Pele

Foto de pétala rosa

MAGNÓLIAS

MAGNOLIAS

Pinto magnólias na harmonia duma tela
pinto as tuas caricias, o teu beijo e
a madrugada.

Que manhã com cheiro a jasmim, salpicada
de margaridas de flautas e ondulando
num esvoaçar de colibri.

Nas trevas aclaradas de cheiro e beija-flor
nessa miragem estavas lá
no ontem entre a laranja e o mel
entre o sossego e corais imaculados
de bordados e marfim, estavas lá,
senti o teu intenso sangue
na neblina do teu poema.

A tua loucura preenche o meu ventre de palavras
que escrevo no azul dum sonho feroz.

Não sentes a seda em desalinho na cama redonda
onde te despi e te pensei amar?
Não, não deves sentir porque o teu deserto
é onde respira o silencio duma flor...

Ah poeta acrobata da vida
feiticeiro de buzios e conchas
o teu desalinho incendeia os seios fartos
do meu corpo, numa maré de linho e cristal.

Deitas-te na nuvem numa caricia abandonada
rente ás mãos que tocam a pele, a tua pele
nos lábios inchados de beijos e ninfas em perfeito
movimento.

Em sobressalto, espero que a madrugada te acorde para mim...

Amália LOPES

1 SETº 2009

Foto de Carmen Lúcia

O palco é seu...

Toma!O palco é seu...
Derrama sobre ele
todo o veneno infundado
e o mal que sempre escondeu,
roubando-lhe o sorriso guardado
que a vida não devolveu...

Destila o que há na alma,
o que guardou em segredo
e lhe queima as veias...
Um nó preso na garganta,
o soluço que não se abranda
na pele de uma personagem
vivendo sórdido enredo.

Não faça figuração...
Encarne a personagem
em toda a encenação...
Dá-lhe autenticidade,
aquela que ainda restou.
Solte as palavras às luzes dos refletores;
que elas reflitam, bem alto, as dores...
Segura as que calaram e perca as que se foram.

Tira a máscara que o sufoca;
a capa que os sentimentos tolhe...
Não ouça a música que toca...
Canto de sereia pra levá-lo de volta...
Sinta-se livre, respira o novo ar...
Seja protagonista de sua própria vida...
A do artista sempre o trai...

Carmen Lúcia

Foto de Carmen Vervloet

Te Amo

Te Amo

Quero submergir no teu universo.
Quero proclamar em versos
o que nem sempre pude verbalizar.
Quero sanar a incompletude
de tudo que não pude te dar.

Quero atrelar nossos sonhos e cavalgar.
Dar a mão da minha imperfeição
à mão da tua imperfeição.
Mimosear-te com tudo que é meu
alegria, felicidade,
minha eterna vivacidade,
prazerosa insanidade!

Quero no silêncio da noite
beijar teus lábios com calma...
Sepultar os açoites
que machucaram nossas almas.
Quero nossos corpos tocando-se com ternura
arrepiando nossa pele em ingênua candura.
Quero a doce mistura de nossas bocas
salivando o mel da sedução...

E assim saborear o amor
construído em tantos anos...
Quero simplesmente dizer
te amo!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora

Foto de fabricioadriel

Tempo

Há muitas coisas que só o tempo
pode curar
algo que aconteceu
e não conseguimos aceitar.

Os sonhos em vão
os planos que se acabaram
as pessoas que foram na vida
e nessa vida marcaram.

A lembrança disso é como uma ferida
que em vez de estar na pele
esta na vida.

Mas para cicatrizar
o remédio é o tempo
e o preço é o sofrimento.

Foto de @nd@rilho

Coração em Chamas


A muito não me sentia assim,
Tendo você tão viva em mim,
Seu perfume em minha pele,
Seu gosto em minha boca,
Seu toque em meu corpo,

Você viva e flamejante,
Queimando em paixão o meu peito,
Ardendo em desejo o meu corpo,
Completando minha existência,
Com o toque sublime do seu amor.

Foto de delicate_ro

[A Noite Cai De Uma Altura [Im]possível]

Desejos antigos
Em rascunhos nas páginas da memória
Ternos como as madrugadas
Bordadas a sedas e carícias.

Nestas minhas indefesas madrugadas
Cesso sonhos [adormecidos]
Nos caminhos bordados a palavras e certezas
Na voz dos teus olhos entrelaçados de promessas.

No silêncio à espera do alívio [imediato]
Em minhas madrugadas peregrinas
A noite cai de uma altura [im]possível
Quebrando insanos desejos e delírios.

Quimica cheiro e pele
Doce tormenta que cega os meus sentidos
Porque a cada dia [Eu] te preciso mais e além
E transbordo em lágrimas se [Tu] não vens.

By яσ ੴ



Foto de claudinha.guima

Mais Um Toque

Lembranças perdidas do dia que se finda..
Lembranças dos beijos tão esperados,
do toque da pele sensível que estará guardada na memória como alimento da alma.

A respiração ofegante, o gemido que teimou em sair do peito deixando transparecer em palavras ocultas a explosão do prazer sentido.

O dia se foi... a lembrança permanece e com ela a esperança de um novo encontro... O encontro de almas que se anseiam, que se desejam... que se amam antes mesmo de se tocarem... que necessitam ardentemente de mais um toque.

Foto de claudinha.guima

TIC TAC de uma vida

O Som "Is This Love" de Bob Marley me levava ao meu destino.
Tudo igual... Como sempre fora, tudo acontecia conforme o programado.
Como tudo na minha vida era marcado com horários regiamente pré-definidos. Horários de entrada e Saída, horário da volta pra casa, esse sim não podia falhar em hipótese alguma, nada podia fugir do padrão.
Nenhuma ocorrência poderia ser tão urgente a ponto de me tirar desse cronograma tétrico e macabro.
Do lado de fora as árvores vinham no sentido contrário, correndo, atrasadas para cumprirem seus próprios cronogramas e eu ali, em meio àquelas imagens esporádicas que passavam apressadamente, pela janela do meu carro.
Não havia espaço ali, para o belo. As imagens desesperada que via passar correndo por mim, como insights de uma vida, era a prova que tinha de que eu fazia parte daquela história contada em lágrimas silenciosa e triste.
A chuva repentina começou a cair... Acariciavam a pele de parte do meu braço que descançava n a janela do carro, só assim podia senti-la, não podia parar, as horas não se estancariam no relógio invisível que me lembravam a todo instante, com seu TIC TAC insistente, que era momento de correr, de seguir em frente... Não, elas não parariam para eu poder sentir a chuva em todo o meu corpo, não haveria tempo para “coisas fúteis” assim.
Ele estava lá, junto com a chuva, “correndo” da chuva... Voando rápido. Seus olhos fixos em um ponto distante, onde eu não podia enxergar. Ele tinha pressa também, mas como pode ter pressa se ele estava livre, tinha toda a vida para ir onde bem entendesse, não haviam relógios que pudessem marcar seu tempo. Mas ele queria continuar em sua “corrida” aérea, próximo a minha janela, sequer notou que eu o observava, sequer percebeu minha presença ali.
Cheguei a desejar tocá-lo, mas não podia interromper aquele momento. Queria congelar a imagem, oferecer uma carona, mas não podia fazê-lo. Nossos caminhos eram diferentes, ele seguiria em frente, rumo ao sol, fora da chuva, a procura de uma caminho cheio de luz e eu? Eu permaneceria ali, contando as horas, calculando o tempo preciso e quem sabe, no dia seguinte, poder encontrá-lo novamente.

Foto de claudinha.guima

TIC TAC de uma vida

O Som "Is This Love" de Bob Marley, me levava ao meu destino.
Tudo igual... Como sempre fora, tudo acontecia conforme o programado. Como tudo na minha vida era marcado com horários regiamente pré-definidos. Horários de entrada e Saída, horário da volta pra casa, esse sim não podia falhar em hipótese alguma, nada podia fugir do padrão.
Nenhuma ocorrência poderia ser tão urgente a ponto de me tirar desse cronograma tétrico e macabro.
Do lado de fora as árvores vinham no sentido contrário, correndo, atrasadas para cumprirem seus próprios cronogramas e eu ali, em meio àquelas imagens esporádicas que passavam apressadamente, pela janela do meu carro.
Não havia espaço ali, para o belo. As imagens desesperada que via passar correndo por mim, como insights de uma vida, era a prova que tinha de que eu fazia parte daquela história contada em lágrimas silenciosa e triste.
A chuva repentina começou a cair... Acariciavam a pele de parte do meu braço que descançava n a janela do carro, só assim podia senti-la, não podia parar, as horas não se estancariam no relógio invisível que me lembravam a todo instante, com seu TIC TAC insistente, que era momento de correr, de seguir em frente... Não, elas não parariam para eu poder sentir a chuva em todo o meu corpo, não haveria tempo para “coisas fúteis” assim.
Ele estava lá, junto com a chuva, “correndo” da chuva... Voando rápido. Seus olhos fixos em um ponto distante, onde eu não podia enxergar. Ele tinha pressa também, mas como pode ter pressa se ele estava livre, tinha toda a vida para ir onde bem entendesse, não haviam relógios que pudessem marcar seu tempo. Mas ele queria continuar em sua “corrida” aérea, próximo a minha janela, sequer notou que eu o observava, sequer percebeu minha presença ali.
Cheguei a desejar tocá-lo, mas não podia interromper aquele momento. Queria congelar a imagem, oferecer uma carona, mas não podia fazê-lo. Nossos caminhos eram diferentes, ele seguiria em frente, rumo ao sol, fora da chuva, a procura de uma caminho cheio de luz e eu? Eu permaneceria ali, contando as horas, calculando o tempo preciso e quem sabe, no dia seguinte, poder encontrá-lo novamente.

Foto de Carmen Vervloet

A Mulher e o Tempo

A Mulher e o Tempo

É jovem senhora
no esplendor dos seus
sessenta anos.
Andou por muitos caminhos,
chorou desenganos!
Conquistou carinhos,
enfrentou preconceitos,
venceu muitos pleitos!
E o tempo sempre implacável
não secou seu amor pela vida,
não murchou seus sonhos
nem matou sua esperança.
Não esfriou seu desejo,
a paixão que a move.
Puxou-lhe pelo vestido
na tentativa de derrubar sua sedução
mas tudo em vão...
Nas suas insistentes batalhas
tentou tirar o viço da sua pele,
as curvas do seu corpo,
o brilho dos seus olhos!
Tentou abafar seus suspiros...
Ganhou sim, pequenas batalhas,
mas não conseguiu roubar
sua alegria de viver
que a faz jovem e feliz!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora.

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