Olhos

Foto de Miraene

Porque Precisa ser Assim!

Enquanto deito ao seu lado e penso em mim, suas mãos acariciam meus lábios.
Aos poucos me sinto adormecer, de olhos fechados não sinto você, mas ao acordar vejo teu sorriso gentil, quase me pedindo pra ficar. É tarde da noite, eu preciso ir, se eu pudesse continuaria aqui para simplesmente dormir, mesmo que eu tente não consigo ir, acabo por apoiar a minha cabeça em suas pernas e fechar os olhos. Você chega bem perto de mim e arruma meu cabelo, para que ele não caia em meu rosto.
Eu queria dizer o que sinto vontade de fazer, mas apenas me levanto e digo que preciso ir. Você fica na minha frente, eu te abraço, você beija meu ombro, eu me seguro para não beijar-te, te largo e me vou, apenas um tchau e um até...

Foto de regina.lange

COLAR DE CRISTAL

EU SONHEI
QUE DE MEUS OLHOS
CAÍAM GOTAS DE CRISTAL
BRANCO, LÍMPIDO, LINDO
ESSAS GOTAS
ERAM LÁGRIMAS
CRISTALIZADAS
IMORREDOURAS
POR MINHA TRISTEZA
E MEU SOFRER.

DEPOIS DA DESCOBERTA
RESOLVI QUE NÃO MAIS AS TERIA
DESCENDO DOS MEUS OLHOS
QUE DE TANTO
CAÍREM CRISTAIS
JÁ ESTAVAM FRÁGEIS
DOÍDOS
MACHUCADOS
ASSIM COMO
MEU CORAÇÃO
DAS DORES DA VIDA
DAS DORES DO AMOR

PRAR RECOMPENSAR-ME,
DAS DORES
DAS GOTAS DE CRISTAL
E DAS DORES PASSADAS
FIZ UM LINDO COLAR
QUE O USO SEMPRE
POIS QUANDO QUERO
COMEÇAR A CHORAR
SINTO-O NO PEITO
E DIGO-ME
CHEGA DE CHORAR
TENHO MOTIVOS
PRA SORRIR,
AFINAL ESTOU VIVA
E POSSO DAR
A VOLTA POR CIMA
E VOLTAR A SORRIR.

REGINA LÚCIA VARELLA TERNES LANGE
26/04/08
10:41

Foto de Sirlei Passolongo

Sonhos de menina

A menina olha a vitrine
Olhos rasos d’agua
Em silêncio
Fecha os olhinhos
Chega a sentir
A boneca em sua mão...
Como se fizesse uma prece
Em vão...
Alguém lhe puxa os bracinhos
Ali, não pode ficar...
E lá vai ela, outro dia,
Outra vitrine...
E em seu coração
uma fria neblina
Ninguém
E nem uma boneca
Pra lhe acompanhar.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Sonia Delsin

PERTO DO MEU OLHAR

PERTO DO MEU OLHAR

Aonde vou te encontrar?
Perto do meu olhar?
Meu olhar que te guarda.
Minha retina que te imortaliza.
Vem uma brisa.
Coço os olhos, enxugo a lágrima.
Estás longe.
Distante?
Não. Não.
Nunca.
Distância só existe quando não se tem no coração.

Foto de Teresa Cordioli

Perdão amor...

*
Perdão amor.
Teresa Cordioli
*

PERDÃO AMOR...

Ah meu amor! Você não sabe nada sobre mim.
Não leu os meus olhos, no dia que te conheci?
Não viu a mensagem: Não saberei viver sem ti?
Hoje acena sorrindo, dizendo que chegou o fim.

Ah meu amor! Você não sabe nada sobre mim...
Esqueceu que jurou amor eterno? Eu não esqueci!
Continuo a afirmar: Que não saberei viver sem ti
Não se vá, conhece outro amor tão lindo assim?

Amor que guardo no peito é amor que não acaba
Amor de muitos anos, amor de uma única jornada
Amor que me fez feliz e eternamente apaixonada

Perdão meu amor, se no teu coração fiz morada...
Foi no calor dele que descobri o que é ser amada
Ah meu amor! Sem ti, meus versos... serão nada...

Escrevi esse poema em 2005, quando alguém muito importante não estava cumprindo nossa a promessa, o nosso pacto de estarmos juntos até ficarmos bem velhinhos e com maior orgulho sairíamos de mãos dadas mesmo de bengalas.
Eram lindos e engraçados nossos sonhos... mas o Papai do Céu, muito sábio o levou para Ele..., talvez de lá, ele possa cuidar melhor de mim...

Foto de Izaura N. Soares

Eu não me esqueci de você

Não me esqueci de você
Izaura N. Soares

Um dia eu perguntei para a saudade que vantagem ela teria em matar-me, de saudades?
- Ela me respondeu:
- Eu existo para que você não se esqueça de mim, não se esqueça de o meu existir.
Pois é através de mim que você se lembre daquele que te fez tão bem.
- Eu disse: - é assim que você gosta de mim?
Sempre me fazendo lembrar-se de você enquanto você não se lembra de mim?
- A saudade deu um leve sorriso, assoprou-me levemente e com aquele jeitinho especial acalmou meu coração e simplesmente olhou
bem fundo nos meus olhos...
Balbuciou lindas palavras no meu ouvido dizendo:
- Escolhe aquele ou aquela que você tem dentro do seu coração e que tem certeza
Que é alguém muito especial e escreva algumas palavras de carinho e ofereça para ele (a).
E de repente lembrei-me de ti, e entrego-lhe a minha saudade que se eternizou dentro
Do meu coração!
Quando sentir saudades de alguém ligue, manda um e-mail, manda uma carta dizendo:
Não me esqueci de você. A saudade que eu sinto de você não me deixe te esquecer.

Foto de Sonia Delsin

VINTE ANOS... VINTE

VINTE ANOS... VINTE

Ele a beijava e Laura pensava. Vinte anos...
Como pesam vinte anos!
O convite para dançar viera inesperadamente naquela tarde.
Os dois a conversar no ponto de ônibus.
A chuva que caía sem piedade.
-- Não me importo com a chuva. Até gosto.
-- Eu também. Notou que não está uma chuva fria?
-- É mesmo. O calor é tanto.
-- Vamos dançar hoje à noite, Laura?
-- Dançar com você?
-- Por que não? Não quer? Não gosta?
-- Adoro.
-- Então...
-- Mas dançar com um jovem?
-- Não vejo problema algum. Você vê?
Por que não aceitar um convite tão tentador?
Os olhos de Fábio a deslizar em seu corpo. Uma diferença grande de idade. Vinte anos. Mas ele vivia afirmando não ver problema algum nisso.
-- Aceito.
-- Nos encontramos lá às vinte horas.
Despedindo-se rapidamente ela falou olhando-o nos olhos:
-- Estarei sem falta. Meu ônibus.
Deram-se um beijo rápido no rosto e Laura entrou no ônibus com a face afogueada. Não era mais uma menina. Cinqüenta anos nas costas. Mas a alma... A esta era de uma menina. E o coração então! Um menino travesso que jamais cresceria em seu peito.
Ia pensando. Colocaria um vestido bem bonito pra encontrar-se com Fábio.
Belo jovem.
Fazia um ano que se conheciam e nunca tiveram uma proximidade tão grande como naquela tarde embaixo da chuva. Os olhos dele correndo em seu corpo.
Os dela buscando aqueles olhos escuros.
Sentia-se tão só ultimamente.
Sim, colocaria um vestido bonito. Capricharia na maquiagem. Se bem que era bonita aos cinqüenta. Muito bonita. O corpo bem cuidado. O rosto bonito.
Quando ele a viu chegando com aquela saia leve e a blusinha rosa elogiou de imediato.
-- Está tão bonita, Laura.
Os dois entraram de mãos dadas na danceteria e subiram a escadinha.
-- Muito melhor lá em cima, não?
-- Sim, é melhor.
Os olhos escuros não despregando dela. Laura gostava daquele olhar quente, mas ao mesmo tempo ficava um pouco apreensiva. Há meses não saia com um homem.
Sentaram-se na última mesa do lado direito.
-- O que vamos pedir?
-- Uma água sem gás.
Quando Fábio buscou sua mão ela estremeceu. A mão tocou seu pulso e subiu de leve pelo antebraço. Subiu mais um pouco e ele a puxou para um abraço.
-- Você é tão bonita.
-- E você tão jovem.
-- Já vem você de novo com esta estória.
-- Está bem, vou tentar esquecer.
Estreitou-a nos braços e buscou seus lábios, depositando um beijo leve.
No peito dela o coração pulava como doido quando ele buscou sua mão delicada e levou-a até seu peito. Precisava entregar-se ao momento. Precisava...
A sensação de estar encostada a ele era boa demais. Um homem a desejá-la. Bonito e jovem.
Quando ele buscou sua boca ela não apresentou resistência alguma. Também estava querendo beijá-lo. Como estava.
Ele quis mais beijos e levou-a até uma das vidraças.
Viam dali a cidade que dormia.
Ele a puxava pra seus braços e Laura podia sentir como estava desejoso dela. Os corpos tão próximos. Aquele contato provocava uma ereção no rapaz. O que não passava desapercebido dela, que também ardia por ele.
Achava errado esta atração que sentia pelo jovem. Já estava de novo a pensar na diferença de idade. Isto era prejudicial e ela sabia. Mas que fazer se tinha filhos da idade dele e não aceitava uma relação com uma diferença tão grande de idade?
Desejava-o.

Foto de Sonia Delsin

“O QUE SE DIZ, O QUE SE CONTA”

“O QUE SE DIZ, O QUE SE CONTA”

Dizem os antigos da cidade que em noite de lua cheia ela saía a cantar.
Toda de branco vestida sempre saía em noite de luar.
Se a alguns chegava a encantar, a outros chegava a assustar.
Os longos cabelos soltos pelas costas escorrendo. A longa saia ia o chão varrendo.
Em certas horas caminhava pelas ruas sem calçamento.
E por vezes ia correndo.
De repente parava, erguia os braços.
Parecia que rogava.
Será que Deus a escutava?
Ou era à lua que ela implorava?
Era uma mulher alucinada. Uma pobre coitada.
Diziam que foi enjeitada.
Tudo que conto escutei de um velho contador de estórias.
Ele arregalava os olhos à medida que me contava e me assustava.
Eu pedia que falasse mais e ele falava, falava.
Hoje em dia eu acho que ele inventava.
Eu perguntava se ela era uma bruxa. Ele me garantia que não. Me falava que era uma mulher movida pela paixão.
Acho que exagerava em tudo, pois dizia que ela era linda com seus cabelos desgrenhados. Que eram uns cabelos muito dourados.
E que o luar tingia de prata. Ficava igual uma fada. Uma mulher encantada.
Dizia que tinha os olhos grandes. Me garantia que eram os maiores que vira na vida.
Me falava até que pareciam dois faróis azuis.
Eu ficava imaginando.
Que beleza poderia haver numa mulher com faróis em vez de olhos e ele falava que era bela como a mais bela sereia. E que cantava em noites de lua cheia.
Falava que as melodias por ela cantadas eram lindas. Tão choradas.
Perguntei certa vez o nome dessa mulher e ele jurou não saber. Mas que talvez alguém soubesse e que quando descobrisse ia me dizer.
Passou o tempo e eu acreditando na mulher que passava as noites cantando.
Um dia o contador de estórias partiu e que ele criava tudo aquilo eu ficava pensando.
Mas em certa noite fui eu a ver.
Ela estava a correr.
Não nas ruas, que já eram todas asfaltadas.
Mas numa estrada dentro de mim. Na verdade naquela hora eu fitava um jardim.
Pensei que estava ficando igual ao contador. Também já podia ver, contar, escrever.
Éramos nós dois, eu e o Sebastião, dois criadores de estórias fantásticas. Desse dia em diante comecei a escrever meus contos. Tinha quinze anos então.
Ai que saudade de ti, meu velho Sebastião!

Foto de Vadevino

VÍCIO MALDITO

Sai fumaça pela boca,
Também sai pelo nariz.
Se não fuma fica “loca”,
Não consegue ser feliz.

Dentadura amarelada,
E o hálito, então ...
Parece a baforada
Da boca dum dragão!

Fumaceia a sobrancelha,
Contamina a orelha,
O pulmão, o ambiente ...

Os olhos vão ardendo,
A “doença” vai comendo
Os órgãos da demente.

Foto de carlos alberto soares

SAUDADE DE QUEM SE FOI

COMO É QUE EU PUDE DE DIZER PARA IR
E VOCÊ FOI ANDANDO SEM DESTINO POR AI?
NÃO PERGUNTOU SE EU ME ARREPENDERIA.

AGORA EU ANDO A TE PROCURAR,
PROCURO POR VOCÊ, AONDE QUER QUE EU VÁ.

É TUDO ESCURO SEM VOCÊ POR PERTO,
NÃO SEI SE É CERTO,
MAS NÃO CONSIGO MAIS OLHAR O TEMPO,
SEM SABER SE VOCÊ QUER VOLTAR.

COMO É QUE EU POSSO TENTAR SORRIR,
SE NÃO POSSO TER VOCÊ NO COLO PARA FAZER DORMIR?

COMO ERA BOM VER NOS SEUS OLHOS A ALEGRIA
E SABER QUE ERA TAMBÉM MINHA.

AINDA HÁ LEMBRANÇAS SUAS,
ONDE O CEÚ BEIJA O MAR,
NAQUELE BARCO ONDE A GENTE FOI SE AMAR.

É BOM SABER QUE UM DIA A GENTE FOI FELIZ
E AINDA HÁ MUITO CAMINHO PARA TRILHAR.

VÊ SE NÃO DEMORA MUITO PARA VOLTAR...
PORQUE NA VOLTA EU QUERO AINDA TE ABRAÇAR,
SENTIR DE NOVO TUDO QUE SENTIA.
NO BEIJO SEM PALAVRAS,
VOU TE PERGUNTAR,
COMO É QUE EU PUDE DE DIZER PARA IR.

NO MEU SORRISO VOCÊ VAI SENTIR,
COMO É BOM TE TER DE VOLTA,
COMO É BOM TE VER SORRIR.

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