Pássaros

Foto de Siby

Sensações de um verão

É verão, o sol brilha, forte e reluzente,
As árvores balançam-se com o vento,
Onde pássaros gorjeiam o seu canto,
Deixando no calor, o clima contente.

Quando o calor desnuda a gente,
Atraindo aquele olhar mais atento,
E o desejo se retém, fica detento,
Para a pele dourada e o corpo quente.

Os dias de verão tem o seu encanto,
Quando a brisa é suave e envolvente,
O calor se acalma com o sopro do vento.

O sol abrasando com seu beijo quente,
O vento abraçando como um afago lento,
São as sensações de um verão ardente.
(Siby)

Foto de Jardim

chernobyl

1.
sons de violinos quebrados vinham das montanhas,
uivos de lobos noturnos,
varriam as imagens das imaculadas ninfas
enquanto se ouviam as vozes dos náufragos.
o príncipe das trevas desceu disfarçado de clown,
bailava num festim de sorrisos e sussurros.
a nuvem envolvia a cidade com seus círculos febris,
se dissolvia nas ruas em reflexos penetrantes,
coisa alguma nos rios, nada no ar e sua fúria
era como a de um deus rancoroso e vingativo.
a morte com seus remendos, oxítona e afiada,
distribuía cadáveres, penetrava nos ossos, na pele,
nos músculos, qualquer coisa amorfa,
alegoria da inutilidade das horas.
agora este é o reino de hades
os que um dia nasceram e sabiam que iam morrer
vislumbravam o brilho estéril do caos que agora
acontecia através del siglo, de la perpetuidad,
debaixo deste sol que desbota.
o tempo escorre pelos escombros,
o tempo escoa pelos entulhos de chernobyl.

2.
meu olhar percorre as ruas,
meus passos varrem a noite, ouço passos,
há um cheiro de sepultura sobre a terra úmida,
um beijo frio em cada boca, um riso
estéril mostrando os dentes brancos da morte.
não foram necessários fuzis ou metralhadoras.
mas ainda há pássaros
que sobrevoam as flores pútridas.
aqueles que ainda não nasceram são santos,
são anjos ao saudar a vida diante da desolação
sob este céu deus ex machna.
aos que creem no futuro
restaram sombras, arcanos, desejos furtados,
resta fugir.
uma nuvem de medo, ansiedade e incerteza
paira sobre o sarcófago de aço e concreto da usina.
asa silente marcando o tempo
que já não possuímos.
pripyat, natureza morta, vista através das janelas
de vidro dos edifícios abandonados
sob um sol pálido, ecos do que fomos
e do que iremos ser.
pripyat, ponto cego, cidade fantasma,
os bombeiros e suas luvas de borracha e botas
de couro como relojoeiros entre engrenagens
naquela manhã de abril, os corvos
seguem em contraponto seu caminho de cinzas
sob o céu de plutônio de chernobyl.

3.
e se abriram os sete selos e surgiram
os sete chifres da besta,
satélites vasculham este ponto à deriva, seu nome
não será esquecido, queimando em silêncio.
os quatro cavaleiros do apocalipse e seus cavalos
com suas patas de urânio anunciam
o inferno atômico semeando câncer
ou leucemia aos filhos do silêncio.
os cães de guerra ladram no canil
mostrando seus dentes enfileirados, feras famintas,
quimeras mostrando suas garras afiadas,
como aves de rapina, voando alto,
lambendo o horizonte, conquistando o infinito.
eis um mundo malfadado povoado por dragões,
a humanidade está presa numa corrente sem elo,
sem cadeado, enferrujada e consumida pela radiação.
vidas feitas de retalhos levadas pelo vento
como se fossem pó, soltas em um mundo descalço.
vidas errantes, como a luz que se perde no horizonte,
deixam rastros andantes, vidas cobertas de andrajos,
grotescas, vidas famintas e desgastadas,
que dormem
ao relento nas calçadas e que amanhecem úmidas
de orvalho, vidas de pessoas miseráveis,
criaturas infelizes, que só herdaram
seus próprios túmulos em chernobyl.

4.
mortífera substância poluente, complexa,
realeza desgastada que paira nos ares
da pálida, intranquila e fria ucrânia
envolta no redemoinho dos derrotados.
gotas de fel caindo das nuvens da amargura,
sobre a lama do desespero, sobre o vazio
da desilusão, no leito do último moribundo.
cacos, pedras, olhos mortiços, rastros cansados,
inúteis, o sol das estepes murchou as flores
que cultivávamos, descolorindo nossas faces.
seguem os pés árduos pisando a consciência
dos descaminhos emaranhados da estrada,
na balança que pesa a morte.
no peso das lágrimas, que marcaram o início da dor,
restos mortais, ossos ressecados, sem carne,
devorados pela radiação, almas penadas
no beco maldito dos condenados, herdeiros
da abominação, mensageiros da degradação,
horda de náufragos, legião de moribundos.
o crepúsculo trouxe o desalento e as trevas, a vida
agora é cinza do nada, são almas penadas que fazem
a viagem confusa dos vencidos em chernobyl.

5.
ainda ouvimos os gritos daqueles que tombaram,
e os nêutrons sobre a poeira fina dos vales,
os pés descalços sobre pedras pontiagudas,
ainda ouvimos o choro das pálidas crianças,
a fome, a sede e a dor,
o estrôncio-90, o iodo-131, o cesio-137.
vazios, silêncios ocos, perguntas sem respostas,
degraus infernais sobre sombras, rio de águas turvas,
quimera imunda de tanta desgraça,
fantasia desumana sem cor,
transportas tanto mal, conduzes a todos
para a aniquilação neste tempo em que nada sobra,
em que tudo é sombra, é sede, é fome, é regresso,
neste tempo em que tudo são trevas,
onde não há luz.
cruzes no cemitério, uma zona de sacrifício,
sob um céu sem nuvens,
a morte em seu ponto mutante.
no difícil cotidiano de um negro sonho,
restaram a floresta vermelha,
e os javalis radioativos de chernobyl.

Foto de Costa e Abrantes

A força motriz

A força motriz

Tenho muitas coisas a dizer
Outra s muitas para realizar
Atos grandiosos para terminar
Belas notícias a proclamar
Tenho muito a melhorar
É, eu sei...
É costume meu falhar
Mirar no alvo e errar
Presentemente sinto o desejo
A força motriz para continuar
Eu cair para aprender a levantar

Quando a ferida do mundo sarar
A perfeição prometida raiará
Se a obediência residir agora
E para sempre morar
Não haverá motivos
Para a família humana chorar
Para o gênero humano se machucar
A paz, então, durará
Motivado estou para falar
A verdade cobrirá a Terra
Como as ondas cobrem o mar
Aqui e acolá
Risos, os três paraísos
Pássaros a cantar
E como?
Diga-me como...
Não se emocionar?
Simplesmente não há
A verdade personificada reinará.
Assim seja!

Foto de ltslima

Voar Como Os Pássaros

Vai a bailarina,

como assas em pleno sol,

sobrepoe nas nuvens

a visão como algodão.

voa, dança,

sob os péz finos e delineados,

deixando no caminho sua marca.

Doce passageira da vida,

eleva-se como plumas,

em voo de pássaros,

em busca do arco-iris.

assim é a vida,

a cada dia subimos um degrau,

onde as folhas do livro

abrimos a cada segundo,

e teçemos mais uma jornada

guiados pelo Pai infinito,

esperando o amanha

do amanheçer do dia

de uma nova primavera

pairando no ar!

lts.

Foto de ltslima

Meditação.

Deus nos mostra o caminho correto,
Cabe a você escolher sua trilha
Saiba que nada fica oculto eternamente
Olhe a sua volta....
Será que não vê?
A beleza que Deus nos mostra
A cada dia que nasçe,
Com o por do sol
Com o perfume das flores,
O canto dos pássaros,
O nasçer de uma criança
O entardecer no horizonte,
Onde o céu fica claro,
Com a luz do luar,
O brilhos de cada estrela?
Que Deus ilumine seu dia
Sei que vais ler...
Escrevo para você!

ltslima

Foto de Elias Akhenaton

Divina Primavera

Quão doce e colorida é a primavera,
Com suas flores suaves e delicadas,
Que exalam essências perfumadas,
Deixando um frescor na atmosfera!

Que magia é essa que agora impera
Pássaros mais alegres nas alvoradas,
Caminhos com florzinhas encantadas,
Num belo quadro qu’ o mundo venera?

Apenas sei que é de Deus a concepção,
Pois exala amor desde a primeira flor,
Não só no ar, mas também no coração.

Deixando a vida leve, alma de beija-flor,
Mantendo-a eterna, em renovação,
Semeando a Paz do Bondoso Criador.

Elias Akhenaton

Foto de raziasantos

Um Amor Quase Real.

Um Amor Quase real.
Quem poderia imagina que de um encontro
Tão gélido e casual, por detrás de uma tela.
Nasceria um amor tão forte e conturbado.
Só o destino poderia saber e escrever tão linda
E tão triste historia de amor.
Nossa história foi planejada pelos anjos do amor
Mas mesmo os anjos se perdem quando não são cultivados com amor.
Como poderíamos imaginar que nós perderíamos nesta
Paixão?
O destino que me guiou até você me fez renascer para o amor.
Mas não me avisou que nossas raízes estão separadas que per tecemos
Os mundos diferentes.
O fruto do nosso amor não amadureceu.
Hoje nós tornamos escravos desses sentimentos.
Horas flutuamos entre os montes descemos os vales para colhermos
Flores, beber água cristalina.
Corrermos atrás da borboleta.
Dançamos ao som dos cânticos dos pássaros.
Até que a cruel realidade nós desperta mostrando-nos
A fria tela que nós separa!
Nem mesmo nossa imagem, ou o som da nossa voz...
Preenche ou aquece nossos corações.
Um sorriso, um olhar, e beijos em cheiro e em sabor.
Assim termina mais um dia recomeça outro.
Por detrás dessa tela fria!

Foto de raziasantos

Volta Lua!

Lua onde se escondeu?
Levaste contigo as estrelas
Deixando-me em plena escuridão.
Minha estrada é longa a todo estante
Tropeço sem mesmo saber em que!
Oh lua que sempre iluminou minha estrada
Agora se esconde negando-me seu brilho...
Negando-me uma direção.
Perdi-me em caminhos estranhos.
Sinto-me em plena escuridão
Volta lua prateada cheia de brilho e majestade.
Já se faz tarde chega à madrugada...
E cega vagueio entre o nada!
Não vejo nem os vaga-lumes, a borboletas dormem.
Os pássaros estão em silêncios.
Resta-me apenas o silencio.
A dor, o vazio da densa e triste escuridão.
Volta lua e trás contigo as estrelas que só
Você sabe onde estão!

Foto de raziasantos

Volta Lua!

Lua onde se escondeu?
Levaste contigo as estrelas
Deixando-me em plena escuridão.
Minha estrada é longa a todo estante
Tropeço sem mesmo saber em que!
Oh lua que sempre iluminou minha estrada
Agora se esconde negando-me seu brilho...
Negando-me uma direção.
Perdi-me em caminhos estranhos.
Sinto-me em plena escuridão
Volta lua prateada cheia de brilho e majestade.
Já se faz tarde chega à madrugada...
E cega vagueio entre o nada!
Não vejo nem os vaga-lumes, a borboletas dormem.
Os pássaros estão em silêncios.
Resta-me apenas o silencio.
A dor, o vazio da densa e triste escuridão.
Volta lua e trás contigo as estrelas que só
Você sabe onde estão!

Foto de Drica Chaves

Meu Anjo Azul

Tudo pode ser um sonho
Porque sonhar é realidade
Nuvens brancas num céu anil
Cascatas de luz em expansão
Derramam raios em todas as direções
É chegada a hora encantada
Inundada de pássaros radiantes
Anunciando a aurora onírica
Dando boas-vindas ao Anjo Azul!
Asas que batem em liberdade
Ser livre é ser feliz!
Felicidade também se aprende
E viver é construção.
No emaranhar-se nos fios da vida
Encontros e reencontros escritos na linha do destino
De azul revestiu-se o meu mundo
Claro e brilhante
Anjo Azul pousou em mim
Leveza doce, sabor de chocolate
Sacia e numa fantasia
Sou também alada e de mãos dadas
Amamos em profusão
Espalham-se labaredas ao mundo
Em cânticos românticos
Um Anjo Azul no meu compasso
Passos ritmados pisando o céu!
Harmoniosa sinfonia
Embala a dança das asas entrelaçadas
Auréola solar
Consolidada!

(Drica Chaves)

*Direitos autorais reservados.

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