Presente

Foto de Carmen Lúcia

Amor Atemporal

Confesso que parei no tempo...
Apesar das marcas registradas
durante o longo das estradas.
Ou ele me deixou pra trás,
correndo veloz demais...
Houve expressivas mudanças...
Por fora!
Por dentro continuo a mesma...
Antes e agora.

Às vezes me sinto idiota
nessa realidade ilusória.
Ser anormal, atemporal!
Felicidade irrisória...
Idiotice que me faz sorrir
pra quem me vê assim...
E de repente gargalhar
até chorar, de rir...De mim.

Ainda vivo meu primeiro amor!
Único!Outros eu já esqueci...
Com o mesmo ardor de adolescente,
a mesma paixão crescente...
Como se fosse hoje
o tempo em que me perdi.

Tantos anos se passaram...
Quantas águas rolaram
desde que ele se foi,
deixando terna saudade
que nunca deixo morrer...
Camuflo-a de cores vivas
e dela tento sobreviver.

Sua música ao piano...
No palco, minha dança,
ilusões por trás dos panos,
palavras de esperança,
gestos de amor,
beijos de batom na flor...
A doce entrega!
Emoção!
Vida a pulsar!
Coração!

Ainda danço. Sem pano vermelho...
Sem palco, sem aplausos...
Frente ao espelho!
Reverencio a mim mesma...
Revejo...Vibro com o que vejo!
Seu verde olhar
a me incitar...
E me ouso em passos inusitados
que mantenho guardados
para meus momentos calados...

E seu piano toca...E me toca,
ainda mais suave...
Mesmo em tom mais grave.
Notas musicais
irradiando claves de sol...
a solfejarem... me sussurrarem...
Trazendo-o bem junto a mim.
Amor sem fim!

Sou feliz desse jeito.
Insensata, mil defeitos...
A vida não é um tratado
e ninguém é perfeito.
Escuto minha alma
que tudo vê e pressente...
E revivo no presente
o grande amor do passado.

(Carmen Lúcia)

Foto de annytha

VOLTASTE

VOLTASTE!

Hoje fiquei a tua espera por um longo tempo e cheguei a pensar que tu nunca mais irias voltar. Mas tu chegastes de mansinho. Corri ao teu encontro e tu me deste um ardente beijo, onde sorvi o doce néctar dos teus lábios! Depois, do longo beijo, ainda trêmulo, me perguntaste qual o raio do luar deveríamos seguir, pois a noite estava linda e a lua cheia, cúmplice daquele encontro perecia sorrir para nós! Saímos sem nos preocupar com o relógio, peça inventada pelo homem pra nos fazer lembrar que o tempo se esvai. Não tínhamos pressa! O sol mal dera lugar à lua... Enfim, tínhamos um ao outro e naquele momento era tudo o que importava.
Teus lábios correram em meu corpo, me levando ao delírio ... Fiquei como desfalecida caída em teus braços. Tu gritavas o meu nome com tanta força, que o vento levava o eco da tua voz aos quadrantes do mundo!
Pedi para que tu não exagerasse nos carinhos, porque de tanta paixão e por ser um tanto delicada como o orvalho que nos envolvia naquela noite, quando o sol raiasse, eu juntamente com o orvalho também morreria. Tu me abraçavas cada vez mais forte, me fazendo estremecer de paixão. O calor do teu corpo conservava o meu do frio que fazia.
Por momentos, eu me sentia perdida, sem referências. Um grande medo de te perder me invadia e eu te pedia para não me deixares ficar contigo apenas nas recordações. Nada disseste, apenas me sorriste. Um sorriso calmo, sereno, que me dava certeza que seriamos eternos.
Nos levantamos e caminhamos até o mar, onde suas águas estavam agitadas, e não podemos sair no barquinho que estava ali, como se estivesse nos esperando pra nos levar ao lugar onde vivem os amantes. Eu temi pelo frágil barco, pois não pretendia ficar à deriva, e tu, atendeste ao meu temor e não insistisse. Ficamos ali abraçados, em silêncio.
Nada falamos, pois naquele instante as palavras não teriam nenhum significado.
Naquela noite, a felicidade tomou a nossa forma. Fomos felizes! Até quando não sei. Vivemos o presente, sem pensar no passado, esperando pelo futuro.

Foto de Rosinéri

QUEM SABE UM DIA...

Eu fui embora e voce ficou,
voce não só ficou ai, mas ficou em mim,
ficou no pensamento de alguém,
alguém que viveu a vida sem saber.
Quem sabe a vida resevou um cantinho
para mim neste lugar e eu recusei este presente.
As vezes me pego pensando,
como pude ser tão descuidada a ponto de
sair de um mundo e querendo entrar em outro
talvez foi sem sentido,mas agora para mim tem
muito valor.
Talvez um valor muito alto
Talvez nem tenha valor, quem sabe?
A vida me deu mais que merecia, ela pagou mais que o meu preço
Mas ainda estou sem voce.
As vezes a vida se torna boa ou má, e também nos crucifica.
Mas sei que um dia nos encontraremos e riremos
Mas, nem todos nossos risos
e choraremos, mas nem todas as nossas lágrimas.

Foto de Rosinéri

TIPOS DE LÁGRIMAS

Lágrimas de alegria
São lágrimas de amor
Lágrimas de agonia
São lágrimas de dor
Lágrimas de piedade
São lágrimas sentidas
Lágrimas de nostalgia
São lágrimas de tristeza
Lágrimas de saudades
São lágrimas queridas
Lágrimas de um amor presente
São lágrimas ardentes
Lágrimas de um amor ausente
São lágrimas quentes
Lágrimas de paixão
vertem ao coração.

Foto de NiKKo

Meu desejo.

Eu desejo um beijo na boca com gosto de festa
Desejo um abraço com sabor de quero ficar
Quero sorriso tímido com jeito malicioso
Quero sentir minhas mãos, na sua a segurar.

Quero que a noite seja cheias de estrelas brilhantes
E que no meu céu noturno, brilhem cometas de amor
Quero uma chuva de pétalas de rosas vermelhas
Para formar no chão a imagem gigante de uma flor.

Quero anjos azuis voando no infinito sem medo ou traumas
Que a brisa do mar venha afagar os românticos de plantão.
Quero poetas e escritores cheios de inspirações
Soletrando rimas e versos, traduzindo sentimentos com emoção.

Eu quero que essa noite se transforme e faça história
Quero rodas de amigos ao som de violão a cantar.
Uma canção que em palavras simples exponha
A graça de se ter pessoas a quem amar.

Quero que a alegria ilumine a noite dos tristes
que nos corações daqueles que chora, a paz possa invadir.
Que cada um tenha o dobro daquilo que ao outro deseja
Que todos agradeçam a graça de existir.

O que eu desejo na verdade é muito simples
Embora possa parecer difícil para uma só pessoa realizar
Quero como presente de natal que a paz recaia sobre o mundo
E que o amor seja a meta de todos aqueles que comigo se encontrar.

E assim a Fênix seguirá pelo mundo cantando o amor
E meus sentimentos através das poesias todos irão ler,
O carinho que recebi durante este ano muito me emocionou
E pela amizade de cada uma de vocês agora eu quero agradecer.

Assim em versos e poesias eu quero com carinho expor
Que meu coração transborda de felicidade e alegria
que desejo para todas que me lêem e me incentivam,
paz, amor, tranqüilidade e harmonia.

Foto de Graciele Gessner

Mais Um Natal. (Graciele_Gessner)

Então, chegamos a mais um Natal. Mais um dia que estaremos comemorando ao nascimento do Filho do Altíssimo.

Contudo, sabemos bem que muitos não têm esta mesma percepção. Hoje, na véspera do Natal venho com alguns questionamentos: O que seria do comércio se não existisse Natal? O que seria deste momento natalino sem papai-noel? Ou será que o papai-noel foi realmente uma história inventada pelas pessoas de pouca fé?

Peço desculpas pela forma que escrevo, mas não consigo fechar os olhos e não perceber como muitos venderam a sua alma, a sua fé, sua esperança pela falsa riqueza do materialismo. E te pergunto: o que levaremos desta vida? A vida não se resume somente aos presentes. A vida se resume aos risos, às fiéis amizades, aos pequenos e grandes momentos, a confraternização, e principalmente a família. É muito mais valioso receber um abraço verdadeiro, do que receber a hipocrisia embrulhada num presente.

Sim, a hipocrisia está embrulhada. Muitas pessoas fingem sentimentos que não existem em seus corações. As pessoas não sabem o significado do amor, do respeito, da solidariedade, do perdão. Perdeu-se o caráter, a dignidade das boas ações. O Natal perdeu o verdadeiro sentido em muitos lares.

Mais um Natal, e não vi nada de especial este ano. Simplesmente vi o interesse político; a ganância do materialista; vi também muitas desgraças e desastres em muitas famílias e cidades.

Então, logo mais, estaremos numa gostosa ceia com a nossa família, esbanjando comida e trocando presentes, e será que lembraremos de fazer uma oração? Será que lembraremos que o aniversariante é o Menino Jesus? Enquanto muitos outros estarão desperdiçando, outros estarão passando um Natal de dificuldade, de fome, da falta de abrigo, da falta de sonhos... Desejo e torço que cada um repense em seus atos e suas atitudes.

Por que perdemos a essência humana? Por que ficamos sentimentais somente no Natal? Por que não colocarmos um pouco da nossa solidariedade todos os dias? Penso que Natal não se resume apenas no dia 25 de dezembro, mas sim, o ano todo, nos 365 dias.

Mais uma vez chegamos ao Natal, e eu desejo em minhas orações que muitos de vocês leitores se sensibilizem e repensem em tudo que acabou de ler.

Finalizo a minha mensagem desejando que todos tenham uma profunda reflexão e um Abençoado Natal!

24.12.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de alentejana

«« Um santo e feliz Natal com muito amor ««

Mensagem de Natal

Luzinhas a saltitar
Pirilampos de luz e cor
O Pai Natal a sonhar
Que no mundo já não há dor

Este sonho eu vou transpor
Para um mundo de magia
Com muita paz e amor
Muito riso, muita alegria

Até um simples bom-dia
Eu posso encher de luz
Lembrando Jesus que sorria
Estando pregado na cruz

Minha prece se traduz
Num presente requintado
Um pacote de paz e luz
Para um mundo conturbado

Antónia Ruivo

Foto de Vadevino

DÊ UM ABRAÇO!

Não está no “shopping center”.
Não precisa ser comprado.
O melhor presente do mundo
Por qualquer um pode ser dado:
É um abraço apertado!

Foto de Carmen Vervloet

OLHOS QUE VEEM, CORAÇÃO QUE SENTE

No meu coração, gravada em felicidade, a fazenda Três Meninas! O casarão caiado em branco, portas e janelas pintadas em ocre, a varandinha, como mamãe chamava, com jardineiras repletas de gerânios coloridos e camaradinhas que caiam até o chão. Em frente à casa, estonteante jardim, onde borboletas faziam seu ritual diário, beijando com amor a cada exuberante flor, cena que meu coração menino guardou para sempre. As cercas todas cobertas por buguenvílias num festival de cores. Em seguida ao jardim, o pomar com gigantescas fruteiras (olhos de criança, enxergam tudo maior), mangueiras, abacateiros, laranjeiras, goiabeiras e tantas outras que não se conseguiria enumerar, onde com a agilidade da idade subia, não só para colher e saborear os frutos maduros, mas, para ver de perto os ninhos de passarinhos, que papai com sua profunda sabedoria, já me ensinava a preservar. Passava horas sobre os galhos das minhas fruteiras prediletas, principalmente goiabeira, que era só minha, ficava ao lado do riacho, onde também costumava pescar. Lá do alto, no meu galho preferido, junto aos pássaros, voava em meus sonhos de criança feliz!
Nos meus devaneios, fui mãe (das minhas bonecas), fui anjo (nas coroações de Nossa Senhora), viajei pelo mundo (sempre que via um avião passar), fui menina-moça (sonhando o primeiro amor). Na vida real fui criança feliz, cercada pelo amor e carinho de minha doce mãe, de meu sensível e amigo pai (ah! Que saudade eu sinto de você, pai), de minhas duas irmãs mais velhas que faziam de mim sua boneca mais querida, colocando-me sobre uma pilha de travesseiros, num altar improvisado sobre a cama de meus pais, onde eu era o anjo, na coroação que faziam de Nossa Senhora. Nesta época eu tinha apenas dois anos e se o sono chegava, a cabecinha pendia para o lado, logo me acordavam, pois não podiam parar a importante brincadeira.
Já maior, menina destemida, levei carreira de vaca brava, só porque me embrenhei na pasto, reduto das vacas com suas crias, para colher deliciosa jaca, que degustara com o prazer dos glutões. O cheiro da jaca sempre me reporta às boas lembranças da Fazenda Três Meninas... Até hoje tenho uma pequena cicatriz na perna, que preservo com carinho, sinal de uma infância livre e feliz. Desci morros em folhas de coqueiros, cavalguei cavalos bravos, pesquei com peneira em rio caudaloso! Ah! Tempo bom que não volta mais!...
Mês de dezembro. Tempo de expectativas e alegrias. Logo no começo era a espera do meu aniversário, da minha festa, do vestido novo, do meu presente, o bolo, a mesa de doces com os deliciosos quindins feitos por mamãe. Depois a expectativa do Natal, a escolha do pinheiro, do lugar estratégico para montar a imensa árvore, os enfeites coloridos, estrelas, anjinhos, bolas que eu ajudava mamãe a pendurar, um a um, com delicadeza e carinho, junto à certeza da chegada do bom velhinho, em quem eu acreditava piamente, com todos os presentes que havia pedido por carta que mamãe me ajudava a escrever. O envelope subscritado com os dizeres: Para Papai Noel – Céu
E depois era esperar a chegada do grande dia. Era o coração batendo em ansiedade, era a aflição de ser merecedora ou não da atenção do bom velhinho. Quando chegava o dia 24, sentia o tempo lento, as horas se arrastando, o sapatinho, o mais novo, sob a árvore, desde muito cedo, o coração batendo acelerado. Mal anoitecia, já deixava a porta entreaberta para a entrada de Papai Noel e corria para minha cama tentando dormir, sempre abraçada a minha boneca preferida, para acalmar as batidas do meu coração. O ouvido apurado para tentar ouvir qualquer ruído diferente. Era sempre uma noite muito, muito longa! Os olhos bem abertos até que o cansaço e o sono me venciam!
No dia seguinte, cedo pulava da cama. Que grande felicidade, todos os meus presentes lá estavam sob a árvore. Era uma festa só! Espalhava os presentes pela casa toda, na vitrola disco LP tocando canções natalinas, função de papai que adorava música... (Ah! Papai quanta coisa boa aprendi com você). Lembro-me bem de um fogãozinho, panelinhas, pratos, talheres que levei logo para o meu cantinho, onde brincava de casinha. Lembro-me também de uma boneca bebê e seu berço que conservei por muitos e muitos anos.
Todas essas lembranças continuam vivas dentro de mim, como se o tempo realmente tivesse parado nestes momentos de paz e felicidade. Os almoços natalinos na casa de meus avós paternos onde toda a imensa família se reunia em torno de uma enorme mesa. Vovô na cabeceira, vovó sentada a sua direita, tios, tias, primos e mais presentes para as crianças, comidas deliciosas, sobremesas dos deuses, bons vinhos que eu via os adultos degustarem, (depois do almoço, escondida de todos, eu ia bebericando o restinho de cada copo), arranjos de frutas colhidas no pomar, flores por toda a casa e depois minhas tias revezando-se ao piano, já na sala de visita, onde os adultos tomavam cafezinho e licores. A criançada correndo pelo quintal, pelo jardim, pelo pomar... Tantos momentos felizes incontáveis como as estrelas do firmamento! Momentos que eternizei no meu coração.
Hoje o tempo é outro, a vida está diferente. Muitos se foram... Outros chegaram... Os espaços estão reduzidos, as moradias se verticalizaram, as janelas têm grades por causa da violência, as crianças já não acreditam em Papai Noel, desapareceu o espírito cristão do Natal para dar lugar a sua comercialização, as ceias tomaram o lugar dos grandes almoços em família, da missa do galo...
Mas a vida é dinâmica e temos que acompanhá-la. Os grandes encontros de família são raros. As famílias foram loteadas, junto aos espaços, junto a outras famílias, junto à necessidade de subsistência.
Nada mais é como antes, mas mesmo assim continuamos comemorando o nascimento do Menino Deus, em outros padrões é verdade, mas com o mesmo desejo de que haja paz, comida e felicidade em todos os lares.
Feliz daquele que tem tatuado nas entranhas da alma os venturosos natais de outrora vistos por olhos que vêem, olhos atentos de criança, sentidos com a pureza do coração!
Olhos da alma, sentimentos eternizados!...

Carmen Vervloet
Vitória, 23/12/2008
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À AUTORA

Foto de Margusta

Contigo pai, é sempre Natal no peito!...

No ultimo Natal ,
silenciosamente,
a noite cresceu agitada.
Solidificado, o vento uivava
no seio do nada.
Em ruas sem passos,
piscavam luzes multicolores.
E na penumbra da casa
misturavam-se odores...
Aos poucos, perfumada de canela,
esgueirava-se a vida na janela
do teu olhar.
Enquanto, na mesa da sala
cheirava a bolos de fruta e mel,
a licores e vinhos.
Sem magia, da planura dos
céus de estrelas apagadas,
desciam renas sem sinos...
Chegava a agonia
vestida de mãe Natal.
Madrasta cruel!...
Apertavam-se os corações...
Elevavam-se as orações...
Na opacidade das memórias
outros Natais...
Ah, família feliz!
Queremos-te de volta,
boneca de trapos, pião,
bola...brinquedo sonhado,
na mão de qualquer petiz...

Corto a névoa.
Paro as imagens.
Deslizo as mãos no tempo.
Toco as lembranças, e
embrulho-as num lindo papel.
Fortificada, apago a dor
e faço um laço pai
do teu legado de amor.
Poema aprendido...
Será sempre este, o presente
perfeito!
Aconcheguei-o a meu jeito,
e, é sempre Natal no peito!

@Margusta

A todos os Poetas e aos Administradores de " Poemas de Amor" , eu desejo um Santo e Feliz Natal!!!
PAZ , SAÚDE e AMOR para todos Vós!

Beijinhos Natalícios!
Margusta

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