Minutos

Foto de VirginiaSimon

Momentos

"Existem momentos em nossas vidas
Que gostaríamos de entender,
Muitas das vezes apagar.
Assim nos sentimos:
A pessoa mais horrível do mundo;
Estranhos, como se fossemos de outro planeta;
Diferentes dos outros;
Pendurados por um fio,
a ponto de pular;
Pequenos;
Muitas vezes sozinhos;
Sem forças pra nada;
A ponto de meter o pé;

O que fazer?
Como mudar tudo isso?
Muitas das respostas estão aonde menos esperamos,
ou procuramos,
Então faça o seguinte:

Escute músicas;
Ria de qualquer coisa;
Não beba muito, pode não fazer bem a você;
abrace alguém especial;
Se cuide;
Ligue para esse alguém especial;
Mude o visual;
Só não exagere;
O Resultado pode não ser o esperado;
Não deixe que te façam de palhaço;
Ou pisem em você;
Faça exercícios;
Leia bastante;
Tome banhos demorados;
Durma bastante;
Experimente coisas diferentes;
Dance bastante;

E acima de tudo:
Ore todos os dias;
Em todos os momentos;
E em qualquer lugar que sentir necessidade;

E sabe qual é a melhor parte de tudo isso:
Você não é igual aos outros;
Você é único;
É mais forte do que imagina;
É especial;

E não esqueça nunca:

Você tem um anjo;
Que está do seu lado;
E que não deixará você cair.
E se cair estenderá a mão para você levantar.

Pois Deus e eu estamos com você,
Deus em todos os momentos, minutos, segundos de sua vida;
E eu mesmo distante, em pensamento e oração e coração."

Sempre ao seu lado,
Sempre com você;

Uma mensagem linda,
feita a uma pessoa muito especial na minha vida,
Alguém que admiro,
Admiro seu caráter,
Sua determinação;
Seu jeito de ser;
Sua essência;

Amo você!

Abs =) Virginia Hartmann Simon

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro – Capítulo 2

Somos divididos em dois tipos de seres humanos, na nossa realidade. Os de sangue quente e os de sangue frio. Os possuidores de sangue frio, por apresentarem poucos escrúpulos, com o tempo se tornaram dominadores da sociedade em que vivemos. Sua palavra é lei, seu gesto é dinástico. Trocam de pele a cada três meses e detestam variações de temperatura.
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Meus patrões estão fazendo planos para o final desse mês de abril. Foi-se o frio do inverno junto com as reclamações dos meus mestres, suas peles hoje são rosadas e alvas, as crianças pedem menos colos e mimos, o trabalho se torna de novo vital e urgente. Embora ainda se demonstre certa lentidão na retomada dos afazeres, os ditos, por serem necessários, logo são realizados para a satisfação geral dos anseios.

- Vai boi, pasta!

O generoso e bom Luís Maurício é o melhor do que se pode esperar de um superior.
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Um dia li um livro. Ou melhor, engoli. Não que eu tenho sido obrigado à comê-lo, por mais que acreditem ser essa minha obrigação, pelo que lhes disse até agora, não sei bem, o que conto, nem para quem. Não sei se estou num passado ou num presente. Bem, não importa. Como citei li um livro de relance, por uns três milésimos, o suficiente para obter a seguinte frase de seu interior:

“Não é por ser engraçado que seja comédia.”

Não entendi muito a frase, mas a guardei na memória. Eu nunca havia lido um livro antes. Sequer sabia se sabia saber ler. Pois então, o livro estava nas mãos da dona Clarisse. Dona Clarisse é uma atriz. Finge que ri, finge que ouve, finge que pensa e que tem opinião. Admiro seu jeito, nas minhas modestas faculdades. Antes que achem que sou apaixonado por ela, soa tão doce a minha maneira de tratar desta e tratá-la, logo que a vejo, provarei que nunca a amarei do fundo do meu coração contando o episódio cômico e engraçadíssimo que vivemos.

- Venha idiota, preciso de um tapete! – Dona Clarisse é sempre um doce de mulher.

- Não.

- Disse alguma coisa?

- Não.

- Quem bom. Deixe-me que eu te pise, e não grite.

Ela me quebrou duas costelas ao me usar em ser inútil.
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Depois de tal chalaça, e quase que digo que era anedota, outra situação com alegres conseqüências me turvou o rosto em lágrimas de riso, de escárnio, de champanhe em sal gelado escorrendo pelas pálpebras. Em outro dia, ou mesmo hoje, ou mesmo agora, a patroa observa fixamente todos os seus bens acumulados pelo marido e sua mobília nobiliária, milionária, da qual sou tão íntimo em jamais encostar.

- O Luís Maurício é tão bom...

Finjo que observo em silêncio.

- Amo o Luís Maurício, ele é o homem da minha vida...

Não uivo por dentro, nego o que esperam que eu sinta.

- O Luís Maurício me dá tudo o que quero...

Por um instante imagino que a patroa está tentando convencer a si mesma de que ama seu marido, que está infeliz com os caminhos que tomou e que preferia a liberdade ao invés do conforto. Besteira, ela não seria assim tão ingênua

- O Luís Maurício é minha alma gêmea...

Enfim, vocês não enxergam que nunca vou amar minha patroa, que ela não é o ar que respiro todos os minutos e que não quebraria essa horrenda jaula imunda e sufocadora que limita os sonhos e aspirações que eu teria se eu fosse livre?

- O Luís Maurício... É um maldito...

Droga. Pensei alto. Tão alto que a patroa disse exatamente aquilo que eu estava pensando.
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- Clarisse, você...

- Eu mudei de idéia. Não quero trocar o engolidor.

- Mas eu nem disse o que eu queria...

- O que importa? Qual o problema? Eu não quero mais trocar o engolidor e posso te dizer isso antes que me pergunte.

O patrão fingiu que me olhou com um generoso e bom ódio.

- Luís, eu sei que se preocupa comigo. Mas você não precisa se preocupar tanto. Eu estou bem, juro. Nosso casamento está firme, nosso amor é como uma rosa que desabrocha na mais pura beleza em flor que anuncia a primavera.

Por um momento achei que a patroa me olhou fixamente nos olhos e quis dizer que somente comigo seria feliz de verdade nesse mundo sujo e cruel ao qual temos que nos sujeitar.

- Eu te amo, Luís, não desconfie.

Eu não admito que amo aquela mulher.

- Ou você acha que eu iria te trocar por um simples... Dimas...

Foto de annytha

QUERO QUE SEJAS MEU MUNDO MEU TUDO!!!!

Quero que tu sejas o meu mundo, o meu tudo
Não quero dar-te apenas segundos, minutos, ou horas do meu tempo
Não quero dar-te uma semana, nem um mês, nem apenas um ano
Mas quero dar-te a minha vida inteira

Quero que sejas o meu mundo, o meu tudo
Não quero dizer-te algumas palavras, como simples conta-gotas
Quero dizer-te palavras cheias de amor que saem do mais profundo de mim

Quero que sejas o meu mundo, o meu tudo
Quero que sejas uma parte de mim, quero que sejas o meu coração pulsando a cada vez que penso em ti
Quero que aprendas a ler os meus pensamentos, para atenderes aos meus desejos
Quero iniciar o dia já sabendo que virás atender-me, trazendo consigo a tua claridade que me encherá de luz o dia inteiro

Quero que sejas o meu mundo o meu tudo
Não te quero apenas pelo simples fato de te querer, ou por mera vaidade de ter -te
Quero-te por que te amo. Quero-te por que te desejo. Quero-te por que já sei quando a tua alma fala a minha alma.

Quero que sejas o meu mundo, o meu tudo!
Quero deitar-me e poder sentir que estás comigo, e sentir o teu corpo junto ao meu,
A tua respiração ofegante de desejos, enquanto todo meu ser treme esperando-te por inteiro,
Quero que me sufoques com teus beijos, quero sentir o calor do teu corpo aumentando a temperatura do meu!
Quero que sejas meu mundo meu tudo!
Quero que sejas meu amor infinito, incondicional, mas que sejas racional!
Mas será que pra uma paixão tão alucinante como essa, alguém pode ser racional?!

Foto de Rute Mesquita

Entre a matemática e a poesia

Penso no número 6
e lembro-me de uma história de reis,
numa resma de papéis.
Penso no número 10
e recordo-me de contar +2 pés.
Surge o número 12,
que com +2 dá 14.
Olho o relógio e vejo,
que faltam 14 minutos para as 11.
Somo e surge o número 25.
Como me pude esquecer do cinto,
naquele recinto?
Penso e reflicto,
'o número do quarto era o 51,
e matemático como este não vi nenhum'.
Saio e volto no autocarro 21.
De regresso ao dito 51,
lembrei-me de os números deste dia somar.
Obtive, o 189,
e lá fora já chove.
Porque não juntar os 4 minutos deste pensar?
193, nada mau, vamos jogar outra vez?

Foto de dani.l

Volta Logo Meu Amor

Passo os dias querendo te ver,
Contando os minutos para te ter.
Carrego comigo a saudade no peito.
Volta logo meu amor.
Aqui estou eu, te esperando ao anoitecer...

Em casa sozinha insisto em lembrar,
O perfume nas roupas, seu cheiro no ar.
Na foto da mesa seu rosto sorrindo.
Volta logo meu amor.
Que aqui estou a te esperar...

A noite chega e você não está
Só quero você
Só quero te amar.
Volta logo meu amor.
Volta pro nosso ninho.
Te espero ansiosamente
Pra te dar todo meu carinho.

Foto de Edigar Da Cruz

O AMOR EM PONTO DE VISTA

O AMOR EM PONTO DE VISTA

. Tempo pode ser ele constante
Como constante e transformador em segundos,.
O que aconteceu a segundos atrás,minutos, horas atrás ,..
Foram transformações para toda vida....
Para futuro presente!,.. hoje agora
O AMOR MOVE O MUNDO em escalas sem escalas,..
A escala de ponto de vista do amor e sentir e viver a um amor de vários sentidos e emoções,
Onde ele ou ela não tenha ponto de vista..tenho somente muito calor,desejos e luxuria pela relação ....
O amor move esse planeta bola e em todos os seguimentos da vida..
E realmente o ponto de visto pode ter ele varias, formas de ser observados ,.e sentidos,..e até meio abstratos...
O amor é um ponto de vista incondicional refinado em prol de um bem superior maior,..O CORAÇÃO
Como elo de união que vai bem além da percepção a razão
Ele e livre solto e pensador um estagio zero da paixão
Que vai se aquecendo aos poucos durante a relação,
Amar,é sentir, idealizar e realizar!,.o amor perfeito sublime...
E desejar a bem amada (o) QUE SEMPRE SERÁ O PRINCIPIO DA VIDA..UM PONTO DE VISTA DO CORAÇÃO APAIXONADO..
DESCUBRA VOCÊ TAMBÉM SEU PONTO DE VISTA DO AMOR

Autor:D:Cruz

Foto de Hirlana

Ainda

Ainda é cedo para te esquecer
Anos passaram
Mas ainda é cedo
Dias se foram
Mas ainda é cedo
Horas acabaram
Mas ainda é cedo
Os minutos nem contaram
Porque ainda é cedo
Porque ainda não me disse adeus

Tenho que olhar nos olhos teus
E não sentir mais o brilho do teu amor
Tenho que segurar forte a tua mão
E não sentir mais o teu calor
Tenho que te dar um forte abraço
E não sentir mais tua segurança
Tenho que ouvir novamente a tua voz
E não sentir a confiança
Só assim
Vai acabar toda a minha esperança
De reviver nosso amor
De recomeçar nossa história
Será então esse o momento
de apagar da memória a lembrança
de colocar o pé no chão com segurança
E partir para uma nova história
Levando as marcas do passado
Sustentando um sonho mal acabado
Renascendo com insegurança

Mas eu não quero recomeçar
Eu vou te esperar
Mesmo que outro possa aparecer
Só a você irei amar

Eu não quero te ver e ouvir o adeus
Eu tenho medo de nunca mais
Sentir os braços teus
Mas também não quero te esquecer
Porque foi esse sentimento
Que me fez viver
por todos esses anos.

Meu amor
Meu sonho
Meu martírio
Volta e tira de mim essa dor
Traz o desejo ao meu sono
Traz o sorriso ao meu viver
Porque os meus dias ainda não acabaram
E, meu amor,
Ainda é cedo, ainda é tempo
O dia vem amanhecendo
E, eu estou sentindo
A tua forte presença no ar...

Foto de Rute Mesquita

A Cinco Pontas Dos Pés

Sinto que carrego correntes… pesos que se arrastam no chão. Oiço um rugir perseguidor. Um perseguidor tão pontual e assíduo quanto a minha própria sombra. Ainda não sei bem o que se passa à minha volta, ainda está tudo tão turvo… e eu sinto-me carregada de culpa, de arrependimento, de tristeza, de exaustão e de ódio por sentir tudo isto…
As coisas à minha volta estão a começar a compor-se, talvez deva continuar a desabafar…
Estou cansada, de tanto cair, estou cansada de olhar em redor e nada ver… estou farta de ouvir as minhas próprias lamurias, estou farta… neste momento só me apetece ter um tempo para mim. Preciso de travar mais uma guerra dentro de mim, aquela voz destabilizante não pára de querer medir forças comigo. Não me vou deixar vencer e é por isso que preciso deste tempo para mim, para que esta voz não venha como uma onda gigante e me leve este meu castelo que com tanto carinho construi.
De repente, uma súbita mudança surgiu, deixei de ver… mas, transpareci calma… não sei porquê mas, tinha confiança no destino e por isso passei neste primeiro teste, penso.
Sinto os meus cabelos a bailar com o vento. O meu corpo elegeu-se mais ou menos um palmo da superfície e flutua… não sei ao certo se deveria ansiar ou até implorar pelo chão, só sei que não o farei pois sinto-me leve como uma pena que voa aos sopros de brisas suaves. Recorda-me aqueles sonhos em que parece que a minha cama é um teletransporte.
Não vejo… mas, mesmo que visse iria fechar os meus olhos. Começo aos poucos a perceber esta viagem.
Cheira-me a sal, oiço o mar e nem preciso na areia tocar para saber que estou algures numa praia. O som das ondas diz-me que está maré baixa pois rebentam umas atrás das outras arrastando sal e humedecendo os pigmentos de areia que alcança. É como se as ondas beijassem constantemente a areia e a puxassem cada vez mais para si.

- ‘Serão amantes?’, pergunto e ao escutar a minha voz surpreendo-me com a minha pergunta, pois nunca tinha pensado assim.

Os meus pensamentos voltaram e pesam por isso, a gravidade actua novamente e pousa-me naquela areia. Acontece num processo tão lento que sinto que comecei por tocar a areia e agora entranho-me na mesma como se neste momento fizesse parte desta.
A minha visão, continua ausente mas, vejo um clarão de tons que vai desde a gama dos amarelos até aos laranjas mais avermelhados que me faz perceber que um calor se afoga naquele mar, dando lugar a uma outra gama de cores, cores que vão desde os violetas mais azulados aos verdes mais acastanhados. Julgo que seja o pôr-do-sol e que daqui por uns minutos se dê o erguer da lua.
E mais uma vez me surpreendo com o meu raciocínio, nunca tinha visto as coisas desta maneira tão sensível. Talvez por ter tido sempre a visão da ‘realidade’ facilitada e por isso nunca tivesse dado valor, penso.
Nisto, o mar agora beija os meus pés, como se me convidasse para entrar… mas, vou aguardar sentada de joelhos encostados ao peito e com os meus braços sobre os mesmos, pois uma brisa fria em breve virá arrepiar-me.
A lua já se ergueu, as cores que ‘vejo’ mudaram como, tão bem pensei que fosse acontecer. Um arrepio percorre a minha espinha, aquele arrepio por que já esperava mas, que não deixou de distorcer o meu corpo e fazer levantar todos os meus pêlos.
Os meus cabelos, agora mais que nunca parecem sem direcção, uns atravessam-se à frente minha face.

-‘Tenho que me mover, senão irei congelar’, disse para mim. E sentei-me de uma forma mais descontraída enquanto mexia na areia.
Imaginava a minha mão como uma ampulheta que com imensos grãos na minha mão suspensa no ar, decidia faze-los juntar-se aos outros seguindo uma constante, o tempo… e foi então que outro raciocínio inesperado da minha boca se soltou:

-‘Se encher a minha mão de areia e por uma abertura constante, a deixar cair e enquanto isso for contando os segundos até sentir a minha mão sem nada consigo perceber quanto tempo tem uma mão de areia, com aquela abertura de raio fixo e àquela distância do solo’.
Assim, percebo rapidamente que o tempo varia com dois factores, com o diâmetro do buraco que deixo, por onde a areia irá soltar-se e com a altura a que tenho a minha mão do solo arenoso, percebo que se me puser de pé a areia demora mais tempo a juntar-se àquele solo arenoso do que se eu estiver sentada. Após a experiencia dou por mim boquiaberta envolvida numa brincadeira de pensares, como se unisse uns pontos aos outros e no fim os justificasse com a experiencia.

-‘Deveria perguntar-me o que se passa? De onde surgem estes raciocínios? Porquê? Se ainda agora começo a descobrir os tais pontos, se ainda terei de uni-los e acabar com a sua comprovação que provém da experiencia?’

Sinto algo musculoso e texturado agarrado ao meu pé direito. Volto a sentar-me e pego naquele músculo e começo por tentar perceber a sua forma, percorrendo as minhas mãos pelo mesmo.
- ‘É uma estrela-do-mar!’, exclamei. E dou por mim a falar com esta estrelinha pela qual baptizei de cinco pontas dos pés.
- ‘Tens tantas pontas quanto os dedos que eu tenho nos pés e nas mãos. Não preciso saber a tua cor, pois para mim já és a Cinco Pontas Dos Pés mais bela que conheci.’ Confessava-lhe.
-‘O que te trás por cá minha Estrela? Bom, não interessa se aqui estás, é porque certamente fazes parte desta minha viagem e simbolizas algo na mesma, quem sabe sejas um daqueles pontos que terei de unir.’ Contava-lhe mas, discutindo comigo mesma.
-‘Sabes querida Estrela, esta viagem começou por ser um refúgio… passou a ser uma viagem de sensações, depois uma viagem rica em sensibilidades das coisas mais simples que agora vejo que são as mais belas e agora, encontro-te a ti, uma amiga como se adivinhasses que aguardava inquieta por contar tudo isto a alguém. Espera… é isso!’

Pousei a Cinco Pontas Dos Pés naquele meu pé que um tempo atrás se havia agarrado e comecei a unir os pontos.

-‘Vim num transtorno de estado de espírito, numa revolta por nada ver a minha volta e fiquei sem visão. Recordo-me que vinha carregada e que me sentia perseguida enquanto arrastava umas correntes e tudo desapareceu, eu elegi-me cerca de um palmo do chão e senti-me livre, leve como uma pena. Lembro-me também que procurava um tempo só para mim e vim parar a uma praia deserta. Depois aqueles meus raciocínios e olhares às coisas mais simples mas, que jamais em tempo algum lhes tinha dado tal valor. Desde aquele pensamento de o mar e a areia serem amantes, o pôr-do-sol e o eleger da lua, o arrepio e à pouco sobre os grãos de areia. E por fim, apareceste tu, claro! Vieste para eu me ouvir, a mim mesma e assim unir estes pontos.'
E continuei o meu discurso:

-'E com esta viagem, aprendi uma grande lição, que ao invés de me deixar domar pelas minhas lamúrias deveria confronta-las como sendo o que não são, belas e assim elas ficarão belas, porque assim as olho e quero que sejam. Isto de uma forma inteligente.
Aprendi que a beleza no Mundo está em todo o lugar, nas mais pequenas coisas encontramos o nosso mais sensível, o nosso mais profundo sentimento e assim afirmamos a nossa humanidade.
Aprendi que um amigo nos aconselha, nos apoia mas, que sobre tudo nos ouve, como tu minha amiga, Cinco Pontas Dos Pés que pouco precisaste dizer pois fizeste com que me ouvisse a mim mesma e chegasse onde cheguei.
Aprendi (…) a minha visão voltou!’

Está tudo turvo, sinto-me a regressar ao sítio de partida… e imploro:
-‘Estrela, estrela! Não largues o meu pé! Vens comigo!’

Estou de regresso e como me sinto bem, estou radiante de felicidade e tudo o que carrego agora comigo é paixão, paixão por toda a beleza que me rodeia e admiração, por esta experiencia que jamais esquecerei. Os meus olhos brilham, como duas pérolas, o meu rosto está iluminado como se uma auréola pairasse sob a minha cabeça. Estou vestida de branco e de sapatos e só penso ‘a minha Estrela!’. Descalço-me e não a encontro, dispo a camisa, as calças e o casaco e nada, não a vejo em lado nenhum… sento-me agrupada e lágrimas escorrem pelo meu rosto e quando já quase me sentia preparada para repetir a viagem vejo algo a mexer-se no meu casaco e qual é o meu espanto quando vejo a Cinco Pontas Dos Pés?! Que encantamento!

-‘Eu sabia que eras bela, minha Estrela, bela como aquele pôr-do-sol e ainda bem que vieste comigo pois serás sempre a minha melhor amiga e serás tu quem irá manter aquela experiencia sempre viva!’

Foto de Edigar Da Cruz

Trem Bala

Trem Bala

. Quanto tempo a gente perde na vida?
Se somarmos todos os minutos jogados ele fora!
Perdemos anos inteiros feito um trem de auto velocidade,..
Corre rápido feito um PURO e VELOZ, TREM BALA....
Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
Que vem e passa,...
E veloz e um trem de amor
Feito bala de paixão
Em um doce balanço de encanto,..
Vou descobrindo o caminho lindo do mar,.
Junto com o amor juntinho ao laod...
...Um Corpo dourado brilhante,..
Brilha mais que pedra preciosa
Super valorizado! É MULHER
E LINDA FLOR E VIDA...
Um amor lindo forte incandescente veloz, e voraz,..
Que quando vem passa...
Deixa aos trilhos marcados em pele
Em poros trilhados... Todo aquele amor,...
Do cheiro exalado do seu corpo
Daquele aroma gostoso desse amor
Que ficou a pele espalhado todo o amor
Quente e envolvente paixão

Autor<><><:Ed.Cruz

Foto de MAD

Sozinha

Olá, chamo-me mariana.
Decidi escrever esta carta para que todos possam ficar a saber tudo pelo que passei.
Era uma menina pequenina, mas já com muitas liberdades.
Como já era normal um dia á noite fui sair com amigas e alguns amigos mais velhos.
Durante a noite fui conhecendo e socializando.
Era quase 3 da manha e eu ainda estava na festa. De repente senti uma mão a puxar o meu braço. Não entendia o que se estava a passa, tentei fazer força mas era mais forte do que eu.
Já cá fora, no escuro, encurralada, num local pouco movimentado, sentia alguém me tocar…
Tocava, tocava e não parava…
Levantou a minha camisola ao mesmo tempo que me tentava beijar. Eu resistia, tentava-me soltar mas era praticamente impossível.
Não sabia quem era, não conseguia perceber se era novo ou velho.
Cheguei a um certo ponto que desistira e apenas chorava e chorava. Ele não disse uma única palavra e eu gritava e pedia para que parasse, mas era inútil parecia que todos assim do nada ficaram surdos, ninguém me ajudava naquele momento de desespero.
Estava a ser violada e ninguém fazia nada, ninguém sentiu a minha falta.
Custou tanto…
Nunca mais me consegui ver ao espelho, não consegui olhar para o meu corpo. Sempre que tomava banho e me tocava para lavar relembrava todos os minutos daquela angustia que vivera sozinha.
A minha vida era passada com muita dor. Não sorri mais e apenas me isolei. Era uma pessoa amarga. Tanta dor que não aguentava viver mais assim. Tinha de fazer algo. Tinha de tomar decisões e uma atitude drástica para que tudo fosse esquecido e eu pudesse estar em paz, bem comigo. Tomar uma atitude de forma a que pudesse dormir e não acordadar a meio da noite, aos gritos porque tivera pesadelos com aquele triste episódio.
Só tinha uma solução…a morte.
Não era tarde nem cedo.
Olhei para a janela do meu quarto, que ficava no 16º andar não tive mais nenhuma reacção se não ir até lá largar uma lágrima e dar um pequeno e grande salto para a morte…

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