Naturais

Foto de von buchman

CET..EU NÃO EXISTO SEM VOCÊ MEU ÚNICO E VERDADEIRO AMOR!

CET
Eu sei e você bem sabe,
já que a vida quis assim,
eu e você , você e eu...
Eu sei e você sabe,
que a distância não existe,
Não importa se é um km ou uma milha...
O que realmente importa é
este puro e doce amor...

Não tenha medo de sofrer
Pois todos os caminhos me levam a você!
Assim como o rio vai ao oceano
A brisa vem do mar...
Assim meu coração e a
minha vida caminha para você...

És mui bela como o luar
Assim como uma canção de ninar...
Só tem razão quando os anjos cantam
É para reverencia tua formosura,
E quando os arcanjos se encanto com teu amar...

Assim como uma nuvem negra
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Faz seus poemas de amor...
Assim como viver
Sem teu amor, não é viver
e principalmente quando
se ama alguém como você...

Não existe vida em meu corpo
Sem você no meu coração
Eu não existo sem você !
Não tem cores no arco-ires
sem você no meu coração...

Um coração feliz é o
resultado inevitável de um
coração ardente de amor...

Que os ventos soprem
O aroma das flores
para levar até você
o meu carinho, ,
Com o perfume da
Minha paixão...

O fogo arde e deixas marcas profundas,
que nem o tempo pode apagar!!!
Como o gelo queima e esfria o corpo
A paixão incendeia e faz cicatrizes,
Que nunca sairá do meu peito
e na profundidade do meu coração...

As dores, as saudades...
deixa eu ficar pertinho de ti
e encostar minha cabeça no
teu ombro...
Sentir o calor de teu corpo, no meu corpo
Tua respiração ofegante no meu peito
e o quente de tua carne no meu rosto...

Vivo momento sem igual ao
deixar rolar lágrimas de amor e paixão
que teimam em cair, na minha face,
vertendo do meu sofrido coração
que eu só seu meu amor...

Eu temia a esconder
o verdadeiro sabor do viver..
As palavras que vem do meu versejar
relatando a minha paixão
e o mui gostoso te amar...

Deixa eu te ensinar a ver as
belezas naturais da vida a dois...
Que tu te recusas a ver no meu coração
a visão do amar

Deixe-me ao menos te ensinar a orar!
A você ter fé...
A você acreditar,mais e mais
Que tudo é possível quando estamos
Unidos no só desejo e objetivo que é nos dar.
Por um só coração...
Por um só Amor...
Se não me queres ouvir...
Deixa-me apenas eu te amar,
te querer,
te desejar!
No realizar do meu ser,
Na plenitude do amar
e no meu doce
e ofegante apaixonar!!!

Posso passar os meus últimos dias
de minha vida:
No sofrer ..
No chorar...
Na dura e ardente solidão...
Bem sei que tudo pode acontecer...
Mas meu coração jamais vai te esquecer
como teu doce e puro perfume
que estar eternamente dentro do meu ser...
NADA NEM NENHUMA OUTRA TE SUBSTITUIRÁ...
TE AMO ETERNAMENTE MINHA ALEMOA ...

Foto de Marilene Anacleto

Poeta, Poetisa! Feliz Ano Novo!

Que fique para trás os 2000 anos em que se matou por dinheiro,
Em que se deixou de atender as próprias necessidades e da família
Para atender a outros, em nome de um emprego, de uma amizade,
De uma aparência, onde se procurou o amor, a alegria.

Após tantas tragédias naturais e humanas, tantas doenças inexplicáveis,
A atingir todas as classes sociais, que entendamos, enfim, que o dinheiro
Não compra tudo, não satisfaz a alma, não preenche por completo,
De forma alguma nos torna bons, nem inteiros.

Que este Novo Ano seja a porta de entrada para
Saborear a amorosidade da família em toda sua beleza,
E para atender os desejos da vida, contemplar as riquezas
Do encontro com o Ser Maior em cada pessoa e na natureza.

Enfim, que brote das almas a pura individualidade.
Que a música do espírito encontre caminhos para se expressar.
Que a semente da vida exceda as expectativas.
E cante, e encante, na trilha do amor, da sabedoria e da graça.

E, na mansão da alma, onde nada falta, seja realizada a plenitude:
Ser o Amor, ideal incrustado na semente que um dia fomos.
E que todos os que lerem as nossas palavras,
E que tocarem a fímbria do nosso manto
Encontrem paz, consolo, alegria,
Luz, crescimento e sabedoria
No abraço do Ano que logo chega!

E que o ano de dois mil e doze
Seja gostoso feito o colo de mãe, e o abraço,
O beijo roubado pelo ser amado,
O chazinho de hortelã dos anos e anos de cansaço.

Foto de Marilene Anacleto

É Natal! Mudo o Canal!

Tempo de renascer, de contar virtudes e dons,
Ver as graças que recebi. E para o ano que chega,
Que tenha tudo de bom.

A mídia mostra horrores nesta data de reflexão.
Mudo o canal, sintonizo, mesclas do paraíso,
Com coisas do coração.

Criança a perambular, sem sonhos, sem objetivo.
Mudo o canal e vejo pessoas de imenso amor,
A levar seu incentivo.

Mulheres prostituídas, vidas amargas, funestas.
Mudo o canal e vejo voluntários dando chances
Para uma vida de progresso.

Milhões de moradores de rua morrem e são mortos por nós.
Mudo o canal e vejo talentos sendo encontrados
Para nos mostrar sua voz.

Novelas e filmes que ensinam a roubar, humilhar, trair.
Mudo o canal e vejo enredos de vida que mudam,
Com sentimentos puros, nova vida construir.

Crianças abandonadas em creches, no lixo, em abrigos.
Mudo o canal e vejo pessoas que dão apoio
Aos amados pais adotivos.

Tragédias naturais e humanas afetam milhares de vidas.
Mudo o canal e vejo pais órfãos de seus filhos
Fazer de órfãos, novas famílias.

A cada mal que se sucede, que a mídia teima em mostrar,
Mudo o canal e vejo milhares de atos do bem,
Que os seguem logo a despontar.

Crescem a compaixão, o amor e a gentileza,
Levando, a cada ser, a alegria e a leveza.

É Natal, é festa da Alma, tempo de paz para a vida.
Não dou audiência às tristezas, ou corruptos, ou bandidos.
Procuro a Luz da alegria.

Ouço a música do bem, em corais e em orquestras, a brotar
De pequenas grandes atitudes, de artistas, de desconhecidos.
Meu coração se extasia. Lágrimas de emoção descem devagar.

Foto de Ayslan

Cantando ao vento

Meu amor eu perdi o meu rumo e agora dou voltas e voltas com palavras só quero mesmo te escrever um verdadeiro poema... Como hei falar de te sem que te ofenda?
Nomeei-te em versos estrela de luz inacessível, luz incriada brilho puro essência irradiante do amor, uma luz que amanhece e faz o belo sol nascendo ser tímido ao te ver há brilhar e o faz descansar...
Citei teu nome em musicas refrães simples ainda não cantado...
- Eu te amo, eu te amo
Pronunciei ao vento juntando as notas naturais o som que Orfeu com sua lira pararia para me ouvir cantar...
Movido por esse amor onde nem mesmo lhe acham o vislumbre ainda sim quero tentar a te escrever deliciosos versos, é como se em instante nada pudesse ver em um piscar rápido vejo somente uma folha branca e tudo ao seu redor sem cor... Então cantei para o vento novamente eu jamais poderia ouvir minha voz sem sua luz
- Eu te amo, eu te amo
Eu chamei pelo vento esta noite meu pensamento iluminado por seu amor, e através dos teus olhos posso me ver caminha sorrir e cantar e escrevendo...
Eu nasci para te amar.

Para: Priscila

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Minha Elis – Parte 2

Passaram-se quase três meses desde que escrevi a primeira parte dessa homenagem à Elis Regina. Não mudou muita coisa na minha vida. Continuo o mesmo. Para os americanos, a expressão “loser” serviria para designar o atual momento pelo que passo. O equivalente ao termo em português brasileiro seria “trouxa” ou “vacilão”. Pois bem, eu que me lasque. Quero falar da minha cantora favorita, que nunca terei a oportunidade de encontrar, mas que eleva minha condição e compreensão além das possibilidades naturais. Elis morreu em 82. Não ligo para o tempo. Sua expressão se faz influente e positiva, como artista brasileira, que soube mostrar nossa identidade em uma obra curta, mas consistente.

Voltemos ao ano de 2008. Lá, o bicho pegou um pouco para o meu lado. Eu tinha dois trabalhos, estudava, cuidava da minha irmã e ainda escrevia. Vínhamos de um despejo e da recente morte de um parente próximo. Nada parecia promissor, o que não se difere muito da situação atual, mas quem me dava força era Elis. As pessoas que se lembram da novela “Ciranda de Pedra”, versão de uma novela da Rede Globo de 81, sabem que a nova abertura era a música “Redescobrir”, composição de Gonzaguinha. Tanto ele como Milton Nascimento e Ivan Lins tornaram-se parte do meu gosto musical por influência da saudosa gaúcha. O que escrevo foi orientado de maneira decisiva pelas construções desses artistas. Algo que não tem preço, que tem valor inesgotável e inestimável.

Mas Elis morreu cedo, em demasia. Aos trinta e seis anos. Vítima do abuso de drogas. Da mesma causa faleceu Amy Winehouse, nascida em 83. Era muito talentosa também, a inglesa Amy. Então me pergunto: como seria Elis se estivesse viva? Ou melhor: como seria o Brasil se Elis estivesse viva? Elis, que vendia menos discos que uma Gretchen ou um Sidney Magal, na ocasião de sua partida, provocou uma comoção muito forte, recordada não apenas por seus fãs. Elis provavelmente teria participado dos movimentos de abertura política, dos quais já era simpatizante. Mas será que manteria a condição de mito? Se uma Elza Soares, cantora de nível parecido tem o reconhecimento internacional significante, seguiria Elis o mesmo caminho? Ou iria ao caminho dos tropicalistas, que se envolveram ainda que timidamente com o governo e hoje recebem algumas críticas severas por seu comportamento? De qualquer forma, ficam os vazios da carreira interrompida e do exemplo questionável. A obra de Elis é indelével, seu talento indiscutível, mas seu final foi trágico. Logo essa interrogação se torna mais delicada, tal como a da artista inglesa, o que transforma o paralelo em questão atual, em como o tempo passou, mas a situação da alteração de consciência não foi sequer tocada, frente ao que se

decorre disso. Dói saber que a morte de Elis podia ter sido evitada. Dói saber que isso influencia que outras pessoas também se deixem levar pelos vícios e excessos. O mesmo vale para Amy, e para tantos outros.

Elis Regina, na sua arte, passava uma postura ao mesmo tempo melancólica e otimista, emocionada e realista. Copio, por assim dizer, esse estilo. O subtexto encaixado nas metáforas características da produção da década de 70 é bastante parecido com o que tento apresentar hoje nas minhas linhas. Já Allan Sobral, meu amigo abençoado e crente, que sempre cito pela espécie de rivalidade camarada que nutrimos, vai por uma trajetória totalmente divergente, embora também muito digna e mais interessante. Allan Sobral é um tórrido romântico, tão apaixonado que quase já o admite. Seu estilo de escrever vai diretamente de encontro à proposta do site Poemas de Amor. É um fã confesso de Casimiro de Abreu, e adora o samba mais clássico, de Noel, Cartola e Paulinho. Outro dia, diz ele, sonhou com o João Nogueira. E no sonho recebeu o que todos esperam ter de um grande ídolo: Allan foi agraciado com um dessas bênçãos que só quem merece muito recebe. Ele abraçou o João Nogueira, falou com o João Nogueira. Desnecessário dizer que isso me deu uma inveja daquelas. Ainda assim, fiquei feliz: meu amigo ganhou um presente que nunca podia imaginar. E se ele pode, porque eu não? Tudo bem, o Allão é um grandíssimo poeta, sabe o que faz e vocês o conhecem. Mas, sei lá, a sorte também pode vir para o meu lado, se bem que a Elis deve estar muito ocupada, cantando para Deus enquanto Ele escolhe se teremos seu perdão ou não...

Bom, o que eu quero dizer mesmo é que sempre devemos lembrar-nos de Elis e seu canto. Basta ter a sensibilidade de ouvir sua mensagem, tão brilhante em vida. Se Elis se foi pelo mal, isso não anula o bem que ele nos deixou. Tenho certeza que é isso que ela me diria, se me encontrasse.

(Continua...)

Foto de Rute Mesquita

Margarida

Margarida,
como me radia a forma como lampejas
os jardins por onde passas.

Margarida,
como a minha ceifa cortejas
com um aroma que dispersas
correndo de pétalas soltas ao vento,
sem medo de tropeçar.
Pedes-me a minha mão,
naquele momento,
e dizes para me a ti juntar,
num tom que transpira entusiasmo,
mas, num olhar consentido e carinhoso.

Eu aceito, minha Margarida,
leva-me, para aqueles jardins cujo pólen
é mágico, inspirador.

Margarida,
como transbordas e doas tanto amor.
Quero ser uma flor como tu,
minha preferida.
Madura, de pétalas vivas,
de caule experiente,
de raízes naturais e belas.
Espero que isto seja um deja vú,
arre! energias negativas,
agora que estou ciente,
à luz das velas,
acabo estes versos dizendo:
Àmen.

Foto de Carmen Lúcia

Basta!

Que caiam todas as máscaras,
maquiagens, disfarces, propagandas enganosas,
farsas impiedosas que pintam de rosa
um cenário incoerente, assaz reverente
à uma realidade cinzenta e complacente,
onde pseudos messias, doentes mentais,
defendem as guerras, ateiam injustiças sociais
como se fossem meros fenômenos naturais.

Digamos um basta à gana estratosférica,
ao que nos consome, à ambição homérica
e de caras limpas e almas lavadas,
sem utopia, rasguemos o pano da hipocrisia...

...que as balas não são de festim,
o sangue escorrido não é de carmim,
as bombas são de explodir, não são de açúcar, nem dá pra engolir.
As guerras não são de amor, tampouco boatos. São guerras de fato!
As vítimas não são virtuais, são todas reais, vítimas fatais.
Às dores não há analgésico, nem anestésico. São dores mortais!

Quebremos o falso cenário,
mundo visionário, de encenação...
Reinventemos de novo o mundo, com gente que é gente,
que aja com garra, com alma decente,
com força no jeito, muito amor no peito
e paz no coração...
Rumo à reconstrução!

_Carmen Lúcia_

28/09/2006

Foto de Marilene Anacleto

Ainda Existe Poesia

Há falta de amor para compreender,
Não há mais ação política
Que se coloque no lugar do outro.
Mas há sentimento de unidade,
Quando acontecem tragédias
Humanas, políticas e naturais
É o pobre que ajuda o pobre.

Pagam-se impostos, para abastar
A vida de falsos governos,
No café, na margarina, no feijão.
Mas constroem nossas casas
Em bairros que sofrem inundação,
Em montanhas que deslizam sonhos
De quem pagou aos poderes, o pão,
A viagem, as bebidas, o avião.

Ainda bem que,
Enquanto alguns causam calamidades,
Outros descobrem a solidariedade.

Enquanto alguns carregam dinheiro em avião
Outros descobrem a compaixão.
Corações inteligentes surgem,
Mentes amorosas realizam.
Enquanto os responsáveis políticos fogem,
Grandes instituições humanas emergem,
Acodem e sacodem o povo,
Colocando-se no lugar do outro.

Ainda bem que,
À semelhança da natureza,
Em que apesar dos rios poluídos,
Ainda fecundam as rosas;
Apesar dos corações sufocados,
Das mentes e corpos cansados
Do sobreviver do dia-a-dia,
Ainda existe humanidade,
Ainda existe esperança,
Ainda existe poesia.

Marilene Anacleto
14/03/11

Foto de reginaldossjr

Quem sou?

Um ser erroneamente interpretado
Comum, assim como os outros, a meu ver.
No entanto, sou o que sou, e assim sou.
É,pois, por nunca ter sido explorado...
De dentro pra fora, sem um padrão como base
Sem as devidas expectativas, sem alarde.

Sou algumas milhares de linhas lidas,
Que passam por Camões, Machado de Assis,
Chico Xavier, Raul Pompéia e até o Van Vlack,
Sem esquecer de mencionar o Vicente Chaverini,
Oh! Desculpem-me! Também o Calister Jr.

Já podem perceber que sou alguém de ciências.
Um projeto, uma vibração,uma particula,
Ser, ser ou não ser, alguém que estar, amostra metalográfica.

Sou uma susseção de principios falidos,
Sendo assim, pouca coisa se sabe,
Ou, está(é), passivo de ser sabido.

Se querem me conhecer.... Que audácia minha!
Esquecam as ciências ( exatas ou as naturais),
Pois, existe alguém que sabe quem sou.
Tomem a ousadia e perguntem pra ela,
Quem é ela? Alguns dos meus amigos sabem.

E, quando tiverem a resposta,
Não se esqueçam de revelar-me,
Pois, o quanto eu estive com ela,
Vivia tão completamente que:
Só senti falta de mim mesmo,
Quando ela já não estava - ligada à mim,
Pelos laços da amizade! E que,
Para mim sempre foi muito mais.
Mas, desde que a perdi, tenho tentado,
Lembrar de mim, de quem fui,
Mas, meu estado não me cabe.

Atenciosamente: Reginaldo Sena de Souza.

Foto de Ana Vasques

Inverno na alma

Inverno na alma

Quando algo que fazia sentido
Por algum motivo deixou de existir
O que achava por entendido, de repente
Se faz confusão total

Ai vem o medo
Que domina todas as suas forças interiores
A angustia
Aquela que te faz perder a fome
O desejo reprimido
Que te faz ter os pensamentos mais insanos, daquilo que se quer e que não se pode ter

Inverno na alma
Tão frio que faz seu coração virar pedra, gelo
Seus olhos endurecerem até com as mais belas imagens
Seu corpo, bem, esse não responde a nenhum dos seus instintos naturais

Achando que somos super herões
E que podemos ter o dominio de nossas emoções
Quando caimos em si, percebemos que o universo já as dominou
E que não se tem mais nada a fazer senão, esperar e esperar

Esperar...
Porque o inverno não dura para sempre
Depois dele vem a primavera trazendo suas cores
E por fim o verão, que derrete todo aquele gelo que te consumiu
Devolvendo todos os seus sentidos e trazendo de volta suas verdades

Inverno na alma
Não deseje pra ninguem
Trás com ele uma dor mais insuportavel que fratura exposta
Mas nos mostra que estamos vivos, temos sentimentos reais
E nos faz mais fortes para enfentar os proximos invernos

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