Procura

Foto de katia Oliver

Amor

Amor, sinto que é Amor
O toque das mãos.
O pulsar dos corações.
O beijo mais do que esperado, e sim desejado.
O teu cheiro impregnado em meu corpo.
A sua pele, quente, procura a minha.
Mãos trêmulas, dizem tudo.
Ansiedade, loucuras, desejos, insensatez.
Só pode ser Amor.
Meu corpo procura o teu, desesperadamente procurando prazer, morrendo de tesão.
Amor, sinto que é Amor.
Estar contigo, te tocar, abraçar, beijar, tudo que quero.
Por isso insisto, sei que é Amor.

Foto de A.Willoweit

E o medo e o desejo II (A. Willoweit)

E eu continuo a pensar em ti

Vivo a imaginar meu corpo nos braços teus

Deliciando-se ao prazer de ser Mulher!

E tu...

Sempre a procura do meu...

O pensamento; que agora deve estar aí,

Te torturando, atormentando, alimentando
toda tua fome

Fazendo o teu corpo desejar o meu

Tornando incontrolável essa vontade de me ter.



Tuas cartas já não estão mais em minhas mãos,

Nem tua voz nos ouvidos...

Apenas a lembrança da noite que passou rápido demais...

Os dias passam...

O corpo pede você.

E o teu pensamento vem sempre de encontro ao meu

E o medo e o desejo voltam a atormentar...

E eu aqui... a ouvir Rita Lee me dizer assim:

" A gente faz amor , por telepatia; no chão; no mar; na lua; na
melodia...

E o pensamento... Ih... Vê se ele tá por aí ?!

A. Willoweit

Foto de TalitaMebarak

Seu Nome...(Talita Mebarak)

Meus dias onde estão?

Amor...

Receio sofrer mais...

Cadê aquela tal felicidade?

Está comigo apenas

Lágrimas que rolam pelo meu rosto!

Olhos, sempre a tua procura....

Ridicularizando todos

Os que tentam se aproximar

Desejo-te!!!

Rolando ainda as lágrimas,

Inundando minha alma.

Grande desilusão:

Os amigos se foram...Você também!!!!!!!!


Ruas, procuro-te...

Onde achar?

Meu coração te vê em todos os lugares...

Amo-te não há como negar!
Nem ao menos te esquecer...

Olhos... Sempre a tua procura!!!........
A procura do meu bem querer...
Você Marcelo!!

Talita Mebarak

Foto de manhosa

Afinal, quem é que ainda não sofreu por amor? (Manhosa)



É quando todos vão dormir que eu sou invadida em pensamentos...em dúvidas, em angústias, em tristeza...é quando todos vão dormir que a solidão bate mais forte e a felicidade sentida durante todo o dia, desaparece como que por magia...não há ninguém para falar, não há ninguém para me ouvir...não há ninguém que me ofereça um ombro, uma ajuda...uma mão estendida...simplesmente não há, pk todos foram dormir e eu fikei ali sozinha...numa imensidão de pensamentos que não me fazem bem...perdida numa procura entre o certo e o errado, uma batalha entre o bem e o mal...que logo

Foto de David

Luz (David)

Sua origem.

Panos por pensamentos rasgados

Numa dança sedutora descido

Boca e cálice num só, molhados [1]

O ventre fazia-se contorcido

União cada vez mais sedosa

Pensamento adormecido

Acariciando-a bela formosa

Em face tendo enroscado

Abrindo-se qual majestosa rosa

De fúria havia abocanhado

Quente a língua invadido

Sentimento puro avermelhado



À procura por aquele escondido [2]

Num gemer já implorante

Sente o prêmio do cupido [3]

Dedos por tesão avante

Sábios por leves movimentos

Na alma encontra penetrante

Satisfação desejada: mais acalentos

Ensandecendo de dentro pra fora

Enrijecidos os corpos sedentos [4]

Encontram-se os dois agora

coniunguntur mérito [5]

Qual cogumelo entre cochas aflora [6]

Siqua sine sócio [7]

Sem a luz para a escuridão

caret omni gáudio [8]

De só vazios no coração

Calor e cólera no priapo havia

Deleitando-a de emoção

cordis in custodia [9] .

_____________________________________

1 – O cálice representando a genitália feminina

2 – Ponto G

3 – Pois o encontrou!

4 – Clítoris e Pênis

5 – Do latim, “fortemente acoplados”. Extraído da sinfônica “Carmina Burana”, Carl Orff

6 – O cogumelo representando a glande

7 – “Uma mulher sem um amante”

8 – “Um vazio de sentimento”

9 - “Nas profundezas do seu coração”

David

Foto de gabriel_de_castro

As linhas, que bem ou mal, descrevem o que sinto (Gabriel de Castro).

O pródromo da semelhança do ser

A praia

gelada e fria,

pelo povo esquecida,

pelo vento arrefecida,

incumbiu-se de eliminar

o som, o cheiro, o sabor,

o futuro ardor

de sentimento ... o olhar.


A negrura

de meu destino,

estranho fado vespertino

criado de torpe cantiga,

ecoava na aurora humana

história antiga,

apagada pela vida mundana,

nefasta amiga.

O tempo

que fecha canções,

abre os corações,

dentro de mim

cria raízes e procura,

numa descida sem fim

Foto de quimnogueira

Ouvindo a noite...(Quim Nogueira)



alguém a ouve?...

...sentado nesta cadeira de frente para o meu computador, numa mesa de madeira, branca de sua cor, eu teclo nas letras paradas ao redor dos meus dedos...preparo um texto, sem contexto, com uma textura qualquer, talvez de amargura...não me preocupa a forma, nem as palavras que me vão deslizar pelos dedos e destes para o écran que, de vez em quando, olho prevenindo um possível erro de escrita...não me preocupa o tema, mesmo que sem lema não se torna um dilema neste plural sistema de escrever prosa ou poema...

...trata-se de fazer deslizar apenas o teclado pelos meus dedos e deixar sair as palavras da minha mente numa constante busca da semente do significado para aquilo que estou a fazer neste momento...e que faço eu, nesta hora, aqui, sozinho e agora, batendo lento ou apressado nas teclas do meu teclado...olho em frente e vejo um relógio que marca as horas lentas que passam por mim e que marcam o tempo de viver a sorrir e a amar...tudo e todos, sem olhar a quem...somente por amar...

...e que espero eu obter desse amargor doce da alma que sofrendo não chora, pelo contrário, vive e implora...e que espero eu senão encontrar o caminho mais leve que me percorra o corpo como quente neve branca como o luar que lá fora, no céu cinzento, teima em espreitar numa noite fria de chuva que se aproxima do meu solitário estar...

...não percorro os corredores do dia que passou nem choro as lágrimas que retive dos acontecimentos que por mim passaram como uma brisa leve pousando no lugar onde estou e me sinto pairar dentro do meu próprio eu...

...procuro o sentido da vida que não encontro, numa procura constante de mim mesmo, na luta insana da loucura que afasto de mim nem que seja por um instante...

...e esse instante está chegando na forma da noite que se aproxima, daquele estado de espírito que me anima, pois a solidão resta a meu lado sem um mudo som nem qualquer grito abafado de dor...

...e aqui fico...

...esperando a noite chegar para nela me agachar e aninhar...povoar nela os meus sonhos de aqui me sentir e de aqui gostar de estar, neste lado do meu mundo, sozinho, de dia ou de noite, a mim próprio mentindo...

...mentindo-me em constante delírio duma busca que ufana luta me provoca na mente que, pensando, não me escuta...

...e não me oiço a pensar, nem quero sequer isso imaginar; oiço apenas a noite chegar e a sua escuridão me abraçar, sem me possuir nem me ter, apenas me rodeando de um leve prazer por ouvir os seus sons sobre mim verter...

...e vertem-se esses sons em pancadas surdas de palavras mudas, livres e desnudas de sentido ou de intenção...

...a noite traz paz ao meu coração...ouvindo-a, fico sossegado e dou a mim próprio a minha própria mão...segurando-me para não a possuir...para ficar aqui e não ir...

...senti-la apenas num, pequeno que seja, luxuriante som...

...ouvindo a noite, parto para o êxtase do meu ser, não pretendendo ver, apenas ouvi-la...

...dentro de mim, a bater...

Quim Nogueira

Foto de quimnogueira

Poema à mulher (Quim Nogueira)



em prosa...

Os meus olhos pousam em ti e todos os meus sentidos te olham num delirar mútuo de atenção.
Vejo o teu corpo e deleito-me na tua alvura. Cheiro o teu cheiro e aspiro a tranquilidade da tua paz.
Ouço o teu respirar lento, como um lamento que não lamento.

As minhas mãos tocam os teus cabelos e envolvem-se neles.

Acerco-me de ti e te toco. Te sinto global e ali inteira frente a mim. Beijo a tua boca e tudo se torna como num festim de doces carícias e sabor a sal.

Estou inteiro no teu corpo inteiro e me sinto nele como sinto o teu corpo em mim. É apenas um abraço, um enlace de braços que apertam sem apertar, sentindo apenas o teu respirar.

Minhas mãos percorrem a tua pele acetinada linda.

Fecho os olhos procurando apenas sentir.

E sinto o desejo crescer em mim e o teu arfar sobe de tom.

Como é bom. br>
A minha boca se cola na tua boca e a minha língua se funde dentro dela como se da tua se tratasse. É apenas mais um enlace. Sinto o teu peito quente junto ao meu e beijo teus mamilos num acto de procura da loucura.

Loucura que me invade lentamente, premente ali presente ou então como se tudo mais estivesse ausente.

Meus braços te envolvem e se descobrem momento a momento como se fosse a primeira vez que no teu corpo se movem.

Sinto o cálido odor do teu corpo quente de amor, oferecendo-se como numa espécie de orgia sem pudor.

Minhas mãos tacteiam centímetro a centímetro toda a tua pele, todos os recantos de teus encantos e se encontram, de repente, sobre o teu ventre quente, dolente.

Afago tuas coxas e as tuas ancas e as aperto contra mim.

Procuro o teu sexo e o acaricio.

Beijo-te completamente num único beijo e me torno desejo do teu próprio desejo.

Te envolvo num abraço mais e te penetro.

És tu que me possuis. Não te tenho, és tu que me tens.

Movimentos doces se entrelaçam como se não fossemos dois mas um só. Os nossos corpos se fundem num arfar profundo de prazer e loucura. Já não sei o que sou, apenas em ti estou. Eu sou tu e tu és eu numa fusão de ser e estar.

Na verdade és tu que me possuis pois eu não te tenho, és tu que me tens pois em ti eu me dou.

Em ti me eternizo.

Quim Nogueira

Foto de Patrícia

Cantata de Dido (Correia Garção)

Já no roxo oriente branqueando,

As prenhes velas da troiana frota

Entre as vagas azuis do mar dourado

Sobre as asas dos ventos se escondiam.

A misérrima Dido,

Pelos paços reais vaga ululando,

C'os turvos olhos inda em vão procura

O fugitivo Eneias.


Só ermas ruas, só desertas praças

A recente Cartago lhe apresenta;

Com medonho fragor, na praia nua

Fremem de noite as solitárias ondas;

E nas douradas grimpas

Das cúpulas soberbas

Piam nocturnas, agoureiras aves.

Do marmóreo sepulcro

Atónita imagina

Que mil vezes ouviu as frias cinzas

De defunto Siqueu, com débeis vozes,

Suspirando, chamar: - Elisa! Elisa!

D'Orco aos tremendos numens

Sacrifício prepara;

Mas viu esmorecida

Em torno dos turícremos altares,

Negra escuma ferver nas ricas taças,

E o derramado vinho

Em pélagos de sangue converter-se.

Frenética, delira,

Pálido o rosto lindo

A madeixa subtil desentrançada;

Já com trémulo pé entra sem tino

No ditoso aposento,

Onde do infido amante

Ouviu, enternecida,

Magoados suspiros, brandas queixas.

Ali as cruéis Parcas lhe mostraram

As ilíacas roupas que, pendentes

Do tálamo dourado, descobriam

O lustroso pavês, a teucra espada.

Com a convulsa mão súbito arranca

A lâmina fulgente da bainha,

E sobre o duro ferro penetrante

Arroja o tenro, cristalino peito;

E em borbotões de espuma murmurando,

O quente sangue da ferida salta:

De roxas espadanas rociadas,

Tremem da sala as dóricas colunas.

Três vezes tenta erguer-se,

Três vezes desmaiada, sobre o leito

O corpo revolvendo, ao céu levanta

Os macerados olhos.

Depois, atenta na lustrosa malha

Do prófugo dardânio,

Estas últimas vozes repetia,

E os lastimosos, lúgubres acentos,

Pelas áureas abóbadas voando

Longo tempo depois gemer se ouviram:

«Doces despojos,

Tão bem logrados

Dos olhos meus,

Enquanto os fados,

Enquanto Deus

O consentiam,

Da triste Dido

A alma aceitai,

Destes cuidados

Me libertai.

«Dido infelice

Assaz viveu;

D'alta Cartago

O muro ergueu;

Agora, nua,

Já de Caronte,

A sombra sua

Na barca feia,

De Flegetonte

A negra veia

Surcando vai.

Correia Garção (1724-1772)

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