Passos

Foto de Carmen Lúcia

Reticências...

A indecisão impede-me de prosseguir...
Dúvida atroz segura meus passos.
Eu, que me julgava rica em experiências,
ter conhecido o céu e o inferno,
incapaz de retroceder ou estacionar,
seguindo sempre adiante sem temer obstáculos
que me foram apresentados durante minha vivência,
rendo-me às fragilidades, ao cansaço , aos fatos...
Dou-me a uma pausa...ou às reticências...

Percebo o quanto sou humana e incapaz.
O cristal de minha alma se trincou...
é preciso cuidaR pra não se quebrar,
restaurar o que ainda restou...
Agora me entrego às mãos do tempo...
Que elas me coloquem no trilho certo.
É preciso parar no próximo atalho,
repensar a vida, meu estado precário,
buscar clareza, viver o real, sair do imaginário...

Confundem-me os erros e acertos
e os sonhos se encontram em desacerto...
Já nem sei se mais errei ou acertei...
Paradoxos se interpõem em meu caminho
e testam, à toda hora, meus desatinos...
Preciso coordenar o sentido das coisas,
penetrar em seus significados...
Buscar o certo, corrigir o errado.
E o que é certo ou errado?

O primeiro passo já foi dado...
Confessei-me frágil, vulnerável,
revelei minhas debilitações
diante da imprevisão de um temporal.
Reiniciarei minha história...
Parei nas reticências, não no ponto final.

_Carmen Lúcia_

Foto de Evelline Andrade

Que amor é esse?

Acordei sentindo o cheiro de
recomeço nesse maravilhoso dia.
Me vi feliz em acordar ao teu
lado e caminharmos juntos
de mãos dadas.

Comfesso que me pego pensando
que amor é esse?
Que amor é esse que tudo suporta?
Que amor é esse que me faz forte
e frágil ao mesmo tempo?

Sinto que esse amor me leva,
cada vez mais longe e que
ele vai guiar meus passos
rumo ao teu coração dividido,
e ao chegar nele, o transformará
em um só.

O meu amor me surpreende,
me mantém firme,
me mantém tua e convicta,
de que quero viver por todo
sempre ao teu lado.

Foto de betimartins

A vida corre apressada.

A vida corre apressada.

Olho e vejo dia clarear, escutando o belo chilrear dos passarinhos, as nuvens correndo com lentidão, à noite a ir embora e o sol a acordar, vendo a vida correndo...

Olho distraidamente para o campo em frente da minha janela, vendo homens tratando da terra, sua pele morena queimada pelo sol, seus animais parecendo já cansados, exaustos pelo calor que se faz sentir, abro a torneira do lavatório e água sai demasiado quente. Molho meu rosto, refresco minha alma inquieta e logo começo meu dia.

Dou o meu passeio matinal, observando com alegria cada momento, cada respirar, que é sagrado para mim e uma obra divina, estar aqui no meio desta beleza, observo as formiguinhas trabalharem com afinco, levando comida para seu ninho. Logo sinto a magia, o maravilhoso viver, vejo as crianças de mochilas nas costas, conversando com seus pais apressados, tagarelas, pois elas jamais ficam cansadas.

Observo uma casa, engraçada, cheia de terra trabalhada, com diversificadas plantas parecia uma casa de brincar, dentro sai um casal de velhinhos, com uma mangueira, diminuo meus passos, observo-os. Curioso como eles têm uma calma incomum, sua forma meiga, sábia de se tratarem e seu sorriso iluminado e sereno.

Observo um beija-flor, voando sobre mim, engraçado, parece estar parado. Voltando sua atenção as flores que a arvore sobre mim tem, parecem pequenas orquídeas lilás, tão frágil, quase uma miniatura, ele anda de forma singela debicando e se deliciando no néctar de casa flor...

O calor é abrasador, a terra parece sufocar, a noite não refrescou nosso ser, só aquietou nosso cansaço, caminho meio apressada porque quero sentar e descrever o que minha alma saboreou no seu caminhar.

Entro no meu quarto, observo e fico a pensar, tantas horas ali passamos, ora dormindo, ora em lazer, outras matando nossa sede de amar, mas ali é onde mais refletimos, sejam na escrita ou no nosso altar mágico, onde aprofundamos até ao mais elevado ser.

Reflito quantas pessoas passaram pela minha vida, quantas foram tão amadas por mim, quanta historia perdida, guardada dentro de mim, quanta alegria guardada na caixinha mágica e quanta tristeza foram enterradas no baú do esquecimento. Pessoas que deixam marcas, a vida é assim corre, corre e um dia será minha vez de fazer parte dessa corrida. Ficar no rumo da historia de uma recordação ou quem sabe de algo editado e contado aqui na terra...

Meu coração bate descompassado, olho minha linda criança ainda dormindo, sinto uma lagrima correr pelo rosto, quero a ver acabar de crescer, traçar seu rumo, quero ter tempo para pegar num neto no meu colo e ter os meus ossos diminuídos e cansados...

Olho no teclado do meu computador e vejo alguns rascunhos, algumas idéias, partes do meu ser, espalhados ali sem nexo e quero ordenar trazer a paz e a tranqüilidade dentro de mim e levar para longe os pensamentos piores e desagradáveis, varrerem a mente do entulho astral...

Reflito aquele momento, os meus medos, minhas ânsias, meus afetos e atitudes e vejo quando a vida corre apressada e eu não quero desperdiçar nem um minuto dela porque é bom viver...

Eu vivo e tu?

Foto de Carmen Lúcia

Em busca da Primavera

Caminhei sobre pedras
e estradas de chão,
direcionando meus planos
à mais bela estação...

Em busca da primavera
vi cair folhas de outono,
levando alguns sonhos...
invernos congelando quimeras,
sem nunca desistir da espera.

Apostei nas que sobraram,
as que fielmente ficaram
apesar dos outonos tristonhos,
dos invernos fechados
prolongando a chegada,
recuando meus passos,
coibindo espaços
pra me fazer desistir...
... das vezes em que me sentei nas estradas
com as pernas cansadas
sem saber pra onde ir...
...das vezes em que me senti sozinha,
sem saber o que fazer
e quase retroceder...

Foram muitos recomeços,
desenganos, tropeços,
lágrimas, suores, dores,
decepções, desamores...

Os amores que julguei me amarem
aos poucos se foram sem eu nem entender...
Dos amigos que me abraçavam,
poucos restaram,
os que eu posso crer...

E hoje comigo deslumbram
a beleza, o perfume, a cor,
o desabrochar da primeira flor
ao terminar a longa espera
com a chegada da primavera.

(Carmen Lúcia)

Carmen Lúcia Carvalho de Souza
18/05/2009

Foto de manoel freitas de oliveira

Amigo(a)

Tento aprender com teu silêncio
Mas, tudo que sei é gritar
Tento aprender com teu olhar sereno
Mas na vida, tenho um olhar de fúria
Tento medir e dosar o sorriso
Mas, minha extravagância atrapalha
Tento seguir teus passos lentos
Mas minhas pernas já me dominaram
Tento, tento e tento...
Uma coisa não preciso tentar
É dizer o quanto você é importante para mim.
Obrigado por você existir.

Manoel Freitas de Oliveira

Foto de manoel freitas de oliveira

Amigo(a)

Tento aprender com teu silêncio
Mas, tudo que sei é gritar
Tento aprender com teu olhar sereno
Mas na vida, tenho um olhar de fúria
Tento medir e dosar o sorriso
Mas, minha extravagância atrapalha
Tento seguir teus passos lentos
Mas minhas pernas já me dominaram
Tento, tento e tento...
Uma coisa não preciso tentar
É dizer o quanto você é importante para mim.
Obrigado por você existir.

Manoel Freitas de Oliveira

Foto de Cecília Santos

QUANDO CALA O PENSAMENTO

QUANDO CALA O PENSAMENTO
#
#
#
Quando o pensamento se cala,
resta-me apenas o silêncio.
Solidão feita de brumas,
que me tateiam e me rodeiam.
Sombras que surgem do nada,
que me assombram os olhos.
Toque frio, de lábios vazios,
carícias enganosas,
ludibriando-me os sentidos.
Pensamentos calados,
Vida desnorteada,
Passos pesados na rua,
Folhas abafando pegadas.
Luz opaca à distancia,
Presente, sem visão do futuro.
A vida se torna malograda,
quando a voz do pensamento,
se cala!

Cecília-SP-09/2010*

Foto de Anderson Maciel

EM FIM TUDO ACABOU

minha dor que pairava sobre meu ser, tudo que tinha dentro de meu pequenino coração acaba de se findar sobrepondo a paz em minha alma. Entre disturbios e muitas lutas pude ver que nada me tirou o pensamento do alvo que tinha e que estava buscando todos os dias dando sempre o meu melhor, tudo acontecendo tão rápido eu as vezes triste tão cansado mas nunca nada me separava deste obijetivo e quando mais me via acoado trmendo de temor, mais me via junto a tudo o que buscava; é dentro de tanto sentimento firme que eu sentia tudo tava indo busca-lo para ser o alvo da minha vida. Neste tempo pude ver que minha felicidade só ia aumentando quando pensava e falava coisas as vezes até sem pensar, sem saber o que estava dizendo ia tentando por mim mesmo entender mas não conseguia pois era uma coisa tão repleta de interrogações que me faziam até perder a esperança é realmente eu me via intrigado e por muitas vezes pensava em desistir de tudo o que me dava motivos, força. Continuava a pensar nisso e cada momento me via caido em dor e desespero, é tudo isso mero desespero de poder não olhar em teus olhos mera criança perdida em teus passos; Eu sendo induzido a amar-te ganhando um amor profundo é quando estou com você tudo passa tão rápido mas enfim posso dizer que tudo acabou, e me volto para teus braços loucamente apaixonado pois as interrogações já não existem e todo o temor que me sobrepunha cai em meus pés como águas que jorram de uma caichoeira tudo depois que eu finalmente compreendi que nada faz sentido sem você. Anderson Poeta

Foto de Rosinéri

ANSIA LOUCA

Os dias custam a passar
Dominada pela ânsia do amor
Que arde em meu coração
Sou sombra passiva
A perseguir seus passos
Seus pensamentos, seus rastros
Minha paixão é fogueira
Que trepida e pede seu corpo, sua alma...
Conto as horas a esperar
Que venhas me encontrar
Sorriso no rosto
Brilho intenso no olhar
Minha alma gêmea
Que me consome
No exercício de lhe amar
Você demora que sufoco
Mal posso suportar
Cada minuto de espera é tortura
Não se pode controlar

Foto de MARCELO NAZARIO

À PRIMEIRA VISÃO

À primeira visão
A consciência me faltou;
De súbito, o estupor.
Travei.

Em ode
Pedi bênção ao vento
Que me chegou aromatizado depois de banhar o teu corpo
Envolto numa alva seda
Pousada faceira, em contraste, sobre a tua pele morena.

Do alto de plataformas que emolduravam pés desenhados
Da verdadeira bondade divina tive certeza.
Fiz dos meus olhos fiéis companheiros
No efêmero privilégio daquele momento.

Tuas curvas indefesas
Torturadas pelo meu olhar
Desdenhavam da seda que se esfregava sem dó.

Tal qual dama de arrabalde num balé suburbano
A rua era tua passarela
O tempo, teu cenário
E eu, teu cálido expectador.

Não queria a alforria ante o jugo prenunciado
Pois, já totalmente dominado
Prostrei-me ao tempo para que o mundo quedasse inerte.

Os passos ritmados na minha direção
Um sorriso paralisante explodindo em mim
À luz dos teus olhos
Derreti.

Me esqueci de mim.
Meu mundo era teu.
Minhas veias se intumesceram
E um desespero taquicárdico
Aflorou do meu peito.
Sublime submissão!
Sublime submissão!

Como menino indefeso
Me entreguei
Me perdi
Me achei.

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