Ondas

Foto de InSaNnA

¨¨**¤°Todo o teu sabor¨¨**¤°

Na tua boca mergulho,
louca de desejos,
em sentir teu sabor,
sentir teu tempero
E volto-me, ofegante,
para viver-te,inteiro
em todos os meus instantes,
como eles fossem,
os ùltimos...
Entrego-me,
aos seus braços ,
procurando ,
na trilha do teu corpo
o meu destino,
o meu abrigo..
Os teus olhos,
perdidos no meu olhar
E a tua boca,
impaciente a me chamar..
Presa e amordaçada,
em tuas fantasias,
regada de carinho,
úmida pelos teus encantos,
faço-me refém de tuas ousadias..
Nossos corpos bailam,
em um mar de intensas ondas..
flutuamos calados,
ligados em nossos vãos.
Em espasmos de amor,
estremeço todos os meus sentidos,
Entre gemidos e gritos,
sinto-te em mim,
conhecendo,
o frescor,
o tempo,
dos meus intensos segundos..
E no silêncio da noite,
No calor dos corpos amados,
na suavidade do leito
com o amor sempre á nossa espera
Adormeceremos cansados..
Como os dois únicos sobreviventes,
de uma guerra.

InSaNnA sonhando..

Foto de Mary Angel

Seus Beijos

Dois lábios que se unem numa só boca, onde se preenche em sentimentos profundos, beijos que vão acariciando os lóbulos de minha orelha., trazendo me ondas de satisfação. Beijos de amor que percorrem todo o meu corpo. Seus lábios tão sensuais descem pelo pescoço fazendo-me calafrios ao toque de minha pele, seus lábios vão se esquentando e com sofreguidão me beija novamente. Seus beijos vão enchendo-me de ternura e ao mesmo tempo de loucura. Seus beijos vão tocando pelo meu corpo como uma leve brisa, mas logo se tornam em furacões. Ah! Meu amor, que saudade dos seus beijos de amor, seus beijos tão gostosos me fazem tanta falta.
Que saudades de vocÊ!
Ao toque dos seus lábios nos meus, sinto todo esse amor revigorar-me o espírito.
Seus beijos me fazem transportar para um mundo de sonhos e fantasias.
Ah!!! Meu doce anjo, vocÊ me faz sentir uma pessoa amada. Ao seu lado sou feliz, muito feliz. Ao vÊ-la meu coração dispara, fazendo-me corar. Meu coração faz um batuque enorme, e chego a pensar que vocÊ está ouvindo.
Ao toque dos seus lábios ouço as mais belas canções, como se fossem os sons unidos das harpas angelicais. O primeiro beijo seu foi maravilhoso, era como se uma fada madrinha tocasse o meu coração. De repente o meu coração despertou para um mundo de sensações algo mudou dentro de mim, depois do seu primeiro beijo. Era como se eu estivesse dançando em um filme americano, ao som de uma orquestra. Os instrumentos destilando suaves canções que me faziam flutuar por um mundo de sonhos. Naquele momento fui selada pelo seu beijo de amor. Nunca esquecerei as sensações que vocÊ me fez conhecer. Levou-me para um sonho que jamais sonhei. Tudo de bom, misterioso, aconteceu nesse beijo era tudo tão maravilhosa que as emoções daquele momento me deixaram atordoada. No dia seguinte acordei enlevada, sonhando com o seu beijo. Esse beijo que tem gosto de champanhe gosto de comemoração. Depois de um beijo, vem outro e mais outro beijo de amor. E quando mais te beijo, mais quero beijar-te.
Um beijo seu me sustenta por muito tempo que não te vejo, mas nem sempre esse tempo longe de você me faz sentir bem. O seu beijo me acalma, me faz te esperar. Esperar por vocÊ, para sermos felizes até morrer.
Eu te amo com um grande e sublime sentimento. As vezes sou muito feliz, mas as vezes sinto-me vazia. Um vazio que somente e preenchido por um beijo de amor seu, meu adorável Anjo.

Foto de InSaNnA

Vôo Noturno¨¨**¤°

Nossas almas soltas,
ao vento..
e um sentimento,
dentro,
a nos chamar..
E essa vontade louca,
de te amar..
se expressa,
se apresenta,
tem pressa..
Sinta o meu chamado..
_________________________
E ao sentir-te,
diante de mim..
o meu corpo
arde em brasa..
É o fogo,
consumindo as minhas carnes !
rasgando em pedaços,
os meus pudores,
Juntando na noite,
dois amores
Ao meu redor,
você ,a vida e os meus desejos
E dentro do peito,
um amor ,ansioso
E dentro da alma,
um ardente desejo ..
No cair da noite,
envolvidos,nessa madrugada barulhenta,
sentimos que estamos sós,
na noite,
nos nossos lençois..
Olho nos teus olhos,
imaginando coisas de amor..
E sussurro no seu ouvido,
as minhas fantasias,
as mais loucas!
Pego uma de suas mãos,
e lambendo todos os seus dedos,
peço que eles umedeçam a minha pele,
que obedeçe,em arrepios..
Entrego-me ,na tua busca,
á procura dos teus misteriosos aromas,
que exala dos teus fluídos..
Nossos corpos entregam-se,
um ao outro,
em ondas de excitações
Solto o teu nome,em soluços,
ecoando pela noite fria ..
Espamos sonoros..
dos meus orgasmos múltiplos..
E fico saciada de tanto amor..
um amor tão terno !
Recuso todos os limites do tempo..
E ofereço-te de novo,
os meus espaços,
prá você brincar,
de eterno.

***InSaNnA***

Se você chegou até aqui..
Obrigada pelo seu carinho !
Beijos,na sua alma..

Foto de Anjinhainlove

De onde nascem os mais belos poemas?

De que nascem os mais belos poemas?
Da dor, do amor
Palavras nascidas
Das profundezas dos céus,
Da obscuridade do Sol
Em contraste com o brilho da Lua

Palavras com suave aroma
De suaves imagens guardadas
No coração
Palavras vindas do nada
Num dia de Sol, puras como as ondas do mar
Num dia de Sol, claras como as nuvens.

Doces vêm
De mansinho
Ah! Inspiração que te chegas
E invades o meu coração
De palavras bailantes.
Todas elas
Doces vêm
De mansinho.

Palavras de dor
São estas
Infelizes mas bem vindas
Marcam uma realidade
Realidade infeliz esta
Sina minha, tristeza comum.

Devo seguir em frente
Enfrentar este triste caminho que avisto
Um desvio da felicidade
Porem, um atalho para a paz
Talvez para um futuro
Mais fácil

Contudo…
Espero
Desejo
Que tudo melhore
E que as palavras jamais me abandonem
Minhas eternas confidentes.

Foto de Br Nunes

Seu amor tudo pra mim




Em homenagem ao grande amor da minha vida


Na linha do horizonte existe um lugar

que ainda não descobri

o vento esconde uma energia

que nunca vi

as sombras tem uma cor

que jamais percebi

por contar as estrelas

chegaria em um valor

que nunca pude definir

o mar esconde uma força

em suas ondas

onde os velejadores confrontam

e ainda não vivi

contudo o lugar

a energia

a cor

o valor

a força do teu amor

este sim eu posso sentir


Foto de Anjinhainlove

A rocha da vida

Se recomeçasse voltaria a fazer tudo o que fiz
Voltaria a dar os mesmos sorrisos,
Novamente choraria aquelas lágrimas pesadas,
Mais uma vez lutaria por quem me abandonou
E nunca, mas nunca, alterava nada.

Durante um percurso longo de procura do pódio,
A eterna luta pelo destaque,
Desejo pela superioridade,
Tudo se desvaneceu.
O seu lugar tomou
A ânsia por ser amada,
Um suspiro que pede o amor de alguém
A força de mil nos braços de um.

Percorri vales e rios,
Montanhas e planícies,
Procurei a felicidade
No meio de arbústros e de núvens,
Afastei mares e dunas.
E encontrei a serenidade.

Sofri.
Cicatrizes deixadas para sempre na minha pele.
Pele marcada pelo sal das ondas quentes da meia noite.
Contudo, foram as marcas que me moldaram.
Imperfeita mas completa.

Sinto que nada foi em vão
Tudo teve a sua razão
Cada sim, cada não
Cada página que virei
Cada palavra que gritei
Cada lágrima que chorei
Apenas me enriqueceram
E me fortificaram.
Prepararam-me para um mundo duro
Onde a sobrevivência obriga a sermos uma rocha.

Foto de joão jacinto

Afogando sonhos

Morro sem saber de mim,
sem ninguém me encontrar,
perdido no escuro do teu silêncio,
com lembranças de sabor salgado...
Morro triste de só,
deitado em areias de egoísmo,
na praia das fantasias sem dunas,
de ondas nunca festejadas,
sentindo-te no movimento do mar...
Morro sem saber de nós,
afogando sonhos,
devagar, devagar, devagar.

Foto de joão jacinto

Mortais pecados

Olho-me ao espelho, debruado de talha,
luminosamente esculpida, dourada
e pergunto-me ao espanto das respostas,
na assumida personagem de rainha má,
quem sou, para o que dou, quem me dá.
Miro-me na volumetria das imagens,
cobertas de peles enrugadas,
vincadamente marcadas,
por exageros expressivos,
de choros entre risos,
plantados nos ansiosos ritmos do tempo.
Profundos e negros pontos,
poros de milimétricos diâmetros,
sombras cinzentas, castanhos pelos,
brancas perdidas entre cabelos,
perfil de perfeita raiz de gregos,
boca carnuda, gretada de secura,
sedenta de saudosos e sugados beijos
de línguas entrelaçadas,
lambidelas bem salivadas.

Olho fixado no meu próprio olhar,
de cor baça tristeza,
desfocando a máscara, de pálido cansaço
e não resisto ao embaraço de narciso;
sou o Deus que procurei e amei,
em cumprimento do milagre
ou o mal que de tanto me obrigrar, reneguei?
Sou o miraculoso encantador a quem me dei
ou a raposa velha, vaidosa, vestida de egoísta,
com estola de alva ovelha, falsa de altruísta?

No meu lamento, a amargura porque matei;
sangrando a vítima, trucidei-a em ranger de molares,
saboreei nas gustativas variados paladares,
viciadas no prazer da gula do instintivo porco omnívoro.

Rezo baixinho, cantarolando, beatas ladainhas
de pecador que se rouba e se perdoa,
a cem anos de encarceramento.

No aliciamento cobiçante de coxas,
pertença de quem constantemente
me enfrenta, competindo nas mesmas forças,
traindo-me na existência do meu possuir,
viradas as costas, acabamos sempre por fingir.
Entendo velhos e sábios ditados,
não os querendo surdir em consciência.
Penso de mim, a importância de mais,
que outros possam entender,
sendo comuns mortais,
minha é a inteligente
certeza do enganar e vencer.

Sadicamente bofeteio
rechonchunda face de idealista tímido,
de quem acredita e se deixa humilhar,
dá-me a outra, para também a avermelhar.

Vendo-me a infinitas e elegantes riquezas,
de luxúrias terrenas, orgias, bacantes incestuosas,
sedas, glamour, jóias preciosas,
etiquetas de marca,
marcantemente conotadas
que pavoneiam a intensa profundidade da alma.
Salvas rebuscadas, brilhantes de pesada prata,
riscadas de branco e fino pó.
Prostitui-me ao preço da mais valia,
me excita de travesti Madalena,
ter um guru para me defumar, benzer e perdoar,
sem que me caía uma pedra na cauda.

Adoro o teatro espectacular,
encenado e ensaiado em vida,
mas faço sempre de pobre amador,
sendo um resistente actor.
Escancaro a garganta para trautear,
sem saber solfejar.
Gargarejo a seiva da videira,
que me escorre pelo escapismo do meu engano,
querendo audaciosamente brilhar,
descontrolando o encarrilhar,
do instrumento das cordas da glote,
com a do instrumento pulmunar
e desafino o doce e melódico hino.

Sou no vedetismo a mediocridade,
que se desfaz com o tempo,
até ser capaz de timbrar,
sem ser pateado.

Acelero nas viagens
que caminham até mim,
fujo do lento e travo de mais.
Curvas perigosas, apertadas,
que adrenalinam a fronteira do abismo.
Fumo, bebo a mais
e converso temas banais,
por entre ondas móveis,
que me encurtam a pomposa solidão,
nada é em vão.

Tenho na dicção um tom vibrado e estudado,
de dizer bem as palavras que sinto,
mas premeditadamente minto
e digo com propósito sempre errado.
Sou mal educado, demasiado carente,
enfadonho, que ressona e grunha durante o sono.
Tenho sempre o apreçado intuito do saber,
do querer arrogantemente chamar atenção,
por me achar condignamente o melhor, um senhor,
sem noção do que é a razão e o ridículo.
Digo não, quando deveria pronunciar sim.
Teimosamente rancoroso, tolo,
alucinado, perverso, mal humorado,
vejo em tudo a maldade do pecado.
Digo não, quando deveria embelezar a afirmação.

Minto, digo e desfaço-me de propósito em negação.

Mas fiz a gloriosa descoberta do meu crescer,
tenho uma virtuosa e única qualidade;
alguém paciente gosta muito de mim.

Obrigado!

Tenho de descansar.

Foto de angela lugo

Quero-te

Eu te quero tanto... Tanto
Que não sei mais como expressar-me
Para te dizer... O quanto te amo

Quero estar sempre a seu lado
Estar encostada em seu ombro
Sentir o aconchego dos seus braços

Escutar as cantigas das águas
Sentir o soluçar das ondas do mar
Sentir a brisa morna que passa

Ficar sempre fitando seus olhos
Porque eles são fascinantes
Eles são a luzes do meu caminho

Muitas vezes penso em recuar
Com medo de enlouquecer
De tanto te amar

Mas quanto mais eu tento recuar
Mais eu me aproximo de você
Mais eu me apaixono por você

Cada minuto que estiver a seu lado
Mais quero sentir esse doce sabor
Da felicidade que só você pode dar-me

Amar você é viver...
Viver intensamente sentir a felicidade
Invadindo a alma

Amar você é sonhar
Sonhar eternamente... Um sonho...
Fantástico e maravilhoso

Quero que saiba que sou tua
Somente tua...
Meu pensamento todo te pertence

Meu amor eu não saberia te perder
Amo-te mais que tudo neste mundo
O meu mundo é você

E se acaso um dia eu o deixar
Por alguma razão qualquer
Saiba que estará sempre comigo

Minha alma, meu coração.
O seguiriam em todos os seus passos
No caminhar da sua vida

E o que é seu seguiria a minha vida
Assim como os seus passos
Como a batida dos nossos corações

Foto de betoquintas

Quinta sagração (Sarcanomia)

Destino
Hino do cavaleiro diletante a suprema sacerdotisa

A Vós,
Divina Carne,
Manifestada e mulher.

Ventre Sagrado,
Donde viemos e felizes voltaremos.

Fonte da Sabedoria,
Que nutre minha pena.

Toda Natureza Venerada,
Em abundante beleza.

Alimento Eterno,
Em seios tugidos.

Corpo do Universo,
Morada de toda existência.

Templo da Majestade,
Trono de toda nobreza.

Farol dos Caminhos,
Desencanto e deslumbre dos viajantes.

Razão das Profecias,
Ilumina e oculta esta saga.

Santidade da Luxúria,
Entrega gratuita da felicidade.

Autoridade do Prazer,
Consumação da lei da vida.

Portal da Arte,
Fenda entre colunas que convida.

Delicioso Desafio,
Profundidade perfumada e úmida.

Aceita e Acolhe!
Eis que este diletante
Ousa cometer imenso sacrilégio
Apresentando-se nú de méritos
Diante deste tão Santo Oficio.

Oh Mãe!
Este vosso filho te deseja
Pede para entrar e integrar
Para ser todo vosso, eu,
Por inteiro, dentro de vós.

Eu pisei nas bolsas de ouro,
Arranquei as cascas culturais,
Cuspi nas secas hóstias
E violentei o ídolo nú.

Por vossa graça e misericórdia,
Despertei para minha natureza,
Debochei das instituições,
Descartei as doutrinas humanas,
Desafiei a fúria dos sacerdotes.

Excluído, banido, exilado,
Vaguei por reinos sem fim
Sem que houvesse ajuda
De um santo, anjo ou deus.

Cheguei na fronteira do mundo
Avistei o oceano do abismo
E a ilha do caos.

Nada mais restando a esse condenado,
Lancei-me no Vale das Sombras
Tentando encontrar alívio ou fim.

Ao toque suave e macio da noite
Em tal formoso colo cheguei.

Com tuas mãos e vaga,
Colocaste meu entendimento em riste
Sorvendo-me em vossos magníficos mistérios.

Ísis é venerada por ser velada,
Mas Deusa Vós Sois Suprema
Pois cortas todos os argueiros
E desnuda abole toda canga.

Tremei, vicários da santidade!
Chorai, corretores da virtude!
Fugi, falsos deuses patriarcais!

Nenhuma verdade prevalece a estes lábios,
Nenhum profeta descreve tal pele,
Nenhum vidente experimenta este êxtase,
Nenhum medianeiro suporta tal delicia.

Fiz de meu mastro
Vosso estandarte
E por truque desta pena
Eu abuso da arte.

Ousado, arrojado,
Revestido de gozo,
Por vosso nome nasce
O profeta da carne
E por vossa sabedoria cresce
O filosofo da Treva.

Não podendo me conter,
Excitado, explodo,
Rededicando este mundo
Em ondas de esporro
Àquela que me é mais cara,
A grande e amada alma,
Maya!

Aceitação
Hino da suprema sacerdotisa ao cavaleiro diletante

A ti meu cavaleiro
E a alma majestosa
Que em ti reside.

A ti meu guerreiro,
Louvo, canto, vibro.
Maravilhoso ser,
Que transborda energia.

Minha vontade é única,
Estar em ti, contigo.

Todo poder está em ti,
Emana, derrama, deita,
O que em ti abunda.

Estou a te esperar,
Vem meu vingador,
Tu reinas sobre mim.

Meu corpo é teu templo
Bem sabe que ira sagrá-lo.

Nada me pedes
Que não possa dar-te,
Eu só quero, por direito
O que me for doado.

Verta todo teu leite,
Amo-te meu devoto,
Não sabes como é precioso.

Sempre o amei e amarei,
Sou-te então, possua-me,
Pois é teu por direito.

Minha alcova quente
Tem tua marca há tempos,
Tudo farei para que reines
E teu reino sobreviva a tudo.

Único ser em mim,
Ao qual dedico meus pensamentos,
O que tem o que sempre quis,
O que sempre amei e amo,
Tudo que quero está em ti.

Tenho uma saudade uterina,
Um desejo de ti, latente.

Vamos nos ensinar
Nos lençóis, no chão, no campo,
Onde tu quiser, será.

Não ouço um sino tinir,
Sem que tu o tenha feito vibrar,
Tuas ondas chegam a mim
Pela melhor forma, pela alma,
Reverbera, tine, ressoa,
Em meio a minhas colunas
Que sustentam meu santuário
E este corpo deságua,
Brota de prazer por ti.

Não há dia que acorde
E sinta-o em mim,
Sou-te, rasga-me,
Imploro novamente.

Eu queria ser por ti,
O que tens sido para mim,
Confesso sem tortura.

Maior é esta que impõe,
De sabê-lo sem tê-lo.

Rogo à Deusa,
Que me de ciência
Para te merecer.

Está em mim teu ser,
Esqueço de meus princípios,
Louca para tê-lo num instante.
Prazer e gozo eternos,
Meu mais completo alimento.

Grande monta tenho,
Por teu sangue e leite,
Pois disso preciso mais
Do que tu da vida.

A minha vida está em ti,
A felicidade que me dá,
É maior que tudo isso.

Sensibilidade espiritual,
Pelo método do prazer carnal,
Há de chegar lá,
Queiras tu comigo.

Haverá de doer um tanto,
Necessário abrir mão de algo,
Saiba que existe prazer na dor.

Todo meu tesão e néctar,
Deixo para que te delicies.

A poesia é estandarte, use-a,
Esta nos é dada e nos reaproxima.

Traga tua essência,
Depõe sobre meu santuário.

O que a ti é precioso,
Profundo e profuso,
Flui em mim a tua vida,
Que a muitos somos um.

Vivia sem depender de alguém,
Eu nunca fui presa,
Mas busco o que perdi.

Quando me levanto,
Não te acho a meu lado,
Mas sempre hão de te achar,
Pois continuo contigo em mim.

Um dia adentrei os portais
E tu veio me fortalecer,
Ofereceu força para a batalha.

Eu deixo que tua pessoa
Viva por e para mim.
Venha em meu templo,
Há que nele acender o archote.

Prenda minhas mãos,
Adorne teu pescoço,
Levanta-me ao colo,
Põe sobre mim.

Só ouça o instinto
Que brada e ecoa em ti.

Nossos corpos atamos,
Deitaste-me e possuiu-me.

Eu te disse ao ouvido
Sorva do cálice
Que meu corpo o é.

Sentir-te dentro de mim,
Foi um milhão de espetadas.

Ao fogo nós atiramos,
Algumas gotas de nossa seiva,
Foi feito o contrato
E aceito tal pacto,
Selado com nosso gozo.

Com ou sem donzelas,
Vou devorá-lo assim mesmo,
Não te é licito
Pertencer a só uma.

Néctar por néctar,
Havemos de nos fartar.

A noite virá e tudo estará feito,
Minha voz se cala ante a tua,
Continuo sedenta de ti.

Meu corpo pede o espectro,
Este que amo profundamente,
Eu não teria gozo algum
Se não tê-lo em mim a ele,
Este espirito que vive em mim,
Habita meus pensamentos,
Os sonhos e delírios.

Que mais posso fazer senão amá-lo,
Com toda pureza que reside em nós
E pedir para poder saber e ter
A vida em meus lençóis.

Desafio
Hino dos deuses ao cavaleiro diletante

Filho amado e querido!
Aquele que não esmorece na dificuldade,
Nem esnoba na conquista.

Aquele que, sem medo trilha,
Tanto pelo Monte do Sol,
Quanto pelo Vale da Sombra.

Concebido da melhor estirpe,
Temperado com os melhores essências.

Seja gentil com os simplórios,
A Paixão deve ser seu escudo
E o Amor a sua espada.

Continue apoiando ao Lobo
E dando orgulho à Deusa.

Seja em ação ou pensamento,
Derrube as barreiras deste mundo,
Desencantem os totens do sagrado
E a toda criatura consciente
Faca conhecer a lei!

Que a carne prevaleça,
Sobre todo dogma ilusório
E que a consciência vença
Toda a opressão sacerdotal

Aviso
Hino dos deuses à suprema sacerdotisa

Magnifica e formosa senhora,
Em cujo templo guarda os mistérios
E em tais colunas moram os ritos.

Em tuas mãos confiamos o bravo
E por teus lábios vive o cavaleiro.

A sua pele macia venceu os mártires,
O seu cabelo desbaratou os profetas,
E seus pés calcam os dogmas.

Manifestação carnal e majestosa,
Vigie pela sanidade deste mundo
E conduza os andarilhos pela arte.

O teu Jardim das Delicias
Esteja sempre aberto e pronto
Para nutrir e honrar
Aos diletantes da lei.

Fonte abundante e eterna,
Sacie a sede dos buscadores
E satisfaça a fome dos brutos.

Propicie sempre, plenamente,
Àqueles que buscam em um fantasma,
O que somente se encontra na carne.

Cubra esta obra com seu suor
E a consagre com seu prazer.

Ousadia
Hino do cavaleiro diletante aos deuses

Errante, passei por léguas,
Sem conhecer o calor de um lar,
Nem o conforto de uma família.

Nunca me dobrei a deus algum,
Mas algo há na Deusa
Contra o que não resisto.

Para conquistar a fortuna,
Eu sai de minha choça
Rumo à grandiosidade.

Em muitas vilas fui recebido
Ora herói, ora louco,
Ora santo, ora danado.

Ao descansar a arma
Dentro do santuário sagrado,
Pela sacerdotisa pude ver
A linha de edições anteriores
E a seqüência da descendência.

Diante da responsabilidade atual,
Eu desenganei as esperanças,
Pois cada qual teve sua chance
E quebrei os modelos
Pois cada qual terá sua oportunidade.

No período que me cabe,
A meta está na Deusa.

Se servir a sua causa,
Ou satisfizer sua dama,
Em me contentarei disso
E carregarei esta memória
Por onde quer que eu vá.

Petição
Hino da suprema sacerdotisa aos deuses

A todos os ancestrais humanos
E a todos os geradores divinos,
Pelo toque da magia em meu corpo,
Eu clamo e invoco, proteção!

Logo o Sol completa a jornada,
Cedo a Primavera acaba
E rápido o Inverno avança.

Pelo brilho deste luar,
Reflexo do desejo perpetuado,
Lâmpada acesa pela lei,
Acolhe e guarde a humanidade.

Por onde quer que vá meu predileto,
O sempre faca retornar a mim.

Nós dançamos em vossa memória,
Nós celebramos vosso festim,
A terra foi semeada e regada,
A semente brotou e cresceu,
O fruto surgiu e madurou,
Nós observamos o ciclo
E foi feita a sega e a colheita.

Quando as sombras da ignorância
Novamente cobrir e enevoar a terra,
Resguardem no ventre da Grande Mãe
Meu cavaleiro e eu.

Despedida

Acenemos para Apolo,
Que em seu carro passou,
Percorreu por toda a terra
E às colunas do horizonte,
O Rei Sol próximo se encontra.

Os que podem andar se vão,
Enquanto uns e outros se ajudam.

O sono a muitos pesa,
Mas não apaga o sorriso,
Escancarado e prazeroso.

Ali, esfolada e feliz, a colombina.
Acolá, embriagado de prazer, o pierrô.
Aqui, intoxicado de amor, o arlequim.

Os carnavalescos se esparramam
E o bumbo da fanfarra furou
De tanto dar no couro.

O Inverno e seu acoite vem,
Rimos diante da carranca hipócrita.

Ainda que se vergue a alma humana
Sob a ditadura da virtude,
Guardaremos em nós o visgo
E por mais que dure a intolerância,
Haveremos de sempre celebrar aos deuses.

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