Ouro

Foto de Carmen Lúcia

A bela cigana

“A bela cigana”

texto inspirado no conto de Machado de Assis: "A cartomante"
(Homenagem ao centenário da morte de Machado de Assis)

O velho relógio da matriz acabava de ribombar a nona badalada, que pairava no ar, feito fundo sonoro e enigmático da história empolgante que acontecia.
Passos apressados se fizeram ouvir, como os de alguém que ansiava chegar rapidamente ao destino a que se dirigia. Pelo toc-toc dos sapatos percebia-se serem de salto alto e consequentemente, de mulher.
Parou por uns instantes numa esquina, como que a espreitar, sem se fazer notar, ao ouvir o barulho de um trem. Esperou nervosamente sua passagem e atravessou a linha. Seus passos agora eram mais rápidos, como se quisesse recuperar o tempo perdido.
Seguiu pela Rua do Porto, tortuosa, escura e esburacada. Aquela noite sem luar estava
propícia para o que se propusera a fazer. Uma grande aliada! Após atravessar algumas esquinas úmidas e sombrias, chegou ao local que lhe haviam, sigilosamente, indicado.
Não era bem uma casa, mas algo parecido.Deparou-se frente a um barracão bastante surrado, meio fantasmagórico, mal iluminado por velas e lampiões.
Ficou assustada.Pensou em voltar, desistir de seu intuito, mas o motivo que a levara até ali era muito forte e resolveu continuar.
Olhou para os lados para certificar-se de não haver ninguém por perto e começou a bater palmas.
Uma figura excêntrica, trajando roupas exóticas e coloridas surgiu silenciosamente feito uma aparição. Escondia o rosto num véu, lembrando dançarina do Oriente Médio, deixando à mostra um par de olhos negros, grandes, belíssimos e um ventre bem torneado.
- Boa noite!disse-lhe Lígia.
A cigana fez um leve movimento com a cabeça, cumprimentando-a e estendeu o braço, apontando-lhe o local a que deveria se dirigir.
Ambas sentaram-se nas almofadas que havia ao redor de uma mesinha onde a misteriosa mulher, à luz de velas, começou a colocar cartas de um baralho sinistro, pedindo que Lígia escolhesse algumas. E assim ela o fez, sem tirar os olhos da bela cigana, agora sem o véu.
De repente, viu um largo sorriso em seus lábios, revelando dentes muito alvos e um canino revestido de ouro.
-Vejo imensa luz em seu destino!Seus sonhos serão realizados!Nada a afastará de seu grande amor.Somente a morte, após terem vivido longos anos de felicidade.
Em seguida, pegou a mão esquerda de Lígia :-Essa linha mais comprida da palma de sua mão vem comprovar o que lhe disse.
Lígia sentiu-se muito feliz e um alívio tomara conta de seu coração.Pagou a mulher, que já aguardava o pagamento pelo seu trabalho e retirou-se dali.
Eram vinte e três horas quando chegou à Avenida Coronel Alcântara, onde residia.Não ficava distante do local de onde viera.
Tirou as roupas, os sapatos, vestiu uma camisola branca e deitou-se, sem qualquer ruído, ao lado de Álvaro, seu marido, que roncava, dormindo profundamente.Apagou a luz do abajur e adormeceu logo em seguida, satisfeita com o que ouvira naquelas últimas horas.
Cássio a esperava no lugar de sempre, sem muito movimento de veículos e transeuntes.Final da Rua Vinte e Oito, local ideal para encontros clandestinos.Olhava seu relógio, pois, já passava das vinte horas, horário combinado por eles.

Lígia apontara na esquina, mais bonita que nunca, com um insinuante vestido preto colado ao corpo, ornamentado por um generoso decote, mostrando seu colo macio e branco e uma boa parte de seus seios.Deixava no ar um rastro de perfume francês.
Cássio a olhou com olhos de admiração e desejo.Saiu do carro e abriu a porta para que ela entrasse.
Partiram para um lugar retirado, onde pudessem conversar e namorar tranquilamente.
-Nada irá se opor a nós!As palavras da cigana foram convincentes.Seu misticismo é contundente.Não há como descrer.
Ele riu da credulidade infantil da amante, mas não proferiu qualquer palavra sobre o assunto.Preferia-a assim, crédula e feliz.
Cássio havia sido chamado ao gabinete de seu chefe. Esperava o elevador que demorou um bom tempo para chegar.Bateu à porta levemente e ouviu:-Pode entrar!
Álvaro girou sua poltrona e ficou frente a frente com seu assessor.Fumava um charuto cubano e fazia questão de soltar a fumaça em direção ao seu subalterno.
Este ficou um tanto constrangido, pois notou algo de diferente no ar. Pensou:-Será que ele descobriu tudo?
-Preciso resolver um problema da empresa, em São Paulo, e pela confiança inabalável que tenho em você, pela sua inegável competência, quero pedir-lhe que vá em meu lugar, pois tenho outros assuntos pendentes a resolver .
Deu uma pausa no falar para acender outro charuto.
Cássio jamais negaria esse pedido ao seu chefe e amigo, ainda mais pela consciência pesada que trazia, decorrente da traição amorosa com sua mulher.
-Conte comigo, Álvaro!Amanhã mesmo tentarei resolver isso.
Sentiu-se livre do mau presságio que o invadira.
Combinaram o horário da viagem, despediram-se e Cássio voltou para sua sala.
Lígia atendeu o telefone que tocava insistentemente.
-Olá, querida!Que tal irmos para São Paulo e termos uma semana somente para nós?
Do outro lado da linha, uma mulher pálida e trêmula, não sabia se chorava ou ria.
Ele a tranquilizou e até sugeriu uma desculpa ao marido.Ela diria que precisava visitar uma amiga de infância, em fase terminal de câncer, na cidade de Resende.
Bem, parecia que tudo conspirava a favor para que os amantes ficassem juntos por mais tempo e se amassem muito.
Poucas horas antes da viagem, Lígia fez um pedido ao Cássio:-Gostaria de agradecer à cigana por essa felicidade, que em grande parte, ela nos proporcionou, já que eu andava tão angustiada, acreditando numa possível desconfiança de meu marido.
Cássio colocou alguns obstáculos nessa idéia da amante, mas, se era para deixá-la mais feliz, concordou.
As horas passavam e Lígia não chegava. Preocupado, resolveu ir até lá. Já era noite e um chuvisco embaçava o vidro do carro, deixando-o impaciente. Parou próximo à linha do trem, para esperá-lo passar. Era um cargueiro que parecia não ter fim.
Finalmente, linha desimpedida! Acelerou o carro e chegou em frente ao barracão que sabia muito bem onde se localizava, graças às informações de Lígia.
Bateu palmas e ninguém apareceu. As velas acesas piscavam e os lampiões estavam apagados.
Resolveu entrar, na surdina. Pé ante pé...A cena que viu jamais sairia de sua mente. Abraçados sobre as almofadas, a bela cigana e Álvaro...e mais adiante, numa poça de sangue, o corpo sem vida de seu grande amor...Lígia!

(Carmen Lúcia)

Foto de Sonia Delsin

LAÇOS ETERNOS

LAÇOS ETERNOS

Era uma vez um menino e uma menina.
Viviam numa terra onde a lua clareava um lago e iluminava tudo ao redor. A menina vivia num castelo e o menino numa cabana.
Ela a se cobrir de ouro. Ele a se cobrir de trapos.
Enquanto ela brincava com lindos brinquedos ele vivia a atirar uma flecha em direção a um mourão de cerca.
Entre os dois existia um abismo. Um enorme abismo, mas que transpunham com grande facilidade, já que os dois eram providos de lindas asas.
Um voava de encontro ao outro, o sol e a lua testemunhavam, mas se calavam.
Estiveram apaixonados desde todo o sempre.
Dava gosto vê-los a se falar, a se olhar, a se acariciar.
Em suas brincadeiras o garoto vivia a perseguí-la e a perseguição resultava sempre num abraço bem apertado.
Em carícias e promessas de amor eterno.
Os primeiros anos se passaram, vieram os anos juvenis e os dois descobriram que podiam ser tão infelizes.
As asas enfraqueciam diante da constatação de um fato. O amor que sentiam era proibido.
A mocinha foi se entristecendo, o rapaz se abatendo e um dia o chamaram para a guerra. Ela ficou a chorar e ele foi pela pátria lutar.
O tempo passou e um dia ele voltou. A procurou e a encontrou casada.
A sua amada, a sua eterna namorada estava casada.
Ele temeu uma aproximação.
Não devia, nem podia.
Tudo acabado?
Ela o viu a caminhar na aldeia e o chamou.
Foi do pai a infeliz idéia de uni-la a um homem tão mais velho. Não o amava e era tão triste sua vida agora.
Ele a abraçou dizendo que era tarde demais para os dois. Que o amor precisava morrer para que eles continuassem a viver.
Quis se afastar, mas ela o chamou com o olhar.
Ele a beijou e descobriu que nunca nada os separaria.
Viveram por muito tempo uma vida dupla encontrando-se às escondidas na cabana.
Um dia ele se cansou da espera, da tristeza de ter que dividir com outro a mulher de sua vida e partiu.
A cabana vazia a fez chorar, chorar...
A lua no lago nunca mais quis entrar.

Foto de Sonia Delsin

CHÁ DE ROSAS...

CHÁ DE ROSAS...

Maria Lúcia tentava deixar a mesa bem bonita. A amiga Leonor era tão reparadeira.
Ela nunca fora muito de arrumações. Na verdade odiava estes detalhes de mesas bem arranjadas.
Etiqueta não era com ela.
Gostaria que a amiga se sentasse na cozinha mesmo e as duas se pusessem a conversar como nos velhos tempos.
Que tempos aqueles!
─ Puxa! Como seus peitinhos cresceram, Malu!
─ Leonor, cria modos, menina!
As duas cheias de segredinhos. Mauro era lindo e as duas o desejavam.
Desejavam sim, por que dizer o contrário?
Os milhões de hormônios. Quinze anos. Malu tão triste sempre. A falta da mãe e Leonor a lhe fazer companhia todas as tardes.
─ Ela melhorou, Malu?
─ Que nada. Nunca mais sai daquela clínica...
─ Como pode? Uma mulher tão bonita ir parar num lugar daqueles. Tenho pena de você. Sabe que sou sua amiga até embaixo d’água. Pode contar comigo sempre.
O abraço da mocinha a confortá-la.
─ Ele passou pela calçada hoje e só faltou torcer o pescoço de tanto olhar para trás.
─ De quem está falando?
─ Do tonto do Jonas.
─ Ainda vai se casar com ele.
─ Isto é que não. Malu, eu quero o Mauro.
─ Ele gosta da Vânia.
─ Que sortuda ela é! Os olhos daquele cara são de matar...
Enquanto arruma a mesa Maria Lúcia se recorda dos tempos da juventude.
Leonor se casou mesmo com Jonas e como se deu bem na vida. Não poderia encontrar melhor marido. Mauro não se casou com a Vânia. Acabou mudando e casando-se em outra cidade. Voltou umas duas vezes à cidade e todos comentavam que ele se casou com uma mulher muito bonita.
Ela se casou com Normando e foram felizes naqueles dez anos que passaram juntos, mas a morte o levou cedo demais. Marina ainda não tinha sete anos quando ele se foi.
Irmãos ela não tivera, e a amiga de tantos anos não era a mesma de antes.
Malu não era de fazer amizades com facilidade e vivia muito só. A filha já estava com nove anos e estudava à tarde. Leonor havia ligado que viria para um chá.
A amiga ficara cheia das frescuras e ela continuava a ser a mesma de sempre.
Vestia um longo vestido indiano, que era como gostava de se vestir. Nos pés trazia umas sandálias leves. Os cabelos ainda continuavam muito negros e ela os trazia pelo meio das costas.
Era uma bela mulher. O sofrimento não lhe marcou o semblante.
Acabou a arrumação da mesa, ligou o som num volume bem baixinho e ficou a aguardar que a amiga chegasse. Ainda tinha vinte dias de férias pela frente.
Pensara em viajar, mas a filha estava em aula. Não conseguira desta vez conciliar as férias da filha com as suas.
A campainha a fez sobressaltar-se. Já estava a divagar. Havia se esquecido que aguardava a amiga.
Foi atender e a aguardava uma enorme surpresa.
Mauro! Não mudara tanto naqueles anos.
Ele estendeu a mão.
─ Como vai, Malu?
─ Bem, e você? Que surpresa!
─ Soube que ficou viúva. Sinto muito por você. Só fiquei sabendo há uns três meses. Meu primo esteve me visitando e contou.
─ Fico grata que tenha se lembrado de vir até aqui...
─ Eu tenho muitas coisas a lhe contar...
─ Estou aguardando uma visita.
─ Quem?
─ Espero a Leonor.
Mauro franziu a testa, demonstrando desagrado.
─ Volto outra hora.
─ Estou de férias. Volte amanhã para conversarmos.
Com um abraço ele se despediu.
Depois de dez minutos a amiga chegou e Malu notou que Leonor estava excessivamente maquiada, vestia uma roupa de péssimo gosto, trazia os cabelos numa cor exageradamente avermelhada.
Beijou-a e a fez entrar na casa, tentando uma conversa amigável.
Não gostou quando Leonor fez alguns comentários desagradáveis, mas tentou ignorar.
Diante da mesa ela comentou que havia ficado a desejar com a arrumação da mesa.
Malu havia aprendido com o marido que os calados sempre vencem e ela o recordava ainda mais neste instante.
Normando nunca gostara de Leonor.
─ Que chá preparou para nós?
─ Um chá de rosas...
─ Que horror! Eu não tomo uma coisa destas...
Malu a olhou demoradamente nos olhos e descobriu que a amiga de tantos anos se tornara uma estranha. Uma estranha!
─ Estou brincando. Preparei o seu chá preferido. Chá preto.
─ Quem lhe falou que gosto de chá preto, querida? Eu gosto de chá mate natural. Natural...
─ Eu preparo num instante...
A mulher seguiu em direção à cozinha. Não diria à amiga que Mauro estivera lá. A intuição lhe dizia que nada deveria contar.
Preparou o chá rapidamente, por sorte tinha uma caixinha de saches de chá mate.
Agüentou pelo resto da tarde as conversas banais da amiga e esta por fim comentou sobre Mauro.
─ Se recorda como éramos loucas por ele, Malu?
Maria Lucia nada disse. Ficou esperando que ela falasse.
─ Ele está separado. O casamento não deu certo. Dizem que tem um filho e vivia um inferno com a mulher.
Ela ficou a ouvir sem nada comentar.
Logo que a amiga saiu, ela foi até o colégio buscar a filha, que naquele dia tivera aula de reforço. Marina tinha muitas dificuldades em matemática.
As duas voltaram abraçadas. Marina era muito alta, quase a alcançava aos nove anos. Havia puxado ao pai.
Ela contou à filha que a amiga Leonor passara parte da tarde com ela e ocultou que um velho amigo também a visitara. Achou que seria melhor nada comentar.
As duas jantaram e ficaram vendo TV.
─ Gostaria tanto que estudasse de manhã, minha filha.
─ Mamãe, sabe que tenho preguiça de me levantar cedo...
Ela acariciou a testa larga da filha e ficou recordando o marido. Ele fazia falta, como fazia!
Beijou a filha e as duas foram dormir.
Mauro voltou a visitá-la no dia seguinte.
Ela vestia um velho jeans e uma sapatilha de tecido. Os cabelos estavam presos com uma pequena presilha no alto da cabeça.
Estava muito bonita e se divertia com um jogo de quebra-cabeça da filha quando a campainha tocou.
Mauro também vestia uma calça jeans e uma camisa azul clara. Quase na tonalidade de seus olhos.
Ela o convidou a entrar e ele se encaminhou até o quebra-cabeça quase montado, encaixando rapidamente as peças que faltavam.
Malu ficou a olhá-lo quietamente.
─ Não me convida a sentar?
─ Claro. Sente-se. Fique à vontade, Mauro.
Ele se sentou numa poltrona e ela puxou outra bem à sua frente.
─ Também estou só ─ disse ele.
─ Não entendo porque me procurou...
─ Sempre fui apaixonado por você. A Leonor vivia a me dizer que você não podia nem me ver. Passei quase toda a minha vida sonhando com você. Por fim acabei indo embora daqui quando a vi casar-se com o Normando.
Ela o olhou demoradamente.
─ Apaixonado por mim?
─ A Leonor nunca contou?
─ Não. Ela me dizia que você era apaixonado pela Vânia.
─ Tantas vezes eu a procurei e pedi que lhe falasse que eu a amava.
─ Não posso crer.
─ Estou dizendo a verdade.
─ Não posso crer que minha amiga tenha feito isto comigo. Ela sabia que eu também...
─ Você o quê?
─ Eu também o queria tanto...
Mauro levantou-se da poltrona e pegou a pequena mão de Maria Lucia entre as suas.
─ Sonhei tanto com você. Tanto que nem pode imaginar. Quando aqui cheguei pensei em procurar a Leonor para pedir que viesse lhe falar de mim, mas a vi um dia ao lado do marido e ela me olhou de uma forma que me fez desistir. Em seu olhar havia algo que não gostei nada.
Os olhos de Malu o fitavam e Mauro aproximou-se dela ainda mais. Sua boca a procurou e quando deram por si estavam se abraçando e beijando apaixonadamente.
─ Eu nunca a esqueci. Casei-me com a Dora para tentar esquecê-la, mas cometi um grande erro. Um casamento destes nunca dá certo.
─ Eu fui feliz com meu marido. Ele era uma pessoa maravilhosa.
─ Fico feliz por você. Eu vivi num inferno. Por sorte me libertei. Sinto pena do pequeno Franco que sofre sem ter culpa de nada.
─ Quantos anos tem seu filho?
─ Seis anos. É um menino de ouro. Eu pensei em continuar casado com a mãe dele, mas quando soube que você estava só fiquei maluco. Tivemos uma discussão e a deixei.
─ O que pretende fazer?
Gostaria de me acertar com você.
─ Não é tão fácil, Mauro. Temos filhos. Tenho meu trabalho aqui e você mora em outra cidade. Minha filha precisa de mim, seu filho também...
Abraçando-a ele não deixou que ela continuasse e falou:
─ Você me quer, sua boba... isto é o que importa... vamos morar em outro lugar... começar uma vida nova. Eu cuido de sua filha como se fosse a minha.
─ E o seu filho?
Ele baixou os olhos tristemente.
─ Eu o perdi a partir do momento que deixei a mãe dele. Dora nunca me perdoará... ela é uma mulher vingativa. Vai fazer tudo para que meu filho me odeie.
─ Ele não o odiará.
─ Você não conhece aquela mulher.
Malu estreitou-se nos braços que a enlaçavam e deixou que a paixão comandasse sua vida. Na verdade nunca estivera apaixonada pelo marido. Tinha-lhe carinho, respeito, mas não o amara. O sentimento que guardara no peito desde os tempos da juventude lhe explodia no peito. Mauro sempre estivera em seus sonhos. Acalentara por tantos anos o sonho de ver-se olhada por aqueles olhos azuis.
Estava na sua hora de ser feliz. Tudo o mais não importava tanto. Importava mesmo é que se sentia a mais feliz das mulheres.
Começariam sim uma vida nova.
Lamentava por Leonor que lhe dera abraços de Judas. Fora traída por ela e não lhe tinha ódio, mas se afastaria dela de uma vez por todas. Nunca mais lhe prepararia chá algum...
Recordou o olhar azedo quando comentara banalmente que havia preparado um chá de rosas...
Ela perguntou-se como alguém conseguia agir daquela forma e com tanta naturalidade. Não sabia se doía mais perder a única amiga que tinha ou constatar que ela na verdade nunca fora sua amiga.

Foto de Virginia Gomes

Cravos e Orquídeas.

ORQUÍDEAS

DE TODOS OS CRAVOS E ORQUÍDEAS QUE CONHECI;
FALTAVA-LHES O ODOR NATIVO PARA EU PODER CULTIVAR;
ESSÊNCIA NATIVA, ESSA ME FAZ DESATINAR;
CONHEÇO O OURO, O ÓDIO E TODA UMA ESCURIDÃO;
MAS, O QUE ME CONFUNDE É ESSA TAL SEMELHANÇA;
EM QUE FÁBRICA FORAM MONTADOS?
TÃO FRIOS COMO O AÇO...
TÃO CARENTES DE UM ABRAÇO!

Foto de Sonia Delsin

VALEU, MAURREN!!!! ETA MENINA QUE VALE OURO!!!!!

VALEU, MAURREN!!!! ETA MENINA QUE VALE OURO!!!!!

Brava guerreira! Meu coração acelerou quando vi teu salto. Segundo ouro para o Brasil. Isto é ser atleta. Isto é ser guerreira. Adorei.
Adoro ver pessoas superando e tu mostraste bem o que é superação.

Estás imortalizada. As gerações futuras falarão de ti.
Valeu, menina! Valeu mesmo!

Foto de EDU O ESPIÃO.

SABIA QUE SOU RICO

É. Sou rico! Rico de saúde ,rico de vida, rico de amigos.
Rico de família. Minha maior riqueza é saber que tenho Deus ao me lado.
As pessoas insistem em ser ricas. Insistem em sonhar alto, algumas se contentam
Com pouco outros quanto mais tem, mais querem. E assim vai se criando
Aquela idéia de ser rico== Apostam em jogos, fazem apostas, sempre com a finalidade de ganhar dinheiro, ser rico, e na verdade muitos chegam a se iludir, anos e anos com essa idéia fixa de ser rico, esquecendo nesse jogo o valor da grande riqueza==Mas me pergunto , será que as pessoas, realmente
Conhecem a verdadeira riqueza.==Não estou dizendo que ninguém tenha direito de ser rico.
De ter os sonhos matérias realizados. Todos têm esse direito, nada melhor que você poder
Desfrutar de uma vida, com uma bela moradia, um carro na garagem um bom emprego.
Poder dar condições de vida subumanas aos seus filhos. Ter direito a um plano de saúde.
Essa é uma riqueza digamos que necessária===
Mas não é dessa riqueza exatamente que falo===Não existe nada mais cruel e triste que a pobreza de espírito de vida de potencial, de caráter===
Quando falo que sou rico, é porque sou rico, não financeiramente, apesar que pra mim o que faço com meu trabalho e esforço me traz riqueza prazer e me da condições de viver.
Me satisfaço com meu trabalho, cuido da minha vida espiritual, cuido de mim da minha família, tenho amigos que são supimpa. Sei que não é fácil, mas tudo que quero luto corro atrás e Deus sempre esta comigo para me ajudar conquistar===porque também tem um porém
Muita gente quer que Deus faça tudo também= sem fazer sua parte e Deus é Deus, mas nem por isso ele é empregado de ninguém, para que as pessoas vivem pedindo, só pedindo mas não fazem por onde se ajudar==Não estou a falar de religião apenas falo de como são algumas as pessoas
Não sabem o que a verdadeira riqueza da vida==Eu não sou perfeito, assim como outro ser humano erro, e sempre vou errar, mas veja a vida como um presente de Deus, onde podemos dar valor a um simples copo d’água, e dizer que é riqueza, riqueza é mesmo==porque não demora muito ela vai valer ouro, e ainda tem quem acha que não==é só desperdiça==
abre a torneira e sai==vai, vai, vai, continua pensando assim, que sua riqueza vai ralo abaixo.
Bom minha mensagem de hoje é essa, já me sinto rico, por poder alertar alguém
Que tenho um pouco de paciência para me ler, já que escrevo muito.
Mas olhem os pequenos detalhes isso é que riqueza. Comece por você pela sua casa
Pelo seu trabalho. Não sou exemplo, nem quero que se espelhem em mim,mas dou muito valor as pequenas coisas da vida, como simplesmente dizer um bom dia. E procurar ajudar a quem precisar, com exceções dos abusados.
Para meu castelo ficar completo de riquezas, só me falta um verdadeiro amor , para compartilhar minha vida, minha tampa da panela, que vive a esconder de mim, mesmo assim=Eu sou rico!

===e.espião edu.com

Foto de Sonia Delsin

DE VIRADA É MAIS GOSTOSO

DE VIRADA É MAIS GOSTOSO

Quando me levantei hoje vi que o Brasil perdia para Alemanha de um a zero no futebol feminino. Tomei meu desjejum e desliguei o televisor. Pensei: vou caminhar que este jogo vai virar.
Andei pouco mais de meia hora e parei numa padaria. Vi que o Brasil já tinha revertido o jogo para três a um. Vibrei e comentei com o moço que me atendeu que as coisas surpreendem a gente.
As meninas são bravas guerreiras e eu as admiro muito.
A vida é assim também. Quando pensamos que estamos perdendo tudo pode mudar.
Sou uma pessoa para cima e nada me deixa caída. A vida me ensinou a reagir bem às cacetadas.
Recordo que certa vez jogava xadrez com meu filho e estava numa fase ruim da vida. Já estávamos numa partida há duas horas e deitei as peças. Ele ficou muito bravo e falou que não gostou nada de minha atitude. Ele tinha nesta época dezoito anos e me deu uma lição. Eu poderia até ter ganhado, mas desisti devido ao cansaço.
Gostei muito das nossas brasileirinhas hoje. Tomara que elas consigam o ouro tão almejado. É a glória para todo atleta.
Parabéns a todo o time.

Foto de CarmenCecilia

VÍDEO POEMA OLIMPÍADAS

VÍDEO POEMA: OLÍMPIADAS ( HOMENAGEM ATLETAS OLIMPÍADAS)

POEMA: CARMEN VERVLOET

EDIÇÃO E ARTE: CARMEN CECILIA

TRABALHO REALIZADO EM IMAGENS EM PHOTOSHOP

MÚSICA: GLORIA STEFAN

OLIMPÍADAS

Cruzando continentes,
Oceanos profundos,
Sobrevoando densas florestas,
Vulcânicas colinas
Os maiores desportistas do mundo
Aterrissam na exótica China
Mais precisamente na fascinante Pequim
Ao som das cordas do liuqin!
A cidade com pompa preparada
Para as Olimpíadas tão esperadas!
Na mente de cada atleta, determinação
Ansiedade e sonhos no coração
Todos almejando subir ao pódio
Unidos num único propósito
Conquistar a medalha de ouro
Coroando seus esforços com os louros
Que presentearão ao seu país,
Seu berço e sua raiz!
Com dignidade esquecendo as diferenças
Numa emocionante confraternização
Cada um com sua crença
Mas no peito, latente, o mesmo coração!
ocidentais e orientais,
Diferenças culturais,
Irmãos universais!
Os melhores do mundo
Instigados pelo sentimento profundo
Da esperança
Mas a esperança é verde
E verde é o Brasil
Este nosso país fértil em talentos
Que se distinguem em qualquer evento.
Diego Hipólito, Jade Barbosa, Marta,
Ana Paula e Larissa, Emanuel e Ricardo
Diane dos Santos, Ana Claudia,
Fofão, Tiago Camilo
Giba, Robert Scheid
Todos passageiros desta nossa caravana
De talentos mil
Filhos do nosso Brasil,
Carregando nossa bandeira no coração
Levando-a ao País inventor do papel
Onde desenharemos com dourado pincel
Com esmero e devoção
O nome de cada brasileiro campeão!
Boa sorte desportistas brasileiros!
Ronaldinho, nosso grande artilheiro!
Ficamos aqui torcendo
O coração acelerado batendo!
Gritando em uníssono, Brasillllllll!

Carmen Vervloet

Foto de Carmen Vervloet

Olimpíadas

Poesia: Carmen Vervloet
Edição e Arte: Carmen Cecília

http://br.youtube.com/watch?v=-bq7UuxXFuo

OLIMPÍADAS

Cruzando continentes,

Oceanos profundos,

Sobrevoando densas florestas,

Vulcânicas colinas

Os maiores desportistas do mundo

Aterrissam na exótica China

Mais precisamente na fascinante Pequim

Ao som das cordas do liuqin!

A cidade com pompa preparada

Para as Olimpíadas tão esperadas!

Na mente de cada atleta, determinação

Ansiedade e sonhos no coração

Todos almejando subir ao pódio

Unidos num único propósito

Conquistar a medalha de ouro

Coroando seus esforços com os louros

Que presentearão ao seu país,

Seu berço e sua raiz!

Com dignidade esquecendo as diferenças

Numa emocionante confraternização

Cada um com sua crença

Mas no peito, latente, o mesmo coração!

ocidentais e orientais,

Diferenças culturais,

Irmãos universais! recusar aceitar
Carmen Cecilia: Os melhores do mundo

Instigados pelo sentimento profundo

Da esperança.

Mas a esperança é verde

E verde é o Brasil

Este nosso país fértil em talentos

Que se distinguem em qualquer evento.

Diego Hipólito, Jade Barbosa, Marta,

Ana Paula e Larissa, Emanuel e Ricardo

Diane dos Santos, Ana Claudia,

Fofão, Tiago Camilo

Giba, Robert Scheid

Todos passageiros desta nossa caravana

De talentos mil

Filhos do nosso Brasil,

Carregando nossa bandeira no coração

Levando-a ao País inventor do papel

Onde desenharemos com dourado pincel

Com esmero e devoção

O nome de cada brasileiro campeão!

Boa sorte desportistas brasileiros!

Ronaldinho, nosso grande artilheiro!

Ficamos aqui torcendo

O coração acelerado batendo!

Gritando em uníssono, Brasillllllll!

Carmen Vervloet

Vitória - ES

Foto de Vadevino

MATERIALISTA

Atrás do dinheiro corre
Até que o cofre fique cheio.
Depois, endinheirado morre –
Defunto de um milhão e meio!

O milionário finado,
Inconsciente, não contesta.
Vivo, era abastado;
Morto, só a cova lhe resta!

Trabalhou mais que um mouro
Atrás de prata, de ouro ...
E se foi sem “um vintém”.

A parentela do dinheirudo
Nada fez – ficou com tudo –
Sem esforço – se deu bem!

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