Correm as águas da cachoeira
Para lavar os pés da doce menina
Desça água, desça murmurante
Esta é sua sublime sina
Descem as águas em cascata
No véu dos olhos meus
Desça água, desça abundante
Por um amor que se perdeu
Correm as águas do ribeirão
Formando afluentes em seu curso
Desçam águas, sigam seu percurso
Deságüem no meu coração
Águas convém levá-las
A um oceano, despejá-las
Turbulentas, caudalosas, revigorantes
Para dar vida aos navegantes
Águas, impulsionem outras caravelas
Pois quem um dia amou
Com tamanha intensidade
Hoje, sente muitas saudades
O coração não serenou
Águas, ainda penso nela
Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved
Enviado por von buchman em Qui, 19/06/2008 - 10:51
Hoje a tristeza ancorou em meu coração...
Sinto saudades tuas e nem um minuto sequer tive de sossego...
Teus olhos estão em todos lugares...
Tua voz ecoa nos meus ouvidos
O perfume que tu usavas ainda está em minha cama...
Paira um medo em meu coração...
De não mais te ver,
De não mais escutar tua voz...
De não mais te amar...
A ausência de teu calor não vou suportar...
Teus beijos...
Teus dengos ...
Que fazer ?
Pois tu não queres mais me amar...
Só escuto não, de tua boca,
Me trocaste por outro até no olhar...
Hoje tu me desprezas,
Me fazes de gato e sapato..
Me largas ao relento,
Sem uma resposta ao meu amar...
Mais uma noite só,
Cama vazia,
Leito de lágrimas
Repouso da angústia
e leito do lamento..
Os minutos são horas...
Os dias, se tornam semanas...
E as semanas se tornam anos..
Peito apertado,
Coração em flagelos..
Olhos inchados de tanto por ti chorar...
Já é muito tarde...
O sol já desponta no horizonte...
Com ele vem a esperança de voltar a te ver ,
E quem sabe você se dispor, ao menos,
a me olhar...
.ME SINTO HONRADO E PRIVILEGIADO,
POR VOCÊ TER LIDO MEU POEMA...
TENHAS MEU ETERNO ADMIRAR E O MEU CARINHO...
1001 BJS DE MEL E LINDOS MIMOS DE PAIXÃO
NESTE LINDO E PURO CORAÇÃO...
DE OLHOS FECHADOS CAMINHO
.
.
.
Amar você é caminhar de olhos fechados.
É amar sem medo de errar.
E se errar, erro consciente.
É se entregar sem medo de me arranhar.
Já entregue, entre rosas e espinhos.
Amar você é olhar o céu e desejar voar.
Já voando em desejos e paixões.
É desejar ser o infinito,
É deitar em cama estreita.
Com espaço pra nossa paixão.
Te amo na medida certa.
Nem de mais, e nem de menos.
Nunca está distante de mim.
Estas sempre ao alcance das minhas mãos.
Nem tão longe, e nem tão perto.
Sempre em meu coração.
Nada separa nossa vidas.
Nada separa nosso amor.
Nada separa nossos corpos.
Pois agora somos só um.
Amo você sem alarde, e nessa loucura gostosa.
Tenho certeza que o tempo passa, e seu amor permanece.
Amar você é ter confiança no presente, sem temer o futuro.
É saber que nem tudo é perfeito.
Mas é entender que tudo é possível ser feito, se o coração
assim o desejar.
É aprender a conjugar o verbo amar, usando a pessoa certa.
Pois desde que te conheci, “eu” deixei de existir.
Agora somos “nós” à conjugar o verbo amar!
Enviado por Sonia Delsin em Qua, 18/06/2008 - 19:53
DESDOBRAMENTO
Eu fechei meus olhos.
Os olhos físicos.
Esta matéria que vai se acabar.
Os olhos d’alma nunca que vou fechar.
Me transportei para um lugar.
Um campo de trigo que muitas vezes visitei no meu imaginar.
Lá chegando eu me sentei.
Fiquei ouvindo os cachos maduros, o farfalhar.
Meu ser que é de muito silenciar se pôs a rezar.
Baixinho.
Uma prece a um ser que tudo ouve, que tudo sente.
Um ser que tudo pode abranger.
Tantos mistérios neste nosso viver.
Vou a um campo de trigo.
Sozinha.
Não tenho medo.
Lá existe um segredo.
É o mais antigo lugar que visito.
E o mais bonito.
Ouço o cair de um grão.
Abençôo o chão.
E volto a este meu corpo.
Nunca aceitei a prisão.
Sei que quando quero posso alcançar outro lugar na amplidão.
Esplendorosa lua
Círculo luminoso num céu escuro
Que luz intensa
Sinto por momentos que me quer falar
Tal é a intensidade com que está a brilhar,
Observo-a atentamente
Enquanto sinto que me acaricia o vento
Empurra me docemente
Me rodeia e envolve
Num abraço carinhoso
Ergo meus olhos para o céu
Num agradecimento silencioso
Por nesta noite os ter ao meu lado
A lua para conversar o vento para me reconfortar,
Rebelde, como só ele,
Empenhasse nos meus cabelos
Que pouco a pouco se vão desprendendo
Parecendo uma vela ao som da agitação de uma Caravela,
Os grãos da areia fria
Escapam se por entre os dedos
Pisados, por vezes acariciados
Recebem os raios do sol, as gotas da chuva
Sem qualquer protecção, ali ficam à mercê da vida,
Surpreendentemente desperto dos meus pensamentos
Para o chamamento do mar
Que sorrateiramente molha meu corpo
Batendo em retirada mas não sem antes beijar a sua areia amada,
Cessou o barulho dos carros
Extinguiram se as luzes das casas
Mas falta me a vontade de voltar ao lar
Pois é a solidão,
Que com um sorriso me recebe
No meu regresso…
Enviado por Sonia Delsin em Qua, 18/06/2008 - 11:49
OS OLHOS SÃO AS JANELAS DA ALMA
Estes olhos eu fito.
Que bonito!
O que vem lá dentro.
Os olhos são janelas da alma.
Que linda é tua alma, meu filho!
Que linda!
Como eu chorei um dia!
Temi que tua visão fosse perdida.
Que encontrasses dificuldades na vida.
Mas não.
O que te faltava na visão física de outro lado parece que tudo compensava.
E uma graça maior foi obtida.
Um milagre se deu.
Muito da visão Deus te devolveu.
Teus olhos são tão lindos... tão lindos...
E tua alma...
Como eu te amo, meu filho!
Teve um dia que tu eras tão pequenino e eu pensei.
Por que não posso te dar os meus olhos?
Se eu pudesse teria arrancado.
Em ti colocado.
Filho.
Meu filho amado.
Enviado por Sonia Delsin em Qua, 18/06/2008 - 11:45
QUANDO NOSSOS OLHOS SE ENCONTRARAM
(dedico a Elaine e Mateus, este lindo casalzinho se casará ainda esta semana. Desejo que sejam muito felizes neste caminho que começam a percorrer)
Um dia nossos olhares se cruzaram.
Foi um lampejo.
Depois do olhar veio outro olhar.
Te convidei para dançar.
Dançamos.
Veio o beijo.
Depois do beijo eu percebi.
Foi para ti que eu nasci.
Quando nossos olhos se encontraram... nossas almas se esbarraram.