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Foto de betimartins

O fantasma do hospital pediátrico.

O fantasma do hospital pediátrico.

Era noite o João piorou, o seu câncer alastrava e seu tempo de vida era diminuto o seu caso já era bastante mais avançado, as dores eram muitas e precisava ser de novo medicado. Seus pais, o senhor Alfredo e dona Isabel pegaram no João e arrancaram com ele para o hospital, o seu medico já estava esperando ele, recomendou que fosse melhor internar e vigiar de mais perto.
João fez cara feia, era um menino lindo de olhos verdes, cabeça sem cabelo, mas um sorriso iluminado e franco, era bastante positivo e conformado com a sua doença, às vezes era ele que tranqüilizava a sua mãe. Mala já no carro e foram para hospital oncologia de Lisboa, lá tinham tudo, uma sala, repleta com novidades, desde PC, jogos, livros e até palhaços e pessoas muito simpáticas.
Faziam um bom trabalho, de convívio e auxilio, todos eram simpáticos e o João achou que isso até ia ajudar sua mãe a superar o que vinha ai. Ele sabia que tinha pouco tempo, seu amigo invisível já tinha falado a ele que se preparasse, apenas esperava por ele para fazer a passagem.
Logo lá chegaram, o medico medicou o João e mandou fazer mais uns exames para diagnosticar melhor o estado do João, ele já estava tendo falência de órgãos, seu caso estava mesmo muito mau.
João não era parvo ele lia os olhares das pessoas e sabia o que eles pensavam, sorria e apenas se conformava. Seu quarto era grande, tinha uma cama para sua mãe ficar ou seu pai, olhava para tudo com admiração, mas era muito equipado com maquinas, nada faltava ali. As dores aumentavam à medida que a morfina já não fazia efeito, ele já ficava muito cansado, ele tinha um dom que via o que outros não viam, ele conseguia comunicar com os mortos.
A noite veio e sua mãe adormeceu cansada, ele pode conversar com seu amigo invisível, queria contar as novidades, estranhamente ele o chamou, mas ele não apareceu, nada, estava assustado ele o ajudava a superar o tempo e as dores. A noite já ia alta, eram cerca de três horas da manhã e escutou um riso assustador e um gemido de uma menina, aterrorizada, dizendo:
- Deixa-me, por favor, não faças isso.
Desatando aos gritos, como ela gritava, ele não sabia como fazer, não podia sequer sair da sua cama com os tubos que ligaram nele. Fechou os olhos e pensou no seu amigo com força e pediu a Deus que enviasse seu amigo. Nada, absolutamente nada, que iria ser dele se aquela coisa o atacasse, ele chorou, teve medo, nunca tinha medo, mas naquele exato momento um arrepio atravessou a espinha.
A noite avançava, o silêncio imperava pelo hospital, não se escutava nada e de repente, ele escuta um arrastar de passos, pesados, um cheiro nauseabundo, para exatamente a na sua porta do quarto, o frio percorre seu corpo, queria gritar, não conseguia, a voz sumiu e ficou quieto e dando a impressão que estava a dormir.
A porta abriu-se, entra um palhaço, de aspecto horrendo, mal cheiroso, seus dentes estavam podres e seus olhos esvaiam sangue. Era horrendo, ele caminha em direção de sua cama, rindo de forma assustadora, rindo ele dizia:
- Este aqui vai ser meu, eu o vou levar comigo.
Rindo e maquiavélico, ele saiu do quarto, dando o menino como alma ganha no seu assombroso mundo. Logo ele escutou a voz da menina, chorando e gritando, estava gelado e sem saber o que devia fazer também que ele poderia fazer? Nada estava preso na cama.
A porta se abre de novo e entra uma enfermeira simpática, outra dose para ele ficar sem dor e adormecer, totalmente cansado e sem forças ele adormece.
Entra a luz pela janela do seu quarto, escutando os carrinhos de comida pelo corredor, agitação, vozes, agitação e vida. Satisfeito ele fica agradecido por ser dia, certamente aquela coisa horrenda não o vai chatear, se seu amigo aparecesse logo ele saberia o que fazer.
Na sala estava uma menina linda ainda muito pequenina, teria ai cerca de quatro anos, escutou pela sua voz que era a menina que chorava e gritava. Ela sorriu para o João, nisto ela modificou o seu rosto, ficou pálida, João olhou para onde ela estava a olhar, viu o palhaço horrendo acenando com a sua mão, cheia de sangue. Ele olhou para o João e desatou a rir assustadoramente. Jessica era o nome da menina, desatou a chorar.
- Eu não quero estar aqui, deixa-me ir para casa mama, por favor.
Desolada a mãe ficava sem saber o que fazer ela também estava muito mal já não agüentava mais nenhuma sessão de quimioterapia, já não havia mais nada a fazer, apenas esperar que ela não sofra muito.
João sabia que era naquela noite que algo muito ruim ai acontecer, ele sentia dentro de si, a noite logo veio, sua mãe não parava de chorar, o coração do João estava fraco, os rins quase nem mais funcionavam, os pulmões estavam também falhando, se dessem mais morfina, ele certamente teria falência cardíaca. O câncer ósseo espalhou-se rapidamente pelo seu corpo, a noite estava ficando mais silenciosa, seu amigo nada, sem sombra dele, se ao menos ele aparecesse, poderia o ajudar á Jessica.
Todos dormiam, estava um silêncio pesado, mortal, o ar estava sufocante, o medo invadia seu corpo, de repente escutasse um grito, um grito desesperante, volta o silêncio, que mata. Choros e correria, uma movimentação descomunal, escuta um medico falando no corredor:
- A Jessica, foi forte, apenas não compreendo, ela estava a começar responder ao tratamento e foi-se de repente, estranho.
Desolado ele fica com medo, foi o palhaço e agora sou eu. Olha para sua mãe e afaga seus cabelos, que estava dormindo aninhada em sua cama, ela sorriu dormindo, ele pensa quantas saudades eu vou ter dela e do meu pai.
Um lagrima cai pelo seu rosto, soava a despedida, lembrou as coisas boas e lindas que viveram, com os seus pais, logo tudo ia terminar.
Tudo voltou acalmar, ele queria dormir, mas não conseguia, logo voltou a escutar os passos assustadores, a porta se abre e ele decide não ter medo e lutar contra o palhaço, olhos esvaindo de sangue, voz tenebrosa, o cheiro nauseabundo era tudo o que ele conseguia sentir.
Ele enfrenta o palhaço tenta sugar a sua alma, o menino se defende fazendo uma oração que seu amigo ensinou algo acontece, o palhaço se esfuma e desfaz. Sumiu por completo e estranhamente, ele vê uma luz incrível, dela sai um anjo lindo, era seu amigo invisível, felizes eles, se abraçam e o anjo amigo fala para ele:
- João, tu mereces uma oportunidade, pois superaste a tua doença, foste gentil com os teus pais, foste valente e acreditaste no nosso Pai.
Sorrindo e suas mãos rodeadas de uma luz, uma linda luz verde clara que ele coloca no seu corpo e todo ele começa a vibrar e bilhar como uma magia, uma coisa de anjos mesmo.
Cansado e agradecido ele adormece, logo sua mãe o acorda para ser visto pelo medico, espanto o João estava com os batimentos cardíacos normais. Espantados fizeram exames e verificaram que ele estava curado, completamente curado.
João curou-se e o fantasma tira almas tinha desaparecido de vez, já não voltava para assustar as criancinhas e as levar para a escuridão

Foto de KAUE DUARTE

Quando a alma se divide

Foi como as nuvens
Que se juntam para fazer chover
Regar a terra
Criar raizes
Ser apoio ao arco-íres
E depois se separar
O bom motivo é quando as nuvens se disperçam
Raia o sol quando é dia
E aparecem as estrelas quando é noite
Somos como as nuvens
Ora negras
Outrora de algodão
pois nasceram para serem levadas
pelo vento chamado DEUS
Uma lágrima não pode
Mudar ou inverter um quadro crítco
Nem retroceder um placar desanimado
Mais ensina que a derrota
É um segundo lugar num jogo à dois
A unica derrota é nunca ter amado
É nunca ter tentado amar
Mais nisso não erramos
Nos amamos
Só foi no tempo errado
Nas expectativas de novidades
Procurando amor e felicidade
Nos destroços de uma devastação
Encontrei a semente da alma
Que fez nascer em mim
Vida...

Foto de Diario de uma bruxa

A cortina se fechou... O show acabou

A gente sabe quando o filme acaba
Quando temos que sair de cena
Por que já tem uma nova atriz
Que esta fazendo mais sucesso

A platéia já não é mais a mesma
Não te aplaudem mais com tanto fervor
Suas interpretações já estão ultrapassadas
E ela com novidades mais avançadas

Sua apresentação não chama mais atenção
Fica o vazio
De um grande sucesso que terminou
Um buraco faltado
Sem os gritos dos fãs, sem carinho sem amor

É o fim
A cortina se fechou
Adeus
O show acabou

Poema as Bruxas

Foto de Danilo Matos

O Descontente

Quanto engano;
quanto desânimo;
quanta frieza roubando meu ânimo.

Levanto-me na madrugada
com os barulhos das folhas a cair,
engano meu, era apenas meu coração
palpitando em uma velocidade desordenada
roubando a minha emoção.

Não sei dizer quem sou
pois, engano-me todo instante
como posso dizer que sou forte?
se até meu coração me leva a morte!

Lagrimas inesperadas rolam sobre minha face
descontentamento do invisível tira meu sono
risos quase que não sei mais o que são
até quando me enganarei comigo mesmo?

O comum não me alegra mais
Novidades estão difíceis
infectado estou
com o vírus que a mídia disseminou.

Mais de uma coisa eu tenho certeza
a solução esta nas minhas mãos
lutarei com a minha cabeça e meu entendimento
e não mais com o coração.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

A Última Cruz

Não foi o primeiro pai de família que existiu, nem o último que faleceu. Sua vida, assim terminada, refletiu a solidão que quer queremos ou não, nos faz sentir saudade, amor, essas coisas de gente viva. Deixou uma falta que não se sacia nos dias de finados, aniversários, missas de sétimo dia. Foi, e não voltou mais. Quem sabe um céu lhe aguardava.

Sua morte foi trágica, solitária, isolada. Ninguém deu-se conta de tanto, ou melhor, poucos. Seu corpo ficou ali, largado por dois dias entre o chão da cozinha e a entrada do banheiro, era uma casa de pobre, mas bem assentada, na periferia de uma cidade periférica. Morreu e o esqueceram, ali na sua morte. Houve um vizinho não se preocupou com sua recente podridão, razão de seu óbvio enterro.

Uma coisa deve ser explicada, para melhor entendimento do texto. Ninguém quer a morte. Ela é um processo doloroso, traumático. Não há um ser humano que não responda aos seu instinto de não sofrer, sentindo uma dor que só se apagar com a entrega ao sono final, o último descanso injusto ao redor que lhe agride, a última cruz que se carrega para se manter a existência.

Mas o mundo é um quente, corrosivo, oxigenado pelos ares das novidades. Não há lugar para o sofrimento eterno e improdutivo, ainda mais o próprio. Sua dor cessou, mas foi uma pessoa útil. Assim merece essa homenagem.

Foto de betimartins

Musica para o meu coração

Musica para o meu coração

Escuto leves dedos nos toques mágicos do piano
Que pelo tempo foi esquecido, acumulando pó
A musa da musica, inspirada pelo amor
Deixa confusos os toques da harpa divina
Que no céu são melodias sagradas, nascidas
No confuso toque do batuque, dos nossos ancestrais
Nas suas místicas visões, ensinamentos e lições de vida
O toque da viola, entre cantos dos trovadores da vida
Que entre encantos e desencantos, deixam alguém a suspirar
Escuto as serenatas na noite ainda meio adormecida,
Com o olhar matreiro da lua, entre o código das estrelas
Piscam ao som dos cantares dos grilos, sapos, da coruja
Que se encanta com os vaga-lumes dançando na noite
Escuto o som das águas batendo levemente na praia
Como gemidos, breves lamentos com o canto majestoso
Das belas sereias encantadas, escondidas na profundeza do mar
Escuto a brisa acariciar as flores que estão na pradaria, soltando
Belas fragrâncias de aromas ao som do vento inconsolável
Levando recados ao tempo, do tempo as suas sementes
Espalhando como notas de musica a leveza da vida
No toque do radio na casa sombria, cheia de tanta tralha
Onde a graça vira desgraça, nos toques dos ratos enfurecidos
Onde a pomba namora arteira, fazendo na trave o seu ninho
Mas o toque que escuto agora dentro do meu coração é amor
Bate leve, muito levemente, cheio de segredos, de novidades
E bate descompassada mente ao som do amor, sem regras
As notas são sem rima e nem sequer arrima, mas são as notas
Notas de amor do compositor esquecido, nas pautas escondidas
As canções de amor que somente é musica para o meu coração...

Betimartins

www.betimartins.prosaeverso.net

Foto de airamasor

Saudades

Hoje acordei com saudades de voce.
Nao que eu nao tenha saudades outros dias,
Mas hoje esta diferente.
Sinto um aperto dentro de meu peito.
Fico pensando que ainda falta muito
tempo pra voce voltar.
Sei que vai voltar,
mas esta espera me angustia.
Olho tudo ao meu redor
e nada encontro de noticias suas.
Isto me entristece.
Apaga o brilho dos meus olhos.
Sinto vontade de escrever,
de mandar cartas,
mas sei que voce nao vai ler.
Por onde anda voce?
O que está fazendo agora?
Andando por ai?
conhecendo lugares novos,
reconhecendo antigos lugares
Estou com saudades de voce.
Volta logo, to te esperando.
Anciosa por novidades.
Sabe a vida te prega peças,
quando voce estava por aqui,
nao sentia tanta falta sua,
mas agora que voce se foi,
meu peito nao para de sangrar
meus olhos até choram
tamanha é a saudade que sinto de voce.
Volta logo, to aqui
te esperando.
(Aira, 06 de janeiro de 2011)

Foto de Oliveira Santos

Assim Mesmo

Eu pus minha calça desbotada
E os meus sapatos velhos
Uma camisa mal passada
Para onde vou é um mistério

Quero sumir, quero fugir
Para respirar, para descansar
Quero esquecer o que eu sofri
Quem sabe até não mais voltar

Mas a minha história é assim mesmo
Às vezes eu pareço tão a esmo
Sempre a mercê das coisas que possam me acontecer
Com uma pergunta ecoando sem ninguém para responder

Vou caminhar a beira-mar
Pensar na minha mocidade
E então parar dentro de um bar
Saber algumas novidades

Eu vou buscar em olhos alheios
O que me falta de emoções
E se os fins não justificam os meios
Eu tenho lá as minhas razões

Depois de tudo o que sobrou?
Um punhado de decepções
Falar de ódio ou de amor
Falar de pobres corações

E isolado no meu quarto escuro
Sentindo como o tempo me desgasta
Lamento pelo mundo ser tão duro
E o pranto é a única coisa que me basta

Mas a minha história é assim mesmo
Às vezes eu pareço tão a esmo
Sempre a mercê das coisas que possam me acontecer
Com uma pergunta ecoando sem ninguém para responder

18/02/01

Foto de Oliveira Santos

A Gente Se Vê

Como vai você?
Lhe mando essa carta só para saber
Como vai você?
Foi a saudade que me fez escrever
Estou mais velho, cansado...
Mas revigorado pela esperança de poder lhe ver
Diga para mim
Quais as novidades por aí
Diga para mim
O que mudou desde quando eu parti
Não existem festas por aqui
Nem lugares onde ir
Quando eu me lembro
De antes de partir
Tantas coisas boas renascem em mim
Mas, de repente
Eu volto a enxergar
Nada é tão bom quanto poderia estar
Como eu gostaria de estar aí...
E tocar um blues...
Só para você
Tocar um blues
Pode acreditar
Um dia eu volto para lhe ver
E ficar
Uma noite inteira com você
Curtir, dançar, lhe ver sorrir...
E lhe falar do que aprendi
E até lá
Espero que esteja tudo bem
Não vou deixar
De pensar em você todos os dias que a vida tem
Dessa forma a única coisa que posso dizer
É um dia a gente se vê

27/11/00

Foto de KAUE DUARTE

meu coração e sua bi locação

Estou aqui em meu lugar
Mais meu coração está distante
Migrando pro sul em busca de novidades
Posso estar aqui
Mais sua lembrança me faz estar com você
Tenho minhas rotinas e tarefas
Mais meu agrado é estar com você
Sinto que estou tão longe fisicamente
E tão perto sentimentalmente
Que coisa louca é o coração
Me deu o dom da bi locação
Corporalmente vegeto no que faço
Pois meu coração só bate em seu corpo
Me divido em dois pra te amar
Quando perto não posso estar
Minha razão permanece em mim
Mas meu coração não quer estar comigo
Já deixou de ser meu amigo
Somos como o sol e a lua
Estamos sempre longe
Mais um depende do outro
Pra enfeitar o universo
Por isso estou comigo e com você ao mesmo tempo
Não quero que seja só momento
Mais um milagre do sentimento
Gosto muito de mim
Mais meu coração deseja contigo estar
Não podemos ficar no mesmo lugar
Pois meu coração não me deixa pensar
Do peito Põe-se a arrebatar
.....(kaue Jessé 29/10/2010 //*)

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