Quatro

Foto de raziasantos

Foi Assim!

O dia estava lindo eu arrumava os últimos detalhes do quarto do meu primeiro bebê.
Abri a janelas deixando que a luz do sol iluminasse e aquecesse o quarto.
Tudo lindo o berço de madeira maciça, era decorado com lindo protetor, bordado á mão: Cortinado com rendas finas trazia pendurado pequeno anjinhos.
Minha barriga esta enorme, minhas pernas pesadas e inchadas, mas eu me sentia uma rainha.
A felicidade de ser mãe me irradiava e me enchia de orgulho.
Meu marido entra sorrindo com um boque de flores me abraça, acaricia minha barriga olha dentro dos meus olhos e fala te amo!
Como resposta ao nosso amor nosso bebê da um salto dentro do meu ventre...
A bolsa estoura e vamos para o hospital, atravessamos a pequena cidade que exibia uma beleza nunca observada por mim antes.
Ate o azul do céu estava mais azul, o brilho do som refletia sob as calmas, águas do rio que parecia nos acompanhar até o hospital.
Ao chegarmos fui levada imediatamente para sala de parto.
Era uma sala toda branca, com aparelhos de oxigênio, suportes para soros, e medicamentos, no meio do teto onde tinha uma roda enorme toda iluminada.
A mesa de cirurgia ficava em baixo dessa luz.
As enfermeiras me deitaram nesta mesa, pediram para eu ficar calma que tudo daria certo.
Eu sorri e disse estou calma e muito feliz.
Logo entram na sala quatro médicos, eles vieram conversar comigo se apresentaram, um era anestesista, outro obstetra, um pediatra, e um cardiologista:
Eu perguntei por que tanto medico, eles me explicaram que era normal, pois eu não tinha dilatação e seria necessária uma cesariana, mas estava tudo bem.
Logo começaram os procedimentos eu fiquei com muito sono, mas queria muito ver logo o rostinho do meu filho, então lutava fortemente contra o sono.
Um cansaço começou a tomar conta de mim, um médico ficou todo o tempo na minha cabeceira, ele falava comigo me encorajava dizia esta tudo bem logo estará com seu filho nos braços.
Eu sabia que estava tudo bem tive uma gravidez tranqüila.
Cada minuto que passava aumentava minha ansiedade para ver meu filho.
Der repente! Sou tomada por uma súbita surpresa, ouço um choro de bebê meu filho nasceu!
Os médicos sorriem e me parabenizam...
Uma enfermeira se aproxima de mim com uma coisinha branca, meio ensangüentada, mexendo as mãozinhas, é indescritível o que senti naquele momento, eu era mãe!
Ela o colocou sob meu peito eu o acariciava sentir seu calor foi o maior presente.
O cansaço e sono aumentavam eu lutavam para meus olhos ficarem aberto queria curtir, mais aquele momento, mas a enfermeira veio o tirou do meus braço:
Eu não queira que o levassem, fui tomada por uma sensação de perda, ela afastou-se lentamente dizendo vamos meu amor deixe a mamãe descansar, eu tentei gritar tentei pedir para deixá-lo mais um pouco, mas estava muito fraca e cansada, minha voz não saiu o sono me venceu.
Não sei por quanto tempo permaneci naquela sala:
Eu acordei e não estava mais lá estava em outra sala, deitada em uma maca só tinha eu ali, tudo era muito branco, e o silencio era profundo, abri os lhos e olhei ao redor estava mesmo sozinha, então pensei aqui é a sala de recuperação da anestesia.
Eu não via à hora de ter meu filho nos braço queria amamentá-lo, queira abraçar meu marido compartilhar com ele minha felicidade.
As horas pareciam não passar, cada minuto parecia uma eternidade.
Para meu alivio a porta se abre, entram umas enfermeiras com outra maca.
Vamos levá-la a família esta esperando...
Eu estava tão emocionada que nem conversei com elas.
Logo chegamos à outra sala e me passa para uma cama, me ajeitam, e me cobrem, minhas pernas estão tão pesadas, não consigo meche-las...
Eu não agüentava mais tudo aquilo parecia um ritual, então eu pergunto onde esta meu marido, onde esta meu bebê?
Uma delas responde o marido acaba de chegar esta entrando.
Ele entra esta visivelmente emocionado tem em suas mãos uma bolsa onde estava meus pertence que usaria ali:
Ele me braça fortemente sorri, e chora ao mesmo tempo.
Diz repetidamente estou sonhando!
Deus! Como te amo minha querida, logo a porta abre-se novamente então vejo minhas cunhadas, minha sogra, minhas irmãs, onde esta meu filho?
Eu entro em desespero, sinto que tem algo errado, pergunto por meu filho, mas no lugar de resposta, tenho um monte de conversas, desencontradas.
Eu tento me levantar, quero sair daquela cama, quero procurar meu filho.
As enfermeiras pedem para todos saírem, para mim foi um alivio, assim posso conversar com ela e saber do meu bebê.
Eu tento de tudo para que o tragam, mas nada de respostas...
Ela me ajuda com minha assepsia, me veste uma linda camisola, branca, bordada com pequenas flores coloridas, por cima um roupão.
Eu finjo dormir até que ela sai da sala.
Minhas pernas ainda estão pesadas, mas faço um esforço sob natural, para levantar da cama.
Quero ir ao berçário, ver meu filho.
Eu não sei onde está minha família tudo muito quieto, isso só aumenta meu terror, sei que algo esta errado acontecendo me pergunto onde esta meu filho?
Estou fraca, então respiro fundo e começo a andar determinada a encontrar meu bebê.
Logo me sinto tão leve como uma pena o desejo de ver meu filho me faz quase flutuar pelos corredores do hospital.
Passo por todos os quartos sempre me esquivando dos seguranças, e das enfermeiras:
Uma angustia, e medo, toma conta de mim, meu filho o que aconteceu com meu filho?
Desesperada procura os berçários, chego à frente umas enfermarias, e ali tem muitas mães, umas amamentam seu filho, outras dormem, mas ao lado de sua cama tem um berço com sues bebes.
Olho para cada um procurando o meu, mas também não esta ali.
Eu começo correr em pânico, um dor tão profunda toma conta de mim eu me sinto enganada, traída por meu marido, não consigo acreditar,devo estar sonhando,acho que estou tendo um pesadelo, estou sob efeito de medicamentos, isso não esta acontecendo!
Eu não consigo encontrar o berçário, chego a uma porta que da para os fundos do hospital, lá fora tem um lindo jardim com arvores e bancos, o tempo mudou agora este frio nublado e garoando, eu empurro a porta, meu sinto que agora vou encontrar meu filhinho:
Eu atravesso o jardim e chego à outra parte do hospital as portas estão abertas e muitas pessoas circulam pelos corredores, agora eu não me importo, mais em me esconder, nada nem ninguém ira me impedir de encontrar meu filho!
Entro em uma sala enorme, nos fundos um aglomerado de pessoas, meu coração dispara, minhas pernas tremem, e um frio intenso toma conta de mim.
Continuo andando em direção aquelas pessoas, não demoro eu reconheço meu marido e minha família, está chorando, meu marido esta amparado nos ombros de meu sogro e chora copiosamente!
As doces lembranças dos dias mais belos de minha vida me vieram á memória.
Eu não entendia o porquê, mas sabia que tinha um motivo para tanta dor.
Aproximei-me lentamente era como se minha alma estivesse ali, um medo terrível, misturado com ressentimento por ter me sido negado à verdade toma conta de mim.
Agora estou diante da verdade, não é um sonho é realidade.
As lágrimas banham meu rosto, tenho que tocá-lo pela última vez...
Penso comigo se sou tão amada por que querem negar-me o direito de me despedir, de um pedaço de mim.
Eu empurrei á todos, furando o cerco fechei os olhos, com medo da verdade, mas era inevitável, eu tinha que enfrentar a verdade...
Então olhando para o céu eu me aproximo, abro os olhos...
Não acredito no que vejo, solto um grito de terror diante da imagem que vejo.
Não era meu filho que estava morto era eu!

Foto de Fernanda Queiroz

Saudades

Sábado, 28/05/2005 - 23:04 — Fernanda Queiroz

Saudades!
Palavra composta de quatro vogais e quatro consoantes, que quer dizer tudo e não diz nada.

Na saudade está o silêncio... será que se escreve saudades com S de silêncio?

Quem inventou está palavra?
Será que sabia quantos sentimentos existia neste conjunto de letras?

Por que não vontade louca de saber de ter de ver?
Por que não medo, insegurança, incerteza?
Por que não desejo de voltar....?

Será que o A de saudades é o A de Até breve?

Será que saudade é para rimar com felicidade?
Não!!!, Saudade rima com dor..., se rimar com felicidade seria a de reencontrar, mas aí já não é saudade, aí vira realidade...

E o U da saudade?
Será de ultimamente?
Será de unicamente?
Ou será um U de um urro de dor?

Saudades!!!!!!!
Palavra pequena para transmitir tantos sentimentos.
Não descreve nosso amanhecer sem você.
Não descreve as horas das refeições, nem daquele gostoso papo de fim de noite.
Não descreve tua cama vazia, nem meus sonhos em conflitos.

E o D da saudade?
Será de quanto em quanto tempo?
Será que por isto ele se repete?
Ou será o D do Dedo de Deus?

Mas que palavra é essa, que não descreve nada!!!!!
Não fala em afago, em carinho, em você
Não reflete teu rosto, nem teu sorriso bonito, com tuas covinhas na face que o fazia mais doce, mais perfeito.

E o E da saudades?
Será de estar junto?
Será de esperança?
Ou será de eu te amo?

Saudades, palavra tão pequena... mas poderia ter um acróstico, que cada vogal ou consoante teriam infinitas explicações, descreveria infinitos sentimentos, que molhariam lenços e fronhas....

Saudades!
Será de novo o S do silêncio?
Ou o S de sofrer?
Ou o S de Será?

Será que a palavra saudades, esta relacionada com sonhar?
Será que significa voltar?
Ou saudades é um eterno esperar...

Fernanda Queiroz
(Direitos Reservados)

Foto de Fernando Vieira

Sítio São Benedito

Sítio São Benedito
(Fernando Vieira)

Caminhos e trilhas
Estradas de chão
Com paisagens bonitas
Verdes do maranhão

Casinhas de barro
Simplicidade no ar
Com a Mãe Natureza
A nos recepcionar

Em um longo trajeto
Até chegar ao destino
Que se encontra já perto
Só falta mais um pouquinho

Quatro amigos em um carro
Quatro pontes que se passaram
Chegamos ao nosso destino
Me chame então o responsável

Boa tarde meu senhor!
Você se lembra de mim?
Como eu podia esquecer?
É claro que eu lembro sim!

O portão enfim foi aberto
O portal da f e l i c i d a d e
Com verde pra todo lado
Beeem distante da cidade

E já de longe se ouvia
O que estava por vir
O barulhinho da água
Da cachoeira cair

Um lugar maravilhoso
No meio da natureza
Que eu espero voltar dinovo
Ah disso eu tenho certeza

Foto de Graciele Gessner

Deixando Louca! (Graciele_Gessner)



Categoria: conto


... Nunca acreditei que o amor e a dor pudessem andar juntos, ou mesmo se torna um só sentimento, como se unidos para demolir tudo que seja belo da vida.




Contudo, desta vez era diferente. Ela estava apaixonada por ele e tentava desesperadamente encontrar algumas respostas para as suas próprias dúvidas. Existia uma forte atração entre eles, que o momento era de cautela. Esta era a primeira vez de muitas coisas...

Ele tinha o dom de tirá-la fora de si. Os corpos nus tremiam de desejos. Deixando ela com o corpo a arder de febre.

- Você está me deixando louca! – foi tudo que ela conseguiu dizer.

O corpo se contorcendo todo debaixo dele. A mente e a alma já não pertenciam mais ao corpo dela, estavam distantes daquele corpo em febre. Foi então que ela descobriu que podia se deixar levar facilmente; era só se permitir a esta loucura.

O inevitável, gemidos de prazer soavam pelos quatro cantos do ambiente, unhas enfiadas nas costas dele, e o querer e o desejo avassalador invadindo os corpos... Um prazer fora de controle. Por fim, o incontrolável era saciado, um grito surgiu, a satisfação de ambos, a febre que ardia inicialmente foi solucionada.



18.05.2010

Escrito por Graciele Gessner.

*se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de new_dora

A geografia do meu corpo ...

Sei que não vou para nova, que a cada dia que passa mais acentuadas são as marcas do tempo, mas todo o meu corpo faz parte da minha história de vida!!!

Meus cabelos brancos, que revelam lutas travadas e ultrapassadas, guerras vencidas pelo tempo...

Meus peitos descaidos, que demonstram a VIDA, que amamentaram meus filhos, minha razão de viver...

Minhas rugas que ja se evidenciam, que revelam o cansaço duma vida, plenamente vivida...

Minhas estrias e barriga flacida que comprovam o AMOR DE MÃE, o amor verdadeiro, quatro vezes por mim gerado...

Minha cicatriz, uma luta diária com minhas duvidas, minha ansiedade, mas tambem uma força enorme de querer VIVER...

Meus braços largos e fortes com que abraço meus filhos a cada dia, dando lhes colo, mimos e todo o amor que eles merecem...

Minhas pernas cansadas desta longa caminhada, na esperança de alcançar a felicidade, como mulher...

Aquela felicidade que sò a mim me preenche,
a pouca a que tenho direito!!

Foto de Ayslan

Amor Indescritível

Meu amor... Venho buscando as palavras perfeitas à frase que complete o meu olhar o titulo que te faça sentir... O verdadeiro conto de amor que te faça fechar os olhos e sonhar. Dessa vez não posso falhar acertarei a direção das palavras farei rimar com as batidas do coração. Ah esse amor que faz as arvores balançarem, e nesta mesma brisa flechas acertarem os corações e neste momento de reflexão parasse as respirações e um som harmonioso das batidas dos corações apaixonados criam uma verdadeira orquestra de sentimentos, e ao fundo ouvisse um som mais alto e acelerado o som do seu coração batendo no meu lado esquerdo do peito.
Meu amor não importa a distancia o amor se comunica de formas mágicas, o torna inacreditável ate mesmo sobrenatural, nos dias de hoje é irracional, insano dizer que posso ouvir você de longe me dizer “Eu te amo” Nossa distancia hoje é de quatro dias meu coração nestas palavras por te clama nos soluços que seguram as lagrimas que se manifestam ao pronunciar na escrita muda e indescritível do amor a frase “Eu te amo Priscila”

Para: Priscila

Foto de Felipe Ricardo

Matematica

Um mais um são dois
Dois menos u é nada
Dois mais um é um todo
E só um e um vazio

Um pode se dividir por
Dois, tres, quatro, cinco ou seis
Mas jamais por um, Qual
Seria o sentido de um por um?

Pois se o ue é bom e um e um
Nada de tres, somente
Se não for fruto desta soma

E tomara que este um não
Fique neste conjunto unitario só
Que ache outro um e seja um par.

Foto de onil

AOS QUATRO ANOS DA LEILA E DA RUTE

ANJOS DE MEIGAS FEIÇÕES
QUE OCUPARAM TARDIO SEU LAR
MAS QUE HOJE EM NOSSOS CORAÇÕES
TANTA ALEGRIA E PAZ NOS VEM DAR

AMOR TÃO PROFUNDO SENTIMOS POR VÓS
ROSTOS DE ANJOS COM NOMES SINGELOS
LEILA E RUTE ESCOLHIDOS POR NÓS
QUE NA NOSSA MENTE SÃO OS MAIS BELOS

QUATRO ANINHOS QUE SÃO JÁ PASSADOS
DIA A DIA AS VIMOS CRESCER
RECORDO BEM OS PRIMEIROS PASSOS ANDADOS
HOJE COMO É TÃO VÊ-LAS CORRER

TRISTEZA E MÁGUA FICARAM PARA TRÁS
HORAS AMARGAS VAMOS ESQUECER
QUE ENCONTREM SEMPRE NO SEU LAR A PAZ
AMOR E ALEGRIA QUE NOS FAZEM VIVER

BRINCAM RISONHAS SEU DOCE BRINCAR
COM BONECAS E CARROS BRINQUEDOS TÃO SEUS
VIERAM AO MUNDO ALEGRIA NOS DAR
LINDAS A VALER COM A GRAÇA DE DEUS

AQUI REUNIDOS AMIGOS, FAMILIA,
RECORDO A VÓS O QUE SÃO NOSSOS BENS
CANTEMOS POIS COM VOZ DE ALEGRIA
Á LEILA E Á RUTE OS NOSSOS PARABÉNS

17/10/89
ONIL

Foto de Romulo Rodriguez

Tempo Ao Tempo

Quando te conheci meu amor,vi que você era totalmente especial
Mesmo com o pouco tempo que eu te conhecia mas eu te queria e te desejava da melhor maneira possível
Você me seduziu da forma que jamais ninguém havia feito comigo ,com o seu jogo de sedução
Cheguei a uma conclusão de que queria você para está ao meu lado
Sobre o céu estrelado te dei o meu primeiro beijo foi onde tudo começou
Mas com o passar do tempo você me abandonou se tornando ausente na minha vida
Essa sua ausência que se transformou em indecisão ..
Ausência cheia de mistérios ,foi quando te coloquei a prova e perguntei-lhe
O quanto me amas?
Você disse que amava muito ,ai foi quando eu disse se me amavas tanto largava tudo pra ficar comigo por que quem ama faz de tudo pra ta perto.
Foi quando você me desprezou me ignorando e me deixando pra trás como se nada estivesse acontecido com a gente o que aconteceu com o amor?
Mas eu sofri muito uma saudade me apertava loucamente me deixando insanamente alucinado tudo ao perceber que eu tinha te perdido .vou sofrer e como eu vou sofrer ..
Mas resolvi dar o tempo parei de sofrer por você,resolvi dar TEMPO AO TEMPO.
O tempo nos mostra quem realmente e a pessoa ideal pra gente amar ,o tempo nos põem a provar
Sei que o tempo vai te mostrar que amor verdadeiro e igual ao meu você nunca vai ter e nunca mais vai ter aquele amor insano e devorador que você chegou a ter um dia comigo,nunca mais vai descobrir o amor gigantesco que eu tinha pra te dar
Sei se eu não te amasse tanto assim hoje eu não estaria chorando aos quatro ventos por você
Em pensar que se algum dia alguém me amou?por que você me desprezou eu te amo tanto que nem ser dizer o que cinto por você
Pois o que eu cinto por você ,não é o que você sente por mim que pena!
Mas o tempo vai te dizer e te mostra que amor igual ao meu não há !
E hoje tenho a certeza que esse novo amor que você encontrou não e a pessoa ideal pra você pois cinto que a mesma ilusão e decepção que você meu causou você causará nela também
Apesar das declarações feitas pra essa pessoa como um poema que você faz pra ela não a verdadeira prova de amor que você pode dar há uma pessoa amada ,mas o tempo vai passar mas espero que você não faça outra pessoa sofrer como eu ,que estou aqui sozinho triste sem você ..morrendo aos poucos alucinado com a vontade de ter ver de novo pois o que eu cinto vai além das palavras
Mais sei de uma coisa que o tempo vai me dar força para lutar por você
Por que é tão triste te perde que a todo tipo de coisa vou me submeter para tela novamente em meus braços e poder mergulhar no lago da paixão
Vou parar o tempo por que eu vou te esperar a onde quer que eu vá te levo comigo
Não importa o tempo que passar mas esse amor não há de se apagar ...
O tempo vai te mostrar que eu sou a pessoa que te ama de verdade e quer somente que você seja feliz mas tenho a certeza pois sei que o mundo vai girar e eu espero a minha vez...
Rômulo Rodriguez!

Foto de Lou Poulit

O CRONÔMETRO

Há alguns anos, acordei na cama de não sei quem. Eu não sabia o que estava fazendo ali, mas não tinha a menor dúvida sobre o que estava fazendo até adormecer, ou talvez devesse dizer desmaiar. A verdade pode ser muito crua para pessoas que nos amem, e tenham construído uma imagem nossa bem "cozidinha".

Eu não estava seguramente na minha casa, e não havia mais ninguém naquele apartamento. Tomei um banho morno para ganhar algum tempo e por as idéias em ordem, vesti-me, e como ainda não havia chegado ninguém que eu pudesse ver, além das estatuetas de ciganos, bruxas, gnomos e mais uma multidão de sapinhos espalhados (e todos pareciam olhar pra mim!) que acabara de descobrir ali, resolvi ir-me embora. Estranho isso. Ir embora de um apartamento desconhecido, sem despedir-me de alguém, ao menos dizer obrigado...

Na saída, uma espécie diferente de saci (de uma perna e meia, e com dois gorros vermelhos) próximo à porta me estendia a mão. Mais desconfiado do que generoso, eu arrisquei deitar cinquentinha. Mas caí na asneira de olhar mais uma vez para o seu semblante. E acabei deitando cem paus. Antes de bater a porta por fora, olhei pela fresta e, tal como se o moleque fosse eu, vinguei-me: Explorador!... No elevador desconfiei, pelo perfume fortíssimo que dois travecos deixaram ao sair, mas chegando à calçada acabaram-se as dúvidas. Eu estava na avenida Princesa Isabel, a larga entrada de Copacabana (coincidência?), para meu fugaz alívio fora do túnel dito do Pasmado! "Oh, my God! Oh my God... I more don’t want to be fucked"…

À certa distância, na confluência da avenida com o calçadão da praia, uma pequena multidão olhava para um out-door que não estava ali até a última vez. Aproximando-me vi que era um cronômetro eletrônico retroativo, comemorativo dos 500 anos da descoberta do Brasil. Fora inaugurado muito recentemente, deduzi. E eu repeti para dentro, balbuciando: Oh, my God... Em poucos minutos a multidão já não era pequena, e depois de mais algum tempo já me parecia assustadora. Mas não propriamente a multidão. Aquela gente toda, incluindo-se muitos turistas (estes por motivos bem mais óbvios) masturbava-se promiscuamente, para comemorar meio milênio de exploração.

Vagamente eu me lembrava de que alguém se dispusera a fazer algo assim comigo. E o fizera com requintes. Porém a bruma etílica não me permitia lembrar desta mulher mais do que uma meia dúzia de nomes. Afinal, que diferença faria o nome? O fato a moer-me a lucidez que restara, era saber que eu explorara e fora explorado. E ali estava eu cercado de pessoas tão festivas e presumivelmente tão pouco lúcidas, tendo por referência a lucidez que me restara.

Por um quase desespero, vire-me e fui me reencontrar no balcão de um bar. Pedi um café bem preto, alienado, como se estivesse num café expresso. Antes de servirem o café, porém, surgiu, não sei de onde, um negrinho cheio de dentes, com duas pernas normais, e com um pequeno caixote sob o braço, que apontando para os meus chinelos de dedo me pediu para engraxá-los. Lógico, escusei-me polidamente. Então ele fez gestos para que eu lhe pagasse um salgado (com suco). À minha recusa ele aceitaria só o salgado. A seguir disse que aceitaria um trocado mesmo... E para o meu desespero definitivo, a uma nova recusa ele pôs a mão na cintura acintosamente, olhou dentro do bolso da minha camisa, e me pediu um cigarro...

Eu deixei o bar para trás, retomei o caminho da minha casa com quatro certezas: primeira, de que para o negrinho não importava o que me tirasse, desde que tirasse alguma coisa; segunda, de que ele achava que eu era um turista e que tinha medo dele; terceira (oh my God!), aquele cidadão brasileiro aprendera, em no máximo 10 anos, a explorar o medo de um suspeito explorador comemorando os seus 500 anos; e quarta, que me esqueci de tomar o café. Afinal, eu achei que somos poucos, porque nossa população se reproduz a esmo, mas em vez de dias a contagem regressiva devia, ao menos estimadamente, contar as pessoas que se recusam a se abster de votar. Qualquer que seja o voto em algum nome, o sistema se reproduz! Se apossará dos votos branquinhos e dirá que os negrinhos é que se reproduzem como ratos.

(Lou Poulit, 2010)

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