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Foto de Rosinéri

NUNCA DIGA ADEUS

Enquanto eu me sento nesta sala enfumaçada,
A noite próxima do fim.
Eu passo meu tempo com estranhos
Mas esta garrafa é minha única amiga.
Lembro quando nós costumáva-mos estacionar
Na rua no escuro.
Lembro quando nós perdemos as chaves
E você perdeu mais do que isso no branco traseiro
Lembro quando nós costumávamos conversar
Sobre explodir - nós partiríamos os corações deles,
Juntos - eternamente.
Nunca diga adeus,
Você e eu e meus velhos amigos,
Esperando que nunca terminasse.
Persistindo - nós precisamos tentar
Persistindo para nunca dizer adeus.
Lembro dos dias de faltar na escola,
Carros de corrida e ser "maneiro".
Com um grupo de seis e o rádio
Nós não precisávamos de nenhum lugar para ir.
Lembro na festa de formatura naquela noite,
Você e eu tivemos uma briga.
Mas a banda tocou nossa canção favorita
E eu te abracei tão fortemente.
Nós dançamos tão próximos,
Nós dançamos tão lentamente.
E eu prometi que nunca deixaria você partir,
Juntos - eternamente.
Eu acho que você disse que costumávamos conversar
Sobre detonar.
Nós partiríamos os corações deles,
Juntos - eternamente

Foto de killas

DEAMBULAÇÕES SENTIMENTAIS

Quando a noite longa vai caindo,
E no mundo se mostra a escuridão,
Espero que no céu haja uma estrela,
Que me guie e me ilumine o coração.

Quero para sempre a eterna magia,
De todos os dias eu te conseguir olhar,
De conseguir ouvir todas as batidas,
Do teu coração ao meu lado ficar.

Quero de novo sentir-te entre os dedos,
Sentir o teu belo e longo respirar,
Dois corações que juntos vão bater,
De tão próximos que vão estar.

Tenho as mais sentidas saudades,
Que ainda me vão fazer chorar,
Só quero para sempre estar contigo,
Para sempre eu te poder adorar.

Os dias que passam sem te ver,
São os mais longos e compridos,
Mas só aqueles em que eu te vejo,
São os eternos e sempre sentidos.

Tu és a luz da minha felicidade,
A minha eterna estrela ao luar,
O que me faz para sempre querer,
Ter comigo o teu eterno brilhar.

Quero para sempre a luz dos teus olhos,
A magia que só tu tens no teu olhar,
Tu és e serás sempre o meu sonho,
Que eu sonho dia e noite sem parar.

Foto de Sonia Delsin

VINTE ANOS... VINTE

VINTE ANOS... VINTE

Ele a beijava e Laura pensava. Vinte anos...
Como pesam vinte anos!
O convite para dançar viera inesperadamente naquela tarde.
Os dois a conversar no ponto de ônibus.
A chuva que caía sem piedade.
-- Não me importo com a chuva. Até gosto.
-- Eu também. Notou que não está uma chuva fria?
-- É mesmo. O calor é tanto.
-- Vamos dançar hoje à noite, Laura?
-- Dançar com você?
-- Por que não? Não quer? Não gosta?
-- Adoro.
-- Então...
-- Mas dançar com um jovem?
-- Não vejo problema algum. Você vê?
Por que não aceitar um convite tão tentador?
Os olhos de Fábio a deslizar em seu corpo. Uma diferença grande de idade. Vinte anos. Mas ele vivia afirmando não ver problema algum nisso.
-- Aceito.
-- Nos encontramos lá às vinte horas.
Despedindo-se rapidamente ela falou olhando-o nos olhos:
-- Estarei sem falta. Meu ônibus.
Deram-se um beijo rápido no rosto e Laura entrou no ônibus com a face afogueada. Não era mais uma menina. Cinqüenta anos nas costas. Mas a alma... A esta era de uma menina. E o coração então! Um menino travesso que jamais cresceria em seu peito.
Ia pensando. Colocaria um vestido bem bonito pra encontrar-se com Fábio.
Belo jovem.
Fazia um ano que se conheciam e nunca tiveram uma proximidade tão grande como naquela tarde embaixo da chuva. Os olhos dele correndo em seu corpo.
Os dela buscando aqueles olhos escuros.
Sentia-se tão só ultimamente.
Sim, colocaria um vestido bonito. Capricharia na maquiagem. Se bem que era bonita aos cinqüenta. Muito bonita. O corpo bem cuidado. O rosto bonito.
Quando ele a viu chegando com aquela saia leve e a blusinha rosa elogiou de imediato.
-- Está tão bonita, Laura.
Os dois entraram de mãos dadas na danceteria e subiram a escadinha.
-- Muito melhor lá em cima, não?
-- Sim, é melhor.
Os olhos escuros não despregando dela. Laura gostava daquele olhar quente, mas ao mesmo tempo ficava um pouco apreensiva. Há meses não saia com um homem.
Sentaram-se na última mesa do lado direito.
-- O que vamos pedir?
-- Uma água sem gás.
Quando Fábio buscou sua mão ela estremeceu. A mão tocou seu pulso e subiu de leve pelo antebraço. Subiu mais um pouco e ele a puxou para um abraço.
-- Você é tão bonita.
-- E você tão jovem.
-- Já vem você de novo com esta estória.
-- Está bem, vou tentar esquecer.
Estreitou-a nos braços e buscou seus lábios, depositando um beijo leve.
No peito dela o coração pulava como doido quando ele buscou sua mão delicada e levou-a até seu peito. Precisava entregar-se ao momento. Precisava...
A sensação de estar encostada a ele era boa demais. Um homem a desejá-la. Bonito e jovem.
Quando ele buscou sua boca ela não apresentou resistência alguma. Também estava querendo beijá-lo. Como estava.
Ele quis mais beijos e levou-a até uma das vidraças.
Viam dali a cidade que dormia.
Ele a puxava pra seus braços e Laura podia sentir como estava desejoso dela. Os corpos tão próximos. Aquele contato provocava uma ereção no rapaz. O que não passava desapercebido dela, que também ardia por ele.
Achava errado esta atração que sentia pelo jovem. Já estava de novo a pensar na diferença de idade. Isto era prejudicial e ela sabia. Mas que fazer se tinha filhos da idade dele e não aceitava uma relação com uma diferença tão grande de idade?
Desejava-o.

Foto de Rosinéri

CARTA PARA VOCÊ

Existem tantas coisas imprevisíveis na vida da gente, que quando acontecem não sabemos como agir.
Você foi algo imprevisível em minha vida, mas, acho que foi melhor a gente ter se separado.
Por isso guarde de recordação, os momentos que passamos juntos, pois é nas mínimas coisas que achamos o essencial.
Acho que tudo entre nós começou errado, estávamos procurando um objetivo falso um no outro.
Eu não quero que você pense mal de mim, tudo seria diferente se tivesse dependido de mim.
Siga seu caminho, quem sabe um dia a gente se reencontra, afinal estamos percorrendo, nossos caminhos próximos um do outro, mas quero que você saiba que, o que eu senti por você foi amor de verdade.

Foto de Graciele Gessner

Uma Carta de Amor! (Graciele_Gessner)

Oi, Meu Amor!

O Amor que nunca esqueci... Apenas ficou guardado no meu coração.

Obrigada pelos dias que passamos juntos; conversamos e estivemos tão próximos.

Obrigada pelos dias que pude ter a sua companhia e seu humor momentâneo.

Obrigada pela oportunidade de olhar em seus olhos e descobrir que o seu amor por mim continua em chamas.

Obrigada pelo bons momentos, senti-me confiante ao seu lado.

Obrigada em ter respeitado meus sentimentos, meus anseios, minhas aflições.

Fiquei imensamente agradecida por você ter devolvido o sentido do coração pulsar.

Agradecida por ter-me feito enxergar que eu posso tentar; que posso amar; que posso lutar por ti...
...que eu posso ser ainda muito feliz!

Obrigada pelo presente de aniversário...
Mesmo sabendo que pode ter sido pela última vez...
Mesmo assim, quero repetir tudo de novo!

Obrigada por me fazer sonhar que um dia tu possas voltar!

Escrevo porque estou sentindo a sua falta...

Beijos desta apaixonada.

24.11.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Graciele Gessner

Nossas Vidas Separadas. (Graciele_Gessner)

Neste lugarzinho tão distante,
Meus pensamentos em você sem limite.
Lembranças tomam conta da minha mente.

Sonhos e desejos foram declarados.
Nossos corpos estiveram próximos.
Olhos e bocas ao nosso alcance total.
Tristonhamente um término fatal.

História que poderia ter sido
Porém, não acontecido.
Rumo de vida diferenciado.

Nossas vidas separadas
Deram o tom da melodia.
Sua ausência, minha carência.
Você sempre será o amor da minha vida!

28.10.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Bira Melo

ALMA MULTIFACETADA

A minh'alma é multifacetada,
Metade dela é maresia
Uma outra é poesia
Outras de outrora é pura ousadia.

A minh'alma toca sons
Sons que soam alegria
Alguns em notas breves
Outras dissonantes, que só são tristes poesias.

A minh'alma tá cansada
Desse mundo de agonia
Donde o homem machuca a natureza
Sem se importar com os próximos dias.

A minh'alma está dilacerada
Pela velocidade ciclópica dos dias
Homens correm pra ter sempre mais e mais
E não serem seres normais, o que deveriam ser hoje em dia.

Foto de Gideon

O Trem da minha sina

O sentido da vida
jamais poderemos saber,
os dias corridos e apressados
jamais poderemos reter.

Observo os outros, próximos,
que ao meu lado movem-se
pelo instinto do viver.
Vão e vêm sem perceberem
que uma sina oculta
cumprem sem merecerem.

Eu também da minha sina
não consigo fugir,
de tudo fiz, de tudo aprendi.
Faculdade de gente rica,
como diziam lá na vila,
profissão de família boa,
que não se consegue à toa.

Pois bem, por mais que tentasse
e tudo fizesse ao meu alcance,
cá estou em pé no trem parador
seguindo obediente pro meu labor.

A trilha do ruído dos trilhos
remete-me às histórias de meu pai,
que cumprindo por si também a sua sina
nos mesmos trens paradores e diretos
apertado e inconformado subia e descia.

Não, não entrego os pontos assim facilmente,
da bolsa de couro macio
saco a caneta e o caderno, paciente.
Anoto as expressões dos pobres coitados
e transformo-os em atores,
essa gente de recursos tão parcos.

Pelo vagão procuro feições tristes
prá rechear os meus tristes escritos,
mas sorrisos ingênuos e olhares candentes
surpreende a minh’alma de poeta reticente.

Volto-me para a minha própria condição,
passageiro desta tão pobre e nobre condução.
Na chupeta pendente agarro a minha mão,
pro balanço do trem não jogar-me na solidão.

Por de trás de meus óculos, disfarçado,
observo Maria de cabelos ondulados
e tosca roupa na moda dos rebolados.
Mastiga um chiclete já meio deformado.

Ela serve, quem sabe,
prá ser a minha heroína dum conto qualquer,
que insisto escondido ali existir,
e naquele cenário tão pobre
tento ainda alguma arte produzir.

Com uma das mãos sustento o caderno
com a outra a caneta retiro do terno.
Próximo à porta apoio as minhas costas.
As histórias de Maria
vou tentando dar forma
com letras tortas.

A sina da vida sofrida de Maria
insisto incluir no meu conto,
mas ela é bonita demais
e distraio-me com o seu encanto.

Um lugar prá Maria, enfim,
não encontro no meu conto.
Contudo logo percebo,
que o personagem que descrevo
sou eu mesmo,
que do trem da Central do Brasil
ainda é prisioneiro.

A sina da vida, insisto,
ainda quero incluir no meu conto.
Mas não é a realidade que de fato vivo?
Pergunto-me com desencanto.

O sofrimento do enredo
que sobrepõe a minha inspiração
vai desfazendo daquele conto
que não consigo continuação.

A minha sina parece que segue
no trem da minha vida
e cá estou de caderno fechado,
caneta no bolso borrado,
observando Maria que com charme
o chiclete ainda mastiga.

O balanço desse sofrimento
atormenta o meu coração
que é solitário de paixão,
Maria, quem me dera,
que prá ter o seu olhar tudo faria
mesmo que fosse por compaixão!

Na estação da Central
o meu sofrimento fita o chão.
O olhar de Maria se foi na multidão.
Meu caderno de escritos agora
descansa triste na minha mão.
Ainda ouço, ao longe, com emoção
o clamor da última pregação.

Anúncios saindo dos alto-falantes da estação
ecoam agora inundando o saguão.
Eu caminho apressado
esbarrando nos braços
de tantas marias
e em tantas mãos.

O poeta desce pro Metrô, frustrado,
e na escada rolante, agarrado.
desvia-se dos braços de esmola, esticados,
pendendo o seu corpo pro lado.

O conto sobre Maria
e o trem dos amontoados
ficarão prá outra viagem.
Quem sabe um dia sem esperar
a inspiração virá
e outras marias com outros penteados
serão heroínas do poeta,
que segue a sua sina
no trem dos desafortunados.

Foto de Carlos Lucchesi

Dois Rios: Uma Amizade

Dois rios corriam lado a lado,
Divididos por uma pequena faixa de pedras,
Sem nunca terem se tocado.

Aconteceu que o céu em nuvens negras se fechou,
E das águas que caíram,
Um dos rios transbordou.

Um tocou o outro,
E brilharam num sorriso de alegria,
Como se houvesse naquele encontro,
Algum tipo de magia.

Mas a chuva forte logo passou,
E voltaram novamente a ser dois rios,
Como no momento anterior.

Contudo, algo ali havia mudado,
Pois as águas que eram duas
Haviam definitivamente se misturado.

Mesmo estando cada um em seu lugar,
Trouxeram com eles,
Parte do outro rio,
Que corria do lado de lá.

Muito tempo se passou,
E, apesar da longa espera,
No céu não se formaram mais pesadas nuvens,
Pra chover naquelas terras.

Bateram forte pra romper a parede que os separava,
Mas a rocha era dura,
Resistia e não deixava.

Ficaram muito tempo separados,
Mesmo bem próximos um do outro,
Correndo lado a lado.

Assim como o encontro entre as águas de dois rios,
Também é todo amor, ou amizade:
Do outro tiramos sempre;
De nós deixamos parte.

Foto de Graciele Gessner

Por Algum Motivo. (Graciele_Gessner)

Por algum período, deixei de me expressar.
Fui à busca do recanto da vida;
Fui em busca de minhas profundas inspirações.

Por algum tempo, as chuvas não cessaram...
Hoje, o sol está novamente brilhando.
Onde estaria você que meus pensamentos insistem em lembrar?

Por algum motivo, você retornou.
Estamos frente a frente e muito próximos.
Beijamo-nos, você me segura,
Impossibilitada de fugir dos seus braços.

03.03.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

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