Paixão

Foto de mfcosta

Desilusão

Seus lábios, o sabor da paixão
Seu perfume, a mais doce ilusão
Seu brilho, lindo e ofuscante
Ingênuo eu, falso diamante

Enquanto buscava te amar
Você se limitava a torturar
Meu prazer, seu prazer
Seu prazer, meu desprazer

Tentar entender suas razões, não consigo
Você é meu enigma indecifrável
A razão de todo o meu castigo

Agora aqui estou
Sofrendo a amargura do que restou
Do que um dia foi chamado de amor

Foto de Lefurias

Vou te buscar

Na escuridão, quero tocar seu coração,
Pra multidão eu vou contar nossa paixão.
Nosso amor é raro de se ver,
Não tem no cinema ou na tv.
No quarto, na sala de estar,
Nosso amor está em todo lugar....

Tô sem você
Tô louco pra te ver;
Vou te buscar,
Pra sempre te amar.

Pra eternidade vou te amar,
Contigo pra sempre quero estar,
A minha amada vou buscar
Te quero agora, vou pegar.

Tô sem você
Tô louco pra te ver;
Vou te buscar,
Pra sempre te amar.

Foto de Marilene Anacleto

Luz da Manhã

Luz tímida da manhã de outono
Surge atrás do morro entre a neblina.
Entra em casa pelo portal leste
Da janela e da porta que ilumina.

Mansão abençoada, em dimensões suspensas,
Ao som do rio que pára, e corre, e represa
A água temperada de cantar de pássaros,
Com respingos aéreos prateados,
Salpicada de árvores e de borboletas.

Sensações várias me tiram do ar:
As flores orvalhadas de infinitos pigmentos,
Mosquitos afugentados pelo incenso
A disputar tudo o que tiver exposto,
Feito eu, a querer aproveitar cada momento.

Aqui tudo é paz. Desejo recostar-me
À luz do sol e ao calor ardente do sofá
Azul e amarelo, em blocos bem dispostos,
Recostados no guarda-roupa. Deixar o sol
Invadir todos os poros. Mas... será?

Preciso sair, mas esse lugar me prende.
Por pouco tempo posso ficar aqui na paz
E no aconchego da solidão aparente,
Que ascende a luz que cada um se faz,
Que a magia me traz a mim somente.

Comer? Dançar? Tudo é muito bom.
Entretanto, nada se compara ao encontro
Dos quereres que minha alma me reserva,
À paixão e à vida que há em cada canto,
Disfarçada nos brilhantes dessa relva.
E, revigorada com os encantos que encontro,
Levar ao amado o Amor que, unidos, nos conserva.

Foto de Oliveira Santos

O Besouro Azul

Era outubro do ano passado, mês do meu aniversário e estava decidido a me dar um presente especial. Algo que marcasse uma época, sim, meu primeiro carro.
Iniciei minha cruzada em busca daquilo que seria um divisor de águas na minha vida. Diuturnamente pesquisava, não dormia direito, não comia direito, era pura ansiedade na minha procura incessante, e quando menos esperava lá estava ele. Uma jóia, um achado, raridade automotiva que habitava as memórias dos mais velhos e aguçava o desejo dos mais jovens. Um lindo, restaurado e personalizado Fuscão oito meia, motorzão mil e seiscentos, estofados em couro, som potente, instrumentos esportivos, lanternas especiais, rodas liga-leve quinze polegadas, levemente rebaixado, detalhes cromados, pintura impecável perolizada, coisa de colecionador. Era ele, eu tinha certeza, foi paixão fulminante. O Besouro Azul.
Tudo acertado com o antigo proprietário que o beijou como um pai que se despede de um filho que dificilmente verá novamente fui buscá-lo com um grande amigo que tinha mais experiência em direção veicular para levá-lo comigo. Enfim ele era meu, todo meu, somente meu.
Era como se tivesse nascido um filho que seria cercado de todos os cuidados e mimos, afinal era uma relíquia única em toda a cidade, talvez em todo o estado.
Foi uma das melhores sensações que tive na vida, de realização, de conquista. Eu era o cara.
Por onde passava era a sensação. As pessoas elogiavam, faziam ofertas, tiravam fotos, queriam vê-lo de perto, tocá-lo, sentí-lo.
Alguns amigos criticavam pelo fato de ser um carro velho. Ei, velho não! Antigo, é diferente. Mas eu não me importava com o que diziam os consumistas. Eles que ficassem com seus carros zero quilômetro, mas todos iguais. Hoje todos os carros se parecem, quase não se consegue distinguir um do outro com suas linhas retilíneas e formas geométricas. Eu queria algo ímpar, que fosse só meu, exclusivo!
E eu tinha, claro, o Besouro Azul arrancava suspiros até mesmo dos mais abastados com seus luxuosos veículos, todos automatizados e que só faltavam falar.
Até que na noite de Natal do mesmo ano, num piscar de olhos eu e aquele meu amigo do início da história vimos um vulto branco em nossa direção e tudo acabado. Acabado num muro de puro concreto do canteiro central de uma avenida muito movimentada da cidade.
O Besouro Azul parou de voar.

Foto de Edigar Da Cruz

SER POETA OU SER DE POETISA

SER POETA OU SER DE POETISA

Ser poeta é fazer de cada fim um novo começo
De cada despedida uma linda saudade!..
É ter em mãos todos os sonhos e desejar somente UM..
E Vi velos intensamente de verdade descrevendo em palavras o que
sente na realidade..
Chora, Sorrir, Encantar e AMAR, sem medo de ser feliz e viver...
Ser poeta é!! Despir-se as palavras perante um espelho
Qualquer da vida e amar a vida e, de joelhos agradecer
A DEUS em cada noite e a cada novo amanhecer
E continuar a descrever o ser o poeta da vida..
O ser de sentir o amor as palavras sem medo de ser feliz
É amar encantar a cada minuto vivido,..
E viver sempre inspirado com desejos adormecidos,..
Colher da vida os frutos da paixão,..
Ser de poeta ou Poetisa é um pouco do mundo,..
Descritos em cada ponto e vírgula dentre elas separada por palavras,..
É Ter o passado como futuro
e o futuro um novo passado,..
E fazer da vida de sempre um novo recomeçar
Para descrever um novo fim..
Começo descrevendo um novo começo..

Autor : ED.Cruz

Foto de Rute Mesquita

Um misto de sentimentos

Num velho baú,
no meu interior,
guardei… sentimentos…
Que agora se soltam dançando o nu
E dúvidas surgiram no pior
dos momentos:

Inspiração,
é algo concreto ou abstracto?
Sedução,
é um sentimento discreto ou acariciado?
Amor,
é ciúme ou dor?
Paixão,
é ardor ou lume?
Alegria,
é sinfonia ou explosiva?
Rebeldia,
é uma mera polissílaba ou instintiva?
Felicidade,
é bem-estar ou liberdade?
Mágoa,
é melancolia ou arrependimento?
Saudade,
é ausência ou inexistência?
Coragem,
é força ou mitologia?
Tristeza,
é insatisfação ou carência?
Solidão,
é acomodo ou preferência?

Sei que uns poderei fazer rir,
mas, outros fazer pensar,
e será que poderei algum dia concluir,
que sei o que é amar?
Será que todo o sentimento é como uma recta,
com princípio e fim?
Será que sem dar por mim
estou boquiaberta?
O que é certo é que não é só um jardim,
uma fonte de descoberta.
Com isto quero dizer,
que todos os sentimentos
se misturam, na definição de um nomeamos outro.
Consegues entender
estes pensamentos?
Aqui pairo noutro:

Tudo é uma coisa UNO,
somos nós quem define o que nos rodeia,
pelas sensações que este nos transmite
E por isso aqui os reúno,
nesta folha que incendeia,
este poema a grafite.

Foto de Edigar Da Cruz

Rascunhos De Um Amor Verdadeiro

Rascunhos De Um Amor Verdadeiro

Nossas curvas se acham
Nossas formas se encaixam
Na medida perfeita
Desse rascunho de amor bem escrito
Nossas idas e vindas em cada intensidade!
Um calor envolvente
De Forma e formato Ideal
E em cada curva e contra curva, descobre-se o alimento de um amor que sacia essa vontade louca
Curvas!!?? Se tu o dizes! O meu é mais esquinas na dobra do esqueleto mas o som dos rascunhos do amor!..
Sempre e mais lindo..
Percorrer estas merecidas páginas, não é uma imposição, mas, tão-somente, um prazer lúdico real, para ver a elegância, qualidade, de braços dados com a noção de estética e bem-fazer. Afinal, tenho a sorte de sentir esse abraço gostoso desse amor lindo perfeito
De amigo queridos e de um AMOR MARAVILHOSO..
Com amor.. Tudo se encaixa!
Como tudo se completa, com amor
E com vontade e vocação de viver uma verdadeira historia de carinhos de vida e amor e muita paixão,
Nesses Rascunhos descrevo cada tempo de viver,..
Cada ponto de vírgula a se incumbir..
Uma prova e certa e concreta da vida a dois
Eu sei que tenho escolhas e uma única a fazer
Uma e eu te amar..e te sentir
A outra e E você fazer parte desses rascunhos mais lindos descrevendo todo esse amor! Que continuo a cada novo dia crescendo mais forte..E Você ser meu ..unico amor como já é!
Pois e fato e certo eu te amo e você me ama...
Te adoro minha pedra linda de amor..
Amo-te meu poema de inspiração
AMO- A-TE

Autor:Ed.Cruz

Foto de Rute Mesquita

Os três desejos e os cinco sentidos

Quando sonhamos de olhos fechados tudo se realiza. Todo o impossível se torna possível. Todo o ocasional se torna evidente. Todo o curto se torna demorado e intenso. Todo o celeste se torna terreno. E é após esta breve apresentação que vou fechar os meus olhos e sonhar…

Vejo uma pena, que baloiça no ar à música do vento, vai para lá e vem para cá… e falta pouco para nas minhas mãos quentes e ansiosas pousar. Talvez eu possa apresa-la, dançando com ela. Balanço-me para cá… balanço-me para lá e aqui está ela nas minhas mãos.
Traz consigo um recado, diz que peça três desejos que ela mos irá realizar esta noite. Pois vou pedir muito silenciosamente o primeiro.

I.Desejo: o seu encontro, o despertar dos cinco sentidos.

Avisto a sua casa, entro por aquela porta pela primeira vez sem precisar de chave ou de um convite, atravessei-a por e simplesmente. Sinto os meus pés a gelarem com a fria madeira do chão de uma sala colorida. Continuo a andar… atravessei outra porta e eis um corredor. Um corredor estreito e confortante que acaba numa pequena varanda. Sinto presenças vindas de dois quartos situados na lateral direita do corredor e uma atracção que me chama ao segundo quarto. Eu deixo-me ir, deixo de conseguir resistir de controlar o meu corpo. Entrei… vejo um quarto cheio de memórias de momentos de amor, de paixão, de partilha, de cumplicidade, de entrega. Vejo recordações, vivi-as em milésimas de segundo, mas mais que isso vejo o seu corpo coberto de um lençol fresco. Pareceu-me que fiquei uma vida a contempla-lo. Aproximei-me, como se os meus cinco sentidos quisessem mostrar-se apurados. A Visão foi o primeiro sentido a fluir. Contemplei aquele corpo durante uma vida sem um único pestanejar, com as pupilas contraídas, fazendo o seu trabalho, regular toda aquela luz vinda daquele ser angelical.
O Olfacto seguiu-se. Cheirei a sua pele, cheirava a um aroma único e só vindo daquele corpo, chamava-se ‘sedução’. Qual será o cheiro da sedução? Não sei responder, pois ainda só vi e cheirei.
A Audição apressando-se, foi o terceiro sentido a fluir. Ouvia atentamente o seu respirar, que me lembravam o som das ondas do mar, ora avança onda, ora rebenta onda… retrocede areia e assim repetindo-se infinitas vezes. Oiço um palpitar desequilibrado, quase que um chamamento. Oiço os seus olhos adormecidos a mexerem-se, estará também a sonhar? Estará à minha procura?
Irrequieto o Tacto quer ser o próximo. O Tacto que se concentra todo em usar as minhas mãos. E é então que começo a sentir um manto fofo, que pica um pouco e se entranha por entre os meus dedos, é o seu cabelo confirma a Visão. Continua o Tacto… percorre a sua face com todos os pormenores, as sobrancelhas, as pálpebras, as suas pestanas, o seu nariz inconfundível e os seus lábios carnudos. ‘Como são belos, Tacto’, diz a Visão. E o Tacto não pára… sente agora as suas orelhas perfeitas de tamanho ideal. Desço mais um pouco… as minhas mãos descem o seu pescoço como se fosse um simpático escorrega. Finalmente o seu peito… um peito que sobe e desce em curtos espaços de tempo. ‘Está a respirar’, diz a Audição. ‘E o seu coração está a bater mais que nunca, Audição’, acrescenta o Tacto.
O Paladar impaciente quer acabar em grande mas, o Tacto pede-lhe que o deixe pelo menos sentir as suas parceiras, as suas outras mãos. Então lá foi o Tacto percorrendo aqueles seus longos e musculados braços até às suas metades. As suas mãos, grandes, suaves… onde as minhas encaixam perfeitamente como o sapato no pé da Cinderela. ‘Agora tu Paladar’, diz dando uma força a seu sortudo contíguo.
O Paladar, como seu instrumento usa a minha língua. Sinto um gosto doce… um gosto que sabe a amor. Como se saboreia o amor? A Visão diz, ‘ao ver este corpo esbelto’, o Olfacto atropelando diz ‘ao cheirar a sua pele’, a Audição unindo-se ao Tacto responde: ‘É mais que isso meus caros companheiros, o amor provém do batuque do seu interior’.
Curioso e surpreendido continua o Paladar. Sinto que estou a passar a minha língua agora na sua orelha, tão macia com pequenos pelos que cobrem provavelmente todo o seu corpo quase que imperceptíveis. Pairo agora nos seus lábios, provo a sua sede, o seu desejo. Como se prova a sede? Como se prova o desejo??
O Paladar continua sem se surpreender pelo silêncio dos outros sentidos. Percorro agora o seu queixo, o seu pescoço e agora o seu peito… encontro uma pequena cova por onde passo e passo lambuzando a sua pele. Até que o Paladar indignado sente uma outra pele... uma pena, é isso era uma pena e pede ajuda à Visão para que lhe explique o que significa. E a Visão atentamente observa a pena e lê no seu verso: ‘Pede agora o teu segundo desejo’ e ai os sentidos perceberam que o seu tempo tinha acabado…
Pedi então o meu segundo desejo, levando todos estes aromas, todos estes sons, todas estas cores, todos estes relevos e todos estes gostos.

II.Desejo: o despertar do corpo adormecido.

Pedi, pedi que este corpo adormecido acordasse. E assim aconteceu, o corpo esbelto que havia explorado despertou e eu estava deitada a seu lado contemplando-o. Ficámos eternidades a olhar-nos olhos nos olhos… e sei que não foi um desperdício de um desejo nem de tempo.

III.Desejo: A união dos dois corpos e os seus respectivos sentidos.

No seu olhar vejo ‘Pede agora o teu último desejo’ e foi então que pedi, pedi que os sentidos se unissem de novo e provassem a sedução, o amor, o desejo, a ardência, a paz, a magia, a sintonia, daquele corpo e assim se realizou… por entre aqueles lençóis que antes frescos e agora quentes e transpirados, numa luta escaldante e exploradora entre os cinco sentidos de ambos os corpos.

E ainda bem que não há um quarto desejo e sabem porquê? Porque não queria pedir para acordar…

Foto de Diario de uma bruxa

Solidão

Solidão

Caminhando sem destino
Desviando das pedras... Tropeços da vida

Sentindo-me sozinha
Voando na imaginação
Fazendo borbulhar faíscas
Respingos de cachoeira em meu coração

La fora a rua vazia
O vento sopra constante
Mas o tempo não para
E só ouço soluços que vem de meu coração

Imagens passam e repassam
Passo a passo em fleches de paixão

Assim reconheço
Que foi um engano
Não ouvir meu coração

Deixei você ir
E me perdi na solidão.

Poema as Bruxas

Desafio da amiga poetiza Carmem Cecilia... 5 palavras
Tropeço, cachoeira, soluços, passo e engano.

Foto de Edigar Da Cruz

O AMOR E SIMPLES!?SERÁ!

O AMOR E SIMPLES!?SERÁ!

,Já que o amor e simples e chega de repente sem aviso prévio deixe ele te envolver e te surpreender,..
Fazer com que a sua alma vibre, que faz o seu interior sorrir,.. assim sem motivo algum simplesmente um sorri sem fim..com aparente alegria para esta de bem com os astros astrais que te ilumina..
O amor é isso não é?
Ou será um versão mais atualizada,.e moderna..vai saber..
Que ele vem EQUIPADO de uma alegria inexprevicavel isso e fato certo de, um desejo que é maior que tudo,..
Maior que o racional que pede prudencia,..
Que muitos se deixam levar pela inocência
Que acaba falando coisa que deveria dizer não..tão sensível e lindo!,,,e inocente de carinho...
Aprende com delicadeza dos sentimentos que se envolve,..
Se e para viver o amor...que seja em seu total..
Puro intenso, rico de experiências...
Que há explosão dos hormônios descontrolados...
Das mãos que se buscam, dos corpos sedentos
Sedentos e molhados em se tocar...
Que se roçam energias quando se tocam...
Deixe Vá! Se envolva no amor...
Ainda mais que seja para reacender uma velha chama,..
Pois o que já foi fogo... Pode ser aceso com um assopro simples de palavras verdadeiras... Feito uma pequena fogueira em alguma floresta da vida..só não ascenda o passado onde tudo fui abandonado ...
Pelo tempo ascenda o agora... a graça do amor e essa viver a ele ao agora no termo presente...
Nunca se esqueça que o amor e um cara doido e precisa de atenção...
Por isso,nada de reclamar da solidão...aiaiaiaiai.
Envolva-se vai..com a vida com prudência ., com o bem chamado de amor...
Envolva-se com as pessoas que buscam o mesmo caminho
Pois assim, no caminho percorrido,..
Alguém achará uma trilha longe da razão..
E acabando achando você!
Assim como meigamente te achei..
Flechando o seu lindo coração....de paixão.;;;
O AMOR E SIMPLES SERÁ!?PODE NÃO SER SIMPLES
MAIS ELE É SIM MUITO SURPREENDENTE
Mais simples mesmo e você
Eu acredito em você e nem sei como arrumar palavras pela burrada que eu cometi..
Te amodoro somente isso.
Ed,Cruz

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