Moral

Foto de Carmen Lúcia

Babilônia

Difícil conviver imune de pecados
ou conviver, simplesmente,
em meio a essa Babilônia que se espelha
e se prostra a minha frente
tentando dominar corpo e mente,
impondo um sol brilhante, ilusório,
que cega e se apaga de repente
priorizando decretos humanos
acima dos humanamente divinos...

Desfilando por tortuosos caminhos
uma verdade anacrônica, desgastada,
deteriorando-se passo a passo
num confronto irreversível com meu tempo,
com o que penso, com o que faço...

Vestes escarlates e púrpuras bailam
convidando para uma dança sensual
onde a razão e o bom senso
se desequilibram nesse ritual
e se afastam dos princípios certos da moral.
Impossível beber do cálice sagrado
e conciliá-lo ao pecado mortal.

Procuro outros jardins que não sejam os da Babilônia,
onde as sementes plantadas gerem frutos do bem,
onde a vida transcorra simples como os rios,
embora chorem o que o homem deflora
maculando suas águas límpidas que cristianizam
navegadas pelo amor, luz e serenidade
numa trajetória imaculada.

_Carmen Lúcia_

Carmen Lúcia Carvalho de Souza
19/01/2011

Foto de João Victor Tavares Sampaio

A Marcha da Coragem

Nos tempos da ditadura era tudo melhor.
As pessoas tinham mais disciplina, tinham ordem, moral e cívica.
Nos tempos da ditadura não era essa bagunça. Se as pessoas tinham um casamento infeliz, não podiam se separar. As pessoas passavam fome com dignidade, com um sorriso no rosto. E ai de você se chamasse o presidente de ladrão! Enfim, nos tempos da ditadura era tudo mais fácil.
E você, quer que ela volte?

Foto de Maria silvania dos santos

O meu dia esta triste, escuro parece que não existe!

O meu dia esta triste, escuro parece que não existe!

O meu dia esta triste, escuro, parece que não existe, e triste é doido viver perto de você e não poder dizer o que sinto por você.
Sei que não posso te dizer, e com sua amizade tento me conter, pois tenho medo de te dizer e logo te perde. E nem mesmo sua amizade eu ter. Pois sei que você é heterossexual, e eu, eu sou apenas uma bi, uma bi que para você talvez nem tenho moral, talvez este seja o meu mal, talvez eu esteja confusa, esteja fora da real.
Isto me faz sofrer, o meu futuro não posso o prever, nem muito menos arrancar de meu peito este sentimento, este sentimento fervoroso, doloroso, que arde queima, que domina todo meu ser. Não sei como isto veio a acontecer, mas na medida que comecei a conviver junto com você, pude percebe que algo estranho estava em mim a nascer, pois meu coração ao lembrar de você, começa a bater mais forte, ao te ver mesmo que você não pode percebe, ele começa saltejar, parece que não vai mais parar, eu tento, mas não consigo controlar, as vezes quase chego a te beijar, mas não sei qual a sua reação. Os meus sentimentos eu já tentei impedir, já sabia que este caminho não era para mim seguir, pois sei que para muitos e talvez para você, ele é sujo, nojento, não é sentimento digno, mas também eu lhe digo, que é incontrolável, e você muito amável, a qual dificulta o controle dos meus sentimentos, sei que o preconceito é grande, é como uma barra sem limite de tamanho que impede minha passagem. Por isto não tenho coragem de te dizer.
Por você estou perdida na solidão, às vezes me sinto fora do chão, tenho medo de te magoar e nossa amizade ir pelo ar, eu quero nossa amizade preserva, quem sabe um dia sem você percebe, eu posso te conquistar!

AUTORA; MARIA SILVANIA DOS SANTOS
Assinado; silvania1974@oi.com.br

Foto de Lucianeapv

SER GORDO

SER GORDO
(escrito por LUCIANE A. VIEIRA – 13/04/2012)

Ser GORDO nos dias de hoje já virou crime!
Ser uma MULHER GORDA então, nem se fala!!!
Tudo o que um gordo faz é notado, discriminado e condenado!
Se ele come algo perto dos magros, ele é um guloso... mesmo que o prato do magro seja bem maior e mais volumoso que o dele...
É incrível como as pessoas só conseguem ver o corpo disforme e se esquecem que ali mora um ser humano!
É terrível como um GORDO é colocado como marginal nesta mesma sociedade na qual está inserido...
Faz-se dietas... Vai-se aos médicos regularmente... Passa-se fome, literalmente falando, mas nada disto é levado em consideração, visto que a visão humana não consegue captar meros gramas perdidos em dias e dias de literais ‘PASSAR FOME”... mas fazer o que?!?
As pessoas nunca percebem um GORDO quando ele “PASSA FOME”... Só o enxergam quando está com um prato na mão fazendo uma refeição que PRECISA fazer para manter, pelo menos, a vida...
Mas o GORDO não tem direitos... É só um “BOLO FOFO” ambulante... Alguém sem ética nem dignidade nem moral...
Ou seja: SER GORDO É AMORAL!!!
Já me disseram, certa vez, assim:
- “GOSTO DE ABRAÇAR A LUCIANE PORQUE PARECE QUE ESTOU ABRAÇANDO DOIS AIR BAG’S”.
E disseram isto quando estavam me dando um abraço de FELIZ ANIVERSÁRIO!!! Foi após cantarem PARABÉNS para mim quando completei 37 anos, em 2003, no meu ambiente de trabalho (pessoa de cargo bem mais alto que o meu)... E naquela época eu pesava exatos 70 Kg (minha altura é 1,61m)... 4 meses depois eu infartei e nunca me esqueci (nem me esqueço) destas palavras...
Eu não precisava de um abraço destes...
E olha que, naquela época, eu tinha apenas um leve sobrepeso... Após o infarto eu engordei mais de 40 Kg, e cheguei a pesar 114 Kg... Hoje estou com 92Kg.
Ser GORDO nesta nossa sociedade atual é ser discriminado, marginalizado, perseguido, desacreditado, colocado à parte e muitas outras coisas negativas mais...
Ninguém acredita que estamos seguindo corretamente as orientações de nossos médicos e nutricionistas simplesmente porque não conseguimos perder peso...
Alguns dias atrás, conversando com alguém cuja cunhada fez cirurgia bariátrica, ouvi o seguinte:
- “Minha cunhada fez a cirurgia bariátrica, mas continua gorda. Mas, afinal, acho mesmo que ela não vai conseguir emagrecer nunca mesmo, pois toda hora que olho para ela, eu a vejo tomando algo ou beliscando... e ninguém emagrece deste jeito!”
O que a maioria das pessoas não sabe é que nos primeiros meses que a pessoa que faz tal cirurgia, normalmente deve se alimentar em horários certos e muitas vezes aparenta que está comendo mais do que deveria (afinal tal pessoa é um GORDO!!!)...
Mas não é bem assim...
Se deixar de seguir esta orientação do Nutricionista, a pessoa que faz tal cirurgia pode ficar com inanição, anemia, desidratação, etc... Afinal GORDO também pode sofrer de doenças consideradas prerrogativas de MAGROS...
Ninguém entende o sofrimento pelo qual passa uma pessoa considerada anormal pelo fato de ter um corpo considerado diferente dos padrões pseudo “MORAIS” e “NATURAIS” da sociedade.
Sugiro às pessoas MAGRAS que emagreçam, também, suas mentes e entendam que SER OBESO não é uma opção de vida e, sim, uma condição contraditória, amarga e, muitas vezes, GENÉTICA, e que todo GORDO gostaria, sim, de poder ser DEScriminalizado pelo fato de não conseguir perder peso como a sociedade coloca que deveria ser.
Ah!!!
Em tempo...
Parem de dar receitas de emagrecimento para um GORDO, pois o que ele mais sabe em sua vida é FAZER DIETAS, sejam elas supervisionadas ou não!
“PARA UM BOM ENTENDEDOR, MEIA PALAVRA BASTA!”

Foto de Allan Sobral

Pai, afaste de mim este cálice

Os últimos acontecimentos, e os atos de repressão que tem ocorrido, nos mais diversos pontos do nosso país, faz com que se levante das cinzas o monstro que sempre combateu o espírito jovem revolucionário brasileiro, pois é como se os tempos do cativeiro, da autocracia brasileira, a ditadura militar, mostrasse aos poucos suas garras, sufocando qualquer ar de liberdade que conquistaram nossos heróis. Como se o velho tempo do “cálice de vinho tinto e sangue” ressurgisse, ou ao menos se faça em memória.
Já há muito tempo que nossa sociedade se estagnou, por uma falsa estabilidade econômica e moral, acorrentando-se a um laço servil regido por uma minoria, como diria Marx, a burguesia; minoria esta que se manteve no trono por possuir supostamente o controle das riquezas universais, podendo assim obrigar grande parte de nossa população a submeter-se a suas vontades, e trocar suas vidas pela miserável parte de seu capital, suficiente apenas para manter-se em vida.
Com o avanço tecnológico, esta mesma parcela controladora da sociedade, expandiu seus ideais escravistas a um horizonte antes impenetrável, chegaram ao ponto maximo de domínio, controlar pensamentos, com o poder de formar opinião e distorcer a realidade, poder fornecido pela mais poderosa ferramenta de coerção, a mídia. Atributos que caberiam a população, ou a cada ser em sua particularidade, hoje são supostamente digeridos pela partícula dominante, e vomitada sobre nós, classe trabalhadora, operaria e estudante. Ditam os pensamentos padrões, roupas padrões, empregos padrões, atitudes padrões, e tacham esta padronização como normalidade, traçando um perímetro, onde qualquer que se opor ou se afastar de tal ideal é tido como louco, ou rebelde, baderneiro, ou até mesmo como maconheiro (como foi o caso recente dos estudantes da USP).
Simplesmente somos tachados como estúpidos, pois a tal “ditadura militar” apenas mudou de nome, agora a conhecemos como Republica Federativa do Brasil, o DOPS agora não tem mais grades e não tortura fisicamente quem se opõe as regras, agora ele manipula a sociedade para que se volte contra os que a querem libertar, os militares já não andam mais fardados de verde ou cinza, agora obrigam a população a vestir um terno ou um uniforme operário, assinar um contrato de trabalho, e lutar o quanto puder, em busca de sua carta de alforria, ou como preferem, sua suposta aposentadoria. Fazendo que a sociedade acredite que a liberdade é um favor, e que a sua remuneração mensal, é justamente recompensada a medida de seu esforço. Como os adultos fazem com crianças, para que não os chateei, dão passatempos, para que não desviem sua atenção, nos é imposto a distração, como a novela o futebol e outros supérfluos, para não chatearmos quem se beneficia com tal estabilidade.
Basicamente, a ditadura não acabou da mesma forma que não acabaram os revolucionários, pois não deixaremos de lutar em busca de nossa liberdade, pois o sistemas sempre deixa brechas (nós), que podem se tornar rachaduras, que ruminarão as muralhas da imposição fascista, e porá em ruínas as ideologias ditatoriais, pois só lutando poremos fim nas corrente que nos prendem para termos paz, pois como disse Malcom X “...Não se pode separar paz de liberdade porque ninguém consegue estar em paz a menos que tenha sua liberdade”.

Allan Sobral

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro – Capítulo 6

- Setembro – Capítulo 6

Em certas realidades
Você não pode ouvir
Não pode ver
Não pode sentir o cheiro
Aliás
Não pode sentir
Não pode falar
Não pode pensar
Não pode pensar em falar
E não pode degustar
Não pode encostar
Não pode colocar a mão
E não pode querer ter ou ser
Não pode poder
Não pode nada
Não pode tudo
Não pode proibir
E muito menos pode liberar

Eta realidadezinha besta
Meu Deus...
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No nosso mundo, tudo permanecia como era antes, só que mais cheio. Os meus pares preocupadíssimos com futilidades essenciais mal se davam conta que desperdiçavam suas energias com situações que não os levariam a nada ou os satisfariam. Eram pobres e não tinham simplicidade. Brigavam por entorpecentes, por pequenas posses, orgulhos imbecis. Não que eu ache isso errado, cada um tem sua vida e cuida dela. Mas, vendo os resultados, me sinto intimamente incomodado. Não sei bem o porquê vejo as crianças brincarem no esgoto e fico incomodado. Eu deveria me importar mais comigo e menos com os outros. Como sou desprezível!
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No gueto a vida era muito boa. Os meus colegas de moradia tinham uma moral impecável. Um batia na mulher. Outro estuprava a própria filha. Uma das matriarcas espancava os filhos e os obrigava a catar restos nas lixeiras dos seres de sangue frio. Toda a pureza que de comportamento que eu não encontrava entre os meus senhores sobrava na comunidade que me acolhera. Havia toque de recolher durante a noite. Só ficavam abertos um bar e um prostíbulo para o divertimento dos que podiam pagar. E todos os produtos e serviços eram tributados em favor do nosso líder. Vivíamos em uma paz sem voz, mas ainda uma paz. Em liberdade, sem submetermo-nos às vontades de algum chefe tirano ou aproveitador aventureiro.
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Nosso líder pede a palavra:

- Amigos! É chegada a hora! Vamos enfim fazer valer a força da nossa organização! É hora do tão aguardado momento do ataque! Chega de nos espreitarmos por entre a grama! Pisaremos a cabeça da serpente! Urrem, seremos os vencedores! Nada irá aplacar nossa fúria!

Os aliados explodem em alegria. A comunidade saqueará os homens ricos. Nunca na sua história houve tanta esperança.

Dona Clarisse se mantém serena mesmo diante dos brados ensurdecedores.
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Havia uma mulher torta que não tirava os olhos tortos da minha presença. Muitas vezes era a única que percebia que eu existia e respirava. Ela me incomodava um tanto, essa mulher torta, mas torta que fosse, parecia torta para o meu bem. Já eu não perdia de vista a estranha e bela dona Clarisse. Por algum motivo que eu não sabia apesar de ter sido linchada seu aspecto era o mesmo de antes de ser banida do lado dominante. Os colegas dizem que os seres de sangue frio podem regenerar seus órgãos, igual a um rabo de lagartixa. Dizem também que sou muito azarado por atrair a atenção da mulher mais feia da comunidade. O que eu acho mesmo é que poderiam deixar a gente fazer o próprio pão, ao invés de comprá-lo a preço de ouro.
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A torta me espreitou num corredor. Ela apertou minha mão e me abraçou. Senti nojo. Quando ela olhou para mim, demonstrando uma sensação que eu nunca vi em outra pessoa, me disse algo que não entendi de verdade.

- Nosso líder é um traidor.

Agora compreendo porque dizem que ela é louca.
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O líder assumiu uma tática de guerrilha. A vitória era garantida, segundo suas palavras. Enfim, teríamos alguma chance de subjugar nossos inimigos mortais.

- Os fortes vão bater de frente com os porcos de sangue frio! Podem tacar fogo naqueles bastardos! Já os fracos vão jogar pedras de longe! Mulheres preparem a gasolina! Vamos explodir aqueles malditos!

Ele se senta sobre um escravo e orienta a premeditada baderna.

- Sai da frente, inútil!

O grito era para mim. Fiquei lisonjeado.
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Durante a dura batalha fui escondido dentro de uma caixa. Meus colegas me chutaram com o fim de que eu evitasse problemas. Ao final, tivemos uma honrosa derrota, perdendo apenas metade de nossos homens. Os seres de sangue frio revidaram o ataque com lâminas e arpões. Se nosso líder não tivesse feito um oportuno acordo, que o colocava como chefe de segurança legítimo e remunerado da nossa comunidade, tudo seria muito pior.

Eu continuei na caixa. Ordenaram-me que de lá eu não saísse.

- Então está certo... Nós te daremos os privilégios que você tanto queria sobre aquele lixo... Mas não ouse nos atacar de novo ou exterminaremos essas suas tralhas... Sorte sua ter tamanha fidelidade a nossa realidade...

A voz de Luís Maurício me esclareceu o óbvio.

Nosso líder era mesmo um traidor.

Foto de Paulo Master

A Família

A família é uma instituição de extremo valor, formulada para gerar cidadãos aptos ao convívio social, indivíduos de boa índole, moldados através do amor no seio familiar, com hábitos e aptidões refletidas na moral e nos bons costumes, atribuindo assim subsídios para gerar uma sociedade próspera e feliz. O homem é a estrutura moral de sua casa. Em conceitos éticos, um alicerce que abrange toda a aliança familiar. Seus ensinamentos devem seguir a linha do discernimento, ser compreendido, conter em sua essência acréscimos de sabedoria, sobretudo, firmando a fé na palavra de Deus, agregando assim a possibilidade em oferecer com grande potencial a segurança necessária. Além de plantar o amor, a cumplicidade e o respeito mútuo no interior do seu lar.

Foto de Edigar Da Cruz

Viver é Um Show

Viver é Um Show

. A vida não e tão séria ou simples como ela deveria dela ser!..
Tudo é tão simples e passa tão rápido, que nos acomodamos a tanto por nada,..e nos prendemos,..a velhos costumes e vícios se esquecendo do simples da vida VIVER!..
Com sabiaense,;e responsabilidade e respeito seguimos o livro da vida,
pessoal ao mesmo tempo!,.um pouco de tudo equalizando em doses reguladas da vida sem medo de ser FELIZ,..
Como adentra a um Vestiário!,..qualquer de algum momento da vida ,..
sai todo ou toda transformada,..sem esquecer ao PRINCIPIO,o RESPEITO E MORAL,PESSOAL e claro viver sem, medo de ser feliz curti a vida no máximo que ela merece simplesmente viva..
VIVA
VIVA A FESTA QUE É A VIDA..
VIVA O SHOW DA VIDA..
VIVA E ACREDITE SEMPRE DO POTENCIAL DA VIDA..
VIVA SEMPRE E MAIS.
Ao resto o Senhor do Destino a ELE PERTENCE..

## VIVER SIMPLESMENTE É TUDO ##
## REINICIE E RECOMECE SEMPRE##
## TENHA SEMPRE A FINA ESTAMPA PELO AMOR A VIDA##

Como todo mundo erra!..e sai errando todos tem o direito de REDIMIR DOS ERROS!..E APRENDER A ELES

VIVA O SHOW INTENSO DA VIDA ..

ANTES QUE CHEGUE O FIM DO ESPETACULO

Autor :Ed.Cruz

Foto de usuario12345

A nova Miss

Tão dizendo por aí que a nova Miss é muito louca,
É sucesso nacional.
Sai beijando qualquer boca de uma esquina a outra,
Ela é sensacional.

Ela é bem louquinha,
Mas também é bem legal,
Ela é sensacional.
Quando ela desfila todo homem passa mau,
É sucesso nacional.

A nova Miss tem a beleza natural,
É sucesso nacional,
Essa garota só vive de alto-astral,
Ela é sensacional.

Seu time de coração é o Internacional,
Colorada na moral,
Ela tá solteira e toma banho de banheira,
Tá no Domingo Legal.

Ela é bem louquinha,
Mas também é bem legal,
Ela é sensacional.
Quando ela desfila todo homem passa mau,
É sucesso nacional.

A nova Miss tem a beleza natural,
É sucesso nacional,
Essa garota só vive de alto-astral,
Ela é sensacional.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

A Flor do Desespero

“Para dizer a verdade, não nasci nem do Caos, nem do Orco, nem de Saturno, nem de Japeto, nem de nenhum desses deuses rançosos e caducos. É Plutão, deus das riquezas, o meu pai. Sim, Plutão (sem que o leve a mal Hesíodo, Homero e o próprio Júpiter), pai dos deuses e dos homens; Plutão, que, no presente como no passado, a um simples gesto, cria, destrói, governa todas as coisas sagradas e profanas; Plutão, por cujo talento a guerra, a paz, os impérios, os conselhos, os juízes, os comícios, os matrimônios, os tratados, as confederações, as leis, as artes, o ridículo, o sério (ai! não posso mais! falta-me a respiração), concluamos, por cujo talento se regulam todos os negócios públicos e privados dos mortais; Plutão, sem cujo braço toda a turba das divindades poéticas, falemos com mais franqueza, os próprios deuses de primeira ordem não existiriam, ou pelo menos passariam muito mal; Plutão, finalmente, cujo desprezo é tão terrível que a própria Palas não seria capaz de proteger bastante os que o provocassem, mas cujo favor, ao contrário, é tão poderoso que quem o obtém pode rir-se de Júpiter e de suas setas. Pois bem, é justamente esse o meu pai, de quem tanto me orgulho, pois me gerou, não do cérebro, como fez Júpiter com a torva e feroz Minerva, mas de Neotetes, a mais bonita e alegre ninfa do mundo. Além disso, os meus progenitores não eram ligados pelo matrimônio, nem nasci como o defeituoso Vulcano, filho da fastidiosíssima ligação de Júpiter com Juno. Sou filha do prazer e o amor livre presidiu ao meu nascimento; para falar com nosso Homero, foi Plutão dominado por um transporte de ternura amorosa. Assim, para não incorrerdes em erro, declaro-vos que já não falo daquele decrépito Plutão que nos descreveu Aristófanes, agora caduco e cego, mas de Plutão ainda robusto, cheio de calor na flor da juventude, e não só moço, mas também exaltado como nunca pelo néctar, a ponto de, num jantar com os deuses, por extravagância, o ter bebido puro e aos grandes goles.”

- O Elogio da Loucura (Erasmo de Roterdã)

Louçã
A filha da morte
Mãe dos desencontrados
A Loucura, quente frieza
Tem a razão;
A Loucura assim em clareza
É pura escuridão

Esqueçam de cobra ou maçã
Pecados
De um raciocínio consorte
Falso cristão:
A simbiose, que é doce ilusão
O educar do prazer
A realidade do reproduzir
Não tem efeitos comprovados;
Se alguém tentar introduzir
O dever
Ou outra asneira em semelhança,
Se lembre de quando em criança
O mundo que nos parece acolher
Trai-nos em manso
Em lento avanço
De sermos adultos e suficientes
Sábios e clarividentes

Em ser injusto e imperfeito
O mundo que soa ideal
Passa longe de satisfeito;
Ou seja:
No final da vida é o final
Ao invés do que se almeja
Que se encontra ao natural;
Sem moral ou solução
Sem nexo de orientação;
Sendo a falha em seu ardor
A máquina em seu labor;
Eis o humano enfim descrito
Pequeno e frágil ao infinito;
Entregue
Ao destinar que lhe carregue;
Sendo insano por lutar
Por nadar em naufragar;
Pois isso explica a loucura
E o amor:
Nada mais que a abertura
O botão da semeadura
De um desespero em flor

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