Queixa

Foto de Carmen Lúcia

Sou...e não sou

Sou arredia, um bicho acuado,
Que foge de carinho por não ser acostumado.
Sou o escárnio, o sarcasmo, o pútrido,
A queixa a se manifestar no púlpito.

Sou a esquina úmida e vazia,
A conseqüência da noite de euforia...
Sou o rio que nunca chega ao mar
E morre na praia sem saber amar.

Sou a dor que pulsa quando o amor se vai...
E a lágrima triste que rola e se esvai,
Sou o incesto que não foi amado
E o mistério jamais revelado.

Sou a tempestade que o barco afunda
O fantasma que surge da penumbra...
Da alma, a amargura...
Da vida,a desventura...

Tijolo podre de uma construção
A desabar em qualquer ocasião...
Dependente...carente...mal amada,
E mais que isso...Sou nada!

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

DESTINO.

DESTINO

A mãe natureza em tudo pensou...
A todos uniu a todos dotou...
E nos mais longínquos lugares...
A paz proporcionou!!!

Entre vales e caminhos...
Cada um procurou...
Traçou seu próprio destino...
E o amor semeou!!!

Cada um dos habitantes...
Uma historia criou...
E para todos semelhantes...
Um lugarzinho reservou!!!

Quem se queixa de seu destino...
É por que o do vizinho observou...
Mas fez mal para sua vida...
Quando de outra tarefa se apoderou!!!

Foto de Homem Martinho

A vida

Vida

A vida
Prega-nos tanta partida
E mesmo assim é linda,
Tão linda
Que merece ser vivida,
Por vezes difícil de compreender,
Outras ela própria incompreendida,
Mas assim digna de viver.
Quando a morte nos visita
Vemos como a vida é bonita,
E prometemos viver para viver,
Mas depressa voltamos a esquecer
E só quando nos sentimos morrer
É que voltamos a compreender
A beleza da vida.
Morremos pouco a pouco
Quando alguém nos deixa,
Parece-nos um mundo louco
Esboçamos um lamento, uma queixa
Mas não olhamos para nós,
Recusamos ouvir aquela voz
Que teima em dizer:
“Olha em redor e vê a vida,
Olha que em breve estarás de partida”.
E voltamos a prometer
Que iremos viver somente para viver,
Mas depressa nos esquecemos
E assim nos vamos até que morremos.
Morremos sem viver a vida
E esta era tão linda de ser vivida.
Mas preocupam-nos com pormenores,
Ignorámos o que parecia simples dores
Mas que eram afinal os despertadores
A chamar-nos para “A VIDA”.

Foto de elcio josé de moraes

RELANCE

Fico olhando
E não me canso de olhar sua beleza.
Voce é a parte principal da natureza.

Em teu semblante há tão somente singeleza.
Mulher, só vejo em voce brilho e pureza.
Teu sorriso fascinante é tua presa,
Que me prende, coisa linda, sem que veja.

E que apaixona outros tais, sem que perceba.
És mulher, toda atração da natureza.
Onde eu posso te encontrar, minha princesa?

Pra que eu possa lhe falar e me receba.
E quem sabe lhe beijar, se é que me deixa.
E eu acabe de uma vez com a minha queixa.

Escrito por ELCIO J.MORAES

Foto de Carlos eduardo S. Rocha

Voltar para casa

O copo na beira da mesa
O vazio profundo da alma
A distância prevalece na solidão
E o desejo não traz de volta

O beijo da ignorância
O ladrão de felicidade
A mulher que se queixa
Os segredos não se contam

A vidraça partida
O vinho derramado
E todos estão perdidos
Os venenos corromperam a vida

Foto de Taygra_lost_in_love

Triângulo amoroso

O relacionamento com parceiros comprometidos é, na maioria das vezes, uma perda de tempo.
Os seres humanos são dotados dos sentidos, entre outras razões, para ter preservada sua integridade física. Quanto aos riscos existenciais, sobretudo os que derivam de sentimentos amorosos, nem sempre se está aparelhado para percebê-los e lidar com eles.
O coração apaixonado costuma turvar o raciocínio, e leva a um distanciamento da realidade.
Uma mulher questiona o namorado, um homem casado, com o qual vem saindo há meses. Ele não se separa, diz ela, por não conseguir viver longe dos filhos pequenos. O importante nesta situação é que a mulher cujo parceiro está comprometido num casamento acredita em cada palavra que ele lhe diz.
A esposa sabe do "caso", segundo ele diz a ela, mas finge não acreditar. Não acreditando, ignora a situação e se desdobra, dedicando sua atenção aos filhos e ao marido. A amante sabe das restrições impostas pela situação daquele com quem decidiu se relacionar, e pensa que a esposa a ignora, ou finge ignorar o que está acontecendo, e a recrimina por isso. Esta, com a atenção voltada para os cuidados do lar e para sua profissão, sabe que o marido se sente um pouco abandonado.
Não fosse esta uma fase pela qual passam quase todos os casamentos, nos dias de hoje! E quando falo em "fase" quero dizer exatamente isso: um período difícil, em que marido e filhos esperam da esposa e mãe uma atenção total que lhes será negada por impossibilidade.
A namorada se esquece de que um homem apaixonado enfrenta todo tipo de obstáculos para realizar seu sonho de viver junto aquela sem a qual não consegue mais ser feliz. Certo. Existe o conflito. E a família esfacelada? E o trauma dos filhos? E a decepção da esposa? Mas em tempo de paixão, os questionamentos se apagam e o apaixonado faz o que todos costumam chamar de "loucura".
Separa-se. No caso em pauta, a queixa da namorada se refere ao que ela não consegue enxergar como bom senso da parte do amante. Seis meses se passaram, a paixão é intensa, ele lhe dá provas de amor mas não abandona o lar. Deseja, é possível, manter a confortável e, para ele, legítima situação: não precisar escolher entre as duas mulheres. Afinal, amor e sexo, amor e desejo, nem sempre andam juntos. E enquanto a mulher apaixonada não distingue amor de ardor sexual, o infiel, não raro, desenvolve um carinho especial por aquela que ele "engana". De rejeitado que se sente, passa à condição privilegiada de quem tem um segredo. E o gozo de viver o triângulo adquire um sabor inigualável. É interessante ressaltar que tudo se passa como num sonho: a realidade pouco interfere no que está sendo vivido.
Para o que não desfaz o casamento, a esposa é sempre frágil, é aquela que não suportaria uma separação, e sabe Deus o que poderia acontecer com ela se ele desse um corte naquele casamento! A namorada continua a investir nessa relação. Na maioria das vezes, acredita que é só uma questão de tempo. Tempo que não passa, pois as coisas continuam iguais.
E por maiores que sejam as evidências de que daquela mata não sairá coelho, a apaixonada, teimosa, inventa atenuantes que a apaziguam. A recusa em ser a "outra" vai arrefecendo.
Um outro gozo se sobrepõe aos delírios da paixão. O gozo de ser uma sofredora, aquela que suporta tudo, a que ama de verdade e que tudo faz por seu amor! Entre a paixão e a estabilidade do lar, o amante lhe diz, por atos, que não abre mão da segunda opção. E ela não entende.
O desejo de que as coisas correspondam ao que não passa de impressões impede, freqüentemente, uma avaliação objetiva do intrincado relacional em que se envolveu.
A mulher sem compromisso se vê enredada numa história em que a lógica da certeza, a mais perigosa de todas, passa a nortear suas escolhas. Não percebe, nesse caso, que em vez de estar construindo seu futuro, está tornando agradável a vida de um homem que dificilmente será o companheiro pelo qual, no fundo, anseia. Prefere viver frustrada a lidar com o vazio que experimenta sem o companheiro compartilhado. E perde seu tempo.
Tay

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