Olhos

Foto de Danilo Matos

Pensamento motriz

Uma tristeza sem precedentes mostra-se ativa na profundeza do meu ser.
Vozes vindas do além, quase que inaudíveis, ecoa constantemente calando a minha voz.
Interrogações sufocam-me constantemente, são dúvidas vociferando, causando um som insuportável nos meus tímpanos.
Quem sou? Por que sou?
Responder... Quem poderá?
Horas mostro-me forte, suportando todas as afrontas que a vida me propõe, mas não sou de ferro nem muito menos super-herói.
Quando não suporto mais, abro a boca e levanto meus ouvidos, com intrepidez vocifero: - Oh! vida minha, o que tu tens comigo? Por que me silencia quando estou convicto do que quero? Será que serei sempre escravo seu? Responda-me, pois, meu coração está ávido por respostas.
De repente, ouço um burburinho...
Meu coração palpita em uma velocidade desordenada, causando-me falta de ar.
Lanço-me ao chão e tento ouvir o que a vida quer falar:
-Oh! vivente insensato até quando me interrogará com suas perguntas vazias?
Não sabes que vives em uma escola? Não percebeste que o erro de ontem te fortaleceu para o agora? Até quando duvidarás de mim? Não sabes que só quero o seu bem!
-Viva constantemente o agora, pois, tudo que fizeres hoje refletirá amanhã.
Com os olhos lacrimejando, levanto-me do chão, conformado com tudo que ouvi, silencio-me.
Cabisbaixo, saí do anfiteatro, triste, mas convicto que: a escola da vida formará apenas aqueles que têm a sensibilidade de escutar o que todos rejeitam, de ver o que ninguém quer e de fazer o que todos têm medo.
Quando saíres em busca de seus objetivos não se esqueça de levar contigo uma caneta, para você reeditar todos os erros cometidos, os erros são quem te fortalece para o amanhã.

Foto de Zoom onyx sthakklowsky kachelovsky kacetovisk

A mentira.

A mentira é prima-irmã do fracasso, toda aquela pessoa que mente, jamais olha diretamente nos olhos da gente.

Foto de jucabala157

Porque eu a amo?

Preciso de você

O vento bate a minha porta,
Mais um dia de solidão,
Não posso ter quem eu quero,
Não posso beijar a tua mão;

Mais um dia de luta,
Olhos nos olhos,
Eu busco você,
Porque não me entende?

Meu amor por você,
É como uma lua,
Quando você fala comigo,
Já estou a brilhar;

Se me deixasse tocar você,
Faria de você uma criança,
E ao chegar a noite,nunca,
Te abandonaria;

Pois nos meus sonhos,
É você quem está,
Tu és minha vida.

É só com você

Posso não ter força,
Mas,com você ao meu lado,
Posso ganhar;
Posso não ser veloz,
Mas,com você posso tentar;

Você é meu todo,
Meu amor,
Só com você quero estar,
Você é minha razão de viver.

Foto de Sandro Nadine

Afeição

Que da vida, possamos extrair essência,
Que do sonho, obtenhamos inspiração...
Que no amor, enxerguemos a inocência,
Que no sentimento, configuremos a ação...
Que do ombro, façamos um amigo,
Que dos olhos, externemos afeição...

(Sandro Nadine)

Foto de Sandro Nadine

Lógicas

A beleza do Cristal vem da pedra,
A claridade da luz vem da escuridão...
Se os olhos se prendem à Terra,
O Céu deixa de ser contemplação...

Caminhar sobre espinhos,
É também caminhar sobre rosas...
Enquanto as aves constroem os seus ninhos,
Os homens cavam as suas covas...

Animais também são vidas,
Vidas são propósitos...
Propósitos são medidas,
Medidas são Lógicas...

(Sandro Nadine)

Foto de Elias Akhenaton

Teu jeito de ser

Me inspira teu jeito de ser,
Assim; despojada, com esse
Ar de liberdade, de felicidade
Posando p’ra mim.

Deusa Grega do amor, Afrodite,
Exalando magia e
Pura sedução.

Um verdadeiro fascínio
Teu semblante inocente
E ao mesmo tempo madura,
Menina-mulher,
Sabe o que quer.

Teu corpo estonteante com
Curvas longilíneas revestidas
Por uma pele macia e delicada,
Deixa um enlevo contemplativo
Em meus olhos.

Enfim, é divinal a explicitude
Do teu jeito de ser,
De tua rara beleza.
Rendo-me aos teus encantos,
Com a certeza do amor que
Queima por ti em meu peito.

-**-Elias Akhenaton-**-
http://poetaeliasakhenaton.blogspot.com/

Foto de fisko

Deixa lá...

Naquele fim de tarde éramos eu e tu, personagens centrais de um embrulho 8mm desconfiados das suas cenas finais… abraçados ao relento de um pôr-do-sol às 17:00h, frio e repleto de timidez que se desvanece como que um fumo de um cigarro. Eu tinha ido carregar um vício de bolso, o mesmo que me unia, a cada dia, à tua presença transparente e omnipotente por me saudares dia e noite, por daquela forma prestares cuidados pontuais, como mais ninguém, porque ninguém se importara com a falta da minha presença como tu. Ainda me lembro da roupa que usara na altura: o cachecol ainda o uso por vezes; a camisola ofereci-a à minha irmã – olha, ainda anteontem, dia 20, usou-a e eu recordei até o cheiro do teu cabelo naquela pequena lembrança – lembro-me até do calçado: sapatilhas brancas largas, daquelas que servem pouco para jogar à bola; as calças, dei-as entretanto no meio da nossa história, a um instituto qualquer de caridade por já não me servirem, já no fim do nosso primeiro round. E olha, foi assim que começou e eu lembro-me.
Estava eu na aula de geometria, já mais recentemente, e, mais uma vez, agarrei aquele vício de bolso que nos unia em presenças transparentes; olhei e tinha uma mensagem: “Amor, saí da aula. Vou ao centro comercial trocar umas coisas e depois apanho o autocarro para tua casa”. Faço agora um fast forward à memória e vejo-me a chegar a casa… estavas já tu a caminho e eu, entretanto, agarrei a fome e dei-lhe um prato de massa com carne, aquecido no micro-ondas por pouco tempo… tu chegas, abraças-me e beijas-me a face e os lábios. Usufruo de mais um genial fast forward para chegar ao quarto. “Olha vês, fui eu que pintei” e contemplavas o azul das paredes de marfim da minha morada. Usaste uma camisola roxa, com um lenço castanho e um casaco de lã quentinho, castanho claro. O soutien era preto, com linhas demarcadas pretas, sem qualquer ornamento complexo, justamente preto e só isso, embalando os teus seios únicos e macios, janela de um prazer que se sentia até nas pontas dos pés, máquina de movimento que me acompanhou por dois anos.
Acordas sempre com uma fome de mundo, com doses repentinas de libido masculino, vingando-te no pequeno-almoço, dilacerando pedaços de pão com manteiga e café. Lembro-me que me irrita a tua boa disposição matinal, enquanto eu, do outro lado do concelho, rasgo-me apenas mais um bocado de mim próprio por não ser mais treta nenhuma, por já não me colocares do outro lado da balança do teu ser. A tua refeição, colorida e delicada… enquanto me voltavas a chatear pela merda do colesterol, abrindo mãos ao chocolate que guardas na gaveta da cozinha, colocando a compota de morango nas torradas do lanche, bebendo sumos plásticos em conversas igualmente plásticas sobre planos para a noite de sexta-feira. E eu ali, sentado no sofá da sala, perdendo tempo a ver filmes estúpidos e sem nexo nenhum enquanto tu, com frases repetidas na cabeça como “amor, gosto muito de ti e quero-te aos Domingos” – “amor, dá-me a tua vida sempre” – “amor, não dá mais porque não consigo mais pôr-te na minha vida” e nada isto te tirar o sono a meio da noite, como a mim. Enquanto estudo para os exames da faculdade num qualquer café da avenida, constantemente mais importado em ver se apareces do que propriamente com o estudo, acomodas-te a um rapaz diferente, a um rapaz que não eu, a um rapaz repentino e quase em fase mixada de pessoas entre eu, tu e ele. Que raio…

Naquela noite, depois dos nossos corpos se saciarem, depois de toda a loucura de um sentimento exposto em duas horas de prazer, pediste-me para ficar ali a vida toda.

Passei o resto da noite a magicar entre ter-te e perder-te novamente, dois pratos de uma balança que tende ceder para o lado que menos desejo.
É forte demais tudo isto para se comover e, logo peguei numa folha de papel, seria esta, onde me iria despedir. Sem força, sem coragem, com todas aquelas coisas do politicamente correcto e clichés e envergaduras, sem vergonha, com plano de fundo todos os “não tarda vais encontrar uma pessoa que te faça feliz, vais ver”, “mereces mais que uma carcaça velha” e até mesmo um “não és tu, sou eu”… as razões eram todas e nenhuma. Já fui, em tempos, pragmático com estas coisas. Tu é que és mais “há que desaparecer, não arrastar”, “sofre-se o que tem que se sofrer e passa-se para outra”. Não se gosta por obrigação, amor…
Arranquei a tampa da caneta de tinta azul, mal sabia que iria tempos depois arrancar o que sinto por ti, sem qualquer medo nem enredo, tornar-me-ia mais homem justo à merda que o mundo me tem dado. Aliás, ao que o teu mundo me tem dado… ligo a máquina do café gostoso e barato, tiro um café e sento-o ao meu lado, por cima da mesa que aguentava o peso das palavras que eu ia explodindo numa página em branco. Vou escrevendo o teu nome... quão me arrepia escrever o teu nome, pintura em palavras de uma paisagem mista, ora tristonha, ora humorística… O fôlego vai-se perdendo aos poucos ornamentos que vou dando á folha… Hesitação? Dúvidas?... e logo consigo louvar-me de letras justapostas, precisamente justas ao fado que quiseste assumir à nossa história. Estou tão acarinhado pela folha, agora rabiscada e inútil a qualquer Fernando Pessoa, que quase deambulo, acompanhando apenas a existência do meu tempo e do tic-tac do meu relógio de pulso. Não me esqueço dos “caramba amor”, verso mais sublime a um expulsar más vibrações causadas por ti. Lembro-me do jardim onde trocávamos corpos celestes, carícias, toques pessoais e lhes atribuíamos o nome “prazer/amor”. Estou confuso e longe do mundo, fechando-me apenas na folha rabiscada com uma frase marcante no começo “Querida XXXXXX,”… e abraço agora o café, já frio, e bebo-o e sinto-o alterar-me estados interiores. Lembro-me de um “NÃO!” a caminho da tijoleira, onde a chávena já estaria estilhaçada…
Levantei-me algum tempo depois. Foste tu que me encontraste ali espatifado, a contemplar o tecto que não pintei, contemplando-o de olhos cintilantes… na carta que ainda estava por cima da mesa leste:

“Querida XXXXXX, tens sido o melhor que alguma vez tive. Os tempos que passamos juntos são os que etiqueto “úteis”, por sentir que não dou valor ao que tenho quando partes. Nunca consegui viver para ninguém senão para ti. Todas as outras são desnecessárias, produtos escusados e de nenhum interesse. Ainda quero mesmo que me abraces aos Domingos, dias úteis, feriados e dias inventados no nosso calendário. M…”

Quis o meu fado que aquele "M" permanecesse isolado, sem o "as" que o completaria... e quis uma coincidência que o dia seguinte fosse 24 de Março... e eis como uma carta de despedida, que sem o "Mas", se transformou ali, para mim e para sempre, numa carta precisamente um mês após me teres sacrificado todo aquele sentimento nosso.
Ela nunca me esqueceu... não voltou a namorar como fizemos... e ainda hoje, quando ouço os seus passos aproximarem-se do meu eterno palácio de papel onde me vem chorar, ainda que morto, o meu coração sangra de dor...



Foto de Ayslan

Olhares poetas

Que horas já devem ser a tempo que procuro uma palavra, uma frase para pintar essas linhas que giram desorganizam meus pensamentos tocam meus sentimentos...
Gostaria que estivesse comigo agora mudaria minhas palavras tornando-as ações das quais não precisariam ser traduzidas já seria entendidas o coração não cria enigmas, não repete versos a cada “eu te amo” uma forma diferente uma forma tão sua única de pronunciar calado, seja ao caminhar lado a lado, seja através de olhares tão profundos e brilhantes emocionados silenciosos, olhares poetas, poetas anônimos de frases tão belas em uma única linguagem que outros olhos não podem ler...
Gostaria que estivesse comigo agora para sentir o que meus olhos dizem e eu não consigo escrever... Se um dia pudesse te dizer o que reflete em meu olhar... Se um dia fosse dito auto o suficiente para você escutar... Você verá e ouvira que é você... Simplesmente por você, seu sorriso minha felicidade, seus abraços me aquecem, seu amor me faz viver...
Gostaria que estivesse comigo agora para me ouvir te dizer “Eu te amo Priscila”

Para: Priscila

Foto de Xaverloo

As Partes de mim sem som

É mim
Que agora luz se apaga
É mim que quase já sem som afaga o vazio
Em forma de esperança que morreu.

É mim
Que quando partes de mim sem som
Destila os ruídos para ouvir de longe e em mim
A mistura dos sons que o silêncio faz.

É mim que agora já sem forma
Contando pedaços me perco
É mim em subtrações,
Dividendos,
Proporções inconcebíveis.

É mim agora já sem voz
Perdido em olhos de ninguém
Prisões sem muros
Apuros
Impossíveis.

É mim que agora vela
O facho de luz que se desfez antes que o tocasse.

Xaverloo

Foto de betimartins

Se tu, soubesses!

Se tu, soubesses!

Se tu, soubesses o quanto eu te amo
Jamais trarias em ti a desconfiança...

Se tu, soubesses como o mundo é belo
Quando teus os teus olhos, olham para mim...

Se tu, soubesses o que habita dentro de mim
Jamais deixarias minha luz enfraquecer e apagar...

Se tu soubesses o que eu penso de ti, amor
Jamais sentirias sozinho, apenas, tu, vivias em mim...

Se tu, soubesses que quando escuto a tua voz
Tudo em mim transforma desperta a nossa paixão...

Se tu, soubesses quando a minha alma procurou
Nem a escuridão, nem os turbilhões do tempo a separou...

Se tu, soubesses quantas foram as minhas preces de amor
Entre lagrimas, despojada na dor, acreditando em teu amor...

Se tu soubesses quando te encontrei, minha alma gritou
Liberta da busca, liberta das eternidades, apenas quis amar-te.

Ontem, hoje e amanha... Apenas quis enxugar teus prantos
E poder dizer-te eternamente, eu estou aqui e como eu te amo...

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