Oração

Foto de Marilene Anacleto

É Amor

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É amor
Essa dor que consome e afoga o peito,
Que a respiração ofega e prende,
Ao pensar nos olhos nevoentos,
Do menino que se tornou tormento.

E agrediu sua Santa Alma,
Mais do que a alma de outrem,
E levou tragédias e mágoas
Para muito mais além do Além.

É amor
A dor que em nós sonambula
Em meio a desesperos e ais,
E em incensos levam o olhar santo
Das crianças que não veremos mais.

As nuvens, em véus de viúvas,
Transformam em luto o céu de outono.
Perplexos, sem podermos fazer nada,
Só a oração nos acalma e dá consolo.

É amor
As pombas brancas que levam a paz
E os perfumes que despejam os lírios brancos
Que enviamos à família e aos pais
Para que desfaçam a dor em suave pranto.

Ave Maria, cheia de graça...
Proteja todos esses nossos filhos
E Teu Amor de Mãe, nossas almas abraça,
Ao ajoelharmo-nos ao som dos teus sinos.

É amor
Que, de mãos postas recebemos
O conforto da prece de todos os irmãos,
Que não cessam de rezar socorros
Numa coroa de luz feito um só corpo.

Que o sonho do céu seja a anestesia,
E, em constante sopro, o Amor Divino,
Acompanhe-nos sempre, no abraço eterno,
Na árdua tarefa de viver a vida.

É amor
Cada flor que cruzar nosso caminho,
Cada pássaro que surgir em nosso céu,
Que nos recorde Deus, o Senhor da Vida,
Que, com Seus Sagrados Olhos, os recebeu.

Marilene Anacleto
08/04/2011

Foto de Marilene Anacleto

Construção

Ploc... Ploc... Prrrriiii.... Prrrriiii...

Quero fazer oração,
O pedreiro já chegou.

Vou preparar o café
Tenho de dar instruções.

Agora resolvo ler,
Ele liga a betoneira.

Decido escrever um pouco,
Ele liga a furadeira.

Então pego a vassoura,
Ele chama para ver o cano.

Eu tento dar um cochilo,
A voz dele me arrepia.

Desassossego, bagunça, estresse.
Quem consegue fazer algo
Com um barulho desses?

Está ficando uma beleza a minha casa.
Que bom! Quando tudo sossegar,
Posso rir, brincar, criar asas.

Marilene Anacleto

Foto de betimartins

Hino de amor à natureza

Hino de amor à natureza

No verde que minha vista já não alcança, no espaço repleto de beleza eu vejo as rolinhas, felizes e contentes debicarem seus petiscos, os insetos soltos por ali...

Entre os vôos de marcar territórios, os bem-te-vis são agressivos por demais, disputa o pobre pica-pau de penas avermelhadas, fazendo mesmo assim as suas graças na árvore...

Olho o lago com suas imensas águas, espelhando Dourado do Sol, refletindo as nuvens e as árvores dali, e na beira do lago os canto agitados dos quero-queros, querendo eu longe dali...

Entre os pulares nas árvores gigantes, olho e não consigo entender vejo misturados no verde os belos periquitos a namorar, que algazarra eles fazem ali...

Observo as outras árvores e vejo os ninhos do joão-de-barro, quanta perfeição e observo ali e quanto trabalho árduo ele tiveram pelos seus amados filhinhos...

De repente escuto o barulho na água de um mergulhão quase azul e esverdeado a pescar, que belos vôos ele fazia na água, rumando para a enorme castanheira descansar...

Ruídos estranhos e estridentes me fazem olhar para as arvores vizinhas, qual é o meu espanto que vejo famílias de sagüis espreitarem-nos, alguns ainda muitos bebezinhos...

Perdemos em breves pensamentos, ao ver tanta união ali, os bebês seguirem suas mães e lembrar quantos de nós os humanos mataram e maltrataram as nossas crias...

Jamais são deixados ao esquecimento, nem deitados ao lixo, apenas são animais, mas que cuidam verdadeiramente das suas crias como as mães devem ser de verdade...

Olho para o relógio e vejo que são onze horas, vejo gente com seus lanches, para ficar a descansar do trabalho, ficando apreciar o que a natureza ali oferece...

Rasga o silencio da represa, o trem que esta chegando ali, sãos os mais variados vagões de mercadoria, onde outrora era o café que mais se transportava ali...

O Sol se esconde por breves momentos, ficando tudo no mais absoluto silêncio, a penumbra sobressai ali recolhendo os nossos pensamentos...

As nuvens são arrastadas pelo vento que suavemente se faz sentir, deixando o Sol, emergir trazendo o calor e iluminando tudo por ali...

Uma pequena serenata se escuta ali, como agradecimento á vida que corre ali, de novo o barulho das águas, são a belas famílias de capivaras, que vem descansar ali...
Na cor prata da água, vejo emergir os peixinhos, buscando os restos de comida, deixados para as famílias de patos que vivem espalhados ali...

Observo a vida em forma bruta, quanto ela é majestosa, recheada de coisas tão belas como o amor, partilha vivida por eles ali...

Imaginei um verdadeiro artista pintando aquele quadro visto ali, quais seriam as cores pintadas, até os detalhes das minúsculas borboletas e as belas libelinhas voando por ali...

Alegre e completamente feliz, quis dançar ali, esvoaçar como os pássaros, cantar como um canário, como se fosse uma oração e agradecimento a vida...

A paz que eu encontrei e senti ali, apenas é a melhor união com Deus, o mais belo hino de amor cantado pela natureza para mim...

Betimartins

www.betimartins.prosaeverso.net 25 de Março de 2011

Foto de airamasor

Procurando o Amor

Em meu despertar....
Um pedaço de mim chora...
Laços que partem,
Uma parte que implora...
Esperança vazia...
Uma lágrima escorre...
Soluços ocultos,
Em meu sangue percorre....
Formosa vida...
Proibida a ilusão....
Sonhos de menina,
Calados na oração...
Brilho nos olhos...
Sorrisos em vão...
Alma feminina,
Pedindo paixão....
Existência em luz....
Coração sem pudor...
Sobrevivo,
Procurando o Amor...
(Aira, 24 de março de 2011)

Foto de Carmen Lúcia

Amanhã...talvez!

Acordei apática, amortecida,
nem disse bom dia ao dia,
nem fiz a oração a Deus
bendizendo o dom da vida.

Não quis falar de poesia,
nem relembrar sonhos meus.
Senti a alma vazia...
Onde deixei os sentimentos
nesses estranhos e tristes momentos?

A dor em meu peito ardia
e por mais que a rebatesse,
não se desfazia.
Sequer abri a janela,
pra deixar o sol entrar...
A luz transpassada por ela
fez meu olhar se fechar...

Perto dali eu ouvia
um alegre bem-te-vi
fazendo homenagem ao dia...
Tapei os ouvidos, fingi
que não o ouvia...
Mal-te-vi!

Deixei que as horas passassem,
malditos minutos incontáveis...
Por que existem manhãs?
E todo frescor matinal?
Por que a poesia lá fora
quer me falar logo agora?

Por que existe tristeza
em contraste com tanta beleza?
Por que não consigo chorar
pra minh’alma aliviar?

Hoje não estou para nada!
Sinto-me inanimada.
Dormirei outra vez...
Amanhã, quem sabe?
Talvez...

_Carmen Lúcia_
21/10/2007

Foto de betimartins

O Pintor e sua tela desbotada

O Pintor e sua tela desbotada

Um dia um pintor pintou uma tela belíssima, nunca tinha pintado algo tão belo, mas esqueceu de um pormenor ele a pintou com as suas piores tintas e quando a sua tela ia para a exposição choveu muito e apanhou muita chuva. Com o quadro a desbotar e a tinta a escorrer pela tela, todas as contas que ele tinha feito para poder pagar uma operação que salvaria a vida de sua mãe, foi tudo por água abaixo e desfeito, ali.
Chorando e sem saber o que fazer e nem como dizer a sua mãe que já não teria o dinheiro para pagar operação ele saiu. Desnorteado e sem rumo, senta num banco de um jardim.
Perto dele, senta um senhor mal vestido, de rosto simpático, sorri e mete-se a conversa, até que no meio da sua conversa ele diz que tem o Pai Celeste, o seu melhor amigo, Deus e que a ele nada é impossível e que pedisse ao expositor que colocasse mesmo assim a tela na sua exposição.
Meio descrente e com o coração apertado o celebre pintor, entrou em uma igreja, sentou num banco em frente ao altar, que tinha uma cruz e Jesus. Ali, crucificado, olhando para ele, subitamente desatou a chorar compulsivamente, ao olhar para aquela imagem ali.
Transtornado ele sai da igreja e caminha para sua exposição, mas ciente que todo o dinheiro arrecadado iria ser insuficiente para pagar a operação.
Mesmo assim lembra-se do que pediu o senhor idoso no banco do jardim e pede que coloque a tela assim na exposição.
Sua noite foi pesada, entre sonhos e pesadelos, levanta-se sem conseguir dormir repensado na vida e pela sua pouca fé. O dia não passava, ele sentia mal disposto, com uma náusea, um mal estar, diria que aperto pesado na garganta pelo que a noite iria trazer. Inquieto e sem saber como matar o tempo, sem conseguir tirar as palavras que massacravam o pensamento, ele abre uma bíblia novinha que ainda estava embrulhada, presente de sua mãe quando ele fez dezoito anos.
Abre distraidamente e a pagina abre no salmo 23, entre lágrimas e dor forte no coração, ele lê em voz alta e quando termina sente dentre de si uma paz infinita e um bem estar.
Já não sentia mais sozinho, confiante toma seu banho, sai para a rua sorrindo, entra num café e toma um bom pequeno almoço. Observa a vida na pracinha, com outros olhos que nunca tinha visto até hoje.
Observava uma menina, de vestido rasgado pelo tempo, impressionado ele sai do café e vai ao seu encontro. Ela corre assustada, corre sem olhar para trás. Frustrado ele entra de novo no café e ali fica a pensar.
A noite estava chegando, o que poderia salvar a vida de sua mãe, confiante e calmo ele caminha devagar até a sua exposição.
Entrou, olhou para tudo e sua tela estragada estava ali no lugar que tinha tinham combinando, o lugar central da exposição. Muita gente, barulho e falatório. Alguns ficavam pasmados, olhando aquela tela, entre as cores desbotadas e o que elas deixaram a ilusão que era como se nossa mente visse tudo desfocado, entre gritos e entre desespero.
No culminar da apresentação da exposição chega o especialista das obras de artes e fica estarrecido ali, inerte, silencio total, ninguém falava, apenas o silencio imperava ali. Aqueles minutos foram os mais longos da sua vida, mas estava tão confiante que sentia que algo mágico iria acontecer ali e lembrou-se do salmo que leu e tocou sua alma.
Ele jamais estaria sozinho, seu pai estava ali com eles não iria o abandonar jamais. Rasgou o silencio com uma exclamação do especialista, chegou a hora, a hora que iria determinar suas telas e seu real valor.
Para seu espanto ele estava eufórico, dizendo que nunca tinha visto tamanho talento, apesar de já ser bem conhecido na veia artística. Por conseqüência suas telas sobem acima de valores jamais vistos por ele.
Chorando e emocionado ele sai sem despedir de ninguém, estava sem saber que pensar, caminhando furtivamente, quando repara olha e vê a casa onde nasceu e uma luz acesa.
Ainda sem saber como ele mete as mãos ao bolso e descobre a sua chave antiga da casa, seria ainda a mesma fechadura? Era a sua mãe que abria a porta quando em diminutas visitas, pensativo mete devagar a chave para não assustar sua mãe, o coração batia descompassa mente, sentia um nó forte em sua garganta e a porta abriu.
Em passos leves entra na sala e vê na velha poltrona sua mãe, velhinha, magra e cansada, sem fazer o mínimo barulho, ele se aproxima e beija seu rosto parecendo ainda meio adormecido.
Abre um belo sorriso de sua mãe, abraçando-o e entre lagrimas ela apenas falou:
- Meu filho, quanto eu rezei por ti hoje, senti um aperto no peito desde ontem e sentia que vinha de ti.
Peguei na bíblia e rezei tanto, que Deus escutou as minhas preces.
Sorrindo e feliz o filho diz baixinho:
- Mãe! Tu não sabes quantos milagres operaste com a tua oração, mas o melhor milagre esta no presente que deste com dezoito anos. Com ele jamais vou sentir sozinho na vida. Obrigado mãe
- Anda que hoje eu vou ficar aqui contigo e amanha tens que te preparar para ires para o hospital e eu estaremos eu e Ele contigo.

Foto de Marilene Anacleto

Confiar - Fiar Com

Confiar é tecer vidas
Luminosas, coloridas

Urdidura, os fortes fios
Condição que a nós surgiu

Tênue fios intercalados
Nossas disponibilidades

Com a calma paciência
Ao tecido, a aparência

Nova criatividade
Borda cenas de qualidade

Constante e ingênua alegria
Acrescenta-lhe beleza e sorriso

Os pés no chão, com certeza
Dão ao tecido, firmeza

Misericórdia, indispensável
Torna-me flexível e maleável

Alma e coração, ponto a ponto,
Inspira, a quem a vê, a um canto.

Transforma-se em manto sereno
Acolhe-me nos desesperos.

Ou, então, tapete seguro
Trilha certa em caminhos escuros

Para fiar, da vida, o tecido
Parceiro bem escolhido

Já nomeei muitos deuses
Criei esburacados tapetes

Não me serviram de manto
Nem me acolheram nos prantos.

FIO COM DEUS no coração
Manto, ou tapete no chão
São minha segura canção

Meu querido, meu amado,
Meu brilhante encantado,
Presente em cada chão.

Meu êxtase, minha oração
Minha sagrada comunhão.

Marilene Anacleto

Foto de marcos alves

Oração em poesia

Pai
Eu rezo todo dia
Em forma de poesia
Cada oração que faço
Em forma de poesia
Me traz alegria
Pois tenho a certeza que
Cada um que lê
Leva um pouco mais de luz para você

Agora todo mundo vai dizer
Deus te abençoe
Deus te ilumine
Deus te proteja e cuide de você

Agradeço a cada um que leu essa oração
Muito obrigado
Por ter ajudado meu Pai
A encontrar o caminho da paz

Autor Marcos Paulo Alves Simoes
Em homenagem a seu Pai
Carlos Simões Sobrinho

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"ORAÇÃO A MEU DEUS"

"ORAÇÃO A MEU DEUS"

Oh Senhor, primeiro amor de meu viver...
Calceteiro mor que construiu meu caminho...
Dono do tempo, livrador de todo meu sofrer...
Desenhista e escultor do meu destino!!!

Arruma a tua morada...
Templo que te abriga por todo o sempre...
De luz para que ande em tua estrada...
Oriente-me para que viva divinamente!!!

Senhor de minhas angustias...
Senhor de toda redenção...
Respostas às minhas perguntas...
Motivo da minha silenciosa oração!!!

Rogo a ti meu Pai em noite de escuridão...
Que ilumine os caminhos de meus irmãos...
Rogo a ti Senhor que dê sua benção...
Aos homens sem coração!!!

Te imploro Senhor...
Livra o ladrão...
De muito amor...
Conceda-lhe o perdão!!!

De joelhos meu Pai...
Peço pelo ímpio...
Derrame sobre ele a paz...
Para que possa enxergar o obvio!!!

Senhor se preciso for...
Lavo com minhas lagrimas os pés do inimigo...
Para que se manifeste teu amor...
Transformando todos em amigos!!!

E por fim meu Pai, verdadeiro Senhor de tudo...
Faça de mim o que melhor lhe convier...
Para que eu possa melhorar o mundo...
Para quando teu filho chegar!!!

Senhor...
Dono do ar que respiro...
Genitor de minhas idéias...
Provedor de minhas conquistas...
Gestor de minhas posses...
Companheiro de todas as horas...
Obrigado...
Nada teria valor se não fosse vindo de ti...
Nada teria sabor se não fosse ofertado por ti...
Nada teria me satisfeito se não fosse do teu agrado...
Nada, mas nada mesmo Senhor tem sentido sem teu amor!!!

Obrigado Senhor!!!

Foto de marcos alves

O voô do amor

Se eu fosse um passarinho
Voaria até o céu
Só pra ver você
Pousaria nos teus braços
Te daria um abraço
E diria a você
Que te amo muito
E jamais vou te esquecer
Depois eu voltaria
Pra seguir a minha vida
E cuidar da minha filha
E sempre que pudesse
Voaria até o céu
Para te dar aquele abraço
E pousado nos teus braços
Faria uma oração
Pedindo a Deus sabedoria
Que Ele cuide de você
E coloque em seu caminho
Com todo seu carinho
Amor, Paz, Luz, Entendimento ...

Descanse em Paz
Eu Te Amo Pai

Autor Marcos Paulo Alves Simoes
Em homenagem a seu Pai
Carlos Simões Sobrinho

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