Nudez

Foto de Tancredo A. P. Filho

TOTALMENTE NUA

Totalmente nua,
Sem defeitos,
Se pôs a vagar pela noite,
Desnuda de falsos pudores.
Suas vestes espalhadas
Pelo chão... exibindo vida,
Sem fingimento.
Desejo...
Sem tolhimento,
Procurando voar...
Pra liberdade...
E eu andando...
Pela estrada,
Numa única direção...
Pra seus braços,
Sempre desejando
Em seu braço estar.

Na sua cama...
Quero meu corpo deitar,
Para mais uma vez...
Experimentar,
A liberdade
Que seu corpo me dá,
Sugando o sabor
Da sua boca,
Tocando seu corpo,
Sua nudez,
Pousando minha mão
No seu pubis,
Deixando sua mão
Tocar em meu membro.
Você totalmente nua,
Sem defeitos,
Viajando nas delícias,
Flutuando em seu anseios,
Totalmente nua,
Sem pudores...

::::::TAPF:::::::

tancredoadvogadopf@yahoo.com.br

Foto de InSaNnA

Lúcida loucura

Oie poetas maravilhosos!Que saudade de vocês(chega a doer!)..Tirei uns dias de férias e fui pro mato..Haa..como eu ví pato,galinha ,peixe..rs..nossa!(isso que dá estar acostumado a ver essas coisas só em freezer de supermercado.,quando vê ao vivo,se assusta.rs)Mas a saudade é tanta,que estava me fazendo falta o tec tec do teclado...E cá estou,totalmente viciada em poetas e em suas poesias...Que me desculpem os patinhos e cia...mas um computador é fundamental...(fiz um trocadilho com a poesia do Vínicius)
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Roube todo meu ar,
com o teu fôlego,
com o teu corpo....
Se arrisque em minhas curvas,
derrapando as tuas mãos
em minhas esquinas,
Misture o teu suor nos meus pêlos,
Recite teus versos desconexos no meu ouvido..
cobrindo com a tua saliva toda minha nudez,
modelando todos os meus sentidos..
Me ofereça a tua boca para brincar !!!
Renda-se ao meu fogo,aos meus apelos..
Toques e línguas,dancando nos desejos
Corpos jogados na lúcida loucura..
Dentes cravados na fantasia
Gemidos em sinfonia
O gozo chegando com fúria,
Fluídos que se misturam
É a vida se apresentando..
em grande sintonia.

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Obrigada !!
Ah..que saudade de vocês!!!

Foto de Dom Quixote - crítico amador

Literaturas Lusófonas

Bem mais que dança, bailado;
que som, melodia;
que voz, sobrecanto;
que canto, acalanto;
que coro, aleluias;
que cânticos, paz.

Bem mais que rubor, saliência;
que encantos, nudez;
que imoral, amoral;
que bosques, fragrâncias;
que outono, jasmins;
que ventos, orvalho;
que castelo, arredores;
que metáforas, rios;
E um pouco além: tsunamis.

Bem mais que naus, sentimento;
que excelsa, nascendo;
que olho, contemplo;
que invade, arrebata;
que vitrais, catedral;
que versos, vertigens;
que espanto, tremor;
que êxtase, pranto;
que apatia, catarse.

Bem mais que contas, rosário;
que prece, amplidão;
que o menino, sua mãe;
que Império, regresso;
que palmas, martírio;
que anúncio, Jesus;
que Ceia, Natal.

Bem mais que alegria, ternura;
que espera, esperança;
que enlevo, paixão;
que adeus, solidão;
que dor, amargura;
que mágoas, perdão;
que ausência, oração;
que abandono, renúncia;
que angústia, saudade.

Bem mais que anciã, joyceana;
que lógica, onírica;
que o Caos, Amadeus;
que ouro, tesouro;
que ode, elegia;
que amiga, inimiga;
que insensível, cruel;
que signos, símbolos;
que análise, síntese;
que partes, conjunto.
E um pouco além: generosa.

Bem mais que efêmera, sândalo;
que afago, empurrão;
que clássica, cínica;
que exceto, inclusive;
que inserta, incerta;
que adubo, arrozal;
que oferta, procura;
que unânime, única.
E um pouco além: tempestade.

Bem mais que ouvida, vivida;
que austera, singela;
que pompa, humildade;
que solta, segredos;
que fim, reinício;
que um dia, mil anos.

Bem mais que reis, majestade;
que jus, reverência;
que casta, princesa;
que moça, menina;
que jóia, homenagem;
que glórias, grandeza;
que ocaso, esplendor;
que espadas, correntes;
que fatos, História;
que Meca, Lisboa.
E um pouco além: messiânica.

Bem mais que pingos, Dilúvio;
que água, Oceano;
que mares, o Mar;
que porto, Viagem;
que cais, caravelas;
que rochedos, neblina;
que vôo, Infinito;
que Abysmo, gaivotas.

Bem mais que a tribo, navios;
que lanças, tristezas;
que campos, senzalas;
que bodas, queixumes;
que soul, sem palavras;
que o tronco, maldades;
que ais, maldições;
que feitor, descorrentes;
que mandinga, orixás;
que samba, kizomba;
que “meu rei”, Ganga Zumba;
que olhos baixos, quilombos;
que discordo, proponho;
que cedo, concedo;
que escravos, Zumbi.

Bem mais que brisas, Luanda;
que ondas, Guiné;
que amarras, Bissau;
que o azul, São Tomé;
que náutica, Príncipe;
que axé, Moçambique;
que opressão, Cabo-Verde;
que fragor, linda ao longe;
que injusta, perversa;
que abutres, pombinhas;
que trevas, pavor;
que rondas, terrores;
que bombas, crianças;
que tágides, ébano;
que o Sol, rumo ao Sol.

Bem mais que luar, nua e crua;
que longínqua, inerente;
que ornamento, plural;
que ira, atitude;
que abstrata, denúncia;
que conceitos, Nações;
que Camões, mamãe África.

Bem mais que ética, ascética;
que pro forma, erga omnes;
que embargo, recurso;
que emoções, decisão;
que rodeios, sentença;
que Direito, Justiça;
que leis, Lei Maior.

Bem mais que flor, Amazonas;
que improviso, jeitinho;
que frágil, incômoda;
que alvor, cisnes negros;
que escrita, esculpida;
que lírios, o campo;
que veredas, suindara;
que denúncia, ira e dor;
que bonita, pungente;
que amena, os sertões.
E um pouco além: condoreira.

Bem mais que lares, veleiros;
que adeuses, partida;
que feitos, missão;
que honras, repouso;
que canto, epopéia;
que mística, fado;
que areias, miragem;
que sonhos, delírio;
que vozes, visões;
que acaso, destino.
E um pouco além: portugais.

Bem mais que errante, farol;
que ânsia, horizonte;
que distância, presença;
que solo, emoção;
que países, Galáxia;
que estresses, estrelas;
que zênite, impacto;
que intensa, profunda;
que letras, magia;
que formas, sentido;
que textos, teoremas;
que idéias, princípios;
que imensa, perfeita;
que graça, milagre;
que arcanjos, fulgor;
que dádiva, Mãe.

Bem mais que luz, primavera;
que audácia, tumulto;
que estética, rústica;
que em paz, desinquieta;
que estática, cíclica;
que cercas, muralha;
que assédio, conquista;
que plantas, concreto;
que escombros, palácio;
que átomos, Deus...

Foto de joão jacinto

Resto de gente

Sou pedaço de vida,
deitado na sombra de uma multidão,
sou força vencida,
mergulhada e perdida em desilusão,
sou dor viciada,
de choro e de pranto sem poder fugir,
sou no sofrimento,
o espelho do tempo, sem nunca o medir.
Sou desgosto secreto
e incompreendido na palavra sim,
sou um resto de gente,
vergado ao silêncio, não se riam de mim,
sou pobre engeitado,
em nudez de encanto carrego minha cruz,
sou um fado pesado,
sou compasso trinado, sou um canto sem luz.
Se digo o que sinto,
se minto o que sou, não o faço por querer,
não me disfarço e me escondo,
no falso sentido do que acabo por ser.
Se me dou e me desfaço,
se luto esquecido e vivo insatisfeito,
sou no cinzento tristeza,
verbo conjugado no pretérito imperfeito.
Sou um rio parado,
sem margens, sem leito, sem fundo, sem foz...
Uma barca sem remos,
sem redes, sem leme, sem velas, sem nós...
Sou tarde poema,
de versos sem rima, lento de se pôr,
sou no novoeiro,
o que desaparece e se apaga de cor.
Sou um resto de gente,
o que sobra do início, o que falta para o fim,
vergado ao silêncio, não se riam de mim.

Foto de Ana_Luar

Silêncios de amor

Estás aí?
Sei que me escutas!
As minhas palavras são gritos de amor
Que imploram por ti no silêncio.
Amo-te!!!
E neste jeito de amar
Entrego-me, em palavras!
Dispo-me de preconceitos,
Entrego-me mulher...
nua...
Completamente nua...
A minha nudez é sem prazo
É a que sustenta a memória...
Nua ando no limbo
Das sensações libidinosas
Acaloradas
Apaixonadas
Desesperadas
Desperto numa ânsia de amar
Que exige prazer urgente.
Todas as partes recônditas do meu corpo
Gritam um prazer sentido,
Que se alimenta
De gemidos e suor...
Saciando-se nos orgasmos silenciosos...
De uma cama vazia.

Foto de TrabisDeMentia

Daynor

Onde estão ancorados os teus olhos?
E a tua boca que me devora?
O teu lugar é aqui,
Nos meus braços...
Sinto saudades de ti,
Te penso,
Te imagino,
Estarás pensando também em mim?
Sentindo aquela dorzinha no peito?
Tateando no escuro da tua solidão,
Algum ponto do meu corpo para te apoiar e te lembrar?
Sinto que me queres,
Mas me perco no rumo deste silêncio...
Ouço a tua voz no cálido vento, que anda lento comigo, sonolento,
triste tormento...
E no eco deste momento posso sentir o cheiro da tua pele...
Fingir que não estou só...
Sentir que na certeza absoluta te quero.
Que desejo reclinar a minha cabeça no teu ombro
E adormecer assim...
Anoitecendo em teus braços...
Despertando em teu peito...
Vendo beijos amanhecendo em mim.
Mas voçê reage e para longe foge,
Quer explodir e não pode,
Quer se esconder e não sabe,
Quer se livrar do jugo da paixão,
Mas não quer que ela acabe.
Mas estávamos dispostos a sermos julgados,
E absolvidos em nome do amor. Não era não?
Então?
Porquê fugir?
Não fujas de mim!
Deixa eu te amar!
Me ame!
Deixa eu te fazer feliz!
Me faça feliz!
Me deixe adormecer, acordar e, novamente delirar...
Num delírio que só nós dois sabemos...
Deixa que julguem e vem, vem...
O meu amor não tem pudor, nem acanhamento...
Não tem paciência, não agüenta mais a urgência do desejo...
O meu desejo de pecado...
Deixa que a tua fé caminhe com ele lado a lado
Na nudez premeditada
Nos rios subterrâneos do meu corpo
Fonte a jorrar em devaneios
Vem...Vem fugaz como um desejo,
Talvez te mate,
Talvez te salve,
O veneno do meu beijo.

(Este poema uma homenagem ao nosso amigo Daynor. É composto por excertos de poemas de Daynor, com apenas algumas alterações subtis. Isento-me por completo de qualquer direito pela autoria do mesmo)

Foto de dann_benn

Mulher

Olha o sol,
está nascendo de novo.
Veja o mar,
como vibra gostoso.
Vou cantar,
alegrar o teu rosto.
Caminhar
e tocar o teu corpo.
Sussurar,
ascender nossa chama.
Vem me amar,
rolar nessa cama.
Viajar, delirar
te esbaldar ...
com a fragância
das rosas, de amar.

Olha a lua,
como brilha na noite escura.
Sua nudez,
se reflete no mar, na rua.
E as estrelas ...
Ah! essa são ...
do mar,
da lua,
da rua,
minhas e tuas, coração.

Faça amor,
feito flor, com delicadeza.
Vou compor,
canções para a tua beleza.
Sou um beija-flor
que beijou e se apaixonou.
E do canto ...
(pensem o que quiser)
como por encanto,
nos teus braços,
... morri beija-flor
e me tornei MULHER!

Foto de paulobocaslobito

Apaixonado em loucura!!!

Por quem me tomaste
Lua menina e bela?!
Por acaso julgaste-me
Ser eu mais um comandante
Ou um arrebatador de donzelas?!
Julgaste-me, quando queria só
E apenas falar-te.

Eu sou um homem-poeta,
Quase um super-homem
Quase um homem-aranha!

Eu sou aquele que não viste
Sou quem não tens.
Adoro escrever-te e escrevinhar,
E não quero o coração dos outros roubar
Tão pouco deles conquistar...
Por serem doutros, d´alguém.

Perdão!
Se, mal me fiz passar
Perdão!
Não foi para te magoar.
Perdão!
Eu só te queria falar.

Na vida, vale mais a amizade
Que um amor enganado.
... Onde andam muitos a habitar.

Na vida em luta sempre constante
E concorrida,
Não tenho o dom de saber
E muito gostava de poder querer.

Sou um mistério...
Torno-me a desculpar,
Pois só a ti sei escrever;
... Não te queria magoar,
E depois, e depois...
.............................
Não sei quais os olhos com que me vês.

Quem escreve não é infiel,
E o papel é o meu melhor amigo
Nele digo os meus sentimentos,
Nele sonho e sorrio,
Nele sou tu...
Pois não tenho mais ninguém
E odeio a mim querer!

Só te queria falar,
Sem ter de te enganar
Por não me saber muito expressar.

Juro, este é o meu último poema,
Depois... depois quem sabe: morrerei.
Morrerei no mundo que conheço,
No mundo em que habito: o silêncio!

O silêncio,
Onde basta o teu olhar
Para me despertar,
E é bom de viver.

Pobre sinto-me
De ti culpado e envergonhado;
Já não sei se hei de me julgar
Ou disfarçar e de ti fugir.

Sou puro, selvagem, lírico e inocente,
Sou da lua
A mesma e sempre a velha madrugada.
Sou o coração do filho
E a carne do santo,
Do espírito e do amém.
Sou o olhar brotante
Das sereias desacordadas
Que me castigam;
Eu homem...
Um ser ignorante,
Fruto do pensamento,
Fruto da terra,
Fruto da carne.

Sou a vida debatendo-se numa imensa avalanche,
Descendo aos trambolhões pela montanha
Numa viagem de amor puro
Languescida como uma múmia
De poesia.
Onde os teus olhos
Me fitam
Cobertos de ligaduras,
Para não te envergonhares
E ocultarem...
Os meus
Dos teus.

Em minhas mãos o orvalho do teu nome
Soa sereno sobre um céu de Maio
E nas estrelas
Estacadas do teu perfume
O teu corpo brinda-me desfolhado,
O amor sagrado
Do teu ventre de música sangrenta.

Então; estaria triste
Entre as flores virgens
Ausente...
Ao ver os teus seios desabrochados
E palpitantes,
Agoniados de dor
Nas lágrimas de um anjo.

E os teus lábios cantantes
Como braços frágeis
Fremeriam nos teus cabelos soltos
Dançando...

A tua nudez é perfeita
No fogo do céu
E és tu a minha fonte,
O meu pensamento.

Tu és a forma do rosto
No meu peito transfigurado,
Embalado pelas harpas,
Às quatro da madrugada.

Tu és o rosto da ângustia
Que se veste de branco
Nas trevas dos anjos acordados
Sonâmbulos e libertos
Da estéril agonia
Imutável ante o meu olhar.

... Os teus seios tumulos,
Teu ventre um sarcófago;
Que horror!

Silencio!

Silencio!

Coração despojado
Dormente entre as flores.
Braços insensíveis,
Orquídeas parasitas.

Não há lamentação
Só há vaidade,
Plantas carnivoras,
Que no meu corpo gelado
Correm as lágrimas dos meus olhos
Em alucinante fuga
Para o desconhecido.

Pára!

Pára meu amor!
Pára por favor!
Amo-te tanto!!!
És tão bonita...
Ó a minha namora é linda
Tem olhos como besourinhos do céu
Tem olhos lindos como beijos de mel,
É tão bonita!

Tem o cabelo fino
E um passinho pequenino
Boca de jackpot
E morre de amores por mim.
É doce
A minha namorada!

A minha namorada,
Anda sobre o coração de Deus,
E só Deus a escuta andar.

Tem cabelos castanhos
Mãos de seda
E é louca por mim.

Tem lábios de pitanga
Um rosto menino
E o seu dorso é um campo de rosas.

Tem a boca fresca e macia
Mil cores no cabelo,
E os seus pelos são relva amena e boa.

Seus braços são cisnes
Sua voz a ventania,
O seu nome estremece o meu corpo
De perfumados odores,
Que me beijam em versos
Num amor de cobras;
Única entre todas...
Tão bela!

No seu colo
O meu choro desce serenamente,
Para se embebedar no seu sexo,
Que confuso me contém
E, de onde não me posso esconder;
E, não é um sonho!

Tem pudor,
É luz e cantiga e esplendor.
Meu anjo mendigo,
Minha namorada.

Preto-branco...
Preto-branco...
Preto-branco...
Preto-branco...
Preto-branco...

Moça carne cor de rosa
Verde jovem, formosa.
Moça brancura de louça
Negra do meu ventre puro.
Moça joga entreaberta e nua,
Eu sou a triste noite sem lua.

Sombras decapitado
Entre os campos,
Cadavér que não se enterrou,
Lua se consumiu.

Mar rugente e forte
Vertigem da morte.
Oh, em busca de um amante,
Oh, anti-deusa!

Quem me dera nunca te ter amado,
De certo morreria mais feliz.

Moça carne cor de rosa
Verde jovem, formosa.
Moça dos céus vinda pelo espaço,
Moça; uma bomba atómica!

Moça branca...
Via lactea...
Nua, ante o brilho dos meus dentes.

Moça errante...
Cheiro de pimenta,
Cabeça no meu ombro.

Moça seios de arame
Que ostenta reclamando uma salada mista.
Moça um copo de sumo de tomate,
Meias de nylon
Andar de rumba
E uma colt quarenta e cinco.

Moça pernas entre as minhas,
Mil à hora por minuto.
Moça chifon
Pele de ganso
Channel e cartier.

Moça mercedes-benz
Sais de frutos
Moet e comida italiana.

Moça sapatos mocassim
Suéter elástico, e uma orquídea assexuada.
Moça coca-cola gelada,
Moça cheiro lilás.

O teu rosto lembra-me um templo...
Oh ângustia desvairada.
Amo-te como amigo
Numa diversa realidade,
Amo-te como amante
E com liberdade,
Com desejo maciço e permanente.

E de te amar assim tanto
É que em teu corpo de repente,
Hei de morrer por te amar mais do que pude.

Paulo Martins

Foto de Rolizey

Foi Assim...

Denunciastes através de teu olhar o sentimento que nutrias por mim, confesso-te que gelei! eu a causa de teus pensamentos de insônia, como poderia? Acostumei-me com teu olhar pedinte a suplicar-me por mim e com a nudez estampada na alma te declarastes tão inocente e intrépido que sem alternativas cedi, cedi aos teus encantos enfeitiçantes que enfeitiçaram os meus feitiços de amor, e com brio nas palavras castas como palavras de criança te revelastes um menino pedinte de amparo emocional, e com fraterno desejo de viver a felicidade, conquistastes através de teu olhar, um coração que havia se tornado agreste para as coisas do amor, hoje! Confesso-te que desde a primeira vez que meus olhos olharam os teus, senti grande emoção, emoção de tudo que o belo revela, e lentamente a emoção revelava para mim teus mais íntimos sentimentos com tamanho vigor que de medo fugi! Fugi de teu olhar, de tua boca, de teus afetos que freneticamente me cobriam de temor, depois de inúmeras fugas, outro sentimento se apoderou de meu ser, a saudade; A saudade! porque buscas dentro de mim esta emoção que quer se calar e adormecer em meu seio como segredo profundo de minha alma, foi quando li no livro da vida do teu existir, que teu amor sem julgamentos me dará coragem para conquistar minhas mais antigas aspirações, e sonhando com dias vindouros de suprema felicidade e comovida pelo cálice que bebi da tua boca transbordando um amor inigualável, decidi; E ébria da vida acordei em mim; Teu amor é refúgio que me dá força e me guia a alma através dos purgatórios da vida, elevando-me ao ápice da vontade de ser feliz, e devaneio com frenética emoção que me cala a voz do peito, destemida e sem receio, nao mais rastejo diante da vida que entregou-me teu amor despojado das coisas vãs deste mundo arredio, e sigo numa viagem só de ida rumo ao centro de tua terra em busca do amparo que me guarda teu coração. Hoje como ontem, penso em ti, abraço teu sorriso e absorvo teu aroma como se absorvida eu fosse pelo teu amor, eternizando-te na lembrança de minha alma em busca do pólen da tua vida, e cresce em mim a vontade de viver; Cresci com a força de teu amor a regar-me como flor na primavera, e podando-me as arestas corrosivas da vida, delineastes um novo ser em mim, nesta altura da vida e em momento incomum, reajo!Reajo ao desamor cruel que corrompeu o mais íntimo do meu ser transformando-o em buraco negro nos espaços vazios de minha honra, transplantaste-me no jardim do teu Éden, e e sem o gosto da maçã, não conheceremos o pecado que mora ao lado. E trago aos tragos o teu olhar embriagado pelo olhar de meu olhar, trago uma sede imensa para beber de tua boca o pólen da minha existência, trago uma cabeça cansada para descansar no regaço da lembrança de tudo que vivi, trago sim! O amor esperado para teu amor que espera, nao mais esperar.

Foto de Ludiro

Corpos

Corpos

Olhos que me chamam
Na miragem da sedução
Sorriso aberto, atraente
Lábios, carne doce
Do rápido febril beijo
Pele áspera ao arrepio
Do leve toque do desejo
Nas pontas dos dedos
Suaves a acariciar
Arrítimico pulsar
Dois corações a palpitar

Êxtase dos corpos
Livres na nudez
Numa ardente
paixão gemidos soltos
Arranhando
O silêncio da noite no meio da escuridão
Delírios desgustados
Na mágica orgia
No amor,
Na alegria
Uma vida repleta
Completa
Sem cama vazia
^^Ludiro^^
11/03/2006

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