Novembro

Foto de Joaninhavoa

A canção de nós dois...

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A canção de nós dois...
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Solto as palavras ao vento e à chuva
Ao sol e a todas as forças da natureza
Grito bem alto para que oiçam

Simplesmente a canção de nós dois
Que cai leve levemente ainda
Levantando com as brisas do céu

Embalando a noite rainha
E o dia no vai vem também
Com um sopro de varinha

Mágica nos tempos d`alguém.

Joaninhavoa
(helenafarias)
08 de Novembro de 2008

Foto de Joaninhavoa

COMO É QUE TU ESTÁS? - No livro que não te dei...

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COMO É QUE TU ESTÁS?
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No livro que não te dei...
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Ouço um som de fundo vindo lá do longe
Um machado a cortar lenha a um ritmo compassado
Respiro o ar da montanha e abro o chapéu plissado
O livro que não te dei em páginas de um monge

Corro uma vida com os olhos e o pensamento
Nas palavras escritas em prosa e em verso
Embrenho-me nas profundezas e lamento
Sempre o mesmo som de fundo e penso

Um machado pode cortar
Lenha para o lume queimar
O suficiente para aquecer

Mas não há machado* que corte
A raíz de um pensamento
Por que é livre como o vento

Por que é livre!

Joaninhavoa
(helenafarias)
08 de Novembro de 2008
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Ao fazer este meu poema
lembrei no final a célebre
canção:

(Não há machado que corte
a raíz ao pensamento) [bis]
(não há morte para o vento
não há morte) [bis]

Música: Manuel Freire
Letra: Carlos Oliveira
Intérprete: Manuel Freire

(Não há machado que corte
a raíz ao pensamento) [bis]
(não há morte para o vento
não há morte) [bis]

Se ao morrer o coração
morresse a luz que lhe é querida
sem razão seria a vida
sem razão

Nada apaga a luz que vive
num amor num pensamento
porque é livre como o vento
porque é livre

Foto de Joaninhavoa

UM TESOURO DE EMOÇÕES

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UM TESOURO!
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DE EMOÇÕES
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Chamava-se simplesmente Maria. Tinha dezasseis anos. Contou-me que nunca conhecera os pais. A mãe ficara grávida sem ser casada.
Para evitar a humilhação e a rejeição social, abandonou Maria à porta de um orfanato assim que nasceu. A menina vingou no mundo dos vivos porque o destino assim quis. Maria, sempre teve consciência da sua desgraçada condição. Quando chegou a hora de partir não teve a opção do convento. Calhou-lhe a quinta do lavrador. Cercada de um bosque frondoso e omnipotente, a orfã passou a escrava. As mãos carregavam chagas devastando a possível beleza, no corpo trazia os cheiros fedurentos dos estábulos e seus gestos ignoravam as educadas reverências nobres mas reflectiam alguma destreza suaves nuances, esvoaçantes e delicados passos, enfim toda uma agilidade sensual... o fôlego em sua voz era embriagante, de alta estirpe.
Maria tinha o dom da inocência em sua voz.
E foi assim que Bethoven*, a reconheceu.

*Poeta, Músico, Maestro
Joaninhavoa
(helenafarias)
08 de Novembro de 2008

Foto de Joaninhavoa

VEM! AGORA CANTAR

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VEM! AGORA CANTAR
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Há sempre um trilho pr`a quem almeja
chegar
Um dia ao sonho sonhado e abraçar
Com todas as forças o mais amado
Entre todos o amante suspirado

Vem! Agora cantar

As noites nos dias de amanhã e depois
Revigorar as sementes embrenhadas
Nos caminhos destinos marcas
Dos tempos. Sinais

Vem! Agora cantar
Traz esse brilho no olhar
Um golpe de sorte pr`a me resgatar

Vem! Para ficar
Evita o naufrágio lá no mar alto
A vida foi feita para amar

E ressuscitar...

Joaninhavoa
(helenafarias)
08 de Novembro de 2008

Foto de Joaninhavoa

Era Uma Vez...

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Era Uma Vez...
*
Talvez!

Quem és tu...
Quem és tu...
Que me presenteias d`afectos
com presentes inesperados...
D`amor! Pura amizade
E em forma de tornado
Assaltado! De quando em vez
Assanhado! Meio constipado
Era Uma Vez...
Talvez! Um Princípe
Encantado.

Joaninhavoa
(helenafarias)
08 de Novembro de 2008

Foto de Joaninhavoa

SUSPIROS...

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SUSPIROS
*
D`Amor...

Novembro! Brandos suspiros
Enchem-lhe o peito.
E de seus lábios contornados
Desenhados de arabescos
Montados e escalados
Flui a brisa mais doce
De tão suave e pura
Deleitosa voz
De um queixume
Delicioso
"Amo-te".

Joaninhavoa
(helenafarias)
07 de Novembro de 2008

Foto de Joaninhavoa

Truz! Truz...

*
Truz! Truz...
*

Truz! Truz...
Posso?
Estou entrando
E já dentro
Atendo-te
A ti
Vira-te
Sorri
Sorris
Paciente
Finalmente
Languidamente
Em ti.

Joaninhavoa
(helenafarias)
05 de Novembro de 2008

Foto de Joaninhavoa

NEM TUDO SE ESVAI...

*
NEM TUDO SE ESVAI...
*
Tudo o que é forte...
*
FICA
*

Ah se não fosse a esperança da manhã
Com seu manto de névoa leve e sã
Transformar o dia a dia em minha vida
Como quem faz malha com lã, ternura perdida

Ah se não fosse ainda o raio de sol
Que teima em aquecer-me noite e dia
E aquele cantar do rouxinol
Do quadro emoldurado que persistia

Ah se não fosse ainda o teu olhar
em minha direcção
Sentir o toque das tuas em minhas mãos
Imaginar aquele abraço nunca dado
nunca esquecido

Aquele bem apertado
De raízes enxertadas
Do fundo dos jazigos

Alí erámos amigos!

Joaninhavoa
(helenafarias)
02 de Novembro de 2008

Publicado no Recanto das Letras
Código do texto: T1261451

Foto de Osmar Fernandes

O medo

O medo

“O medo é o maior inimigo do homem. Ele está por trás do fracasso, da doença e das relações humanas desagradáveis. Milhões de pessoas têm medo do passado, do futuro, da velhice, da loucura e da morte. O medo é um pensamento em sua mente, e você tem medo dos seus próprios pensamentos.
Se você tem medo do fracasso, dedique sua atenção ao sucesso. Se você tem medo de um acidente, pense na orientação e na proteção de Deus. Se você tem medo da morte, pense na vida eterna. Deus é vida e esta é a sua vida agora. (“Dr. Joseph Murphy).”
Jesus, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui e velai comigo. E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto,orando e dizendo: Meu pai , se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. E, indo a segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu beber, faça-se a Tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez adormecidos; porque os seus olhos estavam pesados. E, deixando-os de novo, foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. Então chegou junto dos seus discípulos, e disse-lhes: Dormi agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e o Filho do homem será entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos, partamos; eis que é chegado o que me trai. (Mt. 26:37 à 46).
Jesus, o Salvador do mundo, também sentiu o medo, o medo da morte. Todo mundo sente ou já sentiu algum tipo de medo na vida. Existe o medo normal e o medo anormal:
O medo normal é bom, traz perfeição e responsabilidade. Quem já não sentiu medo de falar em público? Quem já não sentiu medo de viajar de avião? Quem já não sentiu medo de andar de elevador? Quem já não sentiu medo de dirigir? Logo, o medo normal fortalece e deixa a pessoa mais atenta e criativa... e naturalmente a transforma em vencedora.
Por outro lado, o medo anormal é fatal. A síndrome do medo obsessivo vem de traumas da infância, complexo de inferioridade,frustração, estresse, insegurança e outras causas. O medo que apavora enlouquece ou mata. Quando alguém chega neste estágio do medo, precisa urgentemente, de ajuda médica, de preferência, um especialista no assunto.
O medo também é um estado mental, tanto negativo, quanto positivo, e vai predominar aquele no qual a pessoa acreditar, obviamente. Mas, é bom ficar atento, tomar cuidado, porque nem tudo o que a gente vê, é o que realmente pensou que viu...
“E, à quarta vigília da noite, dirigiu-se para eles, andando por cima do mar. E os discípulos, vendo-o andando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo. Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais. E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me! E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: HOMEM DE POUCA FÉ, por que duvidaste? E , quando subiram para o barco, acalmou o vento. Então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus.” (Mt. l4:25 à 33).
Um neto disse à sua avó:
- Vó, eu te amo! Mas, quando você morrer, não vou ter coragem de me despedir da senhora no velório. Tenho medo de velório, de gente morta, de caixão! Dá-me arrepios só de falar nessas coisas horrendas. Tenho mais medo de velório e gente morta que o diabo da cruz!
A vovó, Mainha, lhe respondeu, dizendo:
- Leitinho, não precisa ter medo de morto, morto não pode fazer mal a ninguém. Eu te amo muito, jamais lhe fiz mal algum em vida, e prometo-lhe por tudo o que há de mais sagrado entre o céu e a terra, que, em hipótese alguma lhe farei mal, estando eu morta. Vou lhe confidenciar uma passagem da minha vida: Eu também, na sua idade, entre doze e treze anos, tinha muito medo de defunto, não suportava nem ouvir falar de morte. Mas, num belo dia, sua bisavó me ensinou uma simpatia para que eu perdesse este terror. Isso já faz alguns anos, e como ela me mandou fazer, fiz, e nunca mais senti o pavor de velório, de gente morta, enterro, etc. Portanto, vou lhe ensinar também, e se você cumprir à risca, nunca mais sentirá este medo pavoroso. Você vai fazer o seguinte: Ao falecer um grande amigo, ou um parente de primeiro grau, vá ao velório, aproxime-se do caixão e beije a planta do pé direito do morto, por três vezes consecutivas, sem receio, e mentalmente, ore a oração do pai-nosso. Não comente isso com ninguém, nem mesmo com a mãe; e jamais sentirá medo de defunto outra vez.
Algum tempo depois, sua vovozinha veio a falecer, e o menino, lembrando-se da simpatia que ela lhe havia ensinado, a fez, à risca, conforme o dito de sua vó. O medo sumiu... Foi enterrado junto com ela. Nunca mais teve aversão ou pavor de gente morta fosse quem fosse: um amigo, um parente ou simplesmente um estranho. Alguns anos mais tarde, Leitinho tornou-se o proprietário da funerária mais requintada e mais importante de sua cidade e região, tornando-se rico e respeitado em toda a Comarca. Todo dia dois de novembro, dia de finado, a capricho, leva para sua vovozinha uma coroa de flores. E diante de seu túmulo lhe agradece dizendo:
- Vovó eu te amo muito, se não fosse o ensinamento e a simpatia que você me ensinou, não sei o que seria de mim e de seus bisnetos. Fique com Deus eternamente... Até um dia.

Foto de Azul_Fogo

a sombra quente do orvalho






um dia acaba dentro de outro
começa cedo e finda dentro do outro
repetido até destruir a memória
a capacidade de escrever, de ser
acaba/começa amálgama indistinta
até renascer a vontade de ir para casa
indistinta e distante, forte depois
até dar por mim parado na rua
onde hei-de aprender a voltar a andar

à medida que caminho e me afasto
dos pensamentos onde estava
o espaço que ocupo desloca-se comigo
na tarde íngreme da calçada
onde estriba o eléctrico outra vez
cheio de risos e de sonhos, ao longe
aproximo-me de outros pensamentos
passo por passo - quieto.

(continua)



Carlos César Pacheco, Novembro de 2005


Nota: todos os textos neste espaço estão registados no IGAC, mas podem ser livremente copiados, desde que me mencionem como autor, tenham link para http://forteondaserena.blogspot.com/ e reproduzam esta nota, sem alterações.

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