Namoro

Foto de Fernando Azamor

Fórmula do amor.

Tocou aquela canção no rádio:
"Fórmula do Amor" do Leo Jaime.
Me lembrou dos bons tempos -"Good Time"
Eu era feliz e nem estava aí!
Som alto na vitrola,
Dançar juntinho,
Saudades daquela menina!
O Rio era um paraíso, uma festa!
Nos oferecia tanta coisa legal,
Descontração era a marca desse lugar!
Não que eu esteja infeliz,
Mas a alegria está indo pro ralo,
Tantas preocupações, stress puro!
Nos tirando o prazer de sair, passear.
Até pouco tempo, íamos pra Barra da Tijuca,
Bebíamos um choop, dois, quem sabe, seis.
Ficávamos bronzeados e "tirávamos maior onda".
Passeio no alto da Tijuca,
Namoro no Drive-in, sem surpresas. Só de ser pai!
E a volta: só no dia seguinte!
Apenas lembranças de um "coroa"? (enxuto por sinal)
Não viveremos mais esses momentos?
Saudosismo?
Acabaram com nossa liberdade!
Mas quero tudo de volta, urgente!
" A vida é trem bala parceiro, prestes a partir"
Transformações, limpeza, arrumação.
Talvez tudo o que estejamos passando, seja necessário, sei lá!
Tem muita poeira para baixar!
Difícil é esperar, trancado em casa,
Escrevendo linhas tortas,
Que desabafam.
Sei que esse é o pensamento da maioria.
Tá difícil de aturar!
Alegria, alegria!
E que seja breve!
"Ainda encontro a fórmula do Amor"!

Foto de MISS DAISY

MORRER DE AMOR

De você... sei que sou eu.
Pra você ... te dou de mim.
Por você ... me lancei no infinito, no desconhecido... morrendo de amor.
E cada minuto, cada ilusão, cada deleite de vida incontida, me rasgo de amor por você, meu amor.
Vem, como o rio que corre pro mar, incessante, veemente, diuturnamente. Vem pra mim!
Me pede em namoro, casamento, enfim!
Queira ser de mim, o que de mim já é.
Me namora pra sempre, me queira pra sempre! Sua mulher!
Hoje pensei em você e logo, pensei em mim, porque de ti já sou até o fim.
E corpo, e alma e célula e sangue... cada pedaço de mim é teu, cada sorriso meu, é teu meu amor.
Pra eu morrer de mim... pra eu morrer de amor.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro - Capítulo 10

Escrever exige uma intensa entrega pessoal e total desprendimento dos preconceitos e convicções. Como eu não tenho amor próprio, faz dez anos que estou nessa. Com gente lendo ou não, faça chuva ou sol, tendo eu dinheiro ou estando duro, para os diplomados e os analfabetos, eu vou fazendo a minha arte, como o Sísifo, me lembra o Camus, vou levando a rocha pro alto do morro e deixando cair todos os dias. Essa é a minha verdade, gente que sou até agora.
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Enquanto o fogo consumia tudo, e as pessoas viviam seus amores, seus valores e seus pecados, Clarisse subia para a cidade em busca de se reconciliar com o seu passado e destruir os insetos que a haviam humilhado ou algo parecido. Ela iria falar com o Luís Maurício, com o Patrício, com o Fabrício, com quem pudesse matar as pessoas e devolvê-las para sua posição de subserviência. Quando ela se levantou, parecia até branca, como se um Feliciano a tivesse abençoado da miscigenação racial e da indivisível respiração coletiva, como se fora brincadeira de roda, memória, o jogo do trabalho na dança das mãos. Ela estava montada. A balada da sociabilidade lhe abria os braços e o coração. Ali era o seu lugar, voltava pra ficar. A luta pelo poder enfim teria o seu final.
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- Calma gente, calma gente!

A voz de Dimas se tornava cada vez menos ativa.

- Vamos ficar em paz!

O que Dimas não entendia, e isso é claro para todos os que ali estavam, é que somos animais. É por isso que não acredito em Rogers, quando ele diz que o ser humano é bom. Pois bem, o ser humano é bom... para ele! É algo natural ser egoísta. O que Sartre não os contou, o que Husserl e Rousseau omitiram descaradamente, bem como os líderes humanitários, é que o amor e a cooperação são alienígenas ao instinto pessoal de se sobreviver e de continuar. Procuramos o que é vantajoso e seguro para a consciência. Isso não é escolher ao mal. Isso é reconhecer uma característica da nossa essência, que na verdade é indiferente para a moral, que foi inventada com o tempo, bem como todos os conceitos psicológicos e existenciais. E então a Torta lhe deu um beijo.
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- Então, eu destruí eles.

- Mas quem te disse que os queríamos destruídos?

Clarisse ruboriza-se ainda mais.

- Os dominados, os engolidores... Eles é que sustentam o nosso modo de vida. Eles são o nosso alimento, o nosso instrumento, sem os nossos escravos, não há como gerar a riqueza. É como imaginar um mundo sem pobres. Alguém sempre acabará subjugado. É a lei natural, Talião, na prática! Se você não tivesse ido para lá eles não estariam envenenados com a sede do poder. Bom, o erro foi nosso. Agora já foi. Não importa. Fique aí e não incomode mais.

A batalha final era enfim preparada.
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O fogo subia os castelos. As espadas faiscavam. As bazucas, os bodoques...

- Toma!

A cobra fumava.

- Morre diabo!

Tudo resplandecia a tragédia, como a velha praça Tahir, como uma Nova Deli, como em uma Hiroshima deflorada, como um Brasil em época de hiperinflação, como o rompimento do namoro de uma adolescente, como a queda de divisão de um time de futebol, um câncer, um escorregão idiota num dia da saudade, a cabeça no meio-fio.

- Burn, motherfucker, burn...
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Dimas subia com os miseráveis a ladeira da cidade. Arrombavam as portas. Alastravam um medo até então desconhecido aos porões dos vencedores, suas famílias funcionais, suas menoridades penais, seu pleno conservadorismo e hipocrisia. Batiam as panelas, ignoravam as balas que lhe atiravam, quebravam as bancas. O saque indignava. O estupro coletivo era feito sem cerimônias prévias.

- Muerte! Muerte!

A bandalha hasteava a bandeira do assistencialismo. Colocavam seus headphones e atendiam o furor da sua maldade. A humilhação acabava, ou assim pensavam. Tinham tomado tudo.
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- Se você não pode vencer um inimigo, junte-se a ele.

Luís Maurício assim neutralizava a queda da sua Bastilha. Os seres de sangue frio haviam se misturado ao coro sem que se percebesse. Pediram a rendição, um tempo. Patrício, que era o chefe da comunidade até então, degolado, foi dependurado no alto de uma varanda como um pálido estandarte, corno, empalado em uma lança. O líder seria escolhido e Dimas seria o jacobino. A Torta seria a primeira-dama, e Clarisse, sua concubina. Até que ele disse o que não devia.

- Eu vou embora. Vocês conseguiram o que tanto desejavam. Agora não me atormentem mais.

Sequer Zaratustra havia sido tão ousado. Para onde iria Dimas, o santo? Para quarenta dias no deserto? Eu poderia falar no próximo parágrafo, mas não é bem isso o que vou fazer.
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- Esse nome não me serve mais. Revelarei meu nome. Eu sou a discórdia. Eu entreguei o pomo da primeira história. Quem quiser me acompanhe. Quem não quiser, fique aí e seja feliz.

As perguntas que te surgiram serão respondidas mais pra frente.

Foto de Moisés Oliveira

Sentimento

Repito em silêncio a minha verdade, tentando assim me convencer.
Apenas lamento o fim da história, cujo final não pude escrever.

Pus na indiferença a minha esperança, já não quero mais te recordar.
Mas como ser tão indiferente, quando a mim sempre coube te amar?

Nossos domingos de namoro dengoso, marcaram o tempo, não vou esquecer.
Me lembro de quando eras minha vida e eu era a razão do seu viver.

Afasta-te de mim, leva junto a lembrança, eu a sinto mas não entendo.
Esquece que um dia ele falou mais alto, pois hoje eu calei o sentimento.

Foto de Riva

NAMORO NA INFÂNCIA

NAMORO NA INFÂNCIA

Sentimentos residuais de um amor noutrora,
Flutua no meu íntimo átimos em recordação,
Prestante memória que faz sentir tudo agora,
Romances quando criança! Propícia emoção!

Ah! Minha meninice! Como é bom te lembrar!
No colégio... lápis, borracha, e o bilhete à mão!
Para a pretensa amada na carteira apanhar
O recado lírico ditado pelo seu afável coração.

Cruzavam olhares para o namoro referendar,
Num gesto singelo do párvulo em retribuição,
Ao carinho da amada a conquista consagrar,
Tudo era encanto daquela graciosa geração.

Hoje, relembro com saudades e o meu pesar,
Por ser tudo diferente à época da namoração.

Rivadávia Leite

Foto de Joice Lagos

Dedicada ao jovem maikon Willian Pereira Amon (falecido)

Numa madrugada de domingo você disse essa frase " diga para a Joice que eu a amo"
Meu coração teria explodido de tanta alegria, se não fosse pelo simples fato de que foi seu ultimo sopro de vida, seus últimos sussurros.
"Uma linda história de amor" disseram muitos, eu particularmente digo que foi a história de amor mais trágica que já conheci.
E o que mais me dói é que essa história tão triste é minha, e é hoje é a minha lembrança mais doída.
Você foi baleado covardemente naquele domingo , quando saía da danceteria, eu soube somente na hora do almoço, mas confesso que não acreditei, que me pareceu uma brincadeira boba, afinal fiz aniversário naquela semana. mas não, para meu desepero era mais real do meu eu gostaria.
naquela hora meu Mundo desabou, os sonhos que eu tinha se despedaçaram, eu chorei de dor, chorei de desepero, chorei todas as lágrimas que tinha em mim.
Te ver naquele caixão, me fez sentir vontade de soprar vida em seu corpo, de te abraçar e te impedir de ir embora, te impedir de sofrer.
Senti muito por não ter estado com você em seus últimos momentos de vida, senti por termos terminado o namoro um mês antes do incidente.
Pensei naquele instante que a minha vida ia com você. Mas Deus não me abandonou naquele momento, apesar de todas as lágrimas e de toda a dor, eu suportei o vazio e segui em frente, mesmo com o coração partido eu continuei a viver.
E Deus me presenteou, ele me deu outro amor, um homem maravilhoso que tenho certeza que você aprovaria.
Mas não sinta ciúmes meu anjo, porque você sempre será minha lembrança mais doce, ninguém apagará você de mim, ninguém consumirá com as lembranças.
E meu amor se você chegar a ler esta carta não sinta ciúmes do Maikon, não posso impedir que ele seja especial na minha vida, que seja uma lembrança boa, afinal tudo que foi bom no passado a gente guarda na alma e no coração para sempre. e você é meu presente e meu futuro é ao teu lado, e eu te amo muito.
E hoje através desta carta gostaria de desejar que o Maikon esteja em paz, onde quer que esteja.
Dedicada ao jovem Maikon Willian Pereira Amon, baleado covardemente ao sair de uma Danceteria em 09/01/2005.
De sua ex. namorada e grande amiga Joice Lagos

Foto de Priscila Maia

Me diz?

Sei não...
Me diz você, é namoro, amizade
ou só prazer?

Foto de Gabriela Bedalti

Passos

Um dia ...há muito anos...
Você deu o primeiro passo.
Cambaleando...às vezes caindo,
Você deu os primeiros passos, da sua vida.
Deu um passo para crescer, e cresceu!
Deu um passo pra ir a escola.
Um passo pra adolescência.
Um passo para receber seu diploma.
Deu um passo para sair da escola.
Passo para um curso.
Passo para sair à procura...de um emprego.
Você deu um passo, e encontrou!
Daí, deu um passo para mudar de vida.
Deu um passo para escolher o seu destino eterno.
Um passo para vitória.
Um passo para o namoro.
Passo para amadurecer e sair da adolescência.
E, um passo para construir sua casa.
Passo para casar.
Passo para construir seu lar.
Um passo para ter seus filhos.
E um passo para ajudá-los a dar seu primeiro passo.
Você deu um passo para ser feliz.
Você dá muitos passos.
Nós damos muitos passos na vida.
Hoje, você continua andando.
Mas um dia, com certeza, você dará seu último passo!
Pra onde?

Foto de poetisando

Tu que viste os teus sonhos desfeitos

Não é fácil ultrapassar os nossos sonhos, mais quando outro nos faz acreditar nesses sonhos.
Sonhos que tu tinhas que até pensavas que os ias realizar, sonhos de ter o teu lar, os teus filhos que até tanto amavas vir a ter, de repente esses sonhos são desfeitos da forma mais cruel que podias imaginar, mas tu até já sentias e até sabias que isso ia acontecer um dia, mas não querias acreditar que fosse possível, mesmo se as amigas/os te chamavam á atenção até ficavas chateada/o com o que te diziam, no fundo sabias que era verdade, mas amavas demais o teu namorado/a para acreditares nisso, agora viste e sentiste na pele no coração e na alma uma dor que te está a consumir, está a destruir-te sentes uma raiva e um ódio dentro de ti por ter acontecido contigo, tu que não fizeste mal a ninguém, que sempre respeitaste o teu namorado/a, agora vês-te sozinha/o porque o namoro terminou e com ele as tuas amigas também desapareceram, “amigas” que tu pensavas serem amigas. Agora que precisas que elas te apoiem, em tudo desde o ouvir-te ao até te convidarem para saíres, para te ires esquecendo desse passado que te está afazer tanto mal, está a destruir-te até como pessoa. Neste momento estás a pensar mas onde param as minhas amigas/os de infância? Onde param as minhas amigas/os que nos acompanhavam quando tinha namorado? E pensas afinal não tinha amigas/os nunca tive, tinha só pessoas que nos acompanhavam não como amigas/os mas mais uns que se juntaram a nós, a vida é mesmo assim amiga/o a sociedade de hoje não é a mesma de á uns anos atrás, mudou a sociedade hoje é cada um por si e o resto que se desenrasque. Pois é amiga/o tens que te haver sozinha/o tens que ser tu sozinha a ultrapassar essa tua dor, essa tua amargura, não te irá ser fácil mas vais ultrapassar tudo, mas não penses que o que passas-te vai ser esquecido não, não vai, vai sempre ficar dentro de ti, só que vais conseguir viver com tudo isso. Vais por algum tempo sentir uma raiva e um ódio que só quando conseguires ultrapassar essa raiva e esse ódio tu conseguirás ter paz no teu coração e na tua alma. Precisas começar a pensar em ti, não no passado nem no futuro o passado é mesmo isso passado, o futuro? o futuro é hoje amanha será outro dia. Começa por te amar a ti própria a estimares-te como tu és, deixa de pensar no que os outros digam ou não pensa primeiro em ti. Porque não começares a pensar, Bolas não é o fim do Mundo o ter terminado o namoro, vou começar a fazer tudo o que me apetecia fazer e não fiz porque havia o namorado/a, vou começar a divertir-me mesmo sabendo que estou sozinha, que não tenho “amigas/os” para me acompanhar as “amigas” que pensava ter. Força amiga/o não há que esmorecer, é difícil? É sim muito mesmo mais que tu alguma vez imaginasses, e quem te disse que a vida é fácil? A vida não é fácil para ninguém, e que tal deixares por um tempo de ouvir aquela musica que tu e o namorado/a gostavam de ouvir? Ou de ir a sítios que te façam recordar esse tempo? Não é deixar de ouvir de ver para sempre, mas por algum tempo, até que comesses a sentir-te bem, quando chegar o dia em que possas falar dele ou dela, aí já podes começar a ouvir essa musica, mas cuidado se ela te fizer abrir a ferida para por mais algum tempo, não convém enquanto estás ainda fraca/o fazer algo que te faça recordar o passado. Desejo-te que ultrapasses essa magoa essa dor esse ódio para te sentires bem contigo própria/o.

Lembra-te que a vida é linda é preciso ver a beleza dela mesmo com amarguras a vida é maravilhosa assim a saibamos viver, vive o hoje com todas as tuas energias, não penses no amanhã, vive um dia de cada vez.
De: António Candeias

Foto de poetisando

Hoje não há amor

O amor acabou já
Foi substituído pelo andar
Ando com este ou com aquela
Até de novo me mudar
Amor é coisa de poetas
O amor é uma loucura
É o que muita gente diz
Para eles o andar tem mais valor
É preciso é ter com quem andar
Mas o que é isso afinal
Namoro é coisa antiga
É o que muitos dizem
É muito melhor só andar
Até chegar o dia de se fartar
Quando esse dia chegar
Isso é coisa do passado
O andar é que é a chama
Qual namoro ou amor
É preciso é ir para a cama
Só os poetas é que o falam
Porque são uns frustrados
Pensam que para ir para a cama
É preciso serem namorados
Vamos viver o dia de hoje
Vamos continuar a andar
É só o que muitos pensam
Vamos sim antes gozar
Depois de muitos anos
É que vêem que o andar
Não os levou a lado algum
Que sozinhos vão acabar
Quando chegar esse dia
Já não poderão atrás voltar
Deixaram passar a vida
Sem saberem o que era amar
E quando chegarem a idosos
E precisarem de carinhos
O andar nada lhes trouxe
Acabaram por ficar sozinhos
Tudo tem o seu tempo
Como tudo nesta vida
Há o ter com quem andar
E o amor para toda a vida
De: António Candeias

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