Mente

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SONHO DE MENINO

O SONHO QUE EU TIVE COM ESPERANÇA
FOI SER FADISTA E VIVER PARA CANTAR
ESCREVER MEU FADO UM DESEJO DE CRIANÇA
QUE TANTAS VEZES OCUPOU O MEU SONHAR

NA MINHA MENTE DE CRIANÇA IMPULSIVA
O SOM VIBRANTE DA GUITARRA SE INSTALAVA
ESSE GEMIDO DELIRANTE QUE CATIVA
E FÊZ MAIS FORTE O DESEJO QUE SONHAVA

NÃO VOU ESQUECER ESSE TEMPO DE PETIZ
EM QUE O AMOR JÁ ESCREVIA A RECORDAR
LEMBRANÇAS DESSA INFANCIA TÃO FELIZ
QUE ESCREVO AGORA NESTE FADO PARA CANTAR

O SONHO QUE É TÃO LINDO E INFINITO
PODER ESCREVER E CANTAR SÓ O MEU FADO
OUVIR GUITARRAS COM TRINAR TÃO AFLITO
É ESTE O SONHO NO MEU PEITO BEM GUARDADO

O PEDIDO NA MINHA PRECE AOS CÉUS
QUE DEUS NÃO ME TIRE ESTAS PAIXÕES
PODER PASSAR Á REALIDADE OS SONHOS MEUS
CONTAR A VIDA EM POEMAS E CANÇÕES

E SEMPRE DESSE MEU SONHAR DIVINO
QUE PASSE Á REALIDADE O QUE É SONHADO
VIVER ENTÃO ESSE SONHO DE MENINO
EM QUE UMA NOITE DESEJEI CANTAR MEU FADO

14.9.90
ONIL

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APENAS SONHAR O FUTURO

A POESIA PARA QUEM ESCREVE
É A FORÇA DE QUEM SE ATREVE
FALAR DO PASSADO EM GLÓRIA
NÃO HÁ RELATOS DO FUTURO
NÃO SE PODE ESCREVER NO ESCURO
SÓ DO PASSADO HÁ HISTÓRIA

DO FUTURO NÓS NÃO SABEMOS
APENAS NA MENTE O SONHAMOS
TENTANDO DAR-LHE BELA CÔR
MAS ISSO SÓ PASSA A IMAGINAR
NESSE INFELIZ OU FELIZ SONHAR
NÃO SABEMOS SE HÁ DOR OU AMOR

EMBORA NÃO POSSAMOS DUVIDAR
QUE HÁ ALGO PARA SE PASSAR
NO FUTURO QUE SONHAMOS
A VIDA REAL COM CERTEZA
FOI AQUELA COM TRISTEZA
QUE PARA TRÁS JÁ DEIXAMOS

POR ISSO OS MEUS POEMAS
CONTAM APENAS OS DILEMAS
DA MINHA VIDA PASSADA
O FUTURO AINDA NÃO IMAGINEI
MAS SEMPRE ME EMPENHAREI
PARA O VIVER E MAIS NADA

ESCREVI FADOS AO PASSADO
COMPUS POEMAS COM AGRADO
PARA NO FUTURO OS LEMBRAR
ESTA É A VERDADE SUPREMA
DE QUEM NA POESIA NÃO CLAMA
NOS SONHOS DO FUTURO FALAR

ESCREVO SOBRE O PASSADO APENAS
FALO DO AMOR DAS MINHAS PENAS
NO FUTURO PENSO E NADA FALO
PORQUE FALAR SEM CERTEZA
SE PODE TRANSFORMAR EM TRISTEZA
POR ISSO SOBRE O FUTURO ME CALO

14/10/09
ONIL

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HÁ MAGIA NA VIDA

SEREIAS DO MAR
VENHAM-ME ABRAÇAR
NUM CANTO DE AMOR
COMO ANTIGAMENTE
AO BOM NAVEGANTE
O FIZESTE SONHADOR

PROMETIAM OS SONHOS
EM MUNDOS RISONHOS
ENTÃO OS EMBALAVAM
E NAS BRUMAS DO MAR
COM DOCE CANTAR
LÁ ELES NAUFRAGAVAM

SERIA REAL
ESSA LENDA AFINAL
DAS SEREIAS DO MAR
SERIA O SEU CANTO FEITIÇO
OU NÃO MAIS DO QUE ISSO
UMA HISTÓRIA A CONTAR

REALMENTE HÁ MISTÉRIOS
DE CONTOS BEM SÉRIOS
NESTE MUNDO PASSADOS
E NO MAR TÃO PROFUNDO
QUE BANHA ESTE MUNDO
HÁ SEGREDOS GUARDADOS

QUEM ME DERA VIVER
NOUTRA ERA ESCREVER
SOBRE UMA SEREIATÃO BELA
QUE AO FUNDO DO MAR
ME FIZESSE CHEGAR
BEM VIVO AO PÉ DELA

SABER REALMENTE
SE O MAR É DIFERENTE
DAQUELE DE OUTROS TEMPOS
SE ENCANTA O SEU CANTO
OU É SÓ UM ENCANTO
QUE NOS PRENDE EM MOMENTOS

COM HISTÓRIAS PASSADAS
DE CANÇÕES ENCANTADAS
SE CRIARAM ILUSÕES
SEREIAS NOS INSPIRAM
NENHUNS OLHOS AS VIRAM
MAS SE ESCREVERAM CANÇÕES

COMO ESTA QUE ESCREVO
QUE A TANTO ME ATREVO
MAS EM CAUSA NÃO PONHO
SE AS SEREIAS EXISTEM
NA REALIDADE PERSISTEM
CONTINUANDO ESTE SONHO

NÃO É SÓ NO MAR
QUE NOS VEM ENCANTAR
UMA SEREIA TÃO BELA
AO ESCREVER A CANÇAO
A MINHA INSPIRAÇÃO
VEM DA MAGIA QUE É DELA

CRIA-SE NA MENTE
E COMO ANTIGAMENTE
EM QUE A SEREIA VIVIA
ESTE POEMA FOI ESCRITO
PORQUE EU ACREDITO
QUE NA VIDA HÁ MAGIA.

4/09/09
ONIL

Foto de onil

GRITO NA POESIA

ÁS VEZES NÃO SEI QUE ESCREVER
NÃO TENHO UM MOTIVO SEQUER
QUE UM POUCO ME VENHA INSPIRAR
MAS BUSCO FUNDO NO PENSAMENTO
UMA LUZ SE ACENDE UM MOMENTO
E SINTO A INSPIRAÇÃO A CHEGAR

ESTA É A BELEZA DA POESIA
BASTA HAVER PAZ E ALEGRIA
É FARTA A NOSSA IMAGINAÇÃO
VEM AO PENSAMENTO NUM VERSO
COISAS BANAIS DO UNIVERSO
OUTRAS ESTÃO NO NOSSO CORAÇÃO

ALGUMAS ESTÃO NA NATUREZA
E FAZ-NOS ESCREVER SOBRE A BELEZA
QUE TEMOS O PRAZER DE CONTEMPLAR
PAISAGENS DE ENCANTO QUE BELAS
COMO É BOM EM VERSOS ESCREVELAS
É ASSIM QUE ME CONSIGO INSPIRAR

É BOM TER MOTIVO PARA ESCREVER
PARA A MENTE OCUPAR E ENTRETER
E EXCLUIR PENSAMENTOS VORAZES
ESCREVENDO TRABALHA O PENSAMENTO
E ASSIM POR BREVE MOMENTO
DESCANSAR A ALMA SOMOS CAPAZES

VAI O TEMPO ASSIM PASSANDO
AS PALAVRAS EU VOU RIMANDO
PONHO DE PARTE QUALQUER DILEMA
E EM PALAVRAS NO PAPEL ESCRITO
ECOA DA MINHA ALMA O GRITO
NOS VERSOS DE UM SIMPLES POEMA

ESTA É A RAIVA E FORÇA DA PALAVRA
QUE NA NOSSA ALMA NÃO FICA ESCRAVA
POIS SAI NA ESCRITA SEM PRECONCEITO
ÁS VEZES NÃO SEI QUE ESCREVER
MAS SEM UMA PALAVRA EU DIZER
GRITO A MÁGOA QUE VAI NO MEU PEITO

25/06/09
ONIL

Foto de Fernanda Queiroz

Pedaços de infância

Lembranças que trás ainda mais recordação, deixando um soluço em nossos corações.

Lembranças de minhas chupetas, eram tantas, todas coloridas.
Não me bastava uma para sugar, sempre carregava mais duas, três, nas mãos, talvez para que elas não sentissem saudades de mim, ou eu em minha infinita insegurança já persistia que era chegado o momento delas partirem.

Meu pai me aconselhou a planta-las junto aos pés de rosas no jardim, por onde nasceriam lindos pés de chupetas coloridas, que seria sempre ornamentação.
Mas, nem mesmo a visão de um lindo e colorido pé de chupetas, venceram a imposição de vê-las soterradas, coibidas da liberdade.

Pensei no lago, poderiam ser mais que ornamento, poderia servir aos peixinhos, nas cores em profusão, mesmo sem ser alimentação, primaria pela diversão.
Já com cinco anos, em um domingo depois da missa, com a coração tão apertadas quanto, estava todas elas embrulhadas no meu pequenino lenço que revestia meus cabelos do sol forte do verão, sentamos no barco, papai e eu e fomos até o centro do lago, onde deveria se concentrar a maior parte da família aquática, que muitas vezes em tuas brincadeiras familiar, ultrapassavam a margem, como se este fosse exatamente o palco da festa.

Ainda posso sentir minhas mãos tateando a matéria plástica, companheira e amiga de todos os dias, que para provar que existia, deixaram minha fileira de "dentinhos, arrebitadinhos".

Razão óbvia pela qual gominhas coloridas enfeitaram minha adolescência de uma forma muito diferente, onde fios de metal era a mordaça que impunha restrição e decorava o riso, como uma cerca eletrificada, sem a placa “Perigo”.

O sol forte impôs urgência, e por mais que eu pensasse que elas ficariam bem, não conseguia imaginar como eu ficaria sem elas.

A voz terna e suave de papai, que sempre me inspirava confiança e bondade, como um afago nas mãos, preencheu minha mente, onde a coragem habitou e minhas mãos pequeninas, tremulas, deixaram que elas escorregassem, a caminho de teu novo lar.

Eram tantas... de todas as cores, eu gostava de segura-las as mãos alem de poder sentir teu paladar, era como se sempre poderia ter mais e mais ás mãos, sem medos ou receios de um dia não encontra-las.

Papai quieto assistia meu marasmo em deposita-las na água de cor amarelada pelas chuvas do verão.

Despejadas na saia rodada de meu vestido, elas pareciam quietas demais, como se estivessem imaginando qual seria a próxima e a próxima e a próxima, e eu indecisa tentava ser justa, depositando primeiro as mais gasta, que já havia passado mais tempo comigo, mesmo que isto não me trouxesse conforto algum, eram as minhas chupetas, minhas fiéis escudeiras dos tantos momentos que partilhamos, das tantas noites de tempestade, onde o vento açoitava fortes as árvores, os trovões ecoavam ensurdecedores, quando a casa toda dormia, e eu as tinha como companhia.

Pude sentir papai colocar teu grande chapéu de couro sobre minha cabeça para me protegendo sol forte, ficava olhando o remo, como se cada detalhe fosse de suprema importância, mas nós dois sabíamos que ele esperava pacientemente que se cumprisse à decisão gigante, que tua Pekena, (como ele me chamava carinhosamente) e grande garota.

Mesmo que fosse difícil e demorado, ele sabia que eu cumpriria com minha palavra, em deixar definitivamente as chupetas que me acompanharam por cinco felizes anos.
Por onde eu as deixava elas continuavam flutuantes, na sequência da trajetória leve do barco, se distanciavam um pouco, mas não o suficiente para eu perdê-las de vista.
Só me restava entre os dedinhos suados, a amarelinha de florzinha lilás, não era a mais recente, mas sem duvida alguma minha preferida, aquela que eu sempre achava primeiro quando todas outras pareciam estar brincando de pique - esconde.

Deixei que minha mão a acompanhasse, senti a água fresca e turva que em contraste ao sol forte parecia um bálsamo em repouso, senti que ela se desprendia de meus dedos e como as outras, ganhava dimensão no espaço que nos separava.
O remo acentuava a uniformes e fortes gestos de encontro às águas, e como pontinhos coloridos elas foram se perdendo na visão, sem que eu pudesse ter certeza que ela faria do fundo do lago, junto a milhões de peixinhos coloridos tua nova residência.

Sabia que papai me observava atentamente, casa gesto, cada movimento, eu não iria chorar, eu sempre queria ser forte como o papai, como aqueles braços que agora me levantava e depositava em teu colo, trazendo minhas mãozinhas para se juntar ás tuas em volta do remo, onde teu rosto bem barbeado e bonito acariciava meus cabelos que impregnados de gotículas de suor grudava na face, debaixo daquele chapéu enorme.

Foi assim que chegamos na trilha que nos daria acesso mais fácil para retornar para casa, sem ter que percorrer mais meio milha até o embarcadouro da fazenda.
Muito tempo se passou, eu voltei muitas e muitas vezes pela beira do rio, ou simplesmente me assustava e voltava completamente ao deparar com algo colorido boiando nas águas daquela nascente tão amada, por onde passei minha infância.

Nunca chorei, foi um momento de uma difícil decisão, e por mais que eu tentasse mudar, era o único caminho a seguir, aprendi isto com meu pai, metas identificadas, metas tomadas, mesmo que pudesse doer, sempre seria melhor ser coerente e persistente, adiar só nos levaria a prolongar decisões que poderia com o passar do tempo, nos machucar ainda mais.

Também nunca tocamos no assunto, daquela manhã de sol forte, onde a amizade e coragem prevaleceram, nasceu uma frase... uma frase que me acompanhou por toda minha adolescência, que era uma forma delicada de papai perguntar se eu estava triste, uma frase que mais forte que os trovões em noites de tempestade, desliza suava pelos meus ouvidos em um som forte de uma voz que carinhosamente dava conotação a uma indagação... sempre que eu chegava de cabeça baixa, sandálias pelas mãos e calça arregaçada á altura do joelho... Procurando pelas chupetas, Pekena?

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Resernados

Foto de onil

É ASSIM A MINHA TERRA

VOLTEI A PASSEAR NESTAS TERRAS
VI FLORES LINDAS NAS SERRAS
E DE SAUDADES ME ENCHI
LEMBREI TEMPOS DA MOCIDADE
EM QUE ASPIREI A LIBERDADE
NESTA ALCOFRA ONDE NASCI

VI CARQUEJA E O SEU DOIRADO
CÔR QUE NASCE EM QUALQUER LADO
É DA SERRA INFINDA BELEZA
OUTRAS CORES HÁ PELOS MONTES
ÁGUA FRESCA CORRE NAS FONTES
ASSIM É BELA A NATUREZA

JÁ VI NOS CÉUS A ÁGUIA VOANDO
NOS MONTES O MELRO CANTANDO
ESTA PAISAGEM ME ESPANTA
É COMO UMA CONCHA ESTA TERRA
Á VOLTA TEM LINDA SERRA
COM FLORA QUE ME ENCANTA

A ÁGUA NO RIO CORRENDO
ESPUMA BRANCA VAI FORMANDO
LEMBRANDO UM RENDILHADO
NO RIO DA BOUÇA SAUDOSO
FOI TEMPO MARAVILHOSO
QUE FICA NA MENTE GRAVADO

LEMBRO TEMPOS DE INFANCIA
NÃO ERA LONGE A DISTANCIA
DA MINHA ALDEIA AOS TAPADOS
NO RIO A ÁGUA PURA DESLIZAVA
A SEDE SAUDAVEL SACIAVA
RECORDAÇÃO DE TEMPOS PASSADOS

DO CIMO DO CABEÇO CARMOL
VI O ESPLENDOROSO PÔR-DO-SOL
Á SUA BELEZA FIQUEI PREGADO
JÁ CORRI TERRAS DO MEU PAIS
MAS SÓ AQUI ME SINTO FELIZ
NÃO QUERO VIVER NOUTRO LADO

QUERO SENTIR O AR NO ROSTO
SUAR COM O CALOR DE AGOSTO
PORQUE ISSO ME DÁ PRAZER
A MINHA ALDEIA É TÃO LINDA
ESSA BELEZA NÃO FINDA
NINGUÉM DELA VAI ESQUECER

LEMBRO-A EM POEMAS ESCRITOS
FALO DE SITIOS BONITOS
QUE DÃO GOSTO EM VISITAR
A MINHA ALDEIA É CERCADA
POR CARQUEJA AMARELADA
NA SERRA QUE A ESTÁ A RODEAR

NA PRIMAVERA SEUS PRADOS
POR VERDURA ORNAMENTADOS
FAZEM-NA SEDUTORA E LINDA
A QUEM POR AQUI PASSAR
ESTA BELEZA VAI AGRADAR
E A SUA VISITA NÃO FINDA

CADA ESTREITA CALÇADA
DÁ UMA HISTÓRIA CONTADA
DO POVO QUE NELA VIVEU
PORQUE AQUI NASCERAM E AMARAM
NAS TERRAS DURO TRABALHARAM
MAS ALGUÉM NUNCA OS ESQUECEU

SOU POETA E TENHO AMOR
Á MINHA ALDEIA E DOU VALOR
A TODOS QUE AQUI NASCERAM
QUEM FICOU TEVE A CORAGEM
E ESTA É A MINHA HOMENAGEM
AOS QUE NA NOGUEIRA VENCERAM

MAS A TODOS EM GERAL
QUE DAQUI SÃO NATURAL
ESTE POEMA DEDICO
EU POR MIM SONHO VOLTAR
E PODER SEMPRE VISITAR
NOGUEIRA E A VILA-DO-PICO

26/05/09
ONIL

Foto de Fernanda Queiroz

Sonhos em sonhos

Estou de volta...
ao meu reino encantado,
na relva molhada,
da chuva fina,
que trás na umidade do dia,
rotina, dor e tristeza.
Vem de encontro a minha solidão,
contraste profundo,
coração moribundo,
destino traçado,
de vidas que se cruzaram
na alma,
na mente,
sem ser presente.
Vivi no passado,
um mundo acordado,
que embalado no sono,
foi só abandono.
Meus olhos se perdem,
na imensidão do verde,
que como moldura,
reproduz tua face,
traduz teu riso,
tua forma quase mágica,
de existir.
Não é sombra opaca,
nem é vulto do destino,
é teu corpo traçado,
o peito tatuado,
que habita o sonho meu,
que é muito mais forte...
que eu.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Fernanda Queiroz

Dia de Hoje

Dia de acordar
de ver meu rosto sem ver o teu,
a penumbra não mais oculta o presente,
não mais aquece meu corpo,
não mais é meu alimento.
Olhar para meu corpo sem sentir o teu
onde libera pensamentos,
que por momentos foi uma paixão
sem ser razão, sem ter noção,
da realidade que espera
da solidão que impera.
Dia de acordar,
sem ter que viver a vida,
sem aquecer a ferida,
sem clamar por amor,
mesmo que isto traga a dor.
Sem querer em teus braços
esquecer o cansaço
sem pensar que a mente
faz brotar contundente
o direito de ser, de ter,
sem enganar a gente,
sem sufocar brutalmente
como um tufão esmagador,
sentimentos apenas querido,
tempo jamais existido.
Dia de hoje,
dia que faz sentido,
não há vencedor nem vencido
não há nada a esperar.
A imagem não reflete nada,
das pupilas mudas e caladas
apenas o vazio vaga
apenas eu e mais nada

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Paulo Zamora

Medir (Paulo Zamora www.pensamentodeamor.zip.net)

Medir
O mundo começou a medir pessoas de uma maneira errada, como se mede um ser humano? Um todo pode se criar, avaliar conceitos e forma de vida; somos os únicos responsáveis por tudo no mundo; talvez fomos concordando involuntariamente com atitudes egocêntricas dos nossos governantes ou mesmo pelas pessoas que nos rodeiam. Medir alguém... contar de suas virtudes, os erros do passado, saber das mudanças que aconteceram, como está agora olhando a vida; como medir? Mas se trata da personalidade, comum? Incomum? As diferenças são levadas em conta? Nós somos o mundo, fazemos a diferença quando nem percebemos, devido ao corrido tempo nem nos olhamos no espelho. Somos responsáveis em medir as pessoas? Por sua riqueza ou pobreza? Por sua profissão e salário? Você sabe o que realmente forma a personalidade? Nossas capacidades sempre vão além do que podemos imaginar, tanto para o bem como para reações contrárias. O bom humano existe porque ainda existem pessoas corretas e sensatas. Defina-se como autor da sua história de vida, dono dos seus passos e do seu sorriso...
A responsabilidade abre caminhos surpreendentes. Se você não sonha um amanhã melhor nem mesmo o hoje poderá ser confortante. Meça a você, pense em como ajudar, em como indicar a saída no momento certo, quando você surge como socorro no uso das palavras que se inspiram do comportamento dos que acreditam no seu potencial.
Nada acontece sem escolha. Visar o futuro não compromete somente a renda, o primeiro lugar está dentro da sua auto-estima, ou seja, sua vida emocional direciona todos os outros ângulos. Essa é uma verdade comprovada.
Nunca pense viver sem retornos, recebemos o damos, damos o que recebemos, enfim, temos o que merecemos. Mudar os méritos depende de reconhecimento dos erros, dos acertos e das condições. Esqueça o “medir”, porque ao dar-se a alguém automaticamente a mente vai gerando conceitos e direcionando os sensatos a saberem quem são as pessoas, e qual o limite que poderá servir como breque. Nada é como antigamente, amanhã seremos eternos enquanto durem os que se lembrem da gente.
Medir pode ser sinônimo de competitividade, saiba que amizade não depende sempre dos meios de vida da pessoa, afeto nunca foi e nunca será conquistado por uma tabela de preços. Faça a sua parte, assuma seus compromissos, não leve tarefas do trabalho para casa, viva colocando cada coisa no seu devido lugar, inclusive sua fé.
Vale a pena medir? Medir o quê?
Somos muito complexos, completos, confusos, amigos, destináveis ao que não pretendemos, somos seres humanos, correspondentes do viver. Meça seu amor, aumente em calor fraternal, seja HUMANO em tudo, e o resultado? Sua própria felicidade...
(Escrito por Paulo Zamora em 17 de março de 2010)

www.pensamentodeamor.zip.net

Foto de Bárbara Pinheiro

" Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem lutas é melhor. "

Como Wiliam Shakespeare, mesmo escreveu." Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem lutas é melhor. " Será que vale a pena lutar para ter seu amor? Será que eu irei alcançá-lo se lutar?
Será que irei conseguir fazer esquecer essa tal menina? Será que você sente algo por mim? Será que devo seguir adiante nesse amor platônico? Será que devo esquecer-te? Como vou esquecer-te, se você consome minha mente mesmo sem saber? Como pode alguém ser assim? Como alguém pode ter controle da mente do outro sem ao menos ser paranormal? É acho que estou lendo demais e assistido muitos filmes. Histórias de amor platônico não deveria acontecer comigo, estou fazendo tudo o que sou contra! Preciso esquecer-te mais não tenho forças para isso, preciso esquecer-te para que eu possa voltar a viver! Preciso esquecer-te para amar novas pessoas! Preciso esquecer-te para parar de sofrer!

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