Enviado por CarmenCecilia em Sáb, 06/11/2010 - 13:57
POESIA: ANTÔNIO JOSÉ
FOTOGRAFIA: ROBERTO MATHEUS
EDIÇÃO E NARRATIVA: CARMEN CECILIA
NÃO É Á TOA QUE TE CHAMAM CIDADE MARAVILHOSA VÍDEO POEMA E HOMENAGEM RIO DE JANEIRO
Homenagem a cidade do Rio de Janeiro pelo poeta Antonio José ( Antônio Poeta ) e fotografia de Roberto Matheus
Não é toa que te chamam de cidade maravilhosa
Galante cidade majestade,
A mais hilariante e elegante,
Vanguarda e empáfia do Brasil.
Gracioso Rio, metrópole nota mil.
É lastimoso seu nome ser masculino,
Contudo isso não importa, pois sua beleza
Exagera em pueril feminil...É muito mulheril.
Rio da mocinha, da mulher e da coroa
Super-abundamente lasciva, instigante e gostosa.
Claro não é a toa que te chamam cidade maravilhosa!
Rio batizado por água e sal,
De samba e apinhado de bossa,
De esportes e verão o ano inteiro,
Da boemia sadia e hiper-glamourosa
Rio de civilização independente, ditador
De cultura, de eventos e manifestos políticos
Rio de montanhas e mata Atlântica e dos
Saraus mais alegres do país.Rio de pele ardente e morena,
E consciência vaidosa. Rio efervescente, de gente bonita
e sedutora, não é a toa que te chamam cidade maravilhosa.
Rio da poesia, da ilha de Paquetá,
Rio do mais sensacional réveillon
E do povo mais lúdico e hospitaleiro.
Rio capital imperial e da república inicial,
Meu adorado, meu dourado Rio de Janeiro.
Rio dos tamoios e de todos que nasceram aqui
Rio de todos que o amam e o adotaram de coração.
Rio hoteleiro, gastronômico, de museus e monumentos:
Para sempre meu afável Rio, continuará a ser entre todas
As cidades dessa Nação, a mais urbana, acalorada e generosa.
Tácito, meu Rio, não é a toa que te chamam cidade maravilhosa!
Rio, alento dos poetas; cineastas, atores;
Músicos, escritores, fotógrafos e chargistas:
Rio genitor e acolhedor das artes e dos artistas.
Rio de caráter concubino,urbe tropical e garbosa
Rio de mar aberto e do Cristo alto de braços abertos
Rio de todas as religiões, crenças e de todos os idiomas.
Rio de pendor lírico,labor, lazer,prazer, amor e de humor
Rio dos reais gozos, culpas, sabores, cores, opiniões e aromas
Rio de clemência igualitária, sensibilidade, parceria e filantropia.
É verdade, meu Rio, não é à toa, que te chamam de cidade maravilhosa!
Numa noite escura e guiando o luar
Que pelo amor segui em tua busca
Oiço de longe a tua voz chamar
Dentro da tua triste e fúnebre tumba
Passo os negros e altos portões
E deambulo no meio do silêncio
Oiço chorar todos os mortos corações
Da deleitosa saudade levada pelo vento
Por entre as demais tumbas assombradas
Sussurras com forte intensidade o meu nome
Num pranto de lágrimas, tudo devastavas
Na tua triste e fúnebre tumba, envolta em lume
Cessou o fogo a minha chegada
Cessou o teu choro a minha companhia
Espero, sobre a tua sombra deleitada
A minha doce e desejada partida
Espero encontrar de novo o teu ser
E com ele viver o que outrora a morte levou
Deixa-me agora deleitar a teu lado e morrer
Para satisfazer o que minh’alma tanto desejou
Tudo em mim desapareceu quando te foste
Perdida andava a minha vida envolta em escuridão
Por entre cinzas e mortos tu ergues-te
E fizeste bater de novo meu coração
Aí vem ela, que sem pressas é demorada
Figurada de mulher com enorme negro manto
Ela, que por toda a gente é esperada
E que perante sua figura, a minha cabeça levanto
Olho de frente aquele rosto sem feições
Respeitável e inevitável figura
Que com suspiros faz parar corações
Curvo-me perante ela, esperando então a altura
Encosta o seu frio machado contra o meu peito
Sussurra-me ao ouvido com voz dormente e pesada
Pergunta porque eu tão nova e neste leito
Quero pelo demónio ser levada
Levanto o rosto afogado em lágrimas
Levo ao peito as mãos estancando a dor
Relembro as páginas da vida por mim rasgadas
E soluçando lhe digo, quero estar somente com o meu amor
A morte de espanto nem uma palavra proferiu
Voltando-se na mão suada, o fatal antídoto colocou
Afastando – se na escura e assombrosa noite, sorriu
Foi também por amor que nisto me tornei, refutou
Olho de frente a tumba esperada
Lembro todos os momentos de aflições
Na palma da mão a vida ironizada
Olho para o céu despedindo e gritando a plenos pulmões:
Morro se não te tenho em mim
Desespero se de ti não receber beijo algum
Ambiciono tocar para sempre a tua pele
Quero-te para o infinito Lord Luciferum
Ingerindo o fatal antídoto e sorrindo
Penso em ti e nas eternas horas de explendor
Fecho os cansados olhos na tumba caindo
Estou finalmente de novo a teu lado meu amor
Desvaneia-se o corpo em sinuosas cinzas
Levadas pelo vento que outrora no rosto senti enfim
Na triste e fúnebre tumba ficaram as nossas almas
E o eterno casal apaixonado, amando-se por fim.
Enviado por Carmen Lúcia em Qui, 04/11/2010 - 12:22
Gostaria de falar de amor...
Não do amor à humanidade
ou ao que fazemos por opção.
Não do amor solidário,
que presta serviços,
une os amigos,
constrói pontes,
rompe fronteiras,
dá as mãos...
Não do amor onipotente
que forma correntes,
amor servil, varonil,
fraterno, materno,paterno.
Esse eu sinto na pele e no coração.
Não há como falar,
é partir para a ação...
Mas do amor-desejo
entre dois seres distintos
em que cada um é metade
e juntas formam um...
Feitos um para o outro,
complementos inseparáveis,
compatíveis nos detalhes,
corpo e alma em união...
Queria expressar em versos
o romantismo que gera esse amor,
o lirismo das carícias espontâneas
a fluir dessa relação...
Poetizar revelações sensuais
puras, maliciosas, atrevidas, irracionais,
quando o amor se veste de paixão...
Mas não consigo...
Tal poesia me trairia
pela falta de autenticidade,
incompatível com a verdade
por esse amor já não sentir...
Perdeu-se no ontem,
ficou esquecido.
Jaz adormecido.
Nos delírios da noite, te defino como a estrela
mais brilhante do céu...e este mesmo céu,
pode testemunhar a minha loucura,
que devaneia no vento da madrugada em claro,
ao som de suaves ruídos românticos,
que embalam esta noite inquieta,
de um coração que espera... espera...espera...
bons ventos não o trazem pra mim...
Ainda assim, espero ansiosa por sua chegada
e como antigo amor, posso fechar os olhos
e sentir a textura da sua pele, o contorno da sua boca, o gosto do seu beijo, a intensidade do seu abraço, contemplando infinitamente o seu ser, adorável és pra mim...
Então, não permita que nossas pétalas sequem e caiam ao chão, pois, te sinto como real, único, eterno, sem ao menos tê-lo tocado.
Hoje acordei feliz senti no peito sua presença
Parecia que suas mãos tocavam suaves o meu rosto
Sua boca, tão deliciosa me dizia palavras que tanto gosto
E beijavam a minha com uma vontade intensa
O roçar de sua barba acariciava minha pele fazendo me arrepiar
E pelas curvas do meu corpo passeava, provocando-me o desejo de amar
Por longos instantes deliciei-me com esse contato
E desejei imensamente que ele não tivesse que acabar
Que maneira deliciosa esta de sentir o seu tato
De imaginar intensamente aquele momento chegar
Por onde andas, me deixaste aqui com agua no bôca
com sede nos lábios, querendo teus beijos
com essa vontade que me queima a roupa
te ver é como um consolo para os meus desejos
provoca uma sensaçao que me deixa louca
que arrepia a pele quando te vejo
e quando nao está me deixa ôca
vem pra ca amor para que eu te possa tocar
para que eu possa sentir o teu cheiro
e para que essa boca eu possa beijar.
Debaixo dos lençóis
Teu corpo em brasa
amassa meu magro corpo
quente, em chamas.
Longe do limite
desejo-te junto à minha pele
Sentir tuas mãos
percorrendo o meu corpo
entrego me a ti.
Dois corpos
em um eternamente.
Completas me
Unes me
Moldo-me no teu corpo
O teu ardor entra
Flutua, e permanece
Entranhado em mim.
Cruzo minhas pernas
A volta do teu corpo.
Arrepias-me com tuas palavras
Com teus gestos, com teus beijos
Com o teu corpo atlético
Quero ser tua
Devora minha chama
Nesta singela (pura) cama
Enviado por KAUE DUARTE em Seg, 25/10/2010 - 16:01
Aconchegante vem de leve
Brisa da manha esplendorosa
Devagar desarruma meus cabelos
Com leveza vai ao longe
E torna a arrepiar a pele
Concentrada de grandes massas
Balança a poeira e leva a semente
Em busca da terra fecunda
Vai, volta torna a rodear
chacoalhando os pomares
derrubando as folhas secas
balbuciando em assovios
pondo a reinar em meio a todas as coisas
com certeza é ela que traz as chuvas
que de longe se vem derramar
derruba os frutos a quem os deseja
retira o calor da alma cansada
e Põe-se a desejar
com fagulhas faz fogueiras
alastra as chamas por onde sopras
vem poderoso, impetuoso
o mesmo que refresca o corpo
derruba casas e barreiras
te peço, vem como brisa e acalenta o tempo
vem formoso vento...............(kauê Jessé)
A vida é tão frágil, e carrega um sentimento tão forte e eterno, que é fonte das mais belas poesias e canções que embalam os corações dos amantes.
Sinto a vida correr por entre minhas veias, estou viva e pulsante. Reflito que enquanto tiver vida quero dedicar a ti o sentimento mais nobre da minha existência.
Quero saciar tua fome com minha carne, quero te envolver por todos os lados com meu amor. Quero te dedicar poesias como essa, que se fazem sempre quando os sentimentos me manipulam a escrever.
Entre esses pensamentos e sentimentos quero seguir sentindo a flor da pele a beleza de viver para esse amor. Quero sempre mais um pouco dessa felicidade ingênua e pura nas coisas simples.
Simples como olhar nos teus olhos e através deles enxergar tua alma colorida repleta de amor.