Portas

Foto de Monamor

Tentar amar

Nesta estrada de ilusão
num caminho além da Terra
na viagem a outro mundo
é que tudo se desespera.

Nas faces do amor
nas portas da paixão
será que vale a pena bater?
Há outro jeito
se não tentar.

M. Pinheiro;*

Foto de Monamor

Tentar amar

Nesta estrada de ilusão
num caminho além da Terra
na viagem a outro mundo
é que tudo se desespera.

Nas faces do amor
nas portas da paixão
será que vale a pena bater?
Há outro jeito
se não tentar.

M. Pinheiro;*

Foto de Carmen Lúcia

A vida e a dor

A dor de uma separação
não há o que conforte;
o sofrimento é tanto
que a vida sepulta
mais que a própria morte...
Ficamos cambaleando,
perdemos a rota,
sem perceber que a vida continua,
lá, bem distante,
fora de nosso alcance.
Desafio de gigantes...

Ter que continuar
com a ausência de quem foi tão presente...
Ter que se conformar
com a lacuna imposta diariamente...
Reagir de maneira positiva,
não velar a dor eternamente,
para que não percamos a nós mesmos,
entregues ao que jamais virá a ser novamente.

Reconstruir a vida
partindo através da chegada.
E não da partida...
Sermos maiores que a dor que vivemos,
nos amarmos para resgatar o que perdemos...
Livrarmo-nos dos lixos afetivos
que nos fazem depressivos...

Escancarar portas e janelas
e esperar o novo que vai chegar...
E acreditar...

_Carmen Lúcia_
15/10/2009

Foto de THOMASOBNETO

Guerreiros

GUERREIROS!

Assovia nas matas o uivo do vento.
Canta batalhas negro guerreiro...
Estremecem as portas de senzalas
Caem os grilhões, verdugo cativeiro.

Banzo toma conta d’alma!
Aos orixás negro guerreiro clama!
Bênçãos na terra de ogum!
Paz nas águas do reino de iemanjá!

Valha-me forças meu pai Oxalá!
Saúda os rios de ouro de oxum.
Saúde a omulu vai rogar

Ouve-se nas matas de Oxossi.
Brado de valente negro guerreiro...
Cantando para sempre liberdade!

Baroneto.

Foto de Gabrielaa

Desarrumação.

Deixa tudo desarrumado.
Eu não quero olhar para o sofá e ver nele fragmentos dos nossos corpos que se esfregaram toda a noite.
Eu não quero olhar para o tapete e lembrar que ele foi nossa cama.
Eu não quero olhar para toda essa desarrumação e lembrar que isso não passou de um sonho.
Vou arrumar os porta-retratos e escondê-los em minhas memórias.
Fecharei meu quarto,pois não quero deitar-me nessa cama.
Eu quero fechar as portas do meu coração sim.
Eu não quero lembrar que foi em vão toda essa desarrumação.
Tudo ali foi real,tudo ali foi vivido,tudo ali foi prazeroso.
E agora com a sua partida eu tento arrumar o que você deixou em meu coração.

Foto de Fernando Vieira

Desejo sincero

Desejo sincero
(Fernando Vieira)

Adoro o sabor dos seus beijos
Agrada-me o perfume da pele
Teu abraço, esse não tem preço
Com você eu me sinto alegre

É tão bom quando agente se encontra
Bom demais quando agente se vê
Eu queria que o tempo parasse
Pra ficar sempre junto a você

Eu devo estar enfeitiçado
Abitolado perdendo a razão
Eu só posso estar apaixonado
Inebriado de tanta paixão

Meu coração ta de portas abertas
Não preciso nem mesmo falar
Afinal por você ele pulsa
Num desejo sincero de amar

Foto de Delton

Em Minhas mãos

De pétalas faço uma flor
De meus pensamentos o meu amor
Viva meus momentos
E o meu sofrimento, para poder saber
Tudo o quê eu sinto por dentro

Preciso de seu amor e seu carinho
Não quero mais me sentir sozinho
Quero seu sorriso e sentir seu cheiro
Para poder sentir que meu dia esta inteiro

Não basta um sorriso não basta um bjo
Mas sim seu olhar e meus desejos
Não basta seu namoro nem seu calor
Mais basta você estar sempre comigo
E me dar todo o seu amor

Apenas um pensamento para senti-la
Apenas um olhar para lê vela
Fecho os olhos e as portas do meu coração
Você não tem saída quero apenas uma coisa
Sentir você em minhas mãos.

Foto de Ozeias

A obra prima do escritor anormal

Ele passou toda a noite buscando alguma coisa. Algo que pudesse preenchê-lo para assim, com a ajuda da caneta e do papel, esvaziar-se.
Como quem puxa todo o catarro do fundo e depois o cospe, assim, segundo ele, é escrever. Em seu caso, ele puxava outras coisas de outro fundo, um fundo mais pessoal, um fundo inteiro e somente dele, que mesmo assim, não conhecia por inteiro.
Naquela noite, devido às nuvens que tapavam a lua, ele viu-se obrigado a usar velas. Chovera o dia todo e ele ainda podia ouvir as gotas pingarem nas folhas das árvores.
Mas naquela hora não havia gotas pingando em folhas. Todas as gotas já haviam pingado.
- A janta. – Anunciou a sua mãe.
Sua mãe havia se deitado mais cedo e a sopa esfriado, mas só naquela hora que ele foi ouvi-la. Também não estava com fome, então deixou seu prato intacto na mesa. Ele nem sabia que era sopa.
Pegou a caneta e encostou a ponta no papel amarelado. Quando um ponto preto surgiu no papel, sua mão afrouxou-se e a caneta se soltou dela, deitando assim no papel.
Lá fora as pessoas corriam de um lado para outro, pisando nas poças de água, produzindo um barulho que estava distraindo. Primeiro, ele ficou apenas prestando atenção. Depois, mais pessoas começaram a correr, deixando-o irritado. Fechou os olhos tentando se controlar, mas não conseguiu. Num gesto rápido, ele levantou-se produzindo um ranger alto e dirigiu-se para a janela.
- Vocês querem parar de correr nessa merda?
Dois gatos assustaram-se e sumiram em meio ao breu. Não havia ninguém lá fora, mas mesmo assim as pessoas pararam de correr. Satisfeito com o novo silêncio, ele voltou para a sua cadeira.
Cadê aquilo que ele buscava? Ele fechava os olhos, ele olhava para o céu negro, ele olhava para cada canto daquele quarto mal iluminado à procura de alguma coisa, mas nada lhe vinha.
- Não, não... Não! – Irritou-se ele com a voz feminina que lhe dava idéias – Isso eu já escrevi ontem!
As sombras dos fogos das velas começaram a dançar por cima da folha e um cachorro começou a latir. Ao ver e ouvir tais coisas, ele teve um insight. Pegou rapidamente a caneta e começou a escrever com frenesi.
Enquanto o cachorro latia lá fora, as sombras das velas dançavam sobre a folha amarela...
Enquanto ele escrevia, foi tomado pela sensação de prazer. Um êxtase que somente ele era capaz de sentir. E cada palavra escrita foi lhe proporcionando tanto prazer que quando estava prestes a terminar, sentiu um prazer orgástico. Aquela fora a primeira vez que ele gozou enquanto escrevia.
Feliz e orgulhoso, leu e releu o que havia acabado de escrever.
- Obra prima!-Disse-lhe a voz, fazendo com que ele ficasse mais cheio de si.
Inquieto, ele andava de um lado para o outro, no quarto. Alguém tinha que ler, mas quem? Seja lá quem fosse, haveria de ser logo, naquela noite. Sua mãe já estava dormindo, seu irmão, um ignorante, algum amigo que quase nunca entendiam, mas então quem?
De repente, o som da porta da cozinha fez com que ele pulasse. Um vendaval entrou pela casa, fazendo as portas do armário bater, o fogo das velas se apagarem e... O papel! O vento carregou o papel, que saiu pela janela.
- Não!- Gritou ele enquanto corria para fora, à procura do papel.
Para onde o vento teria levado? Enquanto ele corria, seu medo ia crescendo. Aquilo não podia estar acontecendo. Logo a sua obra prima? Ele não ia permitir aquilo. Que o vento levasse outra coisa, mas não aquele texto.
Ele parou de correr ao ver a folha caída na poça de água. Ainda que a rua tivesse mal iluminada ele pode ver. Não teve coragem de se aproximar enquanto a folha se dissolvia na água. Seu estado de choque era tamanho que ele ainda não conseguia chorar. Naquele momento ele era uma pedra.
- Depois você reescreve- Disse-lhe a voz.
- Não, eu já esqueci. Eu já esqueci. Eu já esqueci.
Foi aí que ele se entregou. Foi para a beirada da poça e sentou-se. Não agüentava ficar em pé. Admitir era o que ele tinha que fazer. Seu conto fora diluído pela água.
Sua boca começou a tremer, seus olhos já trasbordavam.
A dor era insuportável, era como se tivessem-lhe arrancado um filho. O único filho.
Então a voz sussurrou para ele uma ideia. No mesmo instante, ele engoliu o choro. Havia uma saída, uma esperança. Seu coração voltou a bater acelerado. Por que ele não havia pensado naquilo?
Ajoelhou-se e aproximou a cabeça da poça. Abaixou-se mais um pouco, tocando os lábios na água lamacenta. Sugou. Sugou para que, segundo a voz, tudo o que a água tivesse tomado dele, ele tomaria de volta.

Foto de Naiade

De Amor

O amor está guardado
no fundo do armário
mas de repente ele pula
me assusta
brinca sobre a mesa
me faz sua presa
valsa comigo mansamente
ou loucamente
pelo infinito.
O amor fugiu pelo quintal
subiu nos pés de laranja
O amor me fez tanto mal
e nem deu sinal
para que eu antes me protegesse
e não sofresse.
O amor quis brincar de ferir
mas me feriu de verdade
O amor sumiu pela cidade
algumas portas se fecharam
outras não
O tempo ruiu, o céu explodiu
mil fogos, mil cores
e tanta dor no meu coração.

Foto de betimartins

Só o amor é real.

Só o amor é real...

Vaguei na penumbra dos meus pensamentos
Alguns, confesso que demasiado confusos
Fiz uma breve reciclagem da vida e do tempo
Criei em mim, breves fantasias e demasiados erros
Voltei, a olhar para trás e para o passado
Com lágrimas e muita saudade do que vivi
Dei um pontapé ao amor que tinha nesse presente
Sem saber o real valor que nele, existia
Voltei a enxergar com olhos do amor
Ergui os meus olhos a Deus... E chorei
Dor que rasgava o peito, repleto de amor
Sentia calor, um ardor, um arrependimento
Nesse exato momento eu, pedi com o coração
Repleto de terna emoção e paixão, já tanto esquecida
Foi como um devastar do tempo, de sentimentos
Um breve momento em que toda a vida passa
Rápida, como uma breve fita do cinema trajada a cores
Vemos com clareza todos os verdadeiros momentos
Onde somente o amor, aquele amor que dela brota
É real e palpável, presente, magnífico e algo...
Algo... Muda em nós e nova fronteira abre novas portas
Às portas do Eu e deste coração, esquecido de si mesmo
E nesse momento eu descobri algo majestoso e transcendente
Que tudo mesmo tudo vale a pena, viver mesmo com erros
Pois somente o "Amor é Real” nesses momentos...

Betimartins

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