Pintura

Foto de Jósley D Mattos

Pecaminosa angelical

Açucena em descanso
Colho-te maviosa no olhar,
pétala corpo,
brisa cálida,
desejo em flor...
inisinua-te abrigo,
inoscência em chamas, desatando palavras,
acariciando o ardor,
alimenta-me oasis roseo pudor,
rigidas luzes,
taça oculta,
líbido e cristal...
na breve afoita espera,
vislumbro-te,
pintura trigueira na obscena moldura deificada de ti mulher.
Sem eira nem fim...
O nós enfim,
não apenas existindo...
não apenas.

Foto de Dennel

Quadro erótico

Nesta tarde quente meu pensamento se desprende, viajando até você; vejo-a como se fosse uma pintura surrealista, que entorpece os meus sentidos. Meus olhos famintos viajam em cada detalhe do quadro, que diante de mim se apresenta; você coberta apenas com um fino lençol, deixando minha imaginação fazer mil suposições, centenas de planos e traçando dezenas de estratégias para conquistá-la.

Ousadamente me aproximo, toco de leve na borda do quadro, desço os dedos suavemente, sentindo o efeito da pintura que acredito não ser real, devido à perfeição das formas e curvas. Parece que sinto o mamilo dos seus seios intumescidos de prazer.

O brilho dos seus olhos manifesta uma lascívia que me seduz, que enrijece meu potente membro, fazendo-o pulsar de desejos. Fecho os olhos, ato contínuo estou em seus braços, em sussurros; palavras ininteligíveis brotam aos borbotões, de nossos lábios rubros de desejos.

Minhas mãos percorrem o seu corpo com tal ferocidade, que me assemelho a uma fera, que estraçalha sua presa impiedosamente; detenho-me na gruta dos desejos, acariciando suavemente o ponto da discórdia.

Estou com os sentidos entenebrecidos com tamanho desejo, que percorre meu corpo em ondas de prazer. Desejo conhecer os meandros, desvendar todos os segredos do seu corpo, espero que ele me pertença através do amor, que arrebata a minha alma.

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de Lou Poulit

Amor por Obras de Arte

Sabe de uma coisa que me surpreende de vez em quando, a cada vez de uma forma diferente? O poder que têm os objetos de arte de fazer com que as pessoas desenvolvam uma relação psíquica absolutamente particular com elas. Já ouviu falar naquele sujeito que vai morar em um lugar mais valorizado, pinta a casa nova, troca todos os móveis, “...a velha calça desbotada ou coisa assim” (*), os sapatos, o carrão, o cachorro, troca até de mulher!... Aí quando o amigo (que não foi trocado) faz uma primeira visita... Não há como fingir que não viu, lá está aquela escultura, pintura, artesanato, ou seja lá o que for. Sem dúvida é a mesma! Se você nunca viu, prepare-se para conhecer um dia alguém assim.

Tenho uma cliente adorável. Comprou uma (apenas uma e nunca quis outra) pintura minha da série Bailarinos Elementais. Pois bem, segundo a própria, de manhã ela não vai trabalhar sem se despedir. A Bailarina fica o dia inteirinho quetinha na parede da sala, na mesma posição!, de frente para a porta, esperando que sua dona volte e diga boa noite, ou bom dia... Falando sério, quando ela me contou (foi assim mesmo, ela não deixou que ninguém contasse antes) pensei que fosse dizer que a Bailarina saía bailando pela sala... ou pior, que abrisse a porta pra ela!

Para que ninguém duvide, conto outra. Uma outra cliente, igualmente adorável, encomendou um Anjo Peregrino fazendo uma relação de especificações. Queria que o Anjo ficasse na cabeceira da cama, mas não o queria nu como os da série. Arrumei um jeito de cobrir as partes pudentas do jovem Senhor com algumas penas da asa. No dia marcado, ela veio buscar a pintura no final do expediente e saiu pela cidade toda serelepe. Até chegar em casa, com certeza deu muitas “pinturadas” em pessoas que queriam apenas chegar em casa íntegras. Pois bem, tomou sumiço... Cerca de um ano depois, eu estava expondo na feira turística de Copacabana e senti alguém me cobrir os olhos com as palmas das mãos, pelas costas para fazer surpresa: “Se você adivinhar, só pode ser um anjo”... Ora, passados mais de doze meses, até para um demônio haveria de ser difícil adivinhar que ela estava dando uma pista do anjo dela e que, portanto, tratava-se dela!... Conversa-vai-conversa-vem, perguntei pelo Anjo. Devo assumir ter parte de culpa, porque nesse momento eu próprio tratei o personagem como uma pessoa. E ela prontamente respondeu que estava lá no mesmo lugar. Querendo fazer uma piadinha, perguntei se ele nunca saía, nem para tomar um cafezinho ou, pelo menos, se espreguiçar. Então minha cliente, hoje uma boa amiga, me disse: “Sair ele não sai não... Mas às vezes eu tiro”. Naturalmente, pedi que explicasse. E ela me contou, com alguma timidez, que quando o namorado dela chegava, ela dissimuladamente ia no quarto (sem acender a luz), descia o Anjo do prego e o empurrava para baixo da cama! Não consegui me segurar. Não achei que pudesse ser uma indiscrição minha e quis entender a razão. Resposta envergonhada: “Ah... O seu Anjo tem um olhar muito severo”... E depois veio outra pior. A última risada dessa noite aconteceu quando ela me confidenciou que certa manhã, sentiu “pena” do Anjo e o reconduziu ao seu lugar, sem se importar com o fato de que o namorado ainda estava na cama. O resultado foi uma pergunta dele indignada, mas para mim surpreendente e reveladora: “Quem é esse cara aí?!”...

Foto de Lou Poulit

O Beiço da Feiosa

Cansado demais para continuar meus trabalhos de pintura no ateliê, de falar com meu próprio silêncio, decidi dar um tempo a mim mesmo. Assim também, escapava um pouco do convívio com o senso crítico de artista plástico. Tinha e ainda tenho esse hábito. Em arte, faz bem de vez em quando apagar tudo o que há no consciente. Depois deixar que o subconsciente, onde de fato habita a arte, aos poucos recomponha toda a estrutura de critérios e conceitos. Fazia uma tarde morna e abafada, típica do verão carioca. A tática era escolher um lugar sossegado no calçadão da praia de Copacabana, de onde pudesse observar de perto as milhares de pessoas que vão e vem caminhando. O apartamento da rua N. Sra. De Copacabana, onde havia instalado o ateliê, era de fundos e de lá não se via ninguém. Um artista precisa observar, muito, como um exercício diário. Apenas observar e deixar que seu silêncio assuma o lugar do piloto. Então uma série de impressões, não apenas luz e forma, serão armazenadas. E quando ele voltar ao trabalho elas estarão lá, disponíveis no subconsciente.

Depois de alguns poucos minutos esparramado numa cadeira de quiosque, já havia conseguido reunir tantas observações que era difícil mantê-las na mente de modo organizado. E ainda mais concluir alguma coisa daquela bagunça. Tentei interromper a observação para fazer uma seleção prévia sem novos dados. Muitíssimo difícil. Minha mente estava de tal modo seduzida pelo que estava em volta, que não podia evitar o assédio da sucessividade. Sempre que sentia a alma crescer e “viajar” nas próprias avaliações, subitamente era trazida novamente ao fundo do abismo por alguma sensação irresistível, como num grande tombo, que só poupava a cadeira de plástico. Tentei fechar os olhos então, mas isso também se mostrou inútil, ainda pior. O estímulo causado pelas demais percepções, que dessa forma ficam mais conscientes do que o normal, era poderoso o suficiente para provocar a mais estranha angústia de não ver com os olhos. Reabri-los seria quase um orgasmo!

Mas depois de um obstinado esforço consegui finalmente identificar algo suficientemente freqüente e interessante: muitas pessoas aparentam imaginar que são alguma coisa muito diferente do que aparentam ser! Talvez ainda mais diferente do que na realidade sejam. Achou confuso? Não, é muito simples. Veja, o nosso senso crítico tem a natural dificuldade de voltar-se para dentro, ademais, os defeitos dos outros não são protegidos pelas barreiras e mecanismos psíquicos de segurança que criamos para nos defender, inclusive de nós mesmos. Por exemplo, um jovem apenas fortezinho e metido numa sunga escassa, parecia convencido de ser uma espécie de exterminador do futuro super-dotado. Um senhor setentão, parecia convencido de ser mais rápido e poderoso que o Flash Gordon (um dos primeiros desses super-heróis criados pela fantasia americana do norte). Uma mulher com pernas de uma cabrita, difícil descobrir onde guardara os seios, fazia o possível para falar, aos que ficavam para trás, com uma linguagem de nádegas, que na verdade mais parecia uma mímica de caretas.

Mas houve uma outra (essa definitivamente feia, tanto vindo quanto partindo) que me surpreendeu, me deixou de fato muito fulo da vida, me arrancou dos meus pensamentos abrupta e cruelmente: vejam vocês que ela torceu o beiço pra mim, em atitude de desdém, como se eu houvesse dirigido a ela algum tipo de olhar interessado... Onde já se viu?! Quanta indignação! Ora, se com tanta mulher bonita no calçadão de Copacabana, de todos os tipos e para todos os gostos, passaria pela cabeça de alguém que eu dirigisse algum olhar interessado logo para ela? Só mesmo na cabeça dela.

Assim que ela passou me aprumei na cadeira, levantei-me e tomei o rumo de volta para o ateliê. A princípio me senti muito irritado com aquela feiosa injusta, no entanto, como caminhar no piloto-automático facilita as nossas reflexões (embora aumente o risco de atropelamento) já a meio-caminho havia mudado de opinião. Não quanto à sua feiúra, nem tão pouco quanto àquela grosseria de sair por aí torcendo o beiço para as pessoas, inocentes ou não. Mas o motivo de promovê-la a feiosa perdoável era o seguinte: sem querer, me ofereceu muito mais do que havia saído para procurar! E por quê?

Bem, antes de mais nada demonstrou ter se apercebido de mim. Não tenho esse tipo de necessidade, normalmente faço o possível em espaços públicos para não ser percebido, mas o fato é que algumas centenas de pessoas também passaram no mesmo intervalo de tempo sem demonstrar nenhum julgamento, nem certo nem errado, bom ou ruim.

Ora, o meu objetivo ao sair não era o de fugir do julgamento alheio, mas sim do meu próprio senso crítico, que mais parece um cão farejador infatigável e incorruptível (capaz de desdenhar altivamente todos os biscoitinhos que lhe atiro), sempre fuçando eflúvios psíquicos e emocionais nas minhas reentrâncias almáticas. Outro ponto a favor da boa bruxinha: o julgamento alheio desse tipo (au passant) não permite qualquer negociação, como acontece por exemplo quando criamos subterfúgios e argumentos para falsear nosso próprio juízo, às vezes oferecendo até uma boa ação como magnânima propina!

Pensando bem, ela me deu algo muito mais importante. Pergunte comigo: não seria razoável imaginar o tipo constrangedor de reação que ela recebe quando homens jovens, bonitos ou interessantes têm a impressão de perceber alguma intenção no olhar dela? Claro, não apresentando nada de bonito nesse mundo onde todos somos tão condicionados à superfície das coisas e pessoas, qualquer reciprocidade seria mais provavelmente uma gozação. Então, nesse caso, a minha presença (não intencional) na prática ofereceu a ela a generosa e graciosa oportunidade de se vingar! Ou, dizendo isso de uma forma mais espiritualizada: de restaurar sua auto-estima e elevar o nível dos seus pensamentos. Quer saber? Me deu uma vontade de estar lá todos os dias.

Depois de algum tempo, certamente eu a levaria às portas do céu! Isso parece muito penoso? Nadica de nada, esforço nenhum. Veja bem, eu precisaria de muito mais tempo, abnegação, e força de vontade (dentre outras) para levá-la às portas do céu por meios, digamos, mundanos! Isso seria tarefa para um desses rapazes “bombados”, cheios de tatuagens, pierces, juventude e vigor, e sem 40 anos de alcatrão nas paredes arteriais! Nunca leram o Kamasutra, ou O Relartório Hite, ou coisa do tipo, mas pra que? Quando eu era jovem não os tinha lido ainda e não senti nenhuma falta disso.

Em resumo, de quebra ainda fiz a minha boa ação do dia e assim posso manter a esperança de chegar algum dia às portas dos céus, digo dos céus celestiais, lugar cuja direção desconheço completamente... Agora, penoso mesmo (e definitivamente brochante) seria encontrar a dita cuja lá! Sim, por ter chegado antes ela poderia sentir-se à vontade para fazer o meu julgamento e proferir solenemente que todas essas palavras que aqui escrevi não são mais do que uma mísera propina, só para liberar a minha mísera auto-estima do meu sentimento sovina de rejeição! Se assim acontecesse, eu não daria mais para a frente o passo consagrador, ao invés disso daria muitos de volta (sem saber em que direção ficaria o meu ateliê). Ainda juraria para todo o sempre aceitar o meu próprio senso crítico (assim como as demais pessoas comuns do meu convívio) e nunca mais sair do ateliê, interrompendo o meu processo produtivo, com o mesmo fim.

Copacabana, mar/2006

Foto de Lou Poulit

Mulher de Verdade

Essa mulher de imagem pública,
Cúbica pintura, me implora
Despir-lhe muito mais que roupas,
Rotas de tão despidas.

Essa personagem em nossas vidas,
Que nega o que me importa,
Nem mesmo morta me interessa,
Não me excita, não me apressa
E se me apanho numa cantiga
É de falo fanho, sem prumo certo,
Sem as estrelas que sempre oferto
Ao ventre escuro que me ilumina.

Não é uma menina... Uma menina...
Não é uma promessa... Uma promessa.
Não é um prato de louça fina
Mas é uma travessa... Uma travessa.

Queria que fosse de verdade!
Desperta, de mentiras deserta,
De sabor curtida, mas nem tão pura!
De cheiro e da vida madura,
Moldura dos meus parcos segundos,
Eternos e tão gratos segundos.
Que em minhas mordidas se leia:
Um homem ama essa mulher!

E num momento, deserta de sanhas,
Quando o tempo chegasse a pesar,
Eu a sentisse nas minhas entranhas
Como a selva sente o rio passar.

Foto de Anandini

Só,estou só agora...

Fez-s o dia...
O sol nascente,puro no horizonte...
de um azul infinito...
Não quero enfrentar esse dia,queria que não existisse.
A noite se foi...acabou...
Arrastou-se lentamente sem querer partir de meu leito,
um sarcófago de tristeza sem fim...
Agora tenho a certeza que estava enganada,iludida.
Foi apenas uma confusão...
Meu amor por tí era tão intenso que
transbordou para fora de meu peito
escorreu,e chegou até você!
Na verdade não me amaste em momento algum...
Tudo que escreveste era apenas um reflexo
do amor intenso que transmiti a você.
Agora sofro...
Minhas lagrimas corroem minha alma,
meus olhos se fecham para a noite e para o dia...
Não quero que o sol toque minha pele...
Não quero a intensidade do azul do céu,
O sol é quente,as cores são fortes...
Me arremetem a palheta de um arco-iris
Os pincéis do meu artista favorito...
As cores agora também me levam até você.
A pintura de uma paixão avasaladora,
está manchada,com a mistura da tinta de suas mãos...
Borrou...Está cinza... Perdeu a cor a vida.
Meu coração está triste,pequeno
amargurado em meu peito...
Sinto a solidão de um amor não correspondido.
Você jamais me quis...
Porque alimentaste meu desejo ,e deste força para esse amor
que toma conta de meu ser?
Porque disseste que me queria tanto?
Me deste a chave dourada,mas agora
me deixa aos prantos?
Não posso ao menos sofrer de saudade...
saudade do que?
Se não tive você....
Queria seu abraço,lento apertado...
Seu beijo,intenso ...molhado...
Queria guardar ao menos a lembrança
do suor de seu corpo
confundido com o meu!
mas resta-me apenas ficar sozinha...
Abrir meu e-mail e ver que te perdi
Nem uma palavra...
nem uma letra sequer,me deixou...
Mas como te perdi?
Se nem pude te encontrar....
Não tenho sequer o gosto amargo
da lembrança,para corroer esse vazio
Meu leito é como um tumulo
triste,morto,sem você...
Suas palavras em meu ouvido...
soaram como uma marcha funebre
matando o desejo infiltrado em meu ventre....
Palavras outrora,que seriam de prazer...
de paixão de tesão...
Morreram...
Você as enterrou,nem ao menos
quis vê-las crescer...
desabrochar...
Murchou a flor de minha emoção...
Po que fizeste assim?
Porque me abandona ao léu?
Por que perdeu a coragem de enfrentar o sentimento
Que nasceu em tí?
Tiraste as forças
para eu enfrentar meus dias...
Não quero abrir os olhos...
Abaixo minha cabeça...
choro...
soluço...
debruçada nesta folha de papel...
Se tinha algo para mim,cadê?
onde está?
Entregue-me o universo de seu corpo em extase...
Me afague,me aconchegue em seu peito...
Não me deixe sofrer assim...
Um amor sem dono,sem ponto
sem direção...
Cadê sua ousadia?
Onde está a força,o ímpeto que te impulsionaria,
ao prazer proibido...
Será que jamais existiu?
Acho que sonhei...
As mulheres é que são loucas!!!
Enlouquecem de amor...
e se arremetem pra dentro desse vulcão,
chamado amor...
Mas as lavas foram grandes..
Cobriram-me antes da hora!
Quero que se aposse de meu corpo..
Me cubra com seu desejo....
Seria simples...
Como dois e dois,são quatro...
Me apaixonei,isso é um fato...
mas não sou correspondida.
Meu coração está no chão...
pisado,esmagado,lavado...
pelas ondas de tristeza,
do mar de meus olhos...
O mar, a areia,o céu,a poesia...
Ah! doce poesia...
Todos me deixaram só!
Fizeram em miúdos,meu coraçãozinho....
Fragil,delicado...
Que agora bate bem devagarinho...
quase em tempo de morrer.
Você é meu anjo bom
Você ,é o desejo destruido
tragado pelo tempo
que não quis ser testemunha
dessa paixão...
Quem sabe o que será de mim agora.
Não sei como serão os dias,
sem a alegria de seu sorriso...
sem a ternura de seus olhos...
Por isso peço,não vá embora...
Não vá,não vá
Não bata a porta
não me dê as costas...
Não me deixe sofrer assim............................................

Foto de Mel Santos

QUERO...

Quero...
Sentir cada centímetro do seu corpo...
Cumpliciando com meu lado obsceno...
Beijar-lhe carinhosamente
Suspirar em seus ouvidos algumas poesias...
Sim, bem eróticas...Mas apaixonantes
Não as que já escrevi...
Mas as que vierem a minha mente naquele momento...
Minhas mãos o tocariam como o pincel toca numa tela ao dar início a uma pintura...
Meus olhos fitariam os dele até que revelar-se a alma...
Com o toque das minhas coxas...
Entre as coxas dele...
Minha língua invadiria sua boca
Em busca da sua língua frenética
Meus dedos correriam por suas costas...
E meus braços o puxariam para mim com força...
Chegando assim o momento de um beijo prolongado....
Aos poucos minha língua se despediria da sua...
E desceria pelo seu queixo...
Passando pelo seu pescoço...
Minhas mãos agarrariam sua cintura com força...
E eu desceria minha língua percorrendo seu corpo
Até ouvir seu excitado grito
E mexeria minha língua suavemente
Enquanto minhas mãos apertam seu membro...
Trazendo seu sexo para junto do meu rosto...
E minha língua faria movimentos constantes
Até sentir você chegar ao clímax total do prazer...

02/02/07

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