Noite

Foto de Fernando Vieira

Torpedo de boa noite

Boa noite minha princesa
Boa noite minha flor
Quero que Deus te proteja
E te abençoe meu amor

Foto de Oliveira Santos

Enquanto

Enquanto cai a noite o dia se despede
Na vermelhidão do céu, luz que precede
As horas mais compridas que se passam

Enquanto vejo o sol refugiar-se
Noto a primeira estrela cintilar-se
E as falsas intenções que se disfarçam

Enquanto aqui amordaço este meu pranto
Mais adiante posso ouvir um nobre canto
Dos bem fadados, todos agitados

Enquanto explode a mente em demasia
Da falta de um alento, de alegria
Mantenho meu lamento enclausurado

03/11/00

Foto de Oliveira Santos

Sonho

A noite seria inesquecível: nós frente a frente sentados a uma mesa
num jantar especialmente feito a quatro mãos.
Bebida era a de costume: aquela cerveja "véu de noiva", que apesar
do sabor um tanto amargo era degustada solenemente como um
vinho raro.
A música embalava o diálogo e, repentinamente, decidimos dançar.
Corpos juntos, abraços calorosos, carinhos na nuca, sussurros no
ouvido e o tempo parecia não passar.
Subitamente o silêncio nos toma e nossos olhos se confrontaram,
recuaram e investiram novamente como se quiséssemos dizer, fazer
algo.
O clímax cada vez mais próximo e estávamos prestes a realizar tudo
que queríamos e quando abri os olhos olhei ao redor e não havia
noite, não havia bebida, não havia música, não havia você.

27/04/96

Foto de Diario de uma bruxa

FATO OU FANTASIA " O Amante"

Já era de madrugada eu estava desesperada, meu marido só me xingava tudo pra ele era minha culpa, eu já não estava mais agüentando.
Foi quando finalmente ele dormiu, mas eu, eu não... Não conseguia dormir, meus olhos pesavam e mesmo assim continuava acesa. Já tinha tomado praticamente toda a garrafa de vinho e resolvi sair pro quintal, peguei a garrafa e sentei em um banquinho no portão de casa. Bebia e chorava, já não via praticamente mais nada, e o safado lá dentro roncando dormia muito bem como se nada tivesse acontecido.
Eu parecia uma lunática sentada chorando de camisola com uma garrafa de vinho no portão de casa. A rua estava vazia, também já era de madrugada já passavam das 2:00h foi quando de repente surgiu ele. Muito bonito atencioso.
Aproximou-se de mim preocupado, me vendo naquela situação queria saber o que havia acontecido, ele era um visinho que sempre me chamou muito a atenção principalmente quando eu era adolescente, mas nunca me deu atenção sempre me tratou como uma irmãzinha. Ficou um tempo comigo ali sentado me apoiando me escutando, como um amigo, como um irmão.
E quando finalmente eu me levando e vou entrar ele me puxa em seus braços e me lasca um beijo apaixonado, que me desloca, tira-me do ar, nunca havia me acontecido coisa assim. Não resisti e retribui ao calor do momento sem pensar entrei de corpo e alma.
Despedimos-nos e entrei, com certeza naquela noite não dormi mais, passava aquele momento toda hora como reprise em minha mente. Então comecei a me sentir usada pensando que ele havia se aproveitado de minha fragilidade pela situação, comecei a me sentir mal... Até que adormeci.
No dia seguinte acordei imaginando se tudo havia sido um sonho, que eram apenas imaginação, foi quando o telefone tocou, era ele me desejando bom dia, perguntando em como eu estava e sem pensar se declarou dizendo ser apaixonado por mim já fazia um bom tempo, mas não sabia em como me dizer, não queria atrapalhar minha vida, mas depois de ontem decidiu se declarar.
A partir daí minha vida virou de pernas pro ar, despencou, já não sabia mais o que seguir, pararia no tempo ou viveria uma aventura amorosa, um amor assim como sempre quis e achava que não existia mais.
A razão perdeu, me entreguei a loucura.
Vivendo duas vidas, os contratempos, e a indecisão de trocar pra sempre o rumo do meu coração.
Não tive coragem, fiquei em cima do muro... Consegui levar por muito tempo as duas vidas, mas um dia sempre acaba o que era bom se foi, fiquei com a razão. E a loucura a louca paixão partiu tomou outro rumo.
Ainda sofro com tudo isso, por minha covardia, mas acredito que fiz a escolha certa, hoje tento refazer minha vida com meu marido, que ainda continua comigo. Viver cada dia e ir levando a vida. Tudo na vida tem uma razão eu ainda vou descobrir a minha.
Hoje as vezes ainda ele me procura, mas eu procuro não atende-lo, não vê-lo. É melhor assim pra mim e pra ele.
A aventura acabou agora é viver a realidade.

FATO OU FANTASIA... Poema as Bruxas

Foto de Ozeias

A obra prima do escritor anormal

Ele passou toda a noite buscando alguma coisa. Algo que pudesse preenchê-lo para assim, com a ajuda da caneta e do papel, esvaziar-se.
Como quem puxa todo o catarro do fundo e depois o cospe, assim, segundo ele, é escrever. Em seu caso, ele puxava outras coisas de outro fundo, um fundo mais pessoal, um fundo inteiro e somente dele, que mesmo assim, não conhecia por inteiro.
Naquela noite, devido às nuvens que tapavam a lua, ele viu-se obrigado a usar velas. Chovera o dia todo e ele ainda podia ouvir as gotas pingarem nas folhas das árvores.
Mas naquela hora não havia gotas pingando em folhas. Todas as gotas já haviam pingado.
- A janta. – Anunciou a sua mãe.
Sua mãe havia se deitado mais cedo e a sopa esfriado, mas só naquela hora que ele foi ouvi-la. Também não estava com fome, então deixou seu prato intacto na mesa. Ele nem sabia que era sopa.
Pegou a caneta e encostou a ponta no papel amarelado. Quando um ponto preto surgiu no papel, sua mão afrouxou-se e a caneta se soltou dela, deitando assim no papel.
Lá fora as pessoas corriam de um lado para outro, pisando nas poças de água, produzindo um barulho que estava distraindo. Primeiro, ele ficou apenas prestando atenção. Depois, mais pessoas começaram a correr, deixando-o irritado. Fechou os olhos tentando se controlar, mas não conseguiu. Num gesto rápido, ele levantou-se produzindo um ranger alto e dirigiu-se para a janela.
- Vocês querem parar de correr nessa merda?
Dois gatos assustaram-se e sumiram em meio ao breu. Não havia ninguém lá fora, mas mesmo assim as pessoas pararam de correr. Satisfeito com o novo silêncio, ele voltou para a sua cadeira.
Cadê aquilo que ele buscava? Ele fechava os olhos, ele olhava para o céu negro, ele olhava para cada canto daquele quarto mal iluminado à procura de alguma coisa, mas nada lhe vinha.
- Não, não... Não! – Irritou-se ele com a voz feminina que lhe dava idéias – Isso eu já escrevi ontem!
As sombras dos fogos das velas começaram a dançar por cima da folha e um cachorro começou a latir. Ao ver e ouvir tais coisas, ele teve um insight. Pegou rapidamente a caneta e começou a escrever com frenesi.
Enquanto o cachorro latia lá fora, as sombras das velas dançavam sobre a folha amarela...
Enquanto ele escrevia, foi tomado pela sensação de prazer. Um êxtase que somente ele era capaz de sentir. E cada palavra escrita foi lhe proporcionando tanto prazer que quando estava prestes a terminar, sentiu um prazer orgástico. Aquela fora a primeira vez que ele gozou enquanto escrevia.
Feliz e orgulhoso, leu e releu o que havia acabado de escrever.
- Obra prima!-Disse-lhe a voz, fazendo com que ele ficasse mais cheio de si.
Inquieto, ele andava de um lado para o outro, no quarto. Alguém tinha que ler, mas quem? Seja lá quem fosse, haveria de ser logo, naquela noite. Sua mãe já estava dormindo, seu irmão, um ignorante, algum amigo que quase nunca entendiam, mas então quem?
De repente, o som da porta da cozinha fez com que ele pulasse. Um vendaval entrou pela casa, fazendo as portas do armário bater, o fogo das velas se apagarem e... O papel! O vento carregou o papel, que saiu pela janela.
- Não!- Gritou ele enquanto corria para fora, à procura do papel.
Para onde o vento teria levado? Enquanto ele corria, seu medo ia crescendo. Aquilo não podia estar acontecendo. Logo a sua obra prima? Ele não ia permitir aquilo. Que o vento levasse outra coisa, mas não aquele texto.
Ele parou de correr ao ver a folha caída na poça de água. Ainda que a rua tivesse mal iluminada ele pode ver. Não teve coragem de se aproximar enquanto a folha se dissolvia na água. Seu estado de choque era tamanho que ele ainda não conseguia chorar. Naquele momento ele era uma pedra.
- Depois você reescreve- Disse-lhe a voz.
- Não, eu já esqueci. Eu já esqueci. Eu já esqueci.
Foi aí que ele se entregou. Foi para a beirada da poça e sentou-se. Não agüentava ficar em pé. Admitir era o que ele tinha que fazer. Seu conto fora diluído pela água.
Sua boca começou a tremer, seus olhos já trasbordavam.
A dor era insuportável, era como se tivessem-lhe arrancado um filho. O único filho.
Então a voz sussurrou para ele uma ideia. No mesmo instante, ele engoliu o choro. Havia uma saída, uma esperança. Seu coração voltou a bater acelerado. Por que ele não havia pensado naquilo?
Ajoelhou-se e aproximou a cabeça da poça. Abaixou-se mais um pouco, tocando os lábios na água lamacenta. Sugou. Sugou para que, segundo a voz, tudo o que a água tivesse tomado dele, ele tomaria de volta.

Foto de Paulo Gondim

Ópera torta

ÓPERA TORTA
Paulo Gondim
05/11/2010

Tentas esquecer-me, pois sabes ser preciso
Mas apenas tentas, nada mais do que isso
Nem o sol de um novo dia, nem a lua
O sereno da noite, a luz fosca da rua
Te servem de amparo, de lenitivo
Pois meu amor permanece, em ti, vivo

Assim sou eu, que também não te esqueço
E por assim ser, mais do que tu, padeço
Minhas noites são trevas, as manhãs frias
Orbitam em mim lembranças sem fantasias
Sou um espelho velho a refletir tua imagem
Um trem errante, que não sabe o fim dessa viagem

Somos o resumo dessa ópera torta
Representamos cenas de natureza morta
Dois zumbis, fantasmas na escuridão
Amargando o desprezo, a falta de perdão
Implorando o fim desse vil castigo
No abraço frio e derradeiro de um jazigo

Foto de seling

auto conservação a destruição

O ser Humano e o ser mais egoísta que existe ,enquanto uns tem muito ,uns tem tão pouco e alguns quase nada , mais em meio a isso sempre tem aqueles que lutam pela justiça e igualdade, quanto mais o ser humano tem mais ele quer ,que sentimento é esse que chega a ficar obcecado por isso em busca de alvo tão egoísta e deprimente , valores humano hoje em dia são tudo, pessoas morrem em busca de um patamar de vida e de felicidade ridículo.
“Passamos boa parte da vida buscando a felicidade em outro alguém, mais ao passar a vida descobrimos que a tal felicidade está em nós mesmo!”
Mais o Ser humano tenta buscar isso nos valores que a vida tem , e a vida é assim , se você tem dinheiro é alguém, se você não tem é como tolo e não adianta você ter educação quando a meia noite chegar um ladrão e te roubar no meio da rua, não culpe alguém a culpa é TODA sua, seu egoísmo e sua alienação te cegaram completamente sempre buscando algo que a vida mais prioriza você acha que é assim que tem que ser.Em busca de um glamour e de um poder aquisitivo totalmente frustrante , que mesmo quando se chega no tal alvo isso não vale mais nada, e ainda assim falta algo dentro d’Ele .
Sabe o mais interresante em tudo isso que vivemos com a felicidade do nosso lado o tempo todo literalmente , pessoas que nós fazem felizes estão sempre ao nosso lado . mais por que será que nunca abraçamos ela e seguimos a Tal, mais as pessoas gostam de correr perigo e correr riscos “assim a vida fica mais emocionante” .

“QUANTO MAIS EU CONHEÇO O SER HUMANO MAIS TENHO NOJO DELES E DE MIN MESMO, E MAIS EU AMO MEU CACHORRO”

Washington Silva
2010

Foto de betimartins

Carta de uma menina entregue ao Pai Natal para seu avô

Carta de uma menina entregue ao Pai Natal para seu avô

Querido pai Natal, gostaria de pedir que entregasses esta carta ao meu avô que partiu para o céu e não voltou mais. Dizem que ele é uma estrela a cintilar somente para mim e que é meu anjo da guarda e vela por mim ao lado do Pai do Céu.
È Pai Natal o que te peço pode ser impossível e difícil, mas dizem que é amigo do Menino Jesus e ele realiza alguns dos teus pedidos.
Eu tenho muitas saudades das nossas conversas, do estar com ele à beira da lareira, nos aquecendo e a tomar nosso chá de cidreira á noite. Sinto saudades do seu abraço e do seu aconchego, do olhar meigo e paciente contando histórias, ate minhas pálpebras não agüentarem abertas e adormecer.
Pegava em mim ao colo e levava para a cama, pacientemente, antes pedia que rezasse ao meu anjo da guarda pedindo por todos os que eu amava. O meu anjo esqueceu de mim e levou o meu avô para o céu e fiquei muito triste mesmo.
Sabes Pai Natal, era o meu avô que ensinou a sonhar, ele ensinou que podemos realizar os nossos sonhos, dizia sempre com sua voz segura:
-Ora minha menina só quem sonha acredita, acredita num mundo fantástico onde existe a magia e o mistério do acontecer.
Nunca mais esqueci sua frase até hoje, foi no seu ensinamento que eu achei que podia fazer isto enviar uma carta ao meu avô.
Aqui vai:

Querido Avô:

Meu querido avozinho queria matar a minha saudade de ti, dos teus belos contos de histórias sejam reais ou imaginários onde sempre aplicavas alguns ensinamentos de vida. Sei que foste um bom homem nesta vida aqui, como dizem os adultos, tu plantaste arvores e deixaste filhos, mas não escreveste um livro, mas um dia eu o farei ainda por ti. Pode ser?
Eras um mestre, um dos melhores mestres, ensinaste a ser uma boa filha no mundo, confesso que muitos dos teus ensinamentos passaram à geração futura das nossas crianças.
Avozinho lembra das nossas tardes, de mexer na terra, ensinares a semear, adubar e ver reproduzir as plantinhas? Claro que tu te lembras, eu jamais consegui esquecer e muito menos um dia quando cheguei a chorar desvairadamente porque a minha planta preferida morreu.
Sorrindo e com a tua calma explicaste que tudo nasce, cresce, reproduz e morre e que essa a certeza da vida. Pegaste na minha mão pequenina e fizeste-me apanhar um punhado de terra, ensinando o valor dela em tudo.
Dizias da terra vens e a terra, tu vais, parar. Assustada eu não percebia e queria entender e coitada de mim quando tu morreste, eu já entendi...
Lembro das nossas vindimas, onde tu me fazias rir com as tuas brincadeiras com os colhedores do vinho.
Lembro-me do Natal, onde juntos fazias o presépio comigo, cada figurinha era eu que escolhia o lugar. Quando terminávamos era eu que acendia as luzes e era uma festa.
Ainda recordo cada historia que me contava sobre, a época do Natal e sua magia, ensinaste com isso a ter esperança no dia a dia e nas pessoas.
Lembro do jardim repleto de neve, de tu partires os cavacos para colocares a lareira.
Lembro do teu cheiro, daquelas calças com os suspensórios que eu tanto gostava de brincar contigo, fazendo-os estalar nas tuas costas.
Ainda consigo ver teu rosto e tua mão pegando na minha e entrar na igreja para ouvir a missa de domingo, ficavas orgulhoso eu só querer ir contigo. Eu ficava parecia um pavão de tanta felicidade e quando paravas para dar um doce a minha escolha?
Por muito doces que eu possa comer nunca mais comi um com aquele sabor.
Avozinho poderia ficar aqui a falar muitas mais coisas e que coisas nós vivemos os dois, nunca senti tanto amor como aquele que transmitias para mim e é esse amor que sinto saudade. Saudade porque as minhas meninas não tiveram um avô assim como tu e talvez por isso eu ainda seja a criança que acredita na Magia do Natal e queria dar-te um abraço muito apertado e ficar em teu colo nem que seja um segundo apenas.
Avozinho só queria dizer que eu te amo e sinto falta de ti
Beijinhos e escuta as minhas preces feitas a ti antes de dormir.

Foto de betimartins

Carta a Deus

Carta a Deus

Se eu fosse capaz aqui te dizer quanto a minha alma sofre, quanto ela sente a dor, a iniqüidade, a injustiça do ser humano que sempre erra sem parar para refletir.
Às vezes eu penso que tu és um sonho que eu sonhei um sonho lindo de amor, sentindo a tua presença em mim, deixando a minha alma leve, alegre, feliz por nunca se sentir sozinha. Claro que tu DEUS, és único, eu tive a sorte de te descobrir em mim, dentro de mim, mas e os outros? Será que um dia eles vão poder se descobrir?
Eu olho a televisão, por minutos vejo quanta mentira, quanto engano, quanto tempo desperdiçado em nada, nada mesmo apenas mais um ponto para a escuridão de cada um... Vejo, governantes, uns atrás dos outros mentindo, enganando, iludindo, enchendo seus bolsos, vejo pastores pegarem em crianças e iludindo a fé de cada um, aproveitando da ignorância e dor, para seus bolsos encherem a cada dia mais e mais.
Vejo igreja tentando reparar erros, irreparáveis, pois lesaram crianças em abusos e no engano, da fé e da confiança depositada neles, aqueles pais que julgavam os seus filhos seguros...
Vejo os desrespeitos dos filhos aos pais, uns largando os velhos como sacos de lixo humano a si mesmos ou então os colocando em lares ao abandono. Filhos jovens que mandam calar os pais, alguns batendo, insultando que futuro serão eles aqui na terra?
Os novos corruptos da terra, que desrespeitam o ser humano e toda a natureza...
É DEUS, estaria aqui iludindo dizendo que tudo vai melhorar tudo vai ficar bem, mas não vai não, tu e eu sabemos que não vai ficar bem.
Vejo a riqueza avançar, a pobreza aumentar, a fome a reinar, o desprezo a espalhar, vejo que pouco se pode fazer não existe mais mãos fortes aqui para mudanças.
Recordo grandes almas iluminadas que passaram aqui na terra que poderia as citar, mas que iria adiantar? Não mudaria aqui nada neste desabafo lembro de uma celebre frase Osho (o caminho do amor) que diz: “Traga luz ao quarto escuro e a escuridão desaparecerá”... “Conheça a via e a morte desaparecerá...”.
Quando estará o ser humano preparado para entender isto? Será preciso mais um Jesus na terra e ser crucificado na cruz para que todos acordem de novo na humanidade?
Vejo as tempestades, a revolta do tempo pelo desrespeito do ser humano, vê que podemos realmente morrer como dizem as escrituras, mas será que já não estaremos quase mortos? Inertes e impotentes?
Será, que ninguém vê a beleza que todos os dias somos premiados ao abrir de novo nossos olhos descansados de mais uma noite de sono, ver o dia clarear, os cânticos dos passarinhos, o sol com toda aquela força e beleza trazer a luz do dia e deixar a noite mais uma vez descansar um pouco.
Nas Trevas estão as nossas almas, mergulhadas na ignorância, somos profanos na tua obra, ignorando-te e ignorando as tuas leis e bases do amor.
Eu queria escrever uma linda carta, cheia de esperança, cheia de glamour, mas na certeza que estaria projetada nos sonhos de uma criança e essa criança sou eu.
Que ainda chora e reza nos seus pés da cama, pedindo transformação nos meus irmãos e amor em todas as coisas (visíveis e não visíveis)...

Foto de Lady Magus Barommis

A Morte

Numa noite escura e guiando o luar
Que pelo amor segui em tua busca
Oiço de longe a tua voz chamar
Dentro da tua triste e fúnebre tumba

Passo os negros e altos portões
E deambulo no meio do silêncio
Oiço chorar todos os mortos corações
Da deleitosa saudade levada pelo vento

Por entre as demais tumbas assombradas
Sussurras com forte intensidade o meu nome
Num pranto de lágrimas, tudo devastavas
Na tua triste e fúnebre tumba, envolta em lume

Cessou o fogo a minha chegada
Cessou o teu choro a minha companhia
Espero, sobre a tua sombra deleitada
A minha doce e desejada partida

Espero encontrar de novo o teu ser
E com ele viver o que outrora a morte levou
Deixa-me agora deleitar a teu lado e morrer
Para satisfazer o que minh’alma tanto desejou

Tudo em mim desapareceu quando te foste
Perdida andava a minha vida envolta em escuridão
Por entre cinzas e mortos tu ergues-te
E fizeste bater de novo meu coração

Aí vem ela, que sem pressas é demorada
Figurada de mulher com enorme negro manto
Ela, que por toda a gente é esperada
E que perante sua figura, a minha cabeça levanto

Olho de frente aquele rosto sem feições
Respeitável e inevitável figura
Que com suspiros faz parar corações
Curvo-me perante ela, esperando então a altura

Encosta o seu frio machado contra o meu peito
Sussurra-me ao ouvido com voz dormente e pesada
Pergunta porque eu tão nova e neste leito
Quero pelo demónio ser levada

Levanto o rosto afogado em lágrimas
Levo ao peito as mãos estancando a dor
Relembro as páginas da vida por mim rasgadas
E soluçando lhe digo, quero estar somente com o meu amor

A morte de espanto nem uma palavra proferiu
Voltando-se na mão suada, o fatal antídoto colocou
Afastando – se na escura e assombrosa noite, sorriu
Foi também por amor que nisto me tornei, refutou

Olho de frente a tumba esperada
Lembro todos os momentos de aflições
Na palma da mão a vida ironizada
Olho para o céu despedindo e gritando a plenos pulmões:

Morro se não te tenho em mim
Desespero se de ti não receber beijo algum
Ambiciono tocar para sempre a tua pele
Quero-te para o infinito Lord Luciferum

Ingerindo o fatal antídoto e sorrindo
Penso em ti e nas eternas horas de explendor
Fecho os cansados olhos na tumba caindo
Estou finalmente de novo a teu lado meu amor

Desvaneia-se o corpo em sinuosas cinzas
Levadas pelo vento que outrora no rosto senti enfim
Na triste e fúnebre tumba ficaram as nossas almas
E o eterno casal apaixonado, amando-se por fim.

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