Olhos

Foto de Graciele Gessner

Felicidade. (Graciele_Gessner)

Felicidade não se compra, se vive. A felicidade da alma só vira mercadoria se a necessidade falar mais alto que a própria filosofia de vida.

Viver a alegria de uma felicidade é saber viver o momento presente de maneira intensa e despreocupada.

Viva a felicidade dos momentos porque os altos e baixos sempre batem a porta da nossa vida.

A felicidade nem sempre se encontra em grandes revoluções, e sim, em pequenos gestos: seja ele num lindo sorriso; num confortante abraço de consolo, de carinho, de amor, de saudade; numa conversa amistosa; seja num conselho, num silêncio de um olhar de admiração; o reencontro com uma pessoa distante; num telefonema inesperado.

A saudade também gera felicidade, mesmo que algum período nos faça sofrer. A felicidade surge no instante que abraçamos quem esteve muito tempo distante de nós; ou quando visitamos uma cidade da nossa infância e recordamos belos momentos vividos; ou mesmo quando reencontramos velhos amigos de nossas épocas de brincadeiras inocentes, e tantas outras situações alegres que jamais consigamos esquecer.

Podemos viver outra ocasião de euforia, no momento quando conhecemos um novo lugar, uma cidade, um local que sempre desejamos conhecer, mas que por algum motivo nunca chegamos a ir. E quando nos é permitido e surge alguém para nos acompanhar tudo se torna uma grandiosa felicidade, além de inesquecível.

Uma especial felicidade é aquela que fica estampada nos olhos, é quando reencontramos pelo caminho a pessoa que em algum período do nosso passado nos foi muito importante e que fez nosso coração disparar na juventude. Por tudo isso e muitas outras circunstâncias, viva a chamada felicidade!

Viver a felicidade não é difícil. Complicado é não permitirmos que a alegria entre em nossos corações. Não fique amargurado pelas dificuldades que muitas vezes surgem, mas tenha a esperança e determinação de fazer acontecer. No final, tudo acaba se resolvendo com um pouco de felicidade.

Tenha você uma vida recheada de felicidade!

15.04.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Carlos Lucchesi

Poeta menino; amigo meu

...Desde menino sempre foi calado, quieto; do tipo que sentava na última carteira da sala de aula. Aulas de matemática?...Nem pensar! Seus pensamentos vagavam distantes nestas horas. Geometria era um verdadeiro horror! O que ele gostava mesmo, era ver o velho professor de literatura entrar por aquela porta, da sala de aula. Num instante seu sorriso se abria. Sentava-se ereto na cadeira, como se preparado para um momento especial. Olhos atentos, e mente reflexiva, voltados para o velho mestre. E quando ele começava a falar... Nossa! Não se continha em alegria.

Da última carteira, apressava-se em passar para a primeira, e ai de quem estivesse ocupando aquele lugar! Todos já sabiam: Na aula de literatura, aquele primeiro lugar pertencia ao menino-poeta, como era chamado por todos. O mestre falava e ele ouvia, como se as palavras tivessem algum tipo de mágica e exercessem sobre ele um feitiço inexplicável. O menino-poeta, logo se apressava em anotar tudo no seu pequeno caderno: cada palavra, cada frase. Nada passava desapercebido. Nem se dava conta do final da aula, ficava lá depois que todos saiam. Só mesmo quando alguém gritava: "Vai dormir aí menino?" É que ele voltava de sua viagem do mundo da poesia...
Ir para casa era um desafio: Os olhos pregados em suas anotações desviavam sua atenção dos carros que passavam quase na mesma velocidade que seus pensamentos. Volta e meia alguém gritava: "Quer morrer seu doido?" Com sorte chegava em casa! Lá, como na escola, não tinha muitos amigos. Podia contá-los nos dedos de uma de suas mãos, e ainda sobrariam alguns dedos acanhados. Poucos entendiam aquele menino solitário que só "batia bola" com seus livros.

Seu grande prazer era quando sua mãe lhe dizia: "Escreve menino uma carta pra sua tia". O mundo das letras era estranho a seus pais , mal sabiam escrever seus nomes, e nestas horas, era o menino que pegava lápis e papel, sentava-se em sua cadeira preferida e por sobre a velha cômoda, suas pequenas letras pareciam bailar. Que ninguém lhe chamasse nestes momentos; nem que fosse para comer! Sequer ouvia. Ficava lá envolvido em seus pensamentos.

Tive a sorte de ser um desses seus amigos contados nos dedos de uma das suas mãos. Sempre fomos grandes amigos na infância. Gostava dele pelo seu modo diferente de ser, e de ser capaz de falar comigo até pelo olhar. Eu também não era lá estas coisas que costumam chamar de "normal". Tinha lá meus parafusos a menos!

O fato é que nos tornamos grandes amigos e dos dedos de sua mão, passei a fazer parte do seu coração e ele do meu. Crescemos juntos, assim como nossa amizade. Ficava impressionado como as meninas gostavam das coisas que ele escrevia. Era admiração mesmo! Éramos tão ligados que ficava triste nas suas dores e me alegrava quando o via sorrir.

O tempo passou e o menino se fez homem. O coração do poeta batia mais forte, era inevitável um amor no meio do caminho.

Ele nunca quis me dizer o nome exato dela. A chamava de Ray. Só sei dizer que aquele amor transformou o meu amigo. Ficava impressionado com a forma que ele se referia a ela. Quase que eu mesmo me apaixonei, só de ouvir ele falar dos seus olhos cor de mel, da forma do seu caminhar e do brilho que tinha nos seus olhos. Meu amigo estava mesmo apaixonado! Ótimo, pensei! Seriamos três nessa nossa grande amizade. Foi engano meu, isso nunca aconteceu!

O mesmo menino que eu vi crescer, de pegar o lápis na alegria menina de escrever, parecia ter chegado em uma rua sem saída.

Depois disso nos vimos poucas vezes. Creio que ele até me evitava. Talvez vergonha do amor frustrado. Sei lá!...

Mudou-se sem nem mesmo se despedir de mim. Escrevi-lhe pedindo que mandasse notícias, e a carta voltou: "destinatário não encontrado". Tempos depois, descobri que o poeta que nunca deixou de ser menino morava aqui dentro de mim...

Foto de syssy

MANHÃ DE JULHO

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Nessa manhã chuvosa pus meus olhos por sobre
A janela, para ver tão gélido e mórbida natureza,
Trazidas na manhã de brumas madrugais.
No realçar dantes a pintura magistral, no poetar
Hoje de palavras abertas, te passa despercebida
Tão linda beleza recôndida em gélidos cristais.
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Gotas de orvalho caem do céu, nubladas, mortas
Lavando o corpo e a alma, purificando os jardins.
Cristalizando, emoldurando sua forma helênica
Na paisagem matinal de uma manhã de Julho.
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A manhã feita de aroma em terra molhada...
Úmida, germinada com nardos vastos de colinas
Em mares de verdes vivos, trazidas e cultivadas
Por tua manhã de Julho. Na noite de taciturnas
Brumas vão-se colher os suspiros, abraços
Calorosos eternizando teu dia de Julho.
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Foto de Sonia Delsin

OLHOS NOS OLHOS

OLHOS NOS OLHOS

Se os olhos são janelas d’alma.
Escancare-as para mim.
Mostre-se por inteiro.
Deixa que eu me adentre
em suas regiões mais secretas.
Deixa que eu me aninhe em
seus braços.
Que eu me afogue em
seus beijos.
Que eu mergulhe em
seu ser.

Foto de Sonia Delsin

MORRER

MORRER

O mar é azul.
Azul é o meu sonho de voar.
Voar, voar...
feito uma gaivota.
O cavalo trota, trota.
Sonhar... sonhar...
Voar... voar...
Estou perdendo altura.
Vou cair no mar.
Vou me afogar.
Afagar uma criança.
Uma que ainda mora em mim.
Que mora em minha alma.
Olhos, luzes, cores.
A vertiginosidade das coisas.
O tempo em sentido inverso.
O que é tempo? O que é espaço?
O que é trotar?
O que é voar?
O que é mar? O que é afogar?
Azul é o mar.
Voar é um sonho azul.
Sou gaivota.
Estou morta...

Foto de Carlos Lucchesi

A Menina da Rosa

Depois que ele se foi,
Deixou com ela um imenso desejo:
Do tocar das suas mãos,
O corpo se movendo sobre o seu,
E o sabor daqueles beijos.

Ainda podia sentir,
O perfume a sua volta,
O suspirar no seu ouvido,
Os lábios que deslizavam,
E as palavras de amor,
Que se misturavam aos seus gemidos.

Tinha ainda as marcas sobre os seios;
Dos toques sobre o peito,
E a vontade de voltar pelo caminho,
Onde tudo foi perfeito.

Não era só saudade;
Desejo, de verdade;
Reviver.

Fechar os olhos e sonhar,
Pra deixar de novo tudo acontecer.

Um momento único de amor,
Pra guardar e recordar;
Contar em verso e prosa,
A história da primeira vez de uma menina,
Que tinha nas mãos uma rosa...

Foto de Carlos Lucchesi

O Amor Que Quero

Quero um Amor verdadeiro,
Fogo em brasa o dia inteiro,
Que me desperte em plena madrugada,
Pra fazer loucuras, jamais imaginadas.

Que não seja chuva,
Antes tempestade;
Que em pleno meio-dia,
Me faça esquecer o barulho do trânsito no centro da cidade.

Que tenha a mesma sensibilidade do toque em uma flor,
E a impetuosidade de um vulcão devastador.

Não precisa ser eterno, nem passageiro,
Ou de sonhos e fantasias,
Que duram apenas por um dia.

Não quero um Amor: - "Oi, tudo bem?"
Tem que ser paixão;
Que cale a voz e fale o coração.

Tem que ser verdadeiro enquanto durar,
E que não se conte em minutos a hora de acabar.

Pode ser de início tímido e acanhado;
Mas que seja desvairado,
No momento apropriado.

Um Amor transparente,
Que realize os sonhos do passado,
Desejos do futuro e do presente.

Não quero um Amor luz de vela,
Nem do tocar triste do sino de uma capela,

Tem que escurecer os olhos de tanta visão,
E colocar luz dentro do peito,
Que de fora se possa ver o coração.

Que não seja um Amor combinado,
Nem de hora marcada,
Mas de desejos em momentos inesperados.

Um Amor que não tenha despedidas,
Tampouco hora certa de chegada e partida,
Um Amor do toque, olhar, do perceber,
Que se resuma simplesmente em você!

Foto de Carlos Lucchesi

Tudo e Nada

O que gosto em você não é a sua beleza,
Dom de Deus, com toda certeza;
Nem o seu modo de andar,
Se poucas vezes a vi caminhar;
Tampouco o balançar de suas cadeiras;
Flashes de imaginação,
Minha pura besteira.

O que mais gosto em você não é a sua boca molhada,
Por mim poucas vezes beijada;
Nem o seu olhar cativante,
Que tive apenas por instantes.

O que gosto em você não é a sua língua dançante,
Que senti num desses beijos provocantes.

O que mais gosto em você não são os seus olhos cor de mel,
Brilho de estrela jamais vista no céu;
Nem da lágrima que deles desceu,
Pois suspeito que isso nunca aconteceu;
Tampouco o seu cabelo desarrumado,
Se jamais acordei ao seu lado.

O que quero de você não é a sua sexualidade,
Pois jamais experimentei de verdade.
Não quero seu "vulcão" sexual,
Pois dele nunca vi nenhum sinal.

O que mais quero de você não é o aperto do seu abraço,
Pois isso eu mesmo faço,
Nem os seus movimentos sobre o meu corpo deitado;
Sonho pedido, nunca realizado.

O que admiro em você não é o seu modo alegre de viver,
Pois isso nunca pude perceber;
Nem a sua capacidade de dizer "não",
Produto da ausência de amor no seu coração.

O que mais admiro em você não é o seu jeito de dizer "amor",
Pois dessa palavra nunca tive o sabor.

O que adoro em você não é a sua capacidade de amar,
Pois isso você nunca pôde provar.

O que mais adoro em você não é a sua proclamada sinceridade,
Poucas vezes sentida de verdade;
Nem sua clara indecisão,
Fruto do desconhecimento do próprio coração;
Tampouco a sua teimosia
Que faz do amor, mera fantasia.

O que me intriga em você é essa total contradição,
Que faz da felicidade, contramão.

O que amo em você é esse seu dom de poder despertar
A minha capacidade de amar
Que consegue fazer renascer,
Esse dom divino de tudo isso poder escrever.

O que sinto falta em você é uma coisa um pouco engraçada:

É tudo e nada!

Foto de von buchman

Saudades de você...


A saudade de você afoga meu coração.
Esta saudade aperta-me o peito e meus olhos enchem-se de lágrimas.
Sinto saudades, até de momentos, que nem vivi com você...
Sinto muita saudade da minha vida a seu lado.
Sinto saudades de seus carinhos e caprichos...
Sinto saudades de seu lindo e puro amor...
Sinto saudades de suas fantasias
Do seu jeito gostoso de me ter...
Sinto saudades de suas seduções
Sinto saudades de ver você passar a língua lentamente nos lábios...
Sinto saudades e muitas
Da sua carinha safada e da sua boca molhada.
Sinto saudades de seu corpo provocante e sedutor.
Sinto até saudades do que nunca fizemos juntos.
Sinto tanta saudade de você que nem imaginas.
Sinto saudades de ver você despindo-se e eu a lhe desejar...
Sinto saudades de tudo aquilo que me lembra você.
Sinto saudades de ver-lhe fazendo strip, para me provocar.
Sinto saudades do que iremos passar e viver juntos.

Por favor,
volta...

Meu coração não suporta tanta saudade e solidão ...

AS SEMENTES DO MEU PURO AMOR,
SÃO COMO FLOCOS DE NEVE...
ELAS SÃO REGADAS COM AS LÁGRIMAS DO MEU CORAÇÃO
POR VOCÊ MINHA ETERNA PAIXÃO...
ICH LIEBE DICH . . .

Foto de Sonia Delsin

PROMESSAS NUM OLHAR

PROMESSAS NUM OLHAR

Tu tinhas um olhar.
Um olhar de matar.
Havia tantas promessas nos teus olhos.
E eu adorava te observar.
Caminhavas tão imponente.
Parecias tão valente.
Se tu cumprias o que prometias?
Não cumprias.
Acredito que tu vivias de fantasias.
Das fantasias de galantear.
No fundo, no fundo... és um homem que não sabe amar.

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