Quatro

Foto de Sonia Delsin

ESTRELA DE QUATRO PONTAS

ESTRELA DE QUATRO PONTAS

No meu sonho a estrela vinha.
Se aproximava de mim.
Eu via que numa ponta estava grudadinha eu bebê.
Bonitinha.
Uma gracinha.
Na outra eu mais grandinha.
Uma menina-moça.
Magrinha.
Na outra eu aos trinta anos.
Bonitona.
Na outra eu com a idade de agora.
Nos olhos todas as lembranças de outrora.
Em todas um sorriso perdurava no meu rosto.
Nenhum ar de desgosto.
A estrela de quatro pontas vinha me mostrar que pela vida eu passei pisando leve.
Quase flutuando.
Vivi sempre poetando.

Foto de pttuii

Portugal carece de alienação (atrevimento dramatúrgico)

Para sempre, ou o esforço inglório de tornar portugal num país que reflicta a luz em dia de excessiva humidade.

Acto único.
Cena única.
Dois simples homens. Um florete por afiar. Uma vontade inalienável de fazer algo de bom pelo mundo, indeterminada entre os dois sujeitos. Pós primeira refeição do dia, problemas de espírito num dos indivíduos. Tradução: dores na boca do estômago.

1.º homem:
Caso o amigo um dia me achar boa pessoa, aperte o nariz do cão que cria desde cachorro. Quero vê-lo, a si, a sofrer tanto por um insulto gratuito.

Coro invisível, que o autor introduz para dar um sentimento autofágico de tragédia grega à cena.
- Mata, mata. O dia só é dia quando a morte se passeia pelos intervalos da chuva. E não tarda está a cair uma borrasca.

2.º homem (portador das dores de estômago)
- De somenos importância amigo. Não tenho créditos bancários, recuso-me a dar alvíssaras a quem mas pede, e não tarda vomito.

Chove. Mas chove tanto, que dois homens que se desprezam continuam a desprezar-se, mas começam agora a pensar que o auto-desprezo pode ainda ser mais forte do que a ideia de começar a odiar alguém de morte.

1.º homem:
- Mesmo assim, quero vê-lo a sofrer. Acho que o senhor me insulta diariamente, e é assim: Dois mais dois continuam a ser quatro. Só que honra, eu como-a a todas as refeições do dia.

Coro, que a cena é portuguesa, e como tal não tarda é hora de comer outra vez:
- A nós, a nós desavindos senhores. Navegar é preciso, porque à falta de melhor jargão, resta o que temos tatuado nas nossas peles invisíveis.

Parou de chover. Não faz mal, porque a cena acabou. Desmonta-se o cenário pré-crime, porque na realidade viver em sociedade são sempre coisas que nunca ninguém percebe.

2.º homem:
- Fica-se sempre com a sensação de que as pessoas não gostam de nós só porque um dia lhes pusémos o pénis dentro de um copo de água no restaurante mais caro da cidade. Mas não faz mal. Eu sou estupidamente resistente ao que é pusilânime.....

Foto de sidcleyjr

O namorado do amor

O amor é pra casar
Merece uma linda lua-de-mel
Desfrutar todo o prazer de sua dedicação
Namorado do sentimento maior
O coração,
Que senti em todas circunstancias
Sofri o impossível que se torna possível
A magia no ar
As borboletas de ceda
Paisagens que por ai vem a passar.
Cai por terras virgens e delicadas flores
Obstinadas com poder do prazer
Por possuir juízos
E calar ânsia de malditos seres
Aqueles habilitados entre quatro paredes
Desenhando sonhos
Inspirando o doce aristocrático sangue
Formando um ser.
O coração e o amor
O passaporte exclusivo a olhos de Deuses
A laurearão
O caminho das projeções
Miragem perpetua
Sementes da liberdade e paz
A benção de Deus.

'Macro

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

POR FALAR EM PRAZER...NADA MAIS GOSTOSO DO QUE TE-TER - Versão Due Rozeli & Von

*
*
*
*
Teu corpo faminto estremece ao meu toque
A carne macia das tuas pernas inflama desejo.
O prazer de navegar no teu mar me molha..
E o mel do meu centro em ti despejo.
Rozeli

Também pudera, você me seduz até no olhar...
Me enche de tesão, me faz de gato e sapato na cama....
O gostoso navegar de minha língua em teu corpo ,me leva ao poço de teus desejos...
Saboreio o néctar do teu excitar, vendo-te ter esparmos de prazer...
Von

O corpo nu coberto de paixão
Os beijos molhados, sugados
Mostram o caminho da perdição...
Nem sei pra onde vou...pra que lado!
Rozeli

Tu és pura perdição...
Tua boca gostosa me enche mais e mais de tesão...
Tu bem sabes o lado que mais gostas, pois entre quatro paredes, tudo faço sem nenhum pudor, na pura satisfação de realizarmos nossos desejos, fetiches e saciar nossas fantasias...
Von

Teus olhos gulosos provocam quentura
Vem a vontade alucinante
E o despertar dessa fome te transforma
No meu homem, meu eterno amante
Rozeli

És pura tesão...
As vontades alucinantes de eternos gozos ...
Fazem-te minha amante, comcubina, mulher, minha deusa e minha perdição...
Von

Toma meu tesouro guardado
Suga, beija, devora
Não sacia tua vontade louca
Por mais, teu corpo implora
E penetrando nos sonhos mais loucos
Rozeli

Nada me dá mais tesão do que penetrar-te com minha língua , devorando-te , sugando o néctar de tuas entranhas...
Não nego. Fico extasiado em gozo ao ver-te tendo orgamos múltiplos em nossos saciar ...
Von

Com mãos atrevidas , teimosas e bandidas
A boca gulosa não resiste ao sabor
A lingua se torna guerreira, destemida
Rozeli

Sou o que tu sempre sonhaste no amar...
Tento te saciar de todas maneiras...
Gosto de te devorar por inteira ,
E sei que minha língua é que faz o teu realizar...
Von

E na folia sobre a cama
Vou ardendo, vou queimando
Num ritmo alucinado
No teu corpo vou galopando
Rozeli

É uma delícia, o galope, no amar,
O penetrar é alucinante em rítmos frenéticos
Nosso gozo é irradiante...
Von

A noite se fez cúmplice
Dos corpos em fusão
Teu desejo no meu corpo
Teu prazer gravado em mim
Rozeli

Não só as noites, mas todas vezes que nos amamos, tu me levas ao clímax dos orgamos....
Nossos corpos ávidos de desejos
até no versejar de nossos poemas nos levam ao mais gostoso excitar

Foto de Serafina e Tatiana

Consequencias

Queremos sempre aquilo que não podemos ter, fazemos escolhas na nossa vida, arrependemo-nos e depois queremos voltar a traz e pedir desculpa e fingir que não aconteceu… Mas não dá, infelizmente os nossos actos têm consequências, consequências essas com as quais temos de aprender a viver.

As piores são aquelas em que temos que aprender nós próprias a lidar com elas.
Como é que se convence a nos próprias de que esta tudo bem? Já está, erramos, não prejudicámos mais ninguém a não ser nós próprias e portanto o melhor e esquecer e continuar em frente??? Como? Como é que se ultrapassa este tipo de consequências?

Bloqueando a memória do que aconteceu, Fingindo que não se passou nada!
Sorrindo todos os dias como se fossemos muito felizes!
Basicamente, dar continuidade à hipocrisia, usar uma máscara e continuar a viver como se nada fosse!

A minha já cá esta e vai ser difícil de desaparecer!

Mas não são as consequências dos nossos actos que nos fazem aprender e crescer?
Tudo o que fazemos tem consequências, boas e más, e é com elas que vivemos e sobrevivemos!
Mas confesso: não me arrependo de nada do que fiz até hoje. Errei e por vezes de forma estúpida, por teimosia e vou voltar a fazê-lo vezes sem conta até ao fim dos nossos dias porque já diziam os chineses: “Há quatro coisas na vida que não se recuperam: a pedra depois de atirada; a palavra depois de dita, o tempo depois de passado e a ocasião depois de perdida”. Assim prefiro viver a vida sem perder nada por medo das consequências. Se isso significa que ando com uma máscara que seja mas de certeza que não sou a única. Todos temos uma máscara o pior é o que fica quando a tiramos!
Quem nunca errou que atire a primeira pedra!

Foto de Cretchu

AMANTES DA NOITE


As luzes da cidade lá embaixo contrastavam com a noite sem estrelas. Pousei suavemente na sacada, em frente à janela do apartamento dela, que veio me receber vestida apenas com uma camisola branca transparente, sem mais nada por baixo do lingerie. Ela abriu a janela de grandes vidraças, com seus longos braços, e me disse sorrindo:
- Entra, amor.
Aceitei o generoso convite, e nos abraçamos. Beijei seu pescoço macio. Ela me empurrou suavemente, sorrindo, e fechou a janela. Veio até mim, pegou-me pela mão e me sentou em uma poltrona. Sentou-se ao meu colo. Acariciei seus quadris.
- Obrigado pelo convite. eu disse, enquanto ela passava seus cabelos por meu rosto. – Não é sempre que isto me acontece.
Ela beijou meus lábios, mordiscando-os. Segurou minha cabeça entre suas mãos. Disse-me, baixinho:
- Eu quis você desde que te vi ontem à noite, na biblioteca.
Sorri, feliz. Peguei-a no colo e a levei para o quarto. Ela não resistiu quando a coloquei em sua cama. Seu rosto tinha um ar tímido. Despiu-se da camisola, enquanto eu também ficava nu. Depositei a capa sobre uma cadeira e o resto das roupas deixei no chão. Deitei-me ao seu lado e a abracei. Ela me retribuiu o abraço e nos beijamos. Minhas mãos percorreram todo seu corpo, e ela me acariciava o dorso, a barriga e o pênis. Chupei fortemente seus lábios, beijei seu pescoço. Estendi-me sobre seu corpo, beijei e chupei seus mamilos, sua barriga e lambi sua vagina. Puxei seu grelo com a língua, ele se adaptou aos meus lábios e foi chupado com sofreguidão. Ela gemia baixinho, segurando-me pelos cabelos. Um jorro molhou meus lábios. Beijei e mordisquei suas pernas, seus pés. Subi por todo seu corpo, lambendo-o em todas suas partes.
Segurei-a pelo queixo. Introduzi lentamente o pênis em sua vagina, que o recebeu lubrificada. Entre suas pernas, cavalguei-a devagar até que o pênis entrasse totalmente. Aumentei o ritmo, empurrando meu pênis até o fundo de sua vagina. Ela me abraçava fortemente, acariciava minhas nádegas e minhas coxas com seus pés. Retirei o pênis, virei-a de bruços e tornei a penetrar sua vagina, enquanto com meus quadris massageava seus glúteos. Meus braços e mãos percorriam o dorso daquela mulher, eu pegava seus seios e os apertava por baixo de seu corpo esguio.
Levantei-a com uma certa violência, mantendo meu pênis dentro de sua vagina, e sentei-a sobre mim. Puxei-a para mim, com toda a força que pude, penetrando-a completamente. Seu corpo transpirava. Esfreguei suas axilas com minhas mãos, tornei a apertar seus seios, enquanto a puxava freneticamente contra mim, tocando o fundo de sua vagina. Ela se curvou para a cama e me disse:
- Não goza tudo, não! Deixa eu beber um pouco!
Livrou-se de minha penetração, virou sua cabeça para o meu lado, seus cabelos tocaram minha barriga, e colocou meu pênis em sua boca. Deitei-me de costas na cama, enquanto ela subia e descia sua cabeça com meu pênis dentro da boca. Chupou-o em todas suas partes. Lambeu meus testículos pela frente e por trás. Voltou a colocar o pênis inteiro na boca. Meu pênis encontrava o céu de sua boca e sua garganta, sua saliva o molhava. Eu acariciava seus cabelos, agarrava-os com força, massageava sua cabeça. Assim, gozei dentro de sua boca. Parte do esperma jorrou para fora, e ela o lambeu com volúpia.
Ela se deitou de lado, eu me deitei abraçando-a por trás. Puxei seu corpo contra o meu. Meu pênis logo voltou a ficar ereto, e eu o esfreguei em seu rego, tentando atingir seu ânus. Os glúteos daquela mulher foram cedendo, a ponta de meu pênis encontrou seu ânus, tentando forçá-lo. Mas ela me empurrou pelos quadris, dizendo:
- Não! Isso dói!
Repliquei:
- Você acha que eu vou te machucar? Jamais faria uma coisa dessas.
Ela se levantou rapidamente e foi até o banheiro. Voltou com uma bisnaga contendo um creme. Deitou-se de bruços, após me dar o creme. Não era um creme adequado para penetração anal, mas iria funcionar sob o aspecto psicológico. A mulher queria evitar a dor. Passei um pouco do creme nos dedos, deixei a embalagem sobre o criado-mudo ao lado da cama. Introduzi os dedos indicador e anelar lambuzados de creme em seu ânus, lubrificando-os bastantes. Ela empinou a bunda e eu me deitei sobre ela, segurando-a pela cintura. Seu ânus se contraía e abria. Iniciei uma lenta penetração, e seu ânus engoliu todo meu pênis. Ela soltou um “ai” lamentoso. Novamente a puxei, sempre agarrando sua cintura, colocando-a de quatro, sem retirar o pênis. Meu pênis ia e vinha em movimentos rápidos, o ânus perfeitamente adaptado ao seu diâmetro, enquanto ela gritava “fode, fode”. Meu pênis percorreu toda a parede de seu ânus, que estava mais molhada que úmida. Quando percebi que iria gozar novamente, deitei-me sobre ela, que se estendeu sobre a cama. Agarrei-a com força e joguei meu gozo dentro de seu ânus. O esperma ficou todo em seu reto. Ainda mantive meu pênis lá dentro por algum tempo, e por fim o retirei.
Fiquei deitado sobre ela, descansando e alisando seus cabelos, passando a mão por seu corpo. Depois deitei na cama. Ela se virou para mim e pousou sua cabeça sobre meu peito. Brinquei suavemente com seus cabelos, alisei seus quadris e suas costas, dizendo-lhe palavras doces ao ouvido. Aos poucos ela foi adormecendo, e por fim, dormiu suavemente, com sua respiração leve balançando os pelos de meu peito. Beijei sua cabeça e a deitei na cama.
Levantei-me e fui até o banheiro, onde tomei um banho. Voltei para o quarto, ela ainda dormia. Observei-a por um momento. Ronronava tranqüila em seu sono. Suas pernas levemente abertas me mostravam seu grelo inchado e úmido. Vesti as roupas, joguei a capa sobre meu corpo. Fui até a cama onde ela dormia virada de lado, e lhe dei um beijo nas pernas, outro nas nádegas, nas costas e no rosto. Beijei delicadamente seus lábios. Saí do quarto, abri a vidraça da mesma janela por onde havia entrado. Passei para a sacada e fechei a janela por fora. Subi no gradil da sacada. Não havia movimento de transeuntes naquele horário noturno. Desci lentamente, com os braços abertos, a capa esvoaçando, e pousei na rua.
Caminhei um pouco e fiz o que nunca tinha feito em todos estes séculos. Virei-me para trás, olhando em direção ao apartamento onde eu havia sido amado. Ela acordara e me olhava pela grande janela, com os braços em cruz sobre a vidraça. Vestia a mesma camisola transparente. Levei a mão aos lábios que ela beijara e que se molhara de sua saliva e seu mel. Não tive coragem de jogar o beijo, mas ela entendeu.
Sim, ela entendeu quando virei as costas e olhei a noite à minha frente. Eu não poderia voltar. Nem ficar. Sou um ser da noite. Devo ficar com a noite, e não com esta mulher que vai viver sua vida. Ela vai ter amores e rompimentos, talvez filhos, marido. Talvez se separe, volte a casar. Quem conhece os rumos do trágico destino humano? Mas estarei sempre a proteger esta mulher que me amou. Não vou deixar que se machuque. Velarei por ela durante seu sono, quando estiver em perigo, quando a noite chegar. No momento em que ela morrer, deixarei uma flor em seu túmulo. Será mais uma perda nesta eternidade à qual arrasto minha maldição.
Suspirei profundamente, sorvi o ar noturno. Segui meu caminho, deixando para trás o apartamento e a mulher que me amou. “Adeus, minha querida!, pensei”. “Mas eu vou te ver sempre”. E, caminhando lentamente, entrei no corpo escuro e sagrado da noite à qual pertenço.

Foto de sidcleyjr

O dia macro

Especial
O amor
O abraço
A ternura
A criação e até mesmo a maquina.
Jesus Cristo
Oh vinte e quatro horas sagradas abaixo dele.
O comprimento do Paulo
O grande Jonas e as Eths de minha vida,
Rafaela não esqueço aquela
E o sangue vez ou outra aqui.
Amo tudo que me sorrir
E compreendo os que por mim,
Ninguém é de ferro.
Talvez admire todas as estrelas
O brilho e suas condições
E o presente Murilo Mendes
Nos roteiros de minha adolescência.
Minha pura consciência de amar
E ser rejeitado pelas musas
Sou feliz por não esquecer minhas raízes
O quarto escuro
Aquela foto ainda está...
E a noite de hoje agradeço Deus
Farto e saudável.

'Macro 22-08-08

Foto de Carmen Lúcia

A acompanhante

(texto inspirado no conto “O enfermeiro”, de Machado de Assis, em homenagem ao centenário de sua morte.)

Lembranças me vêm à mente. Ano de 1968. Meus pais já haviam falecido e me restara apenas uma irmã, Ana.
Foi preciso parar com meus estudos, 3º ano do Magistério, para prestar serviços de babá, a fim de sobrevivência.
Morava em Queluz, cidade pequena, no estado de São Paulo, quando, ao chegar do trabalho, bastante cansada, recebi a carta de uma amiga, Beth, que morava em Caçapava, para ser acompanhante de uma senhora idosa, muito doente. A viúva Cândida. O salário era bom.
Ficaria lá por uns bons tempos, guardaria o dinheiro, só gastando no que fosse extremamente necessário.Depois, voltaria para minha cidade e poderia viver tranqüilamente, com minha irmã.
Não pensei duas vezes. Arrumei a mala, colocando nela o pouco de roupa que possuía e me despedi de Ana.
Peguei o trem de aço na estação e cheguei ao meu destino no prazo de uma hora, mais ou menos.
Lá chegando, fui ter com minha amiga Beth, que morava perto da Praça da Bandeira e estudava numa escola grande, próxima de sua casa. Ela me relatou dados mais detalhados sobre a viúva, que, não fosse pela grande dificuldade financeira que atravessava, eu teria desistido na mesma hora.
Soube que dezenas de pessoas trabalharam para ela, mas não conseguiram ficar nem uma semana, devido aos maus tratos e péssimo gênio da Sra Cândida.
Procurei refletir e atribuir tudo isso a sua saúde debilitada, devido às várias moléstias que a acometiam.
Os médicos previram-lhe pouco tempo de vida. Seu coração batia muito fraco e além disso, tinha esclerose, artrite, bicos-de-papagaio que a impossibilitavam de andar e outras afecções mais leves.
Depois de várias recomendações de paciência, espírito de caridade, solidariedade por parte de minha amiga e seus familiares, chamei um táxi e fui para a fazenda, onde morava a viúva, na estrada de Caçapava Velha.
A casa era de estilo colonial e lembrava o passado, de coronéis e escravos.
Ela me esperava, numa cadeira de rodas, na varanda enorme e mal cuidada, onde vasos de plantas sucumbiam por falta de água.
Percebi a solidão em que vivia, pois apenas uma empregada doméstica, já velha e com aspecto de cansada, a acompanhava.
Apresentei-me:-Alice de Moura, às suas ordens!Gostou de mim.Pareceu-me!
Por alguns dias vivemos um mar de rosas.Contou-me de outras acompanhantes que dormiam, não lhe davam seus remédios e que a roubavam.
Procurei tratá-la com muito carinho e ouvia atentamente suas histórias.
Porém, pouco durou essa amistosa convivência. Na segunda semana de minha estadia lá, passei a pertencer à lista de minhas precursoras.
Maltratava-me, injuriava-me, não me deixava dormir, comparando-me às outras serviçais.Procurei não me exaltar, devido a sua idade e doença.Ficaria ali por mais algum tempo. Sujeitei-me a isso pela necessidade de conseguir algum dinheiro.
Mas, a Sra Cândida, mesmo sendo totalmente dependente, não se compadecia de ninguém.Era má, sádica, comprazia-se com a humilhação e sofrimento alheios.
Já me havia atirado objetos, bengala, talheres, enfeites da casa.Alguns me feriram, mas a dor maior estava em minh’alma.Chorava, às escondidas, para não ver a satisfação esboçada em seu rosto e amargurava o dia em que pusera os pés naquela casa.
Passaram-se quatro meses.Eu estava exausta, tanto fisicamente, quanto emocionalmente.Resolvi que voltaria à Queluz.Só esperaria a próxima rabugisse dela.Foi quando, de sua cadeira de rodas, ela atirou-me fortemente a bengala, sem razão alguma, pelo simples prazer de satisfazer seu sadismo.
Então eu explodi. Revidei, com mais força ainda.Mantive-me estática, por alguns minutos, procurando equilibrar minhas fortes emoções e recuperar a razão.
Foi quando levei o maior susto de minha vida. Deparei-me com a viúva, debruçada sobre suas pernas e uma secreção leitosa escorrendo de sua boca.Estava imóvel.
Já havia visto essa cena, quando meu pai morrera de ataque cardíaco.
Aos poucos, fui chegando mais perto, até que com um esforço sobre-humano, consegui colocá-la sentada na cadeira e com o xale que havia caído ao chão, esconder o hematoma no pescoço, causado pela minha bengalada.
Pronto!Tornara-me uma assassina!Como fui capaz de tal ato?
Bem, fora uma reação repentina, em minha legítima defesa.Ou quem sabe, a morte tenha sido uma coincidência, justamente no momento em que revidei ao golpe da bengala.
Comecei a gritar e a velha empregada apareceu. Ajudou-me a levar o corpo até o quarto.Chamei Dr. Guedinho, médico da Sra Cândida e padre Monteiro, que lhe deu extrema unção.
Pelo que percebi, o médico achou que ela fora vítima de seu coração, um ataque fulminante.E eu tentei acreditar que teria sido mesmo, para aliviar a minha culpa.
Após os funerais, missa de corpo presente na igreja Matriz de São João Batista, recebi os abraços de algumas poucas pessoas que lá estavam, ouvindo os comentários:
-Agora você está livre!Cândida era uma serpente!Nem sei como agüentou tanto tempo!Você foi a única!
E, para disfarçar minha culpa, eu retrucava:
-Era por causa da doença!Que Deus a tenha!Que ela descanse em paz!
Esperei o mesmo trem que me trouxera à Caçapava e embarquei para minha cidade.Aquelas últimas cenas não saíam de minha mente. Perseguiam-me dia e noite.
Os dias foram se passando e o sentimento de culpa aumentando.
-Uma carta para você!gritara minha irmã.-E é de Caçapava!
Senti um calafrio dos pés à cabeça. Peguei a carta e fui lê-la trancada em meu quarto.
Que ironia do destino!Eu era a herdeira universal da fortuna da viúva Cândida!Logo eu, que lhe antecipara a morte.Ou teria sido coincidência?
Pensei em recusar, mas esse fato poderia levantar suspeita.
Voltei para Caçapava e fui ter com o tabelião, que leu para mim o testamento, longo e cansativo.
Realmente, era eu, Alice de Moura, a única herdeira.Após cumprir algumas obrigações do inventário, tomei posse da herança, à qual já havia traçado um destino.
Doaria a instituições de caridade, às igrejas, aos pobres e assim iria me livrando, aos poucos, do fardo que pesava em minha consciência.
Cheguei a doar um pouco do dinheiro, mas, comecei a não me achar tão culpada assim e passei a usá-lo em meu benefício próprio. Enfim, coincidência ou não, a velha iria morrer logo mesmo e quem sabe se era naquele momento.
Ainda tive um último gesto de compaixão à morta:Mandei fazer-lhe uma sepultura de mármore, digna de uma pessoa do bem.
Peço a quem ler essa história, que após a minha morte, que é inevitável para todos, deixem incrustada em meu epitáfio, essa emenda que fiz, no sermão da montanha:
_”Bem aventurados os herdeiros universais, pois eles serão respeitados e consolados!”

(Carmen Lúcia)

Foto de sidcleyjr

Quarto escuro

Porta fechada guardando palavras ilustres,
Fazendo sombra às fotos do passado,
Medo que a luz apareça sem sentido acordando a realidade dos monstros,
Água ao lado matando a sede das fabulas,
Escorrendo pelos rios e alagando florestas sem prejudicar as borboletas,
Voando pelos céus ao alcance da metamorfose.

Quarto sustentando o escuro poder de significado das quatro paredes,
O amor muitas vezes passou e deixou vozes do puro desejo,
Deixou aqui a velocidade dos constantes privilégios da emoção,
Uma viagem a marte com passaportes ao doce mel da abelha rainha.

Aventurado foi à aniquilação do silêncio,
Que provocou as promessas ameaçadoras,
Conservando a tal verdade dos homens,
Atuando no breve momento dos sonhos,
Acordando pelo próprio despertador no meio da madrugada.

Ninguém escutou,
O quarto permaneceu em silêncio no inverno constante,
Lágrimas deixaram à marca no chão delicado,
Base de vidro que hoje passo com calma,
Para manter-me firme ao local que acreditei.

Agora semeio a experiência,
Ganhei o semblante noturno,
Possuindo uma mascara de palhaço enfeitando o sorriso,
Neutralizando o atrevimento e esperando que o dia amanheça.
O tempo passa e sinto seqüelas oferecidas pela lembrança,
Ao desprezo do corpo sou vulnerável a luz,
Conduzindo a escuridão do quarto.

Macro ):

Foto de Sandra Ferreira

Plagio, explicação, carta…

Pensei seriamente antes de escrever esta carta, vou tentar explicar tudo e se prejudicar alguém ou se estiver errada nas minhas afirmações, pedirei desculpas humildemente, o assunto que me leva a escrever esta carta é o seguinte, não tenho certeza da data porque infelizmente apaguei o email, mas creio que foi a quatro ou cinco meses atrás, que enviei um email a direcção da pagina dos poemas a informar que o escritor com o nick Jonathas Hardy estava a cometer plagio, pois tinha a letra de uma musica e assinou como se fosse dele, antes de enviar o email a direcção deixei um comentário ao Sr. Jonathas Hardy a dizer que era a letra de uma musica para colocar a autoria, vim a descobrir depois que ele apagou tudo, a letra da musica o meu comentário tudo, quando os directores me responderam ao email, eu já não tinha como o provar, peço desculpas aos directores se nessa altura fui indelicada e não vos respondi, peço desculpas mais uma vez pela minha indelicadeza, mas o que vós dizer visto ele ter apagado tudo? Infelizmente no dia trinta e um de Agosto ao ler novamente um poema dele vejo que continua a fazer o mesmo, coloca letras de musica e assina como dele, desta vez não comentei nada no poema dele para ele não apagar de novo (letra da musica) e enviei um email a direcção ao qual não me responderam, para meu espanto no dia quatro de Setembro dou com outra letra de musica a qual ele assina como dele de novo, envio o outro email a direcção da pagina dos poemas, ao qual também não obtive resposta, deixo aqui os emails enviados aos directores da pagina dos poemas, deixo também os poemas do Sr. Jonathas Hardy e as letras das musicas, aproveito para dizer que não tenho nada contra o Sr. Jonathas Hardy, simplesmente acho incorrecto o que esta a fazer, aproveito ainda para me despedir definitivamente da pagina dos poemas, por já não sentir aqui neste espaço como outrora me sentia, como a minha casa, desejo a todos felicidades e que continuem a escrever maravilhosas poesias, pois certamente não resistirei a vir aqui por momentos ler, ate sempre.

Email do dia 31 de Agosto
Sandra Ferreira enviou uma mensagem utilizando o formulário de contacto
http://www.poemas-de-amor.net/contact.

Olá, pensei muito antes de mandar este email, mas não gosto de•injustiças, aqui a um tempo atrás já vos tinha falado deste escritor e
ele apagou o poema, também de uma musica, agora esta aqui a prova de
plagio, muito obrigada, cumprimentos, Sandra Ferreira.

Passos para o amor!
Sexta, 18/07/2008 - 16:29 — Jonathas Hardy
7votar
É inacreditável como eu dizia
Que nunca me apaixonaria
Mas hoje sei que até o inferno iria
Para podermos ficarmos juntos...
Você precisa saber,
Se ainda não entendeu,
Eu quero você, só você para todo o sempre...
Porém se isso não a convencer,
Deixe-me mostrá-la agora que estou falando sério.

Um: você é como um sonho que se tornou realidade
Dois: só quero estar com você
Três: garota é evidente que você é a única pra mim
Quatro: repita os passos de 1 a 3
Cinco: e se apaixonará por mim
E se isso não acontecer
Então volte para o primeiro passo!

É tão incrível como as coisas acontecem sozinhas
Como um piscar de olhos, eu me apaixonei.
É tão estranha essa nova sensação,
É tão estranho o que você fez com o meu coração,
Bagunçou a minha mente
Deixou-me confuso,
Mudou-me simplesmente.
A inspiração voltou,
Mas você por mim ainda não se apaixonou...

Então te digo:
Não sei como,
Não sei o porquê,
Mas de uma hora pra outra,
Você passou a ser a razão do meu viver.
E agora estou te amando,
Sinto-me como uma criança,
Cuja vida a recém está começando...
Você chegou e trouxe uma vida nova
Me fez renascer,
Despertou-me do sonho,
E o tornou realidade,
E agora não sou nada sem você.
Porém se isso não a convencer,
Deixe-me mostrá-la agora que estou falando sério.

Um: você é como um sonho que se tornou realidade
Dois: só quero estar com você
Três: garota é evidente que você é a única pra mim
Quatro: repita os passos de 1 a 3
Cinco: e se apaixonará por mim
E se isso não acontecer
Então volte para o primeiro passo!

(Jonathas Hardy)

Agora por favor reparem no poema dele e na musica de
Ivete Sangalo e Brian Mcknight Back at one (tradução)

De Volta Ao Início

É inegável que devemos ficar juntos
É inacreditável como eu dizia que jamais me apaixonaria
Você precisa saber, se já não sabe como me sinto
Então deixe-me mostrá-lo agora que eu estou falando sério
Se todas as coisas, na hora certa, o tempo revelará
Sim...

(Refrão)
Um: você é como um sonho que se tornou realidade
Dois: só quero estar com você
Três: Garota, é evidente que você é a única pra mim
Quatro: repita os passos de 1 a 3
Cinco: e se apaixone por mim
Se algum dia eu achar que meu trabalho está terminado
Então voltarei para o primeiro passo

É tão incrível como as coisas acontecem sozinhas
É tudo emocionante quando você descobre do que se trata, ei
E é indesejável que nós fiquemos separados
Eu jamais teria ido muito longe
Pois você sabe que tem as chaves do meu coração

Um: você é como um sonho que se tornou realidade
Dois: só quero estar com você
Três: Garota, é evidente que você é a única pra mim
Quatro: repita os passos de 1 a 3
Cinco: e se apaixone por mim
Se algum dia eu achar que meu trabalho está terminado
Então voltarei para o primeiro passo

Diga adeus a escuridão da noite, eu vejo o sol se aproximando
Sinto-me como uma criança cuja vida está começando
Você chegou e trouxe uma vida nova
Para este meu coração solitário
Você me salvou bem na hora exata

Um: você é como um sonho que se tornou realidade
Dois: só quero estar com você
Três: Garota, é evidente que você é a única pra mim
Quatro: repita os passos de 1 a 3
Cinco: e se apaixone por mim
Se algum dia eu achar que meu trabalho está terminado
Então voltarei para o primeiro passo

Agora o outro email do dia quatro de Setembro

Sandra Ferreira enviou uma mensagem utilizando o formulário de contacto
http://www.poemas-de-amor.net/contact.

Boa tarde, dirijo me de novo a vocês, directores da pagina dos poemas,
porque não acho correcto o plagio, sendo assim passo a explicar, tem já
um tempo que vos disse que o escritor com o nick de Jonathas Hardy, estava
a praticar plagio, pois tinha a letra de uma musica e assinou como dele ,
falei vos do assunto ao qual me responderam , mas como tinha deixado um
comentário no tal dito poema o escritor apagou o, como tal não disse
mais nada , pois não tinha como o provar, agora a dias ao ler novamente um
escrito dele vi que ele continua a fazer o mesmo , vou dar lhes um
exemplo.

Music, Bet on It Na, na voz de, High School…

Aposte Nisso

Todos estão sempre falando de mim
Todos estão tentando entrar na minha cabeça
Eu quero escutar meu próprio coração
Eu necessito contar comigo ao invés

Alguma vez...
Se perdeu para conseguir o que você quer?
Alguma vez...
Entrou em uma e quis cair fora?
Alguma vez...
Afastou quem você deveria ter mantido próximo?
Alguma vez deixou acontecer?
Alguma vez deixou de saber?

Eu não vou parar, esse é quem eu sou
Vou dar tudo o que tenho, esse é meu plano
Eu vou achar o que eu perdi?
Você sabe que você pode
Aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso (aposte em mim)

Eu quero fazer isso direito, é o único jeito
Para fazer minha vida mudar, hoje é o dia
Eu sou o tipo de cara que não fala da boca pra fora?
Aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso

Como eu saberei se um caminho melhor já foi tomado?
Eu devo questionar cada movimento que faço?
Com tudo o que eu perdi meu coração está partido
Eu não quero cometer o mesmo erro

Alguma vez...
Duvidou que seu sonho se realizaria?
Alguma vez...
Culpou o mundo mas nunca culpou a si mesmo?
Eu nunca...
Tentarei viver uma mentira outra vez
Eu não quero ganhar este jogo se eu não puder jogá-lo da minha maneira

Eu não vou parar, esse é quem eu sou (Quem eu sou)
Vou dar tudo o que tenho, esse é meu plano (É o meu plano)
Eu vou achar o que eu perdi?
Você sabe que você pode (Você sabe que você pode)
Aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso (aposte em mim)

Eu quero fazer isso direito, é o único jeito
Para fazer minha vida mudar, hoje é o dia
Eu sou o tipo de cara que não fala da boca pra fora?
Aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso

Oh... Mantenha-se de pé!
Me dê tempo para pensar
Enterre essa história
Vou trabalhar no meu jogo
Vou fazer do meu jeito
Oh... Mantenha-se de pé!

Não é nada bom
Ver você mesmo e não reconhecer seu rosto
Fora de mim mesmo, é como um lugar assustador (Ohh)
As respostas estão dentro de mim
Tudo o que eu tenho que fazer é acreditar

Eu não vou parar
Não vou parar até ter minha jogada
Esse é quem eu sou
Esse é o meu plano
Eu vou acabar no topo?
Você pode, aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso
Você pode, aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso (aposte
em mim)

Eu quero fazer isso direito, é o único jeito
Para fazer minha vida mudar, hoje é o dia
Eu sou o tipo de cara que não fala da boca pra fora?
Aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso, aposte nisso
Você pode apostar em mim.

Agora o poema dele...

Alguma Vez...
Quarta, 16/01/2008 - 15:27 — Jonathas Hardy

Se perdeu para conseguir o que você quer?
Alguma vez...
Entrou em uma e quis cair fora?
Alguma vez...
Afastou quem você deveria ter mantido próximo?
Alguma vez deixou acontecer?
Alguma vez deixou de saber?
Alguma vez...
Duvidou que seu sonho se realizaria?
Alguma vez...
Culpou o mundo, mas nunca culpou a si mesmo?
Eu nunca...
Como eu saberei se o melhor caminho já não foi tomado?
Eu devo questionar cada movimento que faço?
Com tudo o que eu perdi meu coração está partido
Eu não quero cometer o mesmo erro
Eu quero fazer isso direito, é o único jeito
Para fazer minha vida mudar, hoje é o dia
Todos estão sempre falando de mim
Todos estão tentando entrar na minha cabeça
Eu quero escutar meu próprio coração
Eu necessito contar comigo ao invés
De deixar os outros tomarem conta de mim
Preciso seguir e ser quem eu sou
Não dá mais pra fingir, que o tempo não passou
Vou ser do jeito que eu sou
Agora é só eu e meus sonhos.
Não posso dizer que nunca mais
Eu tive grandes sonhos,
Mas já deixei tantos para trás?!
Um a mais, um a menos
Não faz diferença
Porém,
Agora eu quero o que eu sonhei
Um sonho pra vida toda,
E esse não tem erro
Vou correr atrás, não vou perder as oportunidades
Dói demais olhar e ver
Que eu nunca tentei
Eu sou o tipo de cara que não fala da boca pra fora
Por isso te digo:
Te Amo!
Hoje mais do que ontem,
E amanhã mais do que nunca!

Fico assim aguardar uma atitude da vossa parte, visto a dias ter vos
enviado outra prova com outro poema dele, não querendo julgar, creio que
todos os poemas são de musicas, sem mais de momento, atentamente.
Sandra Ferreira.

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