Nuvens

Foto de Ronaldo_Roma

Estrela a brilhar (Ronaldo Roma)

Olhe nos olhos e veja...

alguém é sua estrela...

Quando me encontro ao seu lado

Fico feliz por chegar as nuvens.

E enquanto caminho sobre elas,

O céu se abre ao ver seu sorriso.


Raios de Sol reflectem em seus olhos,

Que mesmo

Foto de flavia.pontes

Segundos (Flavia Pontes)

Não sabes porque não queres

Ignoras a verdade que, diante dos teus olhos, se revela

Naquele momento, triste segundo em que meu coração se partia,

Tomaste para ti minhas lágrimas

Fizeste do meu sofrimento, tua única dor

Tiraste não apenas o peso dos meus olhos,

Mas a fraqueza que neles surgia

E tu, inocente nos teus gestos,

Tiraste, então, o meu sossego

Inquietaste minha alma

Deste a mim o Sol,

Fonte de luz ofuscada pelo teu brilho,

Porém, num segundo, também tornaste o céu escuro

Nuvens negras agora me cercam

Carregadas, trazendo minhas lágrimas,

Meu sangue...

Escuro vermelho,

Impuro alimento,

Forte veneno

Sem ti...

Infinito segundo

Segundo o mesmo em que levaste minha vida

Em que despertaste meus medos

Já não sei de mais nada...

Não sei se és meu conforto

Ou se és meu tormento

Não faze nada...

Apenas dize de uma vez

Num segundo...

Vieste para me completar,

Ou para me prender ao teu ser?

Dize apenas...

E que, desta vez, não demores...

Se tua resposta for minha alegria,

Enche tuas palavras de doçura,

Faze da tua voz minha nova poesia...

Se tua resposta tiver de partir meu coração,

Enche tuas palavras de frieza,

Faze da tua voz meu pesadelo,

Transforma teu rosto num imenso vazio

E leva contigo o que de mim restar

A que ponto chegamos,

Tu e eu,

Presos nesta incerteza,

Neste segundo...

Longo castigo,

Tempo perdido...

E perdi você...

Para o vento...

E, a mim, para o mundo...

Juro-te agora:

Desisto de tudo,

Me entrego ao infinito...

Se puder abraçar-te

Por um segundo...

Um segundo...

Flavia Pontes

Foto de quimnogueira

Poema do grito...(Quim Nogueira)

Na solidão do meu remorso do bem que pude fazer e não fiz,

porque não pude ou porque não quis ?...

Eu revejo meus erros e me transformo em borracha;

borracha que apague a razão de aqui estar !

Na solidão do meu erro, do cometido consciente

ou do inconsciente assumido,

eu choro pelo vazio não preenchido,

pela vaga existente...

Por ficar, não ter ido...


Na solidão da minha mágoa sentida eterna e cadente,

eu revejo a ternura que em ti vive,

o carinho ardente do amor que busquei e... não tive.

Parto então em nuvens de gritos abafados

dum coração que arde sangrando,

não pela cruz que carrego mas pela cruz que outros,

irmãos meus, vão transportando.

As nuvens abafam meus gritos

sufocando as gargantas dos Deuses,

que nos seus pedestais,

me negam suas existências para num só Deus,

eu me mergulhe no cais.

Cais onde aporto meu arfar;

cais onde aporto meu ardor;

cais onde me fico, onde me sinto,

onde sou aquilo que sou !

As amarras então se me soltam e do cais me vejo partir...

Para onde vou ?...

Se é aqui que sinto que sou !...

Então, me agarro mais uma vez

e as ondas me embalam devagarinho...

ora fortemente, ora docemente...

E, então, o frio me invade.

Mas é nesse frio que me aqueço;

no frio das lágrimas dos que lentamente

enchem os sulcos do meu mar, deixando antever,

num só olhar, os adeuses perdidos

os choros sentidos

dum barco, só...a navegar !

E as amarras se me soltam...

e as ondas se revoltam...

e os outros barcos nunca mais aportam !

E na solidão do meu remorso do bem que pude fazer e não fiz,

sinto-me voar em altos céus

desejando vencer a inércia do meu desejo,

lutar a teu lado, meu Deus,

sentir-me junto, como um afago,

vencendo os medos,

vencendo os choros,

vencendo as ondas,

vencendo os gritos !

Quim Nogueira

Foto de LEOANDRADE

Abandono (Leonardo Andrade)

A tarde cai numa onda vermelha

Ao longe um solo de sax

lúgubre, triste, blues da tarde

O mar cor de chumbo parece resignado

Não tenta invadir a praia

Ondas arrastam-se preguiçosamente

Nunca transpondo o ponto anterior

cada vez a incidência é menor

a insistência desaparece ...

o cansaço impera...

Eu, mero reflexo da cena, ou vice-versa

não encontro mais forças para lutar

a noite que chega não me permitirá ver

para onde você foi.

a chuva que se anuncia

apagará todos os seus rastros

as nuvens impedirão as estrelas

de me guiar.

Você veio como uma brisa

de forma lenta e suave,

tomou-me por completo

e alojou-se no meu sangue

Agora se foi ... silenciosa,

último acto de quem já tinha partido,

não em palavras, mas em atitudes e sentimentos

que eu não quis enxergar...

Não adianta te procurar

se o que você quer é partir

se nossos caminhos são opostos

nosso encontro será numa trilha distante

em algum lugar do solo

desse planeta redondo

que nos suporta e nutre.

A música cessa

é hora de ir

Apenas caminhar e tentar seguir algum caminho,

qualquer caminho

que um dia cruzará o seu ...

Que nesse dia distante

mar e céu reflitam amor

não a dor e a solidão

desse momento ...

Leonardo Andrade

Foto de LEOANDRADE

Carla ou Despedida de (e em) Venice (Leonardo Andrade)

A Piazza está vazia

As folhas mortas e caídas pelo chão

assimétricas, desordenadas

o vento balança suavemente os brinquedos vazios

vã tentativa ...

os pássaros silenciosos sequer voam ...

o mar adormecido não avança nas calçadas

As nuvens permanecem imóveis

não há som, não há luz

não há música, o ar parece pesado...

as gôndolas estacionadas não dançam nos canais

as cores desbotam rapidamente

o vinho escorre pelas mãos

mas não fecunda a terra

agora estéril, sem vida

sem você Venice é morta

Per tutti la mia vitta

Leonardo Andrade - 1984

Foto de LEOANDRADE

Inútil Resistência (Leonardo Andrade)

Não adianta cobrir seu coração com essa camada de gelo fino, nossa noite fria não será eterna e os primeiros raios de luz que nascerão dos seus olhos de sonhos inundarão nossas almas e corpos de desejo.



O que você congela não mata, criogeniza, prepara
para uma nova primavera, para mais uma fase do eterno ciclo da vida ... do amor.

Você não pode guardar nosso amor de modo inacessível, ele sempre lutará para poder ser livre, para viver plenamente.

Não perca seu tempo tentando esquecer, ninguém
foge de si mesmo, nem consegue esconder de seu espelho seus desejos mais profundos e enraizados, mesclados a ânima.

Ninguém escapa de seu destino, de sua sina , somos estação final e única um do outro, partes amorfas separadas e perfeitas quando juntas. Ying e Yang, o Tao do amor.

Limito-me a sobreviver sem sua presença, um mero andarilho perseguindo sua sombra na areia que cada vez mais afunda aos próprios pés sob a oscilante luz da lua que insiste em se esconder atrás de nuvens cada vez mais densas.
Não tente me esquecer, pois a cada noite virei
velar seu sono num raio de luar ou numa gota de chuva, quem sabe até numa brisa que beija sensualmente seu corpo ...

Não lute contra esse sentimento, ele é muito mais
forte do que nós, ele criou o chão que pisamos e estará na atmosfera até o fim dos tempos.
Certamente será a semente que eventualmente gerará uma nova era.

Ele faz com que eu abra mão de tudo para te ter,
apenas e tão somente porque você é tudo que quero e desejo, porque sem seus olhos não há luz, sem seu corpo não há prazer, sem sua boca não há vida.

Porque sem você sou metade.

Sou incompleto.

Sou letra sem música.

Sou poesia que não foi recitada ou o sonho que
jamais se realizou...

Parta esse gelo !

Vamos nos permitir cumprir nossa missão, a de
manter acesa a chama do amor...eternamente.

Leonardo Andrade

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A Última Dança (Leonardo Andrade)

Seu perfume mudou, está mais cítrico

Reflexo involuntário (ou não) do tempo.

Sua leveza ao dançar ainda me fascina,

Me faz deslizar e sonhar...

Traz a tona tantas noites

Com você feliz em meus braços

Em ritmos diferentes

Todos executados com a mesma performance

O ar é quase palpável , denso

A música abafa as batidas do meu coração

Os passos parecem ensaiados

Tudo parece tão perfeito

Onde nós nos perdemos?

Em que ponto saímos do tom?

ou mesmo erramos a coreografia?

Onde? Como? Por quê?

Perguntas se desfazem como nuvens

Respostas que se calam

A música está acabando

Você vai embora

O sorriso que era de "até logo"

Agora é de adeus

As despedidas são silenciosas

Mas isso não as torna menos dolorosas

As mãos que se afastam não querendo se afastar

Dizem zil coisas num suave toque

As lágrimas se fundem com a chuva

O vento parece gritar ás arvores

A orquestra para

Você sai sem olhar para trás

Leva com você meu coração

Minha vida, minha alma

Sempre haverá outras danças

Mas sem você , minha partner

Será apenas um "sacudir" de corpos

Você leva a música , fica o som vazio ...

Gritos do silêncio que insistem a ecoar

Sem fim

A noite acabou e eu quero fugir

Mas não tenho para onde

É impossível se esconder de si mesmo

Leonardo Andrade

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