Melodia

Foto de Fernanda Queiroz

Uma história de amor

A noite cai suavemente, o sono não vem, Porque uns dias são mais difíceis que outros?

Tentei ocupar minha mente em vão, teu rosto sobrepôs e depôs as tentativas, pensei que a noite calaria meu pranto, que a maciez dos lençóis embalasse meu corpo cansado mutilando meus pensamentos, mas não houve trégua.

Não preciso ir até a cômoda onde guardo minhas relíquias para rever tua foto, teu rosto esta cravado em minha mente, de uma forma tão presente que sinto poder tocá-lo, minhas mãos tateiam sozinhas como se procurassem as tuas, mas não as encontro, parecem tatear nas pedras negras de meu desespero.
Letra da canção do Filme Love Story sopra em meus ouvidos “Quando eu te encontrei, eu não pensei que um grande amor eu fosse ter, eu que só tinha amargura em meu viver e que já estava tão cansada de sofrer, vivendo só.”

Nada nunca me soou tão verdadeiro, você despontou em minha vida como um raio de sol, trazendo todas as cores da natureza, sons e belezas. Era um acordar exaltado, um sorriso velado um trabalho apressado e encontros marcados onde o relógio pulsava tão rápido como nossos corações e o tempo se ia, o dia amanhecia trazendo alegria e se as lágrimas brotassem você as secava, se o sofrimento jorrasse você o estancaria com tua suave melodia impondo curas as amarguras.

“Quando eu te encontrei, lendo em teus olhos eu fiquei a imaginar, que o meu mundo tu virias alegrar, que eras tudo que eu queria encontrar”
E foi assim... Mágico... Verdadeiro... A risada brotava sem que eu pudesse impedir, os olhos negros como a noite tinha o brilho das estrelas o andar parecia um embalo ritmado pela nossa coletânea, cabelos soltos ao vento que em declínio das grandes colinas, calçada de patins, parecia uma bandeira em haste, blusa gotejada de sorvete e boca lambuzada, sabor de chocolate, sabor de teus beijos ansiados.

“Meu coração... eu te entreguei. Me deste a vida enfim... me deste amor... me deste a razão para viver... me desde paz...”

Preencheste tudo, intensa e completamente... Pensamentos. Atos. Ações... Despertaram todos os sonhos postados, toda alegria não vivida de uma alma sofrida, entrou como um furacão não usando tua força em estragos, mas para cravar profundos alicerces que desafia a força de Sanção, brotou sementes que produziriam nas mais engrene rochas, calçou de sonhos minha alma peregrina, vestiu de branco meu corpo moreno, relutante em se entregas as emoções entorpecentes dos pensamentos, fez-me correr para o eco do penhasco onde gritar teu nome e ouvi-lo de volta era a certeza que você existia.

“E onde quer que eu vá irás comigo... nos sonhos meus... na minha mente... eu não irei só... comigo irás também...”

Não há como medir um grande amor... Um sentimento de paixão... Todas as raízes que escravizam nosso coração... é assim que eu sei te amar... Nem meios ou mais... Intensamente e completamente.

A música do filme Love Story , é como acordes agudos que tocam em meu coração, sem piedade ou ilusão.

Diga-me... Como esquecer alguém que gosta de flauta... de me olhar como se tivesse me inventado...e de mim...

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de lua-verde

Saudade....

Chegou a hora de dizer adeus, definitivamente, a este cantinho... Que carinho especial eu tenho por ele. Aqui entrei há 5 anos atrás, numa das fases mais difíceis da minha vida, após a morte do meu querido pai. Nunca imaginei o que iria viver neste espaço. Aqui reencontrei pessoas que já tinha por perdidas... Aqui amei muito, sorri, sofri, chorei... Conheci corações como o meu que me ajudaram, com as suas palavras, a ultrapassar momentos menos felizes. Fiz amigos e amores que levarei para sempre no meu coração, na minha alma sonhadora...
Deixo aqui o meu último poema que representa muito do que sou e do que aqui vivi. Perto ou longe, que a vida vos sorria a todos vós, queridos poetas que, como eu, têm uma maneira diferente de sentir este Mundo... Que a nossa "Lua" continue "Verde"....Sejam muito felizes!

Saudade

A minha saudade tem cor e cheiro
Tem sonho, momento, pele de criança
É vida a pulsar numa lágrima de lembrança
Uma bola de sabão num carrossel de pujança

A minha saudade tem voz, melodia
Embalo de velhinho, num coração a nascer
Uma história contada, tecida nos nós da vida
Um berço debruado no sorriso do amanhecer

A minha saudade tem o mel da descoberta
O primeiro beijo nas asas de um sonho menino
Um toque, um perfume, um corpo tão puro
Duas almas a dançar num poema a dó maior

A minha saudade tem o toque de dois ventres
Duas fontes de cristal a quebrar o entardecer
Lágrimas limpas em lagos de ternura
Brincadeiras sem sentido num mundo por medida

A minha saudade lembra ondas de cetim
Uma ilha, um porto, seguro num olhar
Ternura, magia, no último acreditar
De quem tem fé num mundo por inventar

A minha saudade é um rio preso nos teus olhos
Um furacão que se rende, um tumulto de sentidos
Uma dor que massaja num desalento da alma
Num sabor a fogo dos sonhos incumpridos

Lua-Verde

Foto de Carmen Lúcia

Lá...

Lá, onde o dia é luz quando amanhece
e o gorjeio do pássaro em sua plenitude
reluz pela manhã que resplandece,
acorda o acervo das virtudes, as põe à prova,
onde o silêncio é prece, entorpece
e o acorde vertente das cachoeiras
é melodia sacra a ressoar horas inteiras
soprando a manhã que desperta
a espera de um dia abençoado.

Lá, onde o ímpio adormece crédulo,
a fantasia doutrina a heresia,
a incredulidade se esfumaça na manhã
formando nuvens brancas de sonhos palpáveis,
fantasias plausíveis e versos infindáveis,
o sagrado cala os burburinhos,
conscientiza o homem que profana
e num entrelaço se entrega à magia,
profetizando um amanhã de paz e de quem ama.

Lá paira minh’alma, noite e dia,
vagando fontes de inspiração,
lapidando pedras, cravando emoção,
buscando na manhã sem mácula
versos que colorem a vida,
palavras plenas de significados,
íntegras de harmonia,
grávidas de poesia.

_Carmen Lúcia_

Foto de Alexandre Montalvan

Fantasia

Era na solidão
tão profundamente penetrava
que já não havia mais paixão
tão íntimo respirava
e no cerne desta razão
onde a essência se escondeu
já não é lugar, nem dor, nem eu.

E o mar já não existe
é no vai e vem das ondas
que o triste
sumiu também
ainda ardia em febre a madrugada
enrodilhada em sonhos olhava

Com olhar de fantasia
nem quem era não sabia.
na lareira o fogo ainda crepitava
quando quase a chama apagava
ele chiava
melancólica melodia que não escutava

Perdão por este desabafo
pelo crepitar das chamas
pela expressão nua
é que no peito os espinhos
se cravam e esta busca de amor
se perpetua.

Foto de Carmen Lúcia

Quero

Quero...
Ser o elo entre o mundo e a paz,
a vida simples de quem é capaz
de unir humildade e grandeza,
sabedoria e beleza
com a mansidão de um barco
aportando o cais...

Quero...
Ser rio que chega ao mar
vencendo as batalhas de seu fluxo
ao tornear pedras , colidir em rochas,
modelar-se à opressão das margens,
nortear as águas durante seu percurso,
único recurso para estancar a sede.

Quero...
ser o filme dos instantes felizes,
o ancoradouro das melhores lembranças,
a saudade que faz companhia
quando a ausência marca triste mudança
e a vida mostra o outro lado da face,
um lado sombrio, que se desconhecia.

Quero...
ser a frágil bailarina,
girar o corpo ao redor da rima,
de seu interior ouvir a melodia
inspirada na arte que combina
passos , compassos, coreografia ,
todo espaço irreal, sua geografia
sendo transformada em poesia.

Quero...
ser a tarde e sua nostalgia,
cores indecifráveis a findar o dia
num céu que rouba toda a magia
na transição de fim e recomeço,
reverenciando a noite, o luar,
as constelações do espaço estelar
preparando mais uma manhã.

_Carmen Lúcia_

Foto de Rosamares da Maia

Melodia da Vida - Renovação

Melodia da Vida- Renovação

Ouço o ritmo da melodia, atento acompanho.
Vejo que o mundo todo suavemente dança,
Os passos cadenciados revelam o meu sonho.
Novamente tenho os olhos vivos de criança.

Tudo é somente som, mágica melodia.
Minha alma é uma partitura, simples,
E o meu corpo flutua sem peso, leve.
Passos no tom da vida em pura harmonia.

A água corre, canta em ritmo natural,
O vento sopra lufadas nas folhas que sobem,
Em seu balé dançam cantam, se encantam.
Não é sonho, o mundo que vejo é real.

Acho graça nas asas do pequeno beija-flor,
Que para no ar faz a corte e beija a sua flor,
Admiro as abelhas trabalhadeiras em sua obra
Buliçosas borboletas ao sol fazendo manobras.

Todos engravidam de pólen a natureza,
Promovem o encontro de amantes distantes.
Que olhos não veem, mas o amor tem certeza.
Toda a vida se renova em ritmo constante.

Fecho os meus olhos, deixo fluir a melodia,
Sou a orquestra, meu corpo é instrumento.
Que toca no mesmo diapasão em total sinergia.
Com os pés na água que corre, sou parte da magia.

A vida com mais capricho me desenha natural.
E sou como a folha flutuando ao vento, breve.
Renovada no encontro distante dos amantes.
Gravida do amor que não vejo, mas sei, é real.

Foto de Carmen Lúcia

Sobre belezas naturais

O mar vem me saudar em ondas
que se quebram ao beijar meus pés
num doce afago que me apraz,
abraça meu corpo e o ascende à paz.
Águas tingidas pelo azul do céu,
onde o branco das espumas brinca de ir e vir.
Sem embarcação, muita empolgação, me entrego.
E navego...

Ante a flor desabrochando,
prenunciando a primavera
expectativas invadem os campos
verdejantes pela espera.
Despedem-se do inverno,
o frio do coração do mundo
e me vejo florescer também
em meio a tulipas e jasmins
e o perfume de mato em mim.
E espero...

A melodia dos riachos
faz a dança dançar em minhas veias,
em passos harmoniosos me acho,
entre cascatas me entrelaço
luzindo luzes cristalinas,
permeando verdes e azuis turmalinas
brotadas do ventre da terra
num recital de suaves versos
a emergir poesias.
E me extasia...

O céu começa a se fechar,
o sol brilhará n’outro lugar...
Aves migram em bandos, chilreando
num bailado improvisado, inusitado.
Matizes cruzam espaços, buscam suas cores
espalhadas em multicores pelos cantos,
beleza exclusiva do fim de tarde.
E me invade...

Nessa mistura real e surreal
eu me perco, me enlevo, me levo...
Tiro os pés do chão, alço a emoção
e me elevo ao ar...
A voar...

_Carmen Lúcia_

Foto de Rosamares da Maia

ORAÇÃO DA MANHÃ

Oração da Manhã

Senhor,
Obrigado por meus olhos descortinando o horizonte,
Enxergando belezas que nem todos conseguem perceber.
Obrigado pelas janelas que permitem a claridade do sol,
E o azul deste céu, que tinta alguma imitará.
Obrigado Senhor pela chuva, por estender as mãos,
E com ela lavar o rosto, somente para brincar.
Obrigado senhor pela alegria inexplicável das crianças,
Que perseguem uma simples folha arrancada pelo vento.
E porque ela, ainda me habita o peito adulto, pacificamente.
Obrigado Senhor,
Pelos meus ouvidos, que ouvem a música dos Homens,
Como uma manifestação da Divindade na Terra,
Por fechar os meus olhos e ouvir a melodia dos anjos.
Obrigado pelo olfato, que capta o cheiro das manhãs,
E pelo paladar Senhor, obrigado.
E o gosto das nuvens, como montanhas doces e belas.
E pela mão que faz o café, de sabor inigualável.
Pelo sentido do tato, que recebe o afago e aquece a alma,
Que repele as asperezas da vida, como primeira defesa.
Obrigado Senhor,
Pelo sentido da vida, que encontro em uma manhã clara,
Pois percebo os Vossos olhos bondosos sobre nós.

Rosamares da Maia

08/06/2010.

Foto de Carmen Lúcia

Dor tangente

Brada o silêncio
a dor tangente que fica
quando o amor se vai.

(Im)Piedosamente
se faz presente
-mente-
canta canção
- simulação-

Esbanja abraços
se embola em laços
em nós atados
no coração,
em mim.

Como jasmim
num jardim d'Outono.
Pura melodia
ou emoção
nesse momento
de poesia e abandono.

A dor entoa
(por mais que doa)
acordes de bandolim.
Se faz saudade...
Sem dó nem piedade
cavouca lembranças
de um amor sem fim
como se fim não houvesse
e tanta tristeza coubesse
no meu coração,
em mim.

Abraço-a.

Se a dor insiste
rebate a vida,
a emoção persiste
ainda que sofrida,
e toda inspiração
gerada da agonia
recolhe lindos versos
compondo poesia.

Confunde a solidão
por não estar tão só,
por sermos par constante,
ao menos um instante,
na dança exaurida
que baila a despedida
ao som do bandolim...

Ah, dor! Que é canção,
é flor de meu jardim,
toca o coração,
dói dentro de mim.

_Luiza Caetano e Carmen Lúcia_

Foto de Alexandre Montalvan

Porque te Amo?

Eu não sei por que te amo
porque você me é tão querida
talvez sei lá, por engano
ou feitiço de alguma sacerdotisa

Eu não sei por que te amo de verdade
mas te amo pelo brilho que teu olhar irradia
eu te amo por uma singularidade
amo-te como uma doce sinfonia

Eu te amo como o lamento das cordas do violino
em catedrais de granitos refulgentes
amo-te como um menino inocente
louco para beijar tua boca e sentir teus dentes
em minha carne ardente

Eu te amo como ao sol nascente
que da luz ao dia a vida
e aquece a terra aonde você pisa
e como a leve brisa
que esvoaçam teus cabelos pelo vento
eu amo teus pensamentos

Eu te amo como a louca ventania
como a fúria das tempestades
como a dor de uma saudades
amo-te como a mais linda
Melodia.

Alexandre Montalvan

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