Ontem

Cada vez mais distante me torno de você
Com isso a saudade aumenta, queria poder te ver.
Os dias se passam rápido,
E eu fico aqui na solidão
Sem saber a quem amar,
Sem saber a quem beijar
Pensando em você toda hora, só me dói o coração.
Parece coisa de filme
Mas é a vida real
Quanto tempo estarei te buscando assim?
Quanto tempo terei que te esperar afinal.
Ainda ontem vi alguém de costas na rua
Pensei ser você chamei por seu nome,
E logo percebi que não era você.
Te procuro onde ando
No parque,
Na praia,
Em estranhos
Mas cadê você que nunca encontro?
Está dentro de mim no meu coração em seu trono.
Sei que nunca fui um dia seu dono
Mas o seu amor um dia tive
E em meio a brigas e declives,
Te amei mais do que tudo
Mas parece que em seus planos nunca estive.
Queria poder te dizer muitas coisas agora
Coisas que não falei outrora
Mas agora parece impossível
Pois a distância faz-nos distantes agora.
Embora saudades eu sinto neste momento que escrevo
Sei que logo ela vai-se embora
Assim como um dia você se foi
E não olhou para trás pra dizer-me adeus,
E foi-se embora deixando-me triste como agora...
(Warlen Vieira Loureiro)

Vivemos numa sociedade envolta
No capitalismo e sem mais nada
Para oferecer do que uma simples nota
Será que ninguém olha em volta
E vê que o amor, a paz e a compaixão
São todos enterrados num caixão
Em nome de uma qualquer causa
Promovida pelos senhores da guerra
E é por essa mesma causa
Que morrem e ficam sem terra
Milhões de pessoas hoje, ontem e amanhã
E os nossos insignificantes valores
Acabaram nos louvores
Dados a esses senhores
Quando é que isto acabará?
Enquanto eles lutam a terra morrerá
Aos poucos vendo os humanos a lutarem
Ao invés de olharem
Para a terra e apreciarem
Este belo planeta

Vou andando por aí,
Meio afobada
A procura de mim.

Corro ruas,avenidas,
Dobro esquinas,
Vou de encontro
A contra mão.

Meu relógio parou,
É inverno,
O sol se apagou.

Escrevo o passado a gis,
Apago as tristezas
E arrisco dizer
Que fui feliz.

E o vento da noite
Vem me falar:

-A vida é mesmo assim;
Posso e falo por mim
Que ontem bramia
Com a tempostade no mar
E hoje sou brisa solitária
Na noite fria a sussurrar.

E...vou indo por aí,
Na companhia
Do meu grito calado,
Escalando o abismo
Que há em mim.

Vou em busca de outros braços
Para abraçar meu abraço;
E eu possa,quem sabe um dia
Emcontrar-me,
Em fim...