELHOR.
QUE MESMO NÃO AQUI NA TERRA É INSUPERAVEL.
COMO ELVIS QUE É E SEMPRE SERÁ O REI.
POIS UM DOM EU GANHEI E GOSTARIA DE MOSTRAR.
COM MINHAS PALAVRAS, SENTIMENTOS E RECITAR.
POIS MINHA VIDA SEM VOCÊ NÃO É NADA É VAZIA.
É COMO UM DIA DE TRISTEZA QUE FICA AQUI NO CORAÇÃO.
E QUE NÃO QUER SAIR DE DENTRO, FAZ O ARRASTÃO.
E LEVA TODA A MINHA FELICIDADE.
EMBORA PARA OUTRO LUGAR.
LEVA PARA ONDE DEUS NÃO QUER QUE VA.
AI FICO TRISTE SEM VOCÊ AQUI.
FICO ARRASADO SEM VOCÊ PERTO DE MIM.
MAIS COM A CERTESA QUE UM DIA VOCÊ VAI ME OUVIR.
E AI PODER FALAR, - VOCÊ ESTAVA SERTO DESCULPA.
PROMETO QUE NÃO VOU MAIS TE MAGOAR.
AGORA VI QUE TE AMO E QUE SEM VC NÃO SEI FICAR.
ME AJUDA VOLTA PRA MIM QUERO COM VOCÊ SER UMA PESSOA FELIZ.
QUERO PODER TE AMAR.
DESCULPA AMOR POR EU TE MAGOAR. Anderson Poeta

Foto de Ayslan

Sem Você

Já faz algum tempo q você partiu, desde então vivo incompleto, talvez seria melhor dizer triste... Não posso mais alimentar a esperança de um dia ter você novamente.
Mesmo assim contra me mesmo e contra a lei da vida, mesmo assim ainda te AMO.
A saudade é intensa, chegar a ser sufocante.
Se fosse só saudade, mas existe muito tormento e dor.
Quero que saiba que um dia acreditamos q éramos felizes, q existiria o nosso futuro juntos.
Quero que saiba ninguém vai te AMAR como te AMEI...!

Foto de Anderson Maciel

DESISTIR

DESISTIR
sei que morro de tentar
para com vc sempre estar
mais hj aprendi
o quanto nisso me perdi
e a vida deixei lavar
pelo seu jeito de ser e pelo jeito de vc falar
então pedi a deus para desistir
para que ele me de mais uma chanse de por vc não mais lutar
pois tenho uma nova vida e quero a ela levar
pois não sou troxa de aqui o tempo todo estar
tentando ser feliz com quem não quer me amar
então te digo adeus foi bom com vc pequenos momentos apreciar
pois hj vou embora para nunca mais voltar
vou para onde vc nunca vai chegar
vou para um lugar de paz onde eu possa na minha vida pensar
e la poder refletir no que realmente o amor
pois seja la como for DESISTI de tentar
DESISTI de me enganar
DESISTI de sofrer
DESISTI de com vc estar
a vc só resta um adeus e uma boa noite
pois to indo embora para nunca mais voltar
adeus ate um dia
pois pretendo nunca mais voltar
pois pra que vou voltar
por uma coisa que não tem futuro
não tem lógica
vou embora agora
fui até outra hora
onde eu possa te encontrar
e poder com vc conversar
e poder te falar
que para mim DESISTIR foi a melhor opção
pois estar morrendo por vc isso fasso mais não. Anderson Poeta

Foto de Marta Peres

Não me nega o sorriso

Não me nega o sorriso

Não me nega seu sorriso,
preciso dele como preciso do ar
em minha vida, limpa a lágrima
dos olhos, não deixa a tristeza
ferir esta rosa, espinhos cruéis,
marcam profundamente, desfolham
o que de melhor há no seu coração.
Não me tira a água mansa, nascente
na encosta, que rega meus olhos cansados,
os momentos duros em minha vida,
dificuldades previstas na jornada.
Deixa a porta aberta para eu entrar,
quando cansado da luta árdua, da volta
do trabalho defendendo meu ofício,
regressar desanimado, que encontre forças
neste jardim florido, no riso alto
que sai de si, nesta alegria contagiante.
Não me nega o seu sorriso...

Marta Peres

Foto de Manu Hawk

Noite Quente de Verão (Conto)

"Noite Quente de Verão"

Sexta-feira, mais uma, como muitas outras! Correria, trabalho, trânsito, mas no final do dia a certeza de poder me divertir muito com os amigos. Nessa em especial, melhor ainda, pois conseguimos marcar um encontro onde todos do setor poderiam estar presentes. Colocaríamos o papo em dia, beberíamos, flertaríamos, e dançaríamos muito!!!

Cheguei atrasada, e nem pude confirmar se estava de pé o encontro. Eram poucas pessoas no setor, mas “ele” em especial, era o que mais importava, o que queria confirmar era se “ele” iria realmente. Enfim, chegamos ao fim do dia, e para minha decepção, mais uma vez, “ele” foi o primeiro a dizer que não poderia ir. E logo em seguida, quase todos disseram o mesmo. Desânimo total. Só eu e mais um amigo poderíamos ir. Nos olhamos, rimos da situação e resolvemos ir assim mesmo. Estava bem desanimada, mas logo que chegamos, meu amigo pediu duas cervejas, coisa que não devo beber de forma alguma, rs. E não paramos aí, desce mais duas. Papo vai, fofoca vem, e mais duas. Ele afasta, carinhosamente, o cabelo que caiu no meu rosto. Estava uma noite linda, e quente de verão, quente em todos os sentidos, e merecia mais duas. Brincava com minhas mãos enquanto falava. Nunca havia conversado tanto com “L”, era um cara bem divertido, inteligente, super atraente. Engraçado, não havia reparado nisso antes. Resolvemos dançar.

A partir desse momento tudo mudou, não sei se foi efeito da cerveja, da música alta, ou sei lá do que mais, mas já estava olhando-o de forma diferente. No exato momento em que fomos dançar, mudaram pra pagode, parei e disse que não sabia dançar aquilo. Não tenho nada contra, mas não era o meu forte. “L” riu e disse que não precisava saber nada, era só se soltar e dançar, ele levava. Levou bem, bem demais! Senti aquelas mãos firmes me pegarem, aquele corpo colar no meu, e me levar. Parecia que deslizava, nunca imaginei que dançaria assim, tão solta e tão junto daquele homem. Que cheiro gostoso...

Em alguns momentos sentia as pernas roçarem nas minhas, no ritmo da música, como se entrasse pelas minhas, e depois afastava, rodava e voltava colando novamente, sem vontade de desgrudar mais. Ria muito, nunca dancei tanto, até que nossos olhos se encontraram, estranho, o ritmo mudou, ficamos lentos, algo dentro de mim acelerou, nos beijamos. Um beijo louco, cheio de tesão, começando pela língua de leve na boca, a música alta, e nós ali, no meio da pista, quase que sugando um ao outro. Recomeçamos novamente, agora abraçados, levados pelo novo ritmo que se tornava cúmplice do roçar de corpos. Corpos quentes, gritando de tanto tesão, onde podíamos sentir exatamente o que cada um implorava. Paramos, os olhos diziam tudo, recuar seria impossível, não foi preciso falar mais nada, um minuto e saímos dali. “L” estava no Rio de Janeiro há algum tempo e fomos para seu apart, não acreditávamos no que estava acontecendo, mas também nem queríamos encontrar explicação, apenas seguir nossos desejos. E foi assim o resto da noite, durante a madrugada, vendo o dia amanhecer, e por todo o fim de semana, apenas atendendo aos comandos dos nossos desejos, dos nossos corpos, de uma magia que não podia ser quebrada. Mãos ardentes, roupas no chão, bocas carinhosas, línguas exploradoras, encaixe perfeito, movimentos deliciosamente alternados, doces, furiosos...deleite!

Segunda-feira, mais uma, mas essa como nenhuma outra! Correria, trabalho, trânsito, mas no final do dia a certeza de podermos ficar juntos. E foi assim por todo o mês, até "L" voltar para sua cidade. Mas voltou outras vezes, muitas e muitas vezes, e sempre acontecia igual nos encontros, mas diferente em nossas loucuras, em nossos desejos. Era estranho, poderia passar meses, e quando nos encontrávamos o tesão era o mesmo, parávamos tudo para dar vazão a nossa fúria, roçar nossas bocas e coxas, arrepiar nossas almas e preencher nossos vazios!

O “ele” do setor? Nem lembro mais, e graças à decepção, conheci alguém especial como “L”.

(por Manu Hawk - 21/05/2004)

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Respeitem os Direitos Autorais. Incentivemos a divulgação com autoria. É um direito do criador que se dedicou a compor, e um dever do leitor que apreciou a obra. [MH]
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Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

" O MELHOR DO BEIJO "

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O melhor beijo...
É aquele, onde lábios se colam
Boca se saliência,

O melhor beijo...
É aquele que o corpo sente a energia,
Faz com que as mãos se atrevem

O melhor beijo...
É o provocado desejado.
Carimbado, que desliza
Lábios, línguas.

Beijo sem tempo, sem constrangimento.
Beijo que mescla pensamentos.
Do ato beijo no momento.

O melhor beijo é aquele que
Desmancha-se em desejos,
Que arrepia pêlos,
Da suor a pele, que deixa
Poros abertos, lábios quentes

Beijo onde dois vira um.
Onde há conjunção de almas.
Que o corpo sente a adrenalina
Subir crescer, esvanecer.

O melhor beijo ...
E que se faz o passeio das línguas.
Beijo ousado atrevido, sem censura.
Lábios e bocas cruas, que nos levam
A loucura até o ato de amar...

*-* Anna A FLOR DE LIS.

http://www.blogger.com/profile/01846124275187897028
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Foto de Sonia Delsin

ANEL

ANEL

Ela rodava o anel no dedo.
Guardava um segredo.
Sabia que um dia o tiraria.
Sabia.
O mundo a preparava para a retirada.
Abria-se uma outra estrada.
O anel?
Dorme numa gaveta hoje em dia.
Dorme abandonado.
É lembrança do passado.
Mas jogá-lo fora?
Deixar tudo ir embora?
Por que não?
Seria a melhor opção.
O anel é lembrança.
Também é desesperança.

Foto de Graciele Gessner

Pintando a Vida. (Graciele_Gessner)

Pinte a vida de amarelo
A alegria constante
Um sol radiante!
Vibra, brilha, estimula
A prosperidade...
A plena felicidade,
Agita a espiritualidade.

Pinte a vida de azul
Momento de meditação
O sentir do coração.
O céu, a água...
Total pureza, sabedoria.
Beneficia a proteção.

Pinte a vida de branco
A leveza e a paz,
Eleva a alma, o espírito.
Casamento, união, relacionamento.
Momentos marcantes da vida,
Simboliza movimento, sentimento.

Pinte a vida de laranja
O otimismo elevado,
A comunicação, a vitalidade.
Laranja é total comunicação,
Estimula a sociabilidade.

Pinte a vida de rosa
O afeto, o amor incondicional.
Fertilidade, reprodução.
Cor do puro romantismo,
Delicadeza, a pureza.

Pinte a vida de verde
Recheado de esperança, sentimento.
Energia positiva, purificação.
Diga não ao tormento...

Pinte a vida de vermelho
A força da vontade, impulsividade.
Energética e estimulante
Cor da paixão, da sensualidade.

Pinte a vida de violeta
Misture o vermelho com azul,
Veja como embeleza a vida.
Perfeita para a criatividade,
Combinação total da prosperidade.

Pinte a vida de cinza
Neutraliza pensamentos perturbados.
Alivia a alma e reduz as pressões;
Estimula a estabilidade das emoções.

Pinte a vida de preto
Quando necessitar o vazio,
O esquecimento, o luto.
Pinte em poucos momentos,
Não permaneça na escuridão.

Pinte a vida da melhor forma.
Pinte com a sua aquarela favorita,
Na imensa arte de viver!

23.05.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

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