Nariz

Foto de carlosmustang

Requiem

Chora criança, chora para mostrar-te uma esperança.
'#**Uma cortina que me faz sofrer, uma cortina tão confusa de se enteder, ver e sentir, quem não jus existir#**
Em nome do Pai do Filho e Espirito Santo..
'#**Nunca vou ser reconhecido, estou nas trevas, ao exposto do perdido, incognito em não sentir a respiração do próximo'#**
Bendito seja, Bendito sejas, á quem em mim prossiga.
'#**Não fazes mais minha crença(conveniência)nem juz ao sacrificio de te aturar, sua dor é meu Altar...'#**

Deus todo poderoso, me acalme deste desconhecido, toda dor é válida,na adoração do meu Pai.
'#**E quando eu chorar, você vai sentir,, a dor do seu Rei.., blasfeme este seu sentimeto, agradeço o não agradecimento '#**
Meu Pai me afasta desse Mal.

"O poeta foi encontrado desfalecido, com o nariz sangrando, com o papel escrito(amassados entre a mão) essas unicas palavras que formam entendimento"

Vejam: Anneliese Michel , Josef Stangl, Ernest Alt , e o Consagrador do Joseph Ratzinger, JOSEF STANGL.

PS: O poeta passa bem(deixa-o viver em paz)

Foto de Carmen Vervloet

Quatro Estações

Floresci no finalzinho da primavera
e logo me fiz semente.
No verão brotei entre raios
dourados de sol.
Vesti-me em verdes folhagens,
deixei-me embalar pelo vento,
suguei o sumo da vida.
No outono colho os frutos...
Frutos que saboreio com prazer,
lambuzo-me com seu suco...
No inverno serei apenas
uma árvore carcomida pelo tempo...
Uma avozinha trêmula e singela
com os óculos pendurados
na ponta do nariz.
Mas na essência serei
sempre a mesma,
apenas
vestida de um jeito diferente...

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora.

Foto de WILLIAM VICENTE BORGES

PERFUME DE ROSA

PERFUME DE ROSA
Por: William Vicente Borges

Ganhei alguns minutos
na minha doce vida
para ficar mais feliz
sentindo o perfume
que exalava da rosa
que estavam só, esquecida

Quis tanto tirá-la do pé
ser egoísta
e leva-lá para mim
mas longe do pé
quanto duraria,
então não o fiz
ela fez gozar
o meu nariz

E assim fui embora
olhando para a rosa
que irá se lembrar
que foi amada merecida
e que apesar de deixada
nunca será esquecida

..................
Primavera de 2009

Foto de almostpure

CAFÉ

só se alguém te tocar
só que alguém te toque.
desenlace perfeito, totalmente ingênuo.
eu nem quero mais meu copo, eu saio assim, como quem não quer mais nada daquele antro chamado de lar...
...mas só se alguém me tocar, e só se você me der o toque...
suas cinzas, seus dias púrpurios e meio primaveris,
minhas tardes e seus cadáveris meio esverdeados - já não estamos mais no clima tumultuado da geração normal...
patéticamente normal.
'quando chuver, e alguma gota de lágrima queimar a ponta do meu nariz, e estratégicamente seu antebraço' - vamos tomar um café.
'assim, simultanêamente'
fingindo patéticamente o imprevisto da fatalidade, por que estará escrito.
'não mensiono o arcoíris por que acho colorido ao extremo'
...mas nós vamos ver o pôr do sol, se ele conseguir chegar a tempo de não se perder...

Foto de Paulo Zamora

Várias Reflexões do poeta e escritor Paulo Zamora (Três Lagoas MS)

Quando se está na noite do quarto
Quando a porta do quarto se fecha e depois de apagar a única luz, é hora de falar com Deus, falar por momentos a fio sobre o pensar, sobre os desejos para o futuro, porque o futuro somente a ele pertence. Uma pessoa vai refletindo ao rever sua própria vida, sabendo que ao redor outros o fazem sofrer; este ser já está cansado de ver a tristeza tomando conta e ele lutando contra; imaginando um novo mundo e tentando colocar isso em outras memórias; quando toda luta parece em vão é quando se esquece que uma fase pode durar anos, mas passa, porque tudo nesta vida um dia passa.
Quantos são os fardos? A cada dia o número cresce; e você se perde entre seus pensamentos e uma vontade enorme de que tudo volte ao normal, que a fase ruim se acabe; porque retornos nos fazem felizes.
É quando as pessoas já não querem te compreender, até porque elas não aceitam a situação a qual você está vivendo, ou talvez elas nem imaginem ao certo como seja. Mas vivemos num mundo onde todos querem ser atendidos a qualquer preço. Quando a cabeça já não quer pensar, quando os assuntos e problemas alheios já estão paralisando tua vida, e você está à procura de uma saída sensata; e se perde, se engana, projeta e ao mesmo instante não sabe para onde ir. A noite no quarto se torna refúgio, e mesmo assim, diante de tudo superar, superar e procurar restaurar a vida, e fazer todas as coisas que mais gosta.
De repente sozinho.
De repente o companheiro é o som do rádio no volume baixo, tocando melodias que interferem ao pensamento e ajudam a amenizar. Você ama a vida, não quer esquecer como sorrir, espera o momento exato em que tudo se mova para o lugar certo; embora é exaustante sentir-se assim. O quarto lembra a solidão, e você estando com a porta do coração fechada pensa nunca mais ser feliz ao lado de alguém, quem te entende? Saltar não é fácil como forças dos lábios que dizem sem pensar. Viver é muito mais, sonhar é bem mais.
Há dúvidas, é como se nada mais tivesse conserto como o cristal que se quebra; mas de mansinho invade um poder de esperança fazendo com que passe a acreditar de outra forma, que as pessoas vão pensar em seus comportamentos, que irão valorizar o lar, vão agir com mais respeito quanto aos espaços.
Quando sua privacidade já está no limite por muitos motivos, quando você não escolhe ser sofredor e vêm a realidade mostrando você para o caminho do fracasso tanto emocional como financeiro; então, terá que ser forte o suficiente; sabendo que no momento do quarto você pode pensar em tudo, e tudo depende somente do tempo, um tempo que demora por conseqüência da sua paciência e do seu cansaço.
Quando se tem a impressão de que se perdeu a liberdade, porque foi movido pelo amor e se esqueceu...
Quando as coisas deveriam estar no lugar certo, porque as vezes é tão simples, bastando apenas pessoas se moverem e entenderem as lógicas. Uma grande perda tira a estrutura, mas a união mantém planejamentos. Quando se sente que não há lugar que preencha, então você busca pessoas, esperando delas um ouvido como desabafo, porque quem nos entende passa a prova da esperança.
Quando tudo o que você quer é ter momentos bons, simplesmente, quando o vento está contra, quando a tempestade está forte, quando o homem tende a cair, quando nada parece dar certo; quando você luta e luta e muitos dizem que você está parado, quando você desanima porque as pessoas não colaboram, quando está conhecendo a tristeza mesmo sem aceitar, quando tudo o que você precisa é de um amigo...
Olha para seu pensamento e encontra sua espiritualidade cansada, quando situações não permitem ter tempo para algumas pessoas e elas encaram isso de outra forma. Quando o quarto é solidão...
A cabeça confusa, interditada por muitos assuntos, e você precisa de alguém e está sozinho, sabendo que outros não resolverão nada, mas simplesmente são guias para nos guiar diante do frio que faz...
E não deseja pra ninguém, mas cada um levanta seus conceitos, imagina como deveria ser um mundo que não é seu, a imaturidade de muitos nos ferem, porque fases duram anos, não somos nós quem escolhemos, não somos nós quem a aceitamos, mas elas chegam como quem não quer nada e torturam, impedem o desenvolvimento; mas que sabe o que você está sentindo nesse momento onde reflete sozinho dentro de um quarto, somente seu.
Seu pensamento mistura entre sonhos, saudades, rotinas, sofrimento, detalhes, ignorância, liberdade, amizade, solidão, depressão, vida, plenitude...
Abrindo o coração, usando da sua voz, retratando Deus como o todo, revivendo tudo e esperando nele a solução, quando tudo está assim somente Deus para trazer o controle, para nos dar sabedoria e força para caminhar, quando é preciso satisfazer tantas pessoas porque as ama, quando você já está escasso, quando seu mundo está perdendo o brilho; Deus salva, Deus dá a luz, dá a motivação, trás a tona força de superação, porque será assim, dia após dia, até que a fase ruim termine e comece outros tempos na sua vida. Quantos compreendem? Não sei dizer...
(Escrito por Paulo Zamora em 23 de setembro de 2009)

Nossos dias
Quando a voz da vida se cala e vamos para a surpresa do destino, logo após sabemos que o tempo não foi perdido se existiu amor contido no ser humano. A despedida não fabrica sonhos, faz somente desmoronar.
As grandes vozes vão, os pequenos vão, os grandes vão, os novos, os velhos também vão, enfim todos vamos, todos passamos pela vida. Nunca desconsidere falar de sentimento, é o mais profundo universo de uma pessoa, onde resguarda e guarda todas suas lembranças e conter os impulsos somente fazem com que tudo seja mais complicado.
Nossos dias são sagrados, no entanto há quem viva perdendo o encanto da vida.
Hoje, depois que comecei a pensar sobre a existência, conclui ainda mais sonhos, os sonhos em forma de esperança, porque o amanhã pertencente a Deus será diferente; aliás, os dias não são iguais.
Falar de amor rejuvenesce.
Conquistar trás satisfação temporária, mas que marca uma vida ajudando a construir a história.
Dê aperto de mão, abrace, beijei, diga que ama, faça ser importante a sua vida, porque pessoas passam e os sentimentos ficam...
(Escrito por Paulo Zamora em 20 de setembro de 2009)

Lareira da vida
Um dia compreendemos a importância dos nossos sonhos, as conquistas de hoje, os desejos para o amanhã, e nada acontece por acaso porque sem almejar não haverá conquista.
A vida é uma escada e também uma escola; muitas vezes não precisamos de grandes eventos para deixar em nós boas recordações, os pequenos momentos são capazes de nos levar para lugares existentes dentro de nós de uma maneira a trazer grandes satisfações.
Os nossos interesses, os nossos planejamentos, tudo se concretizará no momento propício, onde você vai de encontro consigo mesmo e descobre que o sorriso é alvo dos sábios.
Acreditar numa nova vida é saber das possibilidades existentes, você é capaz, você enfrenta a tristeza sabendo que a esperança é a espera do melhor; então me diga; como vão seus sonhos? Quais são seus alvos (metas)? A personalidade precisa ser alimentada, porque o progresso depende das expectativas, viver é vencer desafios, viver é saber amar, é saber construir o seu próprio mundo, sabendo que ele reflete nas pessoas ao redor. Você é uma chama na lareira, clareando mesmo quando está pensando que o escuro chegou em sua vida.
O ontem deixou uma certeza; que o tempo não pára, e o hoje trás uma lógica a tona na mente; estamos vivos na permissão de Deus e se estamos aqui é porque deveríamos estar exatamente aqui; conhecendo pessoas, deixando pegadas na estrada, são marcas registradas na memória; porque vale a pena viver intensamente cada momento em que podemos chamar de BRILHANTE.
Formaremos novas recordações feitas de momentos, entre elas as tempestades, os frios, mas também haverão lembranças lindas da vida, tal qual como o sorriso de alguém, dias em que encontros trouxeram mais uma brasa para ser ardente na lareira da vida.
Mais um dia, mais uma missão cumprida.
Outros sonhos devem ser gerados e alvos a serem conquistados.
Um dia, sabe? Um dia compreenderemos a importância das decisões, são elas que traçam nossos rumos, são elas que nos levam a sermos pessoas melhores, pessoas que discordam da guerra, da fome, da falsidade, sabendo que a lealdade e a humildade são armas poderosas capazes de serem a razão para vitórias.
O que significa esse momento para você? Quem é você diante dos seus sonhos? Você tem sido fiel com eles?
Teremos desencontros por essa vida, jamais sabemos como será o amanhã, mas de algo eu sei, você pode fazer do amanhã um dia melhor que hoje.
Que seja alimentada a sua esperança.
Que a felicidade não se transforme em ilusão.
Que o aprendizado seja a claridade da sua lareira.
Que seus alvos sejam vencer, acreditar nos sonhos, em dias melhores, porque o mundo da emoção leva você a crer na vida, e saiba que seus esforços sempre serão compensados. Deixe no consciente que o último momento acabou de ser IMPORTANTE.
(Escrito por Paulo Zamora em 19 de setembro de 2009)

A vida e suas conquistas
A vida tem suas marés, que sobem e descem e vão descansar na praia, são fases, dias complicados e dias contentes demais; mas isso é a vida, embora não deixemos de ter a certeza de que somos nós os navegadores pelo nosso próprio destino; por onde seguir?
Erros realmente nos ensinam, vamos virar as páginas e viver de um tempo atual, o hoje.

Também não precisamos ficar sempre contidos de muitas regras e etiquetas, isso apenas gera formalidades, mas não se esqueça que a boa educação cabe em qualquer lugar e pode ser usada a qualquer momento, mesmo nos mais complicados.

A vida e suas conquistas, seus sonhos, seus arrependimentos, suas crises financeiras e emocionais...

As promessas não cumpridas podem ser substituídas por outras promessas, juradas a você mesmo que precisam ser cumpridas, porque somente assim sua vida poderá tomar outro rumo; viva o hoje como sendo o melhor dia da sua vida; sabemos que o tempo providenciará o amanhã, mas somente Deus sabe nossas condições para mais um dia das nossas vidas. Sorria hoje, sonhe hoje, conquiste, perdoe, peça desculpa, lute, fabrique esperança e deixe isso ser demonstrado naturalmente no seu rosto.

Tome emprestado somente em necessidade extrema, o melhor é usar aquilo que é seu.

A impressão que as vezes temos é que ninguém é capaz de entender nossos assuntos, nossas questões em pauta; mas você compreende o porque ter errado, suas fraquezas, e a certeza de que tomará uma medida preventiva sobre seus assuntos pessoais; você quer vida nova a cada novo dia; conquiste isso tomando decisões importantes, as pessoas, bom, pelo menos a maioria criticam a vida dos outros, mas se parassem para compreender, saberiam que por mais falto que seja um erro, é um erro, é humano, e não existe quem não possa mudar de comportamento.

As crises precisam ser superadas com a força real das suas esperanças, observe o sentido de uma borboleta entre as flores, veja claramente a cor do céu, olhe atentamente para as pessoas que você ama do fundo do coração; aprenda algo disso, saiba que nada somos sem amor, sem sonhos, sem pessoas que nos amem...

Use seus arrependimentos como pontes, porque vai dar um salto importante, e chegará ao outro lado da ponte com um pulo exorbitante. Ouvindo as pessoas falarem de outros tempos temos o pressentimento de que somente o passado foi bom, nos enganamos porque temos tudo para fazer o presente ser um tempo marcante. Você decide. Você, somente você sabe dos seus pensamentos e de suas vontades, seus desejos de vida, seus objetivos a serem traçados, temos a vida como uma das maiores responsabilidades, talvez a maior, ou com certeza não há como medir essa gloria.

A liberdade as vezes parece perdida porque é sufocada por situações causadas por nós mesmos, separe as coisas e as coloque em devido lugar; tudo tem sua hora, seu lugar, seu dia.

Você tem o direito de recomeçar e marcar na sua agenda essa data como importante data na sua vida, é uma conquista, mesmo sabendo que poderemos errar, mas o interessante é que podemos fugir e testar nossas forças, sabendo das realidades, que perdem a guerra os que desistem da luta.
Nossas mudanças pessoais...
O ritmo de vida...
Comportamentos em casa...
Nossas decisões importantes...
A escola...
Nossos erros impensados...
Nossos erros conscientes...
O desânimo...
As nossas esperanças para o futuro baseadas em Deus...
Dias frios para a alma...
Dias favoráveis para nossos sentimentos...
O que queremos para o depois...
Porque mudar de atitude é importante...
A meditação nos assuntos da vida...
As crenças que consideramos verdadeiras...
Como fazer nascer para nós bons e belos dias...
Os erros dos pais e dos filhos...
A melhor forma de perdoar...
As promessas que necessitam de serem cumpridas a tempo...
Seus deveres diante da vida...
Seus direitos diante da vida...
Quem é você e como pretende ser depois das mudanças pessoais...

São assuntos a serem pensados com maior atenção possível, porque chega para nós dias de decisões, onde sabemos que por tomarmos grandes medidas para o bem conquistaremos novos horizontes até mesmo sem perceber o quanto foi bom mudar conceitos e comportamentos.

A paz é um lugar habitando seu coração, é um lugar onde você sozinho precisa descobrir; onde está à chave que abre a porta do lugar chamado paz, é conquista...
(Escrito por Paulo Zamora em 10 de setembro de 2009)

É difícil querer mostrar algo existente dentro de um pensamento, por exemplo, como são importantes nossas justificativas, são clarezas incompreendidas; um erro ensina as pessoas sensatas, o bom mesmo seria não errar, mas quem somos? Nosso valor é planta que se cultiva no terreno da emoção; a imperfeição existe mas não se deixe perder entre a tal, seus valores positivos são maiores e possuem o poder de defesa, inexplicável, mas nós entendemos o que se passa na mente e em nossos próprios corações, onde pensamos somente em acertar, mesmo nos momentos em que cometemos erros...
Paulo Zamora

Os Ouros Da Sua Vida
Muitas vezes somos nós mesmos os responsáveis por nossas alegrias assim como pelas nossas tristezas, sabe? Temos ouros em nossas vidas e cegamente acreditamos não ter nada, como anda nosso comportamento? Eis a questão de tudo; o COMPORTAMENTO e o respeito, nada de ficar somente culpando os outros, o que tem feito para compreender as pessoas que te amam? Será que elas não se importam mesmo? Talvez você esteja errado achando ser o dono de toda razão; procure nas suas recordações tempos em que tudo era melhor, porque nossos comportamentos eram diferentes; é possível analisar com carinho qual é a sua parte nesta luta pela família, o que você faz para colaborar e o que faz para diminuir os valores; você tem valor, as vezes confundimos conselhos com pegação no pé, as pessoas que se importam conosco estão preocupadas com nossas saúde, com nosso bem estar, será que agimos sabiamente conquistando com nosso comportamento?
Me diz uma coisa; sabe quando as pessoas estão tristes precisando de um pouco de atenção? Palavras amorosas e abraços fazem bem para todos, inclusive se for para você ou de você para os outros.
De nada nos adianta fazer uma lista de cobranças, de nada adiante achar que a distância resolve tudo, não é assim, mas a nossa maturidade adquirida com a experiência de vida abrirá boas portas em nossas vidas, sabe porque digo isso? Porque as vezes estamos cometendo pequenas atitudes impensadas e não percebemos o tamanho do buraco que deixamos nas pessoas que amamos...
Se você tem valores a serem prezados, então se valorize, dê exemplos em forma de comportamento, você será brilhante e feliz se acreditar que as mudanças poderão realizar milagres antes não acreditáveis a nós humanos.
Quem ama cuida. Quem ama decide acreditar. Quem ama se refrea de magoar. Quem ama perdoa e reconhece seus erros. Quem ama compreende. Quem ama medita nos acontecimentos. Quem ama não esquece Deus.
Quando a pessoa vai perdendo sua visão espiritual ela vai perdendo as belezas e os valores que possui, é fácil sair por ai culpando, gritando, dizendo coisas sem pensar, mas é difícil entender que de repente pode ser a gente quem precisa de ajustes, e estes serão capazes de fazerem a diferença dentro de um lar ou em qualquer relacionamento. Não espere perder para poder reconhecer o amor dos outros.
As mudanças valem a pena, não cobre ninguém, somente faça a sua parte diante da vida que lhe pertence. Ofensas não ajudam, cobranças sufocam, gritos exasperam, mas a alma sábia sabe rever seus conceitos.
Quando a espiritualidade enfraquece deixamos automaticamente de vermos pra onde estamos indo, o que estamos fazendo; quem ama não deixa se levar por coisas sem valores, a família vale mais e muito mais vale optar por ela, escolha a família, e ela escolherá você; o amor funciona porque é a mais real vida de um homem.
É época de amadurecer conceito, rever sobre o que é felicidade, saber quando a luta realmente funciona; verifique tudo antes da perda, olhe o lado dos outros, pessoas que não querem jamais a distância de você, mesmo quando você pensa que isso é remédio, o remédio mesmo é o amor e a compreensão depositada, é a confiança, talvez você esteja esperdiçando suas chances sem notar, sem perceber; algumas pessoas são amadas e respeitadas e reclamam, infelizmente é assim...
Quem sabe se não é última vez que alguém que pensa em você decide dizer essas palavras, porque te ama, porque muitas vezes um grupo de pessoas te amam e dizem tudo ou fazem tudo pensando em ser feliz juntamente com você, e viver bons momentos como antigamente; você consegue olhar as coisas por outro lado? O lado dos outros? A luta vale a pena quando contribuímos com o amor, o entendimento, a sabedoria, e nunca deixarmos a vida espiritual de lado. Pessoas boas como você escolhem sofrer sem pensar que tudo pode ser melhor diante de um pequeno ajuste, e se depende de você talvez, porque não tentar? Tudo acontece no seu devido tempo; aprenda a esperar, aprenda a ver resultados por suas lutas e sacrifícios... tudo agora pode estar dependendo de você. Não perca os ouros que possui, são suas riquezas. Entende plenamente?
(Escrito por Paulo Zamora em 07 de Setembro de 2009)

REPAROS
Não fique agindo como gosta de sofrimentos, alimentando angústias, discussões, não tente amar a destruição, não se deixe levar pela imperfeição; ela quer ver você chorando e maltratando a você mesmo assim como os que te amam; a imperfeição quer desmotivar o amor; e você pode ser a presa...

Podemos vencer as batalhas de cada dia se agirmos de acordo com boas regras de vida; o ser humano sem se perceber acaba supervalorizando comportamentos indevidos, para você entender melhor o que estou tentando passar; vou explicar, Se estamos nos entregando demais para fatores negativos, estamos passando grande parte do nosso tempo deixando de cultivar pessoas e realizar bons acontecimentos diários, assim como estamos dando menos valor aos nossos sonhos; saiba que sonho não morre sozinho, nós quem os matamos, assim como não nascem sozinhos; nós os construímos; conseguiu me compreender? Talvez estejamos valorizando demais momentos ruins, palavras ofensivas e amarguras, essas coisas vão criando uma cadeia dentro da mente humana, vão bloqueando seus pensamentos para assuntos muito mais importantes, me diz; há quanto tempo você não abraça alguém e diz que essa pessoa é importante para você?

O ressentimento não deve ser cultivado, mas as belas canções sim.
A primeira atitude para REPAROS deve ser incentivada por você, não ame lágrimas, não se entregue para viver somente de passado quando se sabe que você deveria agradecer por estar vivo no presente.

Não se esqueça que você é pessoa importante, girando juntamente com o planeta, é dono do seu comportamento, dono dos seus sonhos, nunca irá vencer uma guerra se não sair à luta verdadeira. O tempo passa e o que você tem feito do seu precioso tempo? Tem passado mais tempo com seus familiares? Tem gerado bons momentos para serem boas recordações futuramente? Como você tem sido como pessoa?

Vícios não devem ser valorizados, por exemplo não porque defender o álcool ou mesmo o cigarro. Sabe? Na vida a gente precisa aprender a dar elogios, esquecer somente de criticar e colocar defeitos no próximo ou ficar cobrando a todo tempo mais e mais; você precisa ser capaz de saber da felicidade que está ao seu redor, bastando apenas você abrir o coração e deixar os olhos da alma perceberem...

Valorize o seu tempo; faça reparos, mude você, porque os outros você não irá mudar.

A liberdade mental será fruto de suas decisões.

Viva momentos inesquecíveis. Esqueça os mistérios e a falta de fé.

Quem se sobrecarrega esquece de ver as belezas da vida e isso pode ser o seu caso, o trabalho demais não faz bem a ninguém, assim como o trabalho de menos. Tire tempo para dialogar com as pessoas, passar com elas instantes em que sua presença é tão importante como o ar, porque você é uma pessoa interessante, então não deixe perder seus valores.

Não valorize a tristeza, ela não merece.
As vezes vencemos nossas guerras com a voz do silêncio, somente com o nosso comportamento. Faça reparos, isso será importante.
(Escrito por Paulo Zamora em 05 de Setembro de 2009)

Os próprios desafios
Ser inabalável nem sempre é possível para pessoas que não usam totalmente suas maneiras de serem incansáveis, afinal, não somos protegidos contra cansaços físicos e mentais, o que precisamos é tomar certas medidas preventivas quanto a se havemos de ser sempre inabaláveis ou tirarmos um tempo adequado acreditando tomar um ar, um período para descansar.

Sua mente é seu guia, é sua proteção, seu caminho, é sua alma, é sua permissão ou proibição.

O sábio pode ser você, porque você não deve se auto-desprezar, você tem ocupado um espaço pertencente a você no mundo onde vive; você é pessoa importante; capaz de saber quais são seus sonhos ou como fazer para pedir perdão ou perdoar uma pessoa, somente você conhece um caminho em você capaz de mudar comportamentos e conceitos.

Como resolver as questões? Como continuar explicando? O que esperar do amanhã de acordo com o que planto hoje?

Tempos voam e nos deparamos com os próprios desafios, desafio de continuar na estrada visando conquistas, desafio de vencer hábitos indesejados, desafio de não complicar coisas simples e fáceis de serem solucionadas, desafios enfim.

As reações externas também podem ser de nossa responsabilidade, de repente atitudes e comportamentos aos quais acreditamos serem pessoais podem causar atritos, alguns raramente reconhecidos, mas somos seres observados, donos do próprio nariz, e consequentemente e indiretamente influenciamos outros.

A seguinte realidade é: NOSSO COMPORTAMENTE REVELA QUEM SOMOS E COMO QUEREMOS SER TRATADOS.

É mesmo um desafio manter integridades, é humano muitas vezes esperar que outras pessoas pensem como nós, mas é humano compreender que ambos somos universos totalmente diferentes, e temos de aceitar essas diferenças com muita naturalidade, porque é assim que somos; DIFERENTES.

O respeito é conhecimento de limites.

Não deixe de ser feliz porque muitos não pretendem contribuir para a felicidade, um erro cometido é pensar que dependemos apenas das mesmas pessoas para sermos felizes, é claro que necessitamos manter tudo aquilo que conquistamos, mas a vida é um caminho sendo levado pela mão do tempo; e você corrigindo pequenos atributos verá que vale a pena continuar, vale a pena acreditar nas mudanças, e inabaláveis seremos quando tivermos a certeza de que estamos agindo corretamente.

É fácil ficarmos contando tristezas, momentos inválidos, juntamos tudo como se precisássemos somar; e nos esquecemos que muito mais tempo temos para viver grandes momentos; que correção você deve tomar nos pequenos comportamentos? E nos grandes? Sabe mesmo em que você precisa se corrigir? Descubra e proteja sua emoção para passar pela vida com plenitudes verdadeiras...
(Escrito por Paulo Zamora em 03 de Setembro de 2009)

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Baixe Gratuitamente Cd's de poemas com Paulo Zamora com muitas participações especiais de poetas e locutores.

Foto de Osmar Fernandes

Aparição do Capeta

Certo dia, noite escura, num terreno baldio, próximo da Igreja Católica, três moleques levados pegaram uma abóbora e fizeram dela uma caveira... Fixaram uma vela acesa em cima de um toco e a puseram por cima. Ficou parecendo o demo, o capeta mesmo!
A missa acabaria às vinte horas. Os fiéis que passariam por ali, a pé, certamente a veria. A caveira ficou num ponto estratégico, bem na esquina.
O pessoal ao sair da missa, ao vê-la, gritou: “Valha-me Deus! Jesus tende piedade! Minha Nossa Senhora da Aparecida! Salve-me Senhor!
Foi gente pra todo lado... Os três capetas caíram na gargalhada... Quando o local esvaziou, saíram da moita e se depararam com um corpo estendido no meio da rua. Joãozinho, o nanico, gritou: “É dona Julieta! Ela tá mortinha da silva! E agora?! Estamos fritos!!!” Pedrinho, o gago, disse: “Vixe, agora lascou tudo!!! Vou deitar o cabelo!!!” Luquinha, o mala, disse-lhes: “Calma aí seus frouxos, ninguém viu a gente! Não vai nos acontecer nada!!! Ela morreu de susto! E daí?!... Vamos tirar a caveira dali e vamos embora.”
Feito leopardos esconderam os apetrechos do Demo e deitaram o cabelo...
Não demorou muito e a polícia chegou ao local. D. Julieta foi levada ao hospital, acordou do susto, foi medicada e falou: “Meu Deus o que era aquilo?! Eu preciso falar com o Padre Bento!... Era o Demo! Valha-me Deus!!!”
O médico e a enfermeira diziam para ela ficar calma porque na idade dela era normal ver coisa que não existe... Deram-lhe um calmante e a fizeram dormir até o dia seguinte.
A notícia ganhou a cidade que Dona Julieta tinha batido as botas... Os três capetas estavam assustados e escondidos nas suas casas.
O pai do Joãozinho disse para esposa: “Bem, Dona Julieta viu o capeta e morreu! Estão falando que o Demo veio buscá-la. Faladeira como é, não duvido nada... Amor, toma cuidado, viu!
- Tá louco, homem, eu não falo da vida de ninguém não!
O marido deu uma risadinha maliciosa e foi trabalhar.
O investigador de polícia fazia uma busca no local do crime e achou um chinelo de tamanho trinta três. Era a pista que tinha em mãos.
Chegou na delegacia e disse ao Delegado:
- Senhor, aqui está à prova do crime!
Dr. Clécio riu, e lhe disse:
- Quer dizer que o capeta esqueceu um chinelo e saiu correndo pro inferno! KAKAKAKAKAKAK (RIU TANTO QUE SE ENGASGOU...). Vá amolar outro, Cido! Tenho mais o que fazer nariz de Pinóquio! Cada uma que me aparece! Você não percebe que essa cidade está de perna pro ar... Se esse povo não melhorar Deus vai aniquilá-la assim como fez a Sodoma e a Gomorra.
O Investigador abaixou a cabeça e saiu chateado e pesou: “Vou pegar o desgraçado que fez isso com a minha avó... Ateu eu não sou não, mas acreditar que isso é obra do Demo já é demais para minha inteligência.”
O Padre Bento assim que soube do acontecido entrou no terreno baldio e fez uma devassa, procurou por todo lado e achou a cabeça de mamão e a vela jogados debaixo dum pé-de-mato, e disse a si: “Eu sabia que não tinha diabo nenhum nessa história! Esse meu povo inventa cada uma! Perdoai-os ó Deus!!!”
Com a notícia da aparição do capeta a Igreja superlotou e o dízimo aumentou sobremaneira e o Padre ficou pensando se dizia ou não, no sermão, sobre a cabeça de mamão... Pensou... E, calou-se.
Os três capetas se reuniram e Luquinha disse:
- A velha não morreu... Com o susto desmaiou. Dona Julieta sairá do hospital hoje à tarde.
Pedrinho, o gaguinho, disse:
- Mas a polícia está investigando. O que nós fizemos é crime. Se a polícia descobrir quem fez isso, a cidade toda ficará sabendo... Nós vamos ser linchados!
Joãozinho, o nanico, disse:
- Eu sou coroinha, vou me confessar com o Padre Bento e vou lhe contar tudo. Se o meu pai souber disso vou levar uma peia, uma surra daquelas de tirar o coro.
Os dois amigos disseram juntos:
- Você não tá nem doido! O Padre nos mata!
Joãozinho:
- Eu tô com medo!
Os três amigos fizeram um pacto: “Nunca contariam sobre a caveira pra ninguém, levariam esse segredo para o túmulo.”
Joãozinho confidenciou: “Perdi um pé do meu chinelo, presente do meu pai, fui na data procurar e não achei. Temos que achar o chinelo logo.”
Os amigos não deram importância nisso e foram embora.
O investigador conhecia todo mundo da cidade, saiu de casa em casa perguntando se aquele chinelo pertencia a alguém daquela residência.
Luquinha ficou com os olhos estatelados ao vê-lo em sua casa perguntando à sua mãe se ela não tinha dado falta de um pé de chinelo.
Luquinha reuniu seu bando imediatamente e disse:
- Vamos roubar aquele pé de chinelo hoje à noite. Cido vai sempre jogar no Tunguete... Vamos aproveitar esse momento e vamos em sua casa buscar o pé de chinelo. Não tem outro jeito. Ou fazemos isso ou esse sujeito vai descobrir tudo.
O Delegado foi à Igreja e logo após a missa disse ao Padre Bento: “Padre o meu investigador tem uma prova cabal do malfeitor... Creio que dentro de poucas horas iremos elucidar o caso.”
- Meu filho, que prova é essa?
- Respeito-lhe demasiadamente Reverendo, mas isso é segredo de Estado, não posso dizer de jeito nenhum.
- Mas meu filho, eu sou o Pároco, pode me falar, vou guardar segredo... Quantas vezes você já se confessou comigo?!
- Padre Bento isso não é um pecado, é segredo profissional.
- Meu filho, eu lhe vi nascer, lhe batizei, lhe crismei, foi meu coroinha... Vai ter coragem de fazer isso comigo? Conta-me logo que prova é essa?!
- Conto não! Não posso!... O senhor pode falar sobre as confissões dos fiéis?
- Claro que não! Você tá doido, perdeu a cabeça. Jamais violarei o segredo do Confessionário. Exerço minha função com a fé em Deus e obedeço piamente com o que preceitua no CANON 1388 (1), que diz: O confessor que viola diretamente o sigilo da confissão incorre um sententiae (automática latae) excomunhão reservada à Sé Apostólica.
- Eu também não posso falar sobre essa prova! Não posso violar a confiança do meu investigador, estaria cometendo um crime.
O Delegado foi embora com a pulga atrás da orelha e pensou: “Por que tanto interesse do Padre nessa prova?!”
Paulinho viu seu filho descalço e lhe disse:
- Joãozinho, cadê seu chinelo? Já lhe dei de presente para não ver você descalço... Não ande descalço menino! Vá calçar o chinelo agora!!!
Joãozinho correu na casa do amigo e lhe pediu o chinelo emprestado, e Carlos lhe disse: “Mas você tem que me devolver logo, senão meu pai me dá uma surra se me ver descalço também.”
Pedrinho era muito religioso e naquele dia às dezessete horas resolveu se confessar com o Padre... Contou tudo e admitiu que estava com medo do investigador descobrir toda a história, porque seu amigo tinha perdido um pé do chinelo que ganhara de presente do pai.
Padre Bento pensou: “Mas Cido é ateu... Tenho que dar um jeito de calar a sua boca...”
O Padre arquitetou um plano e mandou o seu Sacristão chamá-lo, urgentemente... Rubens, o puxa-saco do Padre Bento foi à casa do investigador e disse-lhe:
- Cido, o padre Bento quer vê-lo, agora, já. Ele disse pra você ir lá, correndo, imediatamente, agora mesmo!
- Mas, que diabos o padre quer comigo? Num devo nada para Igreja... Nem em Deus não sei se acredito?!
- Não fala assim não rapaz! Deus é tudo e tudo é amor. O padre não tem diabo nem um. Vai logo e saberá. Quando o padre chama é como se fosse Deus nos chamando, né?!
- Fala pra ele que mais tarde eu passo por lá.
Dona Julieta visita o padre Bento e lhe diz: “Padre, eu nunca vi bicho mais feito no mundo que aquele. Era o Demo, o Demônio em pessoa!... Minha Nossa Senhora da Aparecida! Eu fiquei frente a frente com o Demo, Padre!... Eu já preparei uma novena. Vamos começar amanhã cedo... Padre, eu disse para os que me visitaram no hospital que se o Demo está nos visitando é porque estamos sem fé, é um sinal dos céus. Por isso vamos fazer a novena!”
Aquele acontecimento abalou a cidade. Nas ruas, nos bares, nas casas, nas roças, nas Igrejas, em todo lugar o boato corria solto: “O Demo está fazendo tocaia na nossa cidade!”
O Padre Bento ficou com a consciência pesada e pensou “Será que devo falar sobre essa história hoje na hora do sermão? Será que devo levar o assunto ao Bispo?!”
Dona Julieta foi rezar e depois foi para sua casa...
As Igrejas protestantes começaram a fazer cultos durante o dia todo. Até os ateus temeram... A cidadezinha pacata acordou... Era gente acendendo velas no Cruzeiro do Cemitério... Despachos nas encruzilhadas... Novenas... Enfim, os religiosos se mexeram de forma jamais vista naquele lugar. Em todas as Igrejas as oferendas aumentaram significativamente. O comércio de produtos religiosos vendia como nunca.
A palavra numa das Igrejas Protestantes era brilhante e dizia:

Ezequiel [Capítulo 28:13-18]

Tu estiveste no Éden, jardim de Deus ;cobriste de toda pedra preciosa: A cornalina, o topázio, o ônix, a crisólita, o berilo, o jaspe, a safira, a granada, a esmeralda e o ouro. Em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Eu te coloquei com o querubim da guarda; estiveste sobre o monte santo de Deus; andaste no meio das pedras afogueadas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até o dia em que em ti se achou iniqüidade. Pela abundância do teu comércio o teu coração se encheu de violência, e pecaste; pelo que te lancei, profanado, fora do monte de Deus, e o querubim da guarda te expulsou do meio das pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem.

Mateus [Capítulo 4:1-11]

Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. Chegando, então, o tentador, disse-lhe: Se tu és Filho de Deus manda que estas pedras se tornem em pães. Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. Então o Diabo o levou à cidade santa, colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e eles te susterão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. Replicou-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles; e disse-lhe: Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares. Então lhe ordenou Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o Diabo o deixou; e eis que vieram os anjos e o serviram

E o pastor encerrava seu sermão dizendo: “Na casa do senhor não existe satanás, Xô satanás! xô satanás!”

O Investigador chegou à Casa Paroquial, adentrou, foi imediatamente atendido pelo Padre Bento que o levou ao seu escritório e lhe disse:
- Meu filho, eu lhe peço encarecidamente que pare com a investigação sobre a aparição do Capeta.
- Padre o senhor está me pedindo algo que não posso atender.
- Por que meu filho?
- Padre, eu quero pegar o desgraçado que fez isso com a minha avó. Ela quase bateu as botas... Tenho certeza que não tem nada a ver com coisa doutro mundo. Isso foi coisa de moleque, de vândalo; brincadeira de mau gosto... Se não fizermos alguma coisa para punirmos esse tipo de “brincadeira boba, idiota”, ainda vamos perder um ente querido. O senhor não acha?
- Meu filho, nem tudo parece o que é. Deus tem desígnios que só pertence a Ele. Veja o movimento da nossa cidade!... O povo voltou à igreja, voltou a ter medo dos castigos de Deus. Isso vai fazer a criminalidade zerar. Nunca se viu tanta reza por aqui. O povo voltou a temer a Deus! Os meninos e as meninas voltaram para o catecismo. O fervor da fé voltou a tomar conta da nossa cidade... Nunca vi você na missa. Falam que é ateu... Mas, pare com essa investigação?
- Padre Bento, eu sou agnóstico... Não estou lhe entendo! O que tem a ver uma coisa com a outra?
- Meu filho, eu sei que você é um exímio Investigador de Polícia, mas essa história não pode ir adiante. Pare de investigar... Essa história acabou fazendo um milagre por aqui. O povo voltou a ter Deus no coração. Isso não é bom?
- Padre, eu acho que o senhor está sabendo demais... Já descobriu a verdade?
- Não!!! Vieram me dizer que você anda perguntando nas casas se alguém deu por falta de um pé de chinelo.
- É verdade! Eu achei um pé de chinelo novinho em folha naquele matagal, local do medo. Vi muitos pisados por lá... De pés pequenos... E, cheguei à conclusão que tem mais de um moleque envolvido nessa tramóia. Padre, eu vou achar o criminoso que quase matou minha avó, custe o que custar!
O Padre franziu a testa, várias vezes, e pensou: “Vou ter que falar com o superior desse traste e pedir para que o transfira daqui.”
O Investigador foi embora e não hesitou em dizer para o delegado sobre a sua visita na Casa do Padre:
- Doutor, eu estou vindo da casa do padre...
- Que diabos você estava fazendo na casa do Bento?!
- Eu fui lá porque ele mandou me chamar... Estranhei, mas... O senhor sabe, Padre é Padre, enfim.
- E o que a Igreja queria contigo?
- Só faltou se ajoelhar pra mim Doutor... Implorou para eu parar com as investigações sobre a aparição do capeta.
O Delegado coçou seus poucos cabelos da cabeça e disse: “Aí tem coisa!” E disse ao Cido:
- Você me traga o pé de chinelo e me entrega ainda hoje.
- Doutor ele está aqui na minha mochila, pega!
- Então essa é a prova que temos?... Pois é, a partir de hoje em diante essa investigação é minha. Você está fora desse caso. Vai cuidar de descobrir quem roubou o Jumento do Zé, que ele está me enchendo o saco e até hoje você não descobriu nada.
O Investigador de Polícia sem ter o que dizer, simplesmente obedeceu seu superior e saiu à procura do ladrão do Jumento...
O Doutor Clécio foi ter com o Padre Bento cinco dias depois e disse:
- Padre eu tenho a prova do crime aqui em minhas mãos e já descobri tudo. Vou prender quem fez isso.
- Doutor Delegado o senhor tem o quê em mãos?
- Eu tenho o pé de chinelo.
- Pé de chinelo!!! O que isso tem a ver com a aparição do Capeta?
Padre, isso tem tudo a ver! É a prova que não existe Capeta nenhum, isso provavelmente foi armação de quem não tem o que fazer na vida e fica assustando as pessoas de bem.
- Esse chinelo não prova nada. Qualquer pessoa pode ter ido naquele matagal e o esquecido.
- Será Padre?!
- Claro meu filho!
Padre, o senhor está muito interessado no encerramento dessa investigação, por quê?
- Não meu filho, eu não estou não! Mas, se você pensar bem, depois que viram o Capeta, a cidade melhorou muito. A Igreja não cabe de tanta gente nas missas. Não se falou mais de roubos, mortes, vadiagem, etc. Nunca vendeu tanto produto religioso como agora. Pense no sossego que nossa cidade vive hoje!
- É Padre Bento, pensado por esse lado o senhor está coberto de razão. Minha delegacia está um deserto, nem um B.O, nem de briga de casal. Nunca vi tanta calmaria em nosso Município.
- Então, pra quê elucidar esse episódio? Deixa o povo pensar que o Diabo está de olho bem aberto e bem pertinho de cada um.
- Mas, Padre Bento, o Capeta não anda de olhos arregalados pra todo mundo mesmo, doido para tomar conta da nossa alma?!
- Sim... Mas essa já é outra história...
O Delegado deu o pé de chinelo para o Padre e deu o caso por encerrado.
O Padre chamou Joãozinho e lhe deu o pé de chinelo e lhe disse: “Vê se não o perde mais...”
Os três capetinhas voltaram a participar assiduamente de todas as missas e a ajudar o Padre no catecismo.
Toda vez que o povo fraquejava, desanimava, deixava de ir à missa, a aparição do Capeta era automática.

Osmar Soares Fernandes

Foto de Joaninhavoa

Hoje é lua cheia.

*
Hoje é lua cheia.
*

Hoje é lua cheia! Coloco música no ar
da lua de pergaminho
Com anjos a tocar baixinho....
Orquídea! Vem com harpa e os dedos
a deslizar

Os sons saiem graciosos. Agudos os mais baixos
e graves os mais fortes
E o vento sopra forte! Levanta o naperon de coral
bordado
Franzi o nariz dos rumores e gritos d`atriz
delirando
a declamar! Pensava estar no cônsul Inglês,
- «...deixa-me erguer teu vestido
para verte!
É verde rosa ou vermelho d`púrpura
teu ventre nú...
...deixa-me erguer teu vestido
para ver teus mamilos! Sem caixilhos... ».

Ventos sopram mais fortes d`espadas
afiadas
A música continua grave ao tom da fachada
armada
Aguda! É agora o canto da Orquídea, anjo
vindo da lua cheia
Absorveu! Participando no sarau em seu apogeu

Corro entre as estrelas das teclas do piano
Uma sátira reluzente...
E a tocar! Um mar de estrelas cadentes
Intervêm flautas para as levar...

Joaninhavoa
(helenafarias)
13/07/2009

Foto de Osmar Fernandes

O Insignificante

Sujeito excêntrico, metido, deselegante. Anda de nariz empinado como se fosse o dono do mundo. Faz de tudo para chamar a atenção. Mete-se na conversa dos outros sempre discordando de tudo. Veste-se de forma esquisita para atrair olhares. Pensa que é o sabichão, quando na verdade, nada sabe.
Esse é o tipo que nunca trabalhou na vida. Dá cavalo de pau no seu carro porque é herdeiro, nunca soube o valor de um parafuso. Desfaz dos seus empregados na frente dos outros para mostrar que tem autoridade. É do tipo que se tiver que fritar um ovo, morre de fome, mesmo com sua despensa cheia de mantimentos.
Sujeito assim, se tiver que conquistar uma mulher pelos próprios méritos, morre solteirão. Não tem amigos. É o verdadeiro solitário no meio da multidão. Ele tem que custear festas para estar rodeado de puxa-sacos. Ele é o pobre de espírito e pensa que compra o céu com seu dineheiro. Pensa ser imortal, o bom, o tal... Não passa de um coitado!
O insignificante é assim, insuportável, extravagante, intolerável. Consegue destruir sua herança em pouco tempo, porque nunca aprendeu contabilidade e nunca suou para ganhar um real. Enquanto rico não sabe viver e ao se tornar pobre suicida-se.

Osmar Soares Fernandes

Foto de Sonia Delsin

UMA ATITUDE - Conto

UMA ATITUDE

Mariana sempre se levantava tão cedo. Gostava disso. Heitor ficava na cama e ela saía para suas caminhadas matutinas.
Ia olhando as árvores, os pássaros, as casas. Caminhava porque gostava e também para pensar na vida.
O casamento estava mal? Péssimo. Não existia mais desejo de ambas as partes. A ternura dos primeiros anos... ah, aquele encanto todo tinha acabado há tempos. Por que continuavam juntos?
O único filho estava casado e morava no exterior. Por que continuavam morando sob o mesmo teto, se não existia mais nada? Ela não sabia, ou sabia.
Heitor procurava outras mulheres? Ela imaginava que sim, mas não se importava. Não dormiam mais no mesmo quarto e ela nem o via chegar. Isto não a incomodava. O casamento estava falido, como falida estava a empresa que tanto ela empenhara em manter de pé.
O pai deixara para ela a fábrica de pregos.
Pobre paizinho! De que valeu tanto empenho? Heitor afundou-a.
Viviam da aposentadoria dela e do que Marcelo enviava. Marcelo queria ajudar, sempre tão prestativo e amoroso o filho.
Pelo menos ele estava bem, pois encontrara uma boa esposa, tinha um excelente emprego e morava no primeiro mundo.
-- Mãe, por que não se muda pra cá?
-- Deixar seu pai?
-- O casamento de vocês está acabado faz tempo.
Estava mesmo e ela ia ficando.
Um cão se aproximava e ela o agradava. Mais pra frente era um gato que vinha lhe fazer um agrado.
Um casal passava conversando. Caminhando e conversando e ela pensava se seriam felizes como aparentavam ser.
Ela não fora feliz no casamento e era uma covarde, pois não tinha coragem de sair dele.
Um dia teria? Talvez nunca.
Heitor por certo ficaria na cama até dez horas e se levantaria mal humorado. Colocaria defeito no almoço, em tudo. E ela ficaria quieta. Pra que brigar?

Ao abrir o portão Mariana notou que havia visita na casa. Era uma prima que não via desde o ano passado.
-- Você aqui, Bene?
As duas se abraçam.
-- Bonita como sempre, Mariana. O Heitor me contou que não abre mão das suas caminhadas por nada.
-- É, eu gosto.
-- Tirei o Heitor da cama hoje.
Mariana olhou o marido de pijama. Que ridículo ele lhe parecia naquele instante. Tinha bolsas enormes sob os olhos. Será que andara bebendo? É, ele andava bebendo nos últimos tempos. Além de fumar demais começara a beber. Será que estava querendo morrer?
O marido agora era um estranho pra ela. Um estranho que dormia no quarto ao lado do seu e que comia na mesma mesa.
Deus! O que ela fizera com a própria vida... o que ela fizera. As roupas de ambos eram lavadas na mesma água na máquina de lavar e estendidas no mesmo varal. E eram dois estranhos. Nada mais e nada menos que dois estranhos.
Tão longe ela estava quando Bene lhe chamou a atenção. Abraçada a Heitor a prima lhe parecia tão bem.
-- Estou apaixonada, prima.
-- De novo? É o quinto este ano?
-- Sexto.
-- Nossa! Você se apaixona tanto.
Heitor sorri gostosamente. Naquele instante ela até sente uma certa ternura por ele. Ele sorri tão leve e tão solto que parece o marido dos primeiros tempos.
Mas ela sabe que quando Bene se for ele será o mesmo ranzinza de sempre.

-- Fica pra almoçar, prima.
-- Tenho um compromisso. Estou de férias este mês, mas tenho mil coisas a fazer. Estou reformando a casa.
-- De novo?
-- Talvez o Marcos fique morando comigo.
-- Nossa! É sério desta vez?
Bene sorri e lhe dá um beijo na ponta do nariz.
Sussurra em seus ouvidos.
-- Vocês não parecem nada bem.
Ela nada diz. Melhor calar.
Os olhos do marido não a abandonam todo o tempo naquela manhã. Será que vai querer brigar quando a visita se for? Credo. Ela nem quer pensar nisso.
O que ela precisa é de uma atitude. Mas quando? Quando acontecerá?
Vai até o portão se despedir da prima e entra na casa. Começa a sua habitual tarefa. Arrumar a casa, ouvir as reclamações de Heitor...
Não quer brigar e deixa-o falar.
As palavras dele não têm mais o poder de perturbá-la, feri-la. Está meio morta e se faz de surda como uma porta.
Quando tomará uma atitude? Talvez nunca... Feliz é a Bene, ela pensa.

Foto de pttuii

Interior III

Parece já ser tarde. O olhar que insiste em traçar a bissectriz a uma calvície nascida pelo rigor da meia-idade, despoletou uma reacção impossível de ser travada. A única funcionária responsável pelo atendimento na repartição da segurança social encerra o serviço cinco minutos antes da hora prevista.A jovem que tilinta um piercing no nariz está a ter uma crise de choro, gritando a plenos pulmões que irá ser censurada pela mãe se não entregar a declaração de imposto, e quiçá impedida de ir à festa da espuma prevista para o fim de semana que bate à porta.O paciente do único psiquiatra da freguesia tenta encontrar uma explicação para o momentâneo desenrolar de eventos, mas ao que parece não está a conseguir.

A ruborescência tomou conta de uma face assustada, e que luta por escapar de uma realidade asfixiante.Uma idosa, vagarosamente amparada por um par de muletas ferrujentas, pede ajuda para se sentar porque está a ser assoberbada por uma crise de artrite reumatóide. Cai antes de o conseguir, parece ter fracturado a anca, e é necessária a presença urgente de técnicos de emergência médica.

Uma mãe jovem tenta, sem sucesso, fazer parar uma avalanche de lamentos de um menino em idade de pré-primária, que insiste querer lanchar um pastel de nata com um sumo de laranja.João está encostado à parede. Percebeu que está num daqueles momentos cinematográficos. Cresceu consolado por uma realidade alternativa, que ainda hoje define os momentos épicos da sua vida. De repente, e vindo do nada, apareceu ali naquele cubículo o Tuco Ramirez, de ‘O Bom, o Mau, e o Vilão’.
João está com as mãos amarradas atrás das costas, empoleirado num crucifixo de madeira carunchosa, e com o nó de força enrolado no pescoço. O careca será um Clint ‘Blondie’ Eastwood de circunstância, moldado por uma raiva que João parece não entender. O careca mexe no bolso do casaco nervosamente, e deixa transparecer um vulto com uma forma cónica.Já chove, e entram os técnicos de emergência médica.
A barata que, lutava amargamente por escapar aos passos do bulício, conseguiu chegar sã e salva a uma cadeira, contígua ao assento onde o careca desfia a sua raiva. Lentamente rasteja um caminho que parece a via sacra, e está já a poucos centímetros da mão direita do careca. Um gesto brusco fá-la tombar, e cair no frio dos mosaicos azuis. É esmagada, inadvertidamente, pelo pé esquerdo de um dos técnicos de emergência médica que socorrem a senhora das muletas. A fractura confirma-se, assim como o desfiar de rosários de uma alma que afirma esperar a visita de uma ‘senhora de negro’, com quem afirma já ter tomado chá por diversas vezes. (continua)

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