Prismas

Foto de Jeff.YM

e sou... sempre fui.

Eu sou...

Sou aquele que já se arrependeu de algumas ações mesmo que o arrependimento seja algo inútil;
Sou aquele que já pensou estar amando de verdade mesmo que amar seja apenas uma abstração da felicidade;
Sou aquele que se sente feliz quando percebe a sinceridade no sorriso dos amigos mesmo que a sinceridade seja dispensável às vezes;
Sou aquele que se sente triste sempre que nota a indiferença das pessoas mesmo que essas pessoas não signifiquem muito para mim;
Sou aquele que tenta resolver os problemas dos outros mesmo quando estes outros não o querem fazer;
Sou aquele que já viveu momentos especiais com pessoas especiais e depois percebeu que o especial foi ter vivido;
Sou aquele que guarda pessoas grandiosas no coração e que, por isso, sabe que se torna grande por conseguir tal coisa;
Sou aquele que chorou quando um amigo foi embora mesmo que as lágrimas tenham sido metade tristeza metade esperança de um retorno;
Sou aquele que sorriu quando sentiu a paixão renovar a alma mesmo que a paixão tenha sido passageira;
Sou aquele que mergulha nas emoções mesmo quando estas parecem voláteis e, sendo assim, machuca-se alguma vezes;
Sou aquele que se machuca com os tombos da vida mesmo acreditando que é caindo que se aprende;
Sou aquele que sabe que a vida é feita de expectativas e que, portanto, a desistência é sinal de fraqueza;
Sou aquele que se convenceu de que nada é suficiente o bastante para superar um amor terminado do que outro amor;
Sou aquele que compreendeu que o medo só existe até que o deixemos de lado e sigamos em frente;
Sou aquele que teme ter medo e que, dessa forma, por vezes se priva da sensação efemeramente benéfica de se ter medo;
Sou aquele que entendeu, com muito ou pouco esforço, que por mais que se lute, nunca chegamos aonde queremos, não porque realmente não alcançamos o que desejamos, mas porque o ser humano vive para correr atrás de algo que ainda não tem;
Sou aquele que vislumbra sempre o melhor para si mas que, quando ao nível do amor, evolui a um estado próximo da insanidade;
Sou aquele que não amaria, não choraria, não sorriria, não viveria se não existisse alguém para se preocupar;
Sou aquele que sempre procurou nos outros algo que pudesse me completar mesmo sabendo que só me sentiria completo quando não fosse mais eu mesmo;
Sou aquele que precisa viver sempre alternando entre paz de espírito e estresse involuntário, porque é assim que consigo conhecer todos os prismas da minha vida;
Sou aquele que caminha na chuva de olhos fechados e que, por alguns instantes, toca o céu com os pensamentos;
Sou aquele que fecha os olhos à noite imaginando de que forma o dia seguinte será marcado mesmo sabendo que esperar pelo amanhã é tão eficiente quanto não esperar;
Sou aquele que pensa alto mesmo quando a pessoa do lado é uma desconhecida;
Sou aquele que chora por dentro quando as lágrimas secam;
Sou aquele que grita no inconsciente quando não há mais espaço no coração para suportar os maus momentos;
Sou aquele que não vê as horas passarem quando todos ao redor estão entediados;
Sou aquele que ri dos problemas quando não há mais solução plausível;
Sou aquele que cansa todas as vezes que tenta entender a si mesmo;
Sou aquele que odeia ter de esperar demais por algumas coisas mesmo sabendo que a espera é remédio para a pressa;
Sou aquele que vive pensando que pensar atrapalha a vida, que vive sonhando em deixar de sonhar e passar a viver, que vive chorando as mágoas que precisa esquecer, que vive sorrindo dos momentos felizes passados e que precisam ser lembrados...
Enfim, sou aquele que almeja algo que não sabe o que é, mas que tem a nítida impressão de que alguma coisa falta na vida.

Foto de Juliana Almeida

OS DOIS CAMINHOS

No inicio era só brincadeira.
Era como se a vida, fosse nossa prisioneira.

Mas no silêncio da noite, nas garras do tempo,
As gárgulas do destino, tecem nossos caminhos,
Desenham nosso futuro, nossos descaminhos.

Tramam contra nós.
E nas veredas de nossos desatinos,
Revelam-se as traições, as emboscadas
As armadilhas de nossos corações.

Da cumplicidade terna, do sorriso doce
A alma se devassa. E nas entranhas de nosso ser
Tudo quanto era puro se transforma na chama
Em que faz nossos corpos arder e nossas almas perecer.

E o que era uma só alma em uma só alma
Em uma só alma, serão duas almas e,
Apenas no arder de nossos corpos
Fundem-se novamente nossas almas
Para sermos novamente uma só alma,
Em uma só alma.

O pecado e a virtude. Lado a lado.
Caminham entrecruzando nossos caminhos.
Não sabemos mais : Seguir o pecado
Ou se seguir a virtude!

Ambos opostos, contidos em si
Faces de uma mesma moeda
Prismas de uma mesma natureza.

Porque prisioneiros de nossos pensamentos,
De nossas aspirações, de nossa salvação?
Até quando seremos cativos
Desse algoz sem misericórdia e perdão?

A devassidão poder ser uma virtude
E a virtude pode ser uma devassidão
Devassidão é virtude
Virtude é devassidão.

Ambas são apenas uma verdade.
Uma só realidade, apenas opostos
Para a nossa percepção.
Em verdade compõe juntas
O todo perfeito, a divina criação.

Deixemos romper os vergalhões
As vetustas correntes da libertação
Deixe a verdade ser bússola
De nossos corações.

Que o amor seja uno
A felicidade completa
Seja puro e devasso
Sejam faces da mesma moeda.

A salvação e a perdição
Poder ser perdição em salvação
Poder ser salvação em perdição.

Que a brincadeira se perpetue
Que a pureza se devasse
Sejamos uma só alma
Na perfeição do criador.

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