Mundo

Foto de Paulo Master

O Mal Irremediável

Nascer, crescer, morrer. Um ciclo necessário para o bem da humanidade, não apenas um mal irremediável, mas uma realidade sublime, uma dádiva. A função da morte é primariamente permitir a evolução.
Eu vejo a luz! Expressão que ironicamente deixa de existir a partir do momento em que nos deparamos com ela. Após a morte é possível ver a “luz”? No momento em que a luz se tornar visível passará a ser impossível afirmar sua existência. Pacientes terminais que vivem experiência quase morte tem a convicção afirmativa que estiveram lá. A fé não apenas nos leva a creditar a morte, nos faz também acreditar que estamos vivos e podemos seguir adiante.
Na mitologia nórdica, as valquírias eram deidades menores, servas do deus Odin, belas jovens mulheres que montadas em cavalos alados e armadas com elmos e lanças, sobrevoavam os campos de batalha escolhendo quais guerreiros iriam morrer.
No campo real essa hipótese deixa de ser uma opção viável, pois é difícil aceitar uma perda. Como seguir em frente sozinho? Um sentimento corrosivo, destrutivo e desleal entra em cena nos tomando as forças, forçando-nos a digerir o triunfo da morte. A definição da morte extrapola o senso comum, um termo pejorativo que exprime um sentimento desagradável e mordaz.
Poderíamos aceitar a concepção da morte como a volta do filho pródigo, aquele que voltou para o seu verdadeiro lar, os braços do pai. A morte como uma entidade sensível é um conceito que existe em muitas sociedades desde o início da história. Uma linha tênue. Os que continuam a viver seguem em um mundo de equilíbrio precário, frágil paz de espírito, uma simples lembrança pode destruir toda sua harmonia. As lembranças são imagens diáfanas de contornos além do surreal, mas que carregam uma figura caracterizada pelo uso de uma referência evanescente. Sucumbir à difícil transição é um ato doloroso. A teoria da “extinção absoluta” personifica a morte, tornando-a real e absolutamente possível embora duramente aceitável.
O escritor sábio do livro de Eclesiastes disse que o dia da morte é melhor do que o dia em que se nasce. (Eclesiastes 7:1).
O sentimento condescendente é complacente a dor de outrem cria uma ligação profunda entre os seres humanos. Afirmações de profundo pesar; pêsames que exprime ou inspira tristeza sombria; fúnebre. Contudo, já nascemos obstinados ao fatídico fim, estigmatizados ao necro acontecimento. A morte, aceitando-a ou não, faz parte do ciclo da vida. O nascimento é o precursor da morte.

Foto de mcosta

As frases que te vi escrever

"Não digas que me amas porque a palavra AMAR é muito forte para ti"
"Nem sempre que chove os dias são tristes!"
"Quando me deitas a baixo, partes-me o coração."
"Dizer que te adoro não é o suficiente, pois eu amo-te"
"És a flor mais linda do meu mundo"
"No mar vê-mos o horizonte, mas o mundo nao acaba ali, por isso, segue em frente"

Foto de Carmen Lúcia

Vendo o tempo se perder

Ter que ficar, querendo ir,
sabendo que o tempo passa veloz
ou que velozes, por ele, passamos nós,
nostálgica sensação de não ter sido,
não ter tido, não ter ido...
Em vida, morrido.

Querer voar tendo os pés plantados,
apenas idealizando um futuro
que já pertence ao passado...
Perdendo-me em irrealizações,
tempo longínquo arcado de esperas,
trazendo o presente carregado de quimeras.

Hoje, estrada curta pra tão longa caminhada,
aspirações tamanhas esboçadas
em avenidas traçadas rumo ao sol,
por tudo o que deveria ter andado,
não fosse o peso das asas quebradas,
arrastadas por dias ausentes de arrebol...

E o arrependimento de não ter ousado,
não me ter ao mundo atirado,
não me ter perdido e me deslumbrado
sentindo as vibrações do inusitado,
vivendo a intensidade dos momentos
cabíveis aos sentimentos mais profundos.

_Carmen Lúcia_

Foto de Susana Marina

O meu nome é Mulher

O meu nome é MULHER!
No princípio era a Eva
Criada para a felicidade de Adão
Mais tarde fui Maria
Dando à luz Aquele
Que traria a Salvação
Mas isso não bastaria
Para eu encontrar perdão.
Passei a ser Amélia
A mulher de verdade
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade
Mas sonhava com a igualdade.
Muito tempo depois, decidi:
Não dá mais!
Quero a minha dignidade.
Tenho os meus ideais!
Hoje, não sou só esposa ou filha
Sou pai, mãe, arrimo de família
Sou caminheira, taxista,
Piloto de avião, policial feminina,
Operária em construção...
Ao mundo peço licença
Para actuar onde quiser
Meu sobrenome é COMPETÊNCIA
E meu nome é MULHER!

(O Autor é Desconhecido,
mas um verdadeiro sábio...)

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Senso Comum - Parte 3

Num rompante de seriedade, resolvi escrever algo seriamente no meu seríssimo Facebook.

"O mundo é grande e maravilhoso. Eu o amo. Deus existe. Tudo aquilo que eu fizer será bem-sucedido e tudo aquilo que eu acreditar se contretizará em verdade."

Aí, por um milésimo de segundo, minha consciência preguiçosa trabalhou.

- Não seja ingênuo. O importante é você se bancar. Se você se bancar, aí ninguém vai te obrigar à aceitar o que é certo.

Eu persisti na minha crença sobre a vida. Eu estava e estou resoluto! Nenhuma resposta da minha consciência me fará parar de brisar! Minha existencia é diferencial ao destino do planeta!

- Se mata, seu otário. A vida não é para os de mentalidade fraca. Chumbinho custa só cinco reais! Pega seus panos de bunda e vai embora.

Foi assim que eu descobri que tinha a alma pequena.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro – Capítulo 7

Essa noite eu tive um sonho estranho. E esse sonho, por assim se dizer, foi muito complicado de se decifrar. Nele, os absurdos imperaram. Os seres, sem serem claramente separados como na nossa realidade, lutavam entre si. E os fracos subjugavam os fortes, os devoravam, sem que lhes sobrassem sequer os cadarços. Tremulavam estranhas bandeiras, de estranhas causas, e estranhos países. Crianças mandavam em adultos, que as obedeciam. Outros homens, rendidos, suicidavam-se, alegando merecer o falecimento. Hinos desconexos ecoavam nas paredes pelas ruas tumultuadas. Senti, se é que é possível sentir algo com um sonho, um desejo por uma inquieta tranqüilidade, uma tranqüilidade quase que inviável diante da necessidade das evoluções e modificações. Houve uma voz que conclamava, chamava os santos adormecidos para a fúria das incertezas e das discórdias. Carros aceleravam, carros indomáveis aceleravam com um sorriso irônico em sua parte dianteira. Ouviam-se sirenes, buzinas, caos. Não assimilei bem o que o sonho me passou. Também, não deve ser algo importante...
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O tempo se seguiu.

- A dona Clarisse é boa! A dona Clarisse passou para o nosso lado!

O burburinho tinha razão de o ser. Comentava-se, à boca pequena, que o nosso líder estava mancomunado com os seres dominantes. E o nosso líder não deixava por menos. Ele estava bem mais contido nos discursos de contrariedade aos nossos inimigos. Diferentemente da dona Clarisse. Ela, segura de si apesar das provações que lhe ocorreram, se colocava cada vez mais como uma liderança para toda a comunidade, e com o ponto positivo de se impor de maneira pacífica na resolução dos problemas do gueto em geral. Sendo mais específico, ela era a ponte entre a comunidade e o nosso líder. E esse, cada vez mais distante das necessidades, vinha perdendo a sensibilidade que o levou a ascender à branda influência que exercia aos seres de sangue quente.

- A dona Clarisse é a nossa esperança de vitória!

Tomava corpo uma nova representante do existir do gueto.
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A torta me olhava.

- Dimas...

Era a única que me chamava pelo nome.

- Dimas...

Novamente a ignorei.

- Dimas...

Eu me recolhi. Tinha nojo da torta. Engraçado sentir isso dela. O normal é os outros se enojarem comigo.

- Dimas, você pode até me ignorar, mas saiba que eu te amo e isso é uma verdade.

Senti muito medo de ela estar sempre comigo, em todos os momentos que eu precisasse.
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Parece que tudo me é mais sofrido.

- Inúteis! Ou trabalham direito ou não vão poder comer!

Os mais fracos no gueto são os responsáveis pela produção e preparação dos alimentos, pela limpeza de vias e aposentos, pelos reparos gerais e pelos afazeres menos aceitáveis. Já os mais fortes, por sua vez, garantem a segurança e a fiscalização do cumprimento das regras na comunidade, sendo sustentados para tal, e mantendo o equilíbrio da nossa calma convivência comparada ao tormento horrível da subjugação aos seres de sangue frio.

- Trabalhem seus inúteis, trabalhem!

Até eu subir de vida, será assim.
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- Justo, venha.

A voz de Clarisse era doce e acalentadora.

- Justo, beba.

Clarisse poderia seduzir qualquer homem que bem quisesse. Era uma bela mulher. Poderia seduzir apenas com o nome, que de tão belo fazia jus ao seu significado, de clareza, em meio à escuridão do nosso mundo, rochoso, opaco. E Clarisse, uma pessoa de bem, uma figura moldada para conseguir o melhor e sempre o melhor, não simplesmente seduzia ao homem que bem entendesse. Clarisse, ao invés disso, seduzia o homem do qual precisasse.

- Justo, dorme, dorme...

Ele obedeceu, como em poucas vezes em sua vida.

- Morre... Isto... Morre...!

E com presteza nosso líder foi a óbito.

Foto de Fabio rude boy

Rainha do meu mundo

Ela foi embora mais eu a reencontrarei
Quando o pai me chamar para ficar ao lado dele também
Mais por enquanto aqui na terra
Porei em prática os teus ensinamentos
Enquanto há caos na atmosfera
Aí há um enorme sossego.
Onde não há dor e do sofrimento
Não se houve falar, onde reina o amor
E as pessoas aqui embaixo abençoar.
Dei muitas falhas e fiz chorar
Alguém que eu só queria ver sorrir
Ela é a rainha do meu mundo
Onde a lei é não desistir.
Não parar no meio do caminho
E não ter medo de vencer
Acreditar naquele que nos criou e no seu poder
Que crendo nele terá a salvação
Eu nunca duvidei da sua fé, pois ela nunca foi em vão.
Enfrentou o sofrimento e agonia
Que a enfermidade lhe trouxe para que desistisse da vida
Mas como uma grande guerreira que você era
Enfrentou várias batalhas,
Buscando força nas alturas com o joelho em terra
Mereceu ser condecorada.
Ensinou que através da oração nós poderíamos
Falar que chegariam aos ouvidos do altíssimo
Nossos desejos e nossos clamores
Para dar fim a todas nossas dores.
Sabia o valor do casamento
Sempre foi fiel a todo momento
Com sua prole se preocupava mais que tudo
Se pudesse ela nos dava um mundo
Um mundo onde a paz reinasse eternamente
E ao abrir a janela ver o sol contente
Brilhando para nós com uma intensidade
Cegando aqueles que nos fazer mal é sua prioridade.
Eu só poderei ver o seu rosto sorridente através de uma moldura
você foi resistente adiando o término da luta,
Mas quando eu olhar para o céu escuro
E ver a estrela mais brilhante
Saberei que está olhando por nós
Os seus semelhantes.

Foto de Poemas da Libelinha

A Nuvem Cavalo

Oh… Uma Nuvem que passa,
Sob a forma de cavalo.
Nuvem, Nuvem,
Onde vais?
Leva-me contigo.
Quero contigo subir montanhas,
E descer os seus vales.
Leva-me a ver o mar,
Para sentir a sua brisa.
Quero ver os peixes.
Leva-me a ver o deserto,
Para saciar a minha sede num Oásis.
Leva-me a conhecer o mundo.
Sinto-me presa aqui.
Quero voar,
Ser livre como tu.
Leva-me, leva-me contigo!

Libelinha

Foto de CarmenCecilia

ESCALADA

ESCALADA

Nos olhos, retalhos...

Enveredando pelos atalhos

Não há perspectiva de nada...

Apenas as escadas...

Ali a espera...

Questionando...

Infiltrando-se

O que te impede?

O que te compele?

O frio ou o desafio?

O chão ou o clarão?

Quem soma mais tentos?

O vento intenso?

A tua alma desatenta?

Há um pulsar imenso

Há um mundo sem brio

Um quê de calafrio

Em cada escalada

Em cada palavra

Tudo cala... Tudo intercala

Fases a cada passo

No rodopiar do compasso

No tudo e nada

Do cotidiano insano...

Das emoções profanas

E no descerrar das cortinas...

Tua é a decisão...

Carmen Cecilia

Foto de bob_j

insencia

Ei velho amigo
seus olhos ja foram mais bonitos
e seus ombros ja foram mais altos
os velhos reconhecem seus passos
uma faca cravada no peito
não mudaria seus sentidos
mas mudariam os meus
dinheiro também queima meu irmão

Nossa vida emprestada
vamos devolver sem gastá-la
e o bonde da meia noite
ja não nos leva pra casa
a essência da alma
dissolve sob a pressão
dinheiro é combustível
dinheiro em combustão
dinheiro também queima meu irmão

Ei homem covarde
pela natureza que o fez bravo
a sombra que o segue não tem opção
você não reconhece sua prisão
algemas do espírito
correntes da ilusão
você podia ir tão longe
quanto a minha imaginação
Ganancia nas veias do mundo meu irmão

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