Noite

Eis que me encontro perdida, e perdida me acho, estou cá em seu encalço correndo sozinha na noite, virando madrugadas frias, temendo pagar penitência.
É assim que lhe encontro e outra vez me perco entre um pecado e um suspiro,então vem a reza e a heresia.
O que era meu, num repente você me tomou, o que estava calado, gelado e morto renasceu sublime e forte e me tomou aos poucos, desajeitado e louco e nunca mais pude voltar, agora não sou mais quem eu era e fico o tempo todo a me vigiar.

No instante em que te vi,
meu coração disparou.
Senti em meu ser uma força crescer,
era o amor querendo nascer.

Tudo estava tão calmo,
como se fosse a noite a dormir.
Olhei pra voçê,
voçê olhou para mim.

Tentei desviar meus olhos,
não tive coragem de encontrar os seus.
Mas a cada instante que passava,
meu ser queria o seu.

Aos poucos voçê chegou em mim,
aos poucos me conquistou.
Foi jogando teu charme em mim,
que vc me enfeitiçou.

Tanto eu queria,
tanto vc me fez querer.
Em uma tarde tranquila,
um beijo fez acontecer.

Num movimento sua boca veio a minha,
senti seus lábios nos meus.
Um beijo quente de desejo acontecia,
era meu sonho que a conteceu.

Mas foi rápido e seus lábios já sumia,
desesperada quis achar os seus.
Nada disso adiantaria,
você partiu com um adeus.

Sonhado com outros beijos estava,
sonhava ter você pra mim.
Nessa ansia estava,
esperando sua voz ouvir.

E no cair da noite voçê me chamou,
eu com exito fui a voçê.
Quando te vi meu coração disparou,
sabia! Estava amando voçê.

Chegando perto, com o olhar fixo,
pegando em meu rosto a me olhar.
com os lábios devagarinho,
outro beijo de amor me fez voar.

Estou bem!
Porem sinto-me como u marinheiro de primeira viagem cujo ainda não sabe velejar...
Pela qual todo porto é um corpo onde devo te encontrar,
Ancorando-me a um olhor de espeança, em um noite tão bela quanto está que continuo a tua espera...
Que quando a dois passos vou-me,
Sinto que forçosamente a neblina rude me esconde o caís, onde apenas deixa transparecer um aceno para guiar-me outro segundo...
Assim, quando em teu horizonte olhares o que deixas-te partir,
Acenaras incansavelmente deixando harmonizar com o salgar da água do mar,a solidão e a saudade em fontes tão doces que pouco a pouco se esvairiam ao chão...!
E quando outrora já percebida, faria-nos recordar cada palavra que trocamos;
De que nunca estariamos sozinhos!
DE que nunca a deixaria sem a certeza pela qual voltaria!
Pois sei que juntinhos sempre estaremos, mesmo sem saber da distancia entre nós...,
Talvez um dia a gente vá se perdoar,
Pois ancioso penso como um pagão à DEUS!
Que estejas no proximo caís a me esperar,
Por que será sempre no teu corpo um seguro porto a me atracar...
Para nunca mais me deixares navegar em paz...
Cada vez que volto para te no caís.

Cortejei-te com meu olhar.
Adormeci com encantos sutis,
Quando acordei nos teus braços.
Com um sorriso nos lábios,
Minha solidão retirou-se de mansinho.
No contato do teu corpo;minhas angústias ofertei ao vento.
Pode o amanhã levar meus sonhos,
Pode um relâmpago ferino libertar meus desejos escondidos.
Porque irei vestir-me de cetim vermelho,
Na boca um sabor de cereja; que serão meus beijos.
No meu corpo;fina camada de amor a escorrer.
Acordos feitos ao vento;corpos suados; que se procuram no tempo!
Sou o que sou; ser possível;chamo;clamo teu nome à beira do abismo.
Sonho com olhos fixo no infinito;nas mãos...
Frágeis flores; rosas da perdição!
Não me tragas rosas;lírios ou jasmim;herdadas de outros jardins!
Embala meus sonhos; enquanto observo teu silêncio,
Pouso meu corpo no teu;na espera de vir semear a terra.
Suas mãos no meu ventre;enchendo a taça com seu sêmem!
Roubo dos teus lábios um sorriso;que espalhei no meu corpo.
Porque meus sonhos ficarão em torno de ti,
Como mariposas;com suas asas cristalinas!
Ah! Toca suavemente meu corpo;beija de leve minha boca.
Banho-me em orvalho nas entre sombras da noite,
Porque em troca;dei-te meu amor;meu cantar.
Não;não cabe a ti ferir-me...Cabe a ti amar-me tão somente!