Raios

Foto de Lu B.

Sonhos negros...

Ontem os mesmos sonhos aconteceram
As mesmas almas vestidas negras
Os mesmos traços de desespero

O mesmo homem sentado à janela a almejar pelos raios cálidos
A mesma menina no balanço à espera de canções melódicas
As mesmas pessoas a caminharem rumo ao desconhecido
Os mesmos mendigos a espera do tão esperado ensejo
As mesmas damas a espera de sua outra metade
Lágrimas no chão, sorrisos de solidão pairavam sobre a cidade perdida
Escombros, rios oriundos, cegas águias num crocitar agonizante
Dores econdidas por baixo de longos panos
E lá estava eu, perdida por dentre o palpitar quase atestando o falecer daquela gente
Num dia que seria lembrado como o dia das lágrimas negras em gritos ensurdecedores por pessoas que não tiveram a mesma sorte que eu,
Por não estarem em um sonho como o meu
Sim... Um sonho

Foto de Juli Lima

Amor-Paixão!!!

A Lua
Eu
Você
E o Amor

Inspiração
Sou-me
Banhada
Por azuis-raios

A Lua
que ao longe
faz-se presente
Incita minh'Alma

Sonhos
Reedita
Revela
Anseios

Encantando
Reimplanta
No coração
A sedução

Eu
Ser
Buscante
Desejante

Você
Idealizado
Intenso
Envolvente

Ei e Você
Cúmplices de Eros
Reinventamos
Radicais vôos

Extasiados
Sobrevoamos
Mares de emoções
Resgatando sentires

Pulsantes
Reexploramos
Na incorporalidade
Pujantes sensações

Unos
Ressonantes
Explodimos
Com paixão

Prazer
Gozo
Explicitamos
Na comunhão

E o AMOR
Atemporal
Presente
De Eros

Sentimento
Latente
Ontem
Semente

Hoje
Germina
Ilumina
Perfuma

Floresce
Enfeitiçando
Excitando
Sentidos

Descortinando
Horizontes
Arrebatando
Almas flamejantes

Assenhora-se
Dos olhares
E revela-se
Amor-Paixão!!!

PS - Você já viveu
um Amor-Paixão?

Foto de Fernanda Daniela

Sonhos

Eu tenho um Amor
Que por masi perfeito que seja
Não é completo nem é Belo
É como dia chuvoso e com raios
Que derruba tudo que vê pela frente.
Esse Amor... se perdeu de mim
Longe está dos meus carinhos
não há barreiras maiores do que as postas
Por ele...
Não há magia que faça
Com que olhe à volta
Com que veja a torre onde estou...
Nem que o meu amor é Eterno
Mas frágil, não cresce em terreno árido
Não pode obrigar a amar...
Fica só a distancia esperando
Sentindo... hibernando...
Torcendo para ser feliz, aquele que
Mesmo sem imaginar,Mata a cada dia
Todo sentimento que eu tinha germinando.
Luto contra forças que me parecem indestrutíveis
Acordo assustada secando minhs lágrimas
Perdida entre o Mundo dos Sonhos e a Realidade.
E se tudo que eu sonho se realizar...
E se tudo que eu sonhar se concretizar...
Não sei se feliz ou triste meu coração ficará...
Não sei se conseguirei lutar contra os fantasmas
Que teiman em reinar no meu coração...

Foto de Mitchell Pinheiro

Completamente tentado

Quando o sono acaba
Quando desperta o coração
Raios solares passam pela fresta do telhado
O semblante exposto a nictação
Fico a sonhar acordado
Cama folgada coração apertado
Uma pessoa muito visada
Ausente do meu lado
Ausente por mim estar ausente
Ausente por mim não ir em frente
Obstinado sem tentar
Um amante renegando o amar
Um amor que não pode ser remanejado
Um destino que não pode ser mudado
Um romance tão afirmável
Tão motivador, tão aplicável
Tão difícil de falar
Tão redito no pensar.

Foto de Fernanda Daniela

Me Pergunto

As vezes me pergunto
Onde andará a minha força
A minha vontade
A minha luz...

Procuro dentro de mim
E não acho
Ou finjo não achar
Escondo

E seu eu não for
Aquilo que pensam
Aquele ser especial
E se eu o decepcionar
Tenho medo

Grande protetora
Senhora dos Meus Dias
Grande Lua Prateada
Ilumine com seus raios
A escuridão da minha Vida

Me ajude a enxergar dentro de mim
A verdadeira Bruxa
A verdadeira Fada
O verdadeiro Ser...
Me ajude a Encontrar

A mim mesma!!

Foto de Fernanda Daniela

Tempestade

E meu ser não sabe se prefere
Os dias ensolarados e alegres...
Ou os dias chuvosos e cinzas...
A negra noite toma conta de mim...

Encontro meu abrigo,
Na mais forte tempestade...
E estou só...
Os raios e trovões... me levam para casa...

Longe daqui.. nesse lugar só meu
Longe de mim mesma.. encontro o caminho...
Longe de tudo, encontro o sentido...
Longe daqui ainda há vida.

Tão perto quanto o céu...
O oceano cresece dentro de mim...
As nuvens negras e cinzentas
Tomam conta de mim e eu durmo....

Acordo com o som ao longe
Estrondos e clarões...
A tempestade está vindo...
E eu não estou preparada para ela...

Corro e sinto as gotas e chuva
Molhando meu rosto, misturadas as minhas lágrimas
Onde está meu abrigo??? Minha proteção?
Estou sozinha.. e a tempestade cada vez mais forte...

Foto de MARTE

REFLEXÃO DE SENTIMENTOS

Senti a madrugada chegar,
Em raios de luar morno,
Cintilante neste imenso mar,
Tendo o horizonte como contorno!
Senti o meu coração a ficar,
Eufórico no seu ser,
A querer avançar,
Na razão do meu viver!
Fui sentindo o mundo,
Num olhar do momento,
Penetrante bem fundo,
Dentro do meu sentimento!
Olhei o horizonte a sorrir,
Reflectido num ponto cardeal,
Uma estrela a partir,
Na melodia do despertar matinal!
Vislumbrei brancas espumas no mar
Que neste areal vieram desaguar,
Melodias que me fizerão lembrar,
Todo o brilho do teu olhar!
Foram momentos nesta noite de luar,
Vividos no fim da madrugada,
Em que senti no teu olhar,
A reflexão da luz prateada!

Foto de solidão

Minha Despedida

Hoje as nuvens estão chorando,
Raios e trovões clarem o céu escuro, cinzento
Momento triste para uma triste despedida.
Quero me despedir com lágrimas de frases e palavras
Não quero mais que habite em mim essa pessoa chamada "poeta", que escreve não sei o que e nem sei o por que, mas que me fez em muitas noites dominando a mão, passar para uma folha em branco sentimentos inexplicáveis que sinto por você.
Acreditei no amor, porém penso que ele agora é apenas mais uma lenda, mito, uma história de terror onde existe as mortes mais sangrentas e o que agora sangra é o meu coração.
Dessa vez não quero que me peçam para que fique, pois já fiquei e me machucaram, mas talvez se você novamente pedir posso continuar aqui.
Um dia poderei voltar, mas hoje preciso partir junto com a "poeta" solidão, partiremos sem rumo, sem destino, tendo a certeza de que te amo e que se abrires novamente a porta de teu peito estarei disposta a retornar, mas a "poeta" não mais.
Existe uma ferida que não enxergo e a sua dor me faz gritar insaciavelmente.
Hoje quero me despedir dessa "poeta" que olha além do horizonte, que escuta a sua voz no cantar dos pássaros, que te ama mesmo sem saber explicar o que é amor.
Hoje quero respirar fundo e transmitir a minha fortaleza, mesmo ainda sendo uma menina ingênua, insegura, sem forças para te trazer para perto.
Não quero ser radical com minhas novas atitudes, a radicalidade nunca fez parte de minhas qualidades.
Poderia escrever essas minhas ultimas palavras através de um soneto, simetrificado, com rimados versos, mas poetar não é escutar lindos sons e visualizar perfeitas estruturas.
Tive o meu andar despreocupado em uma manhã de domingo, mas nessa minha despedida darei um passo após outro, pisarei firme mesmo com as pernas fracas.
Não direi as palavras que foram silenciadas.
Não direi aqui palavras ofensivas, de sofrimento já é o suficiente o que sinto.
Não quero novos amores, posso ser amada por milhares, mas apenas a ti darei o amor que tenho e que descobrir com a sua pessoa em minha vida.
Te darei os meus sentimentos mesmo não estando mais ao meu lado.
Hoje quero me despedir da dolorosa despedida e se agora germina lágrimas em meus olhos é para ver o sorriso em seus lábios.
Adeus...

Foto de paulobocaslobito

Oceano Atlântico

Vénus alada
Seios azuis
Opalinas
Num espelho convexo
Que o orvalho
Escorre na noite
Entre os lábios da aurora.

Música de silêncio
Espaço na luz do equilibrio
Áspero, ascético, granítico
Cometa de pálpebras cerradas.

Sombras sobre um colóquio
Anjos no fundo do mar...
... Da eternidade.

Tentáculos, pólipos
Que asseguram
Na salgada cela
De "rotoras" anémonas
Sobre os agéis e sinuosos raios
Que a luz transforma
Em amor infinito...
E no meu corpo
Se fazem em calmaria...

De repente, de repente...
Pranto.

De repente, de repente...
O espanto!

De repente a bruma,
Meu amigo próximo
Na vida uma aventura,
Que a paixão degolou
Em espuma...
Desfazendo-se na última chama:
... O esquecimento.

Paulo Martins

Foto de paulobocaslobito

O grito da aflição

... Nem é má...
Nem é...
Esta ideia surgiu...
E abandonou-me.

Parou de chover...
Abriram-se os caminhos das cheias
Chegou a vitória
E as gentes cruzadas.

Perguntei-lhes nas barricadas
Se nas férreas-vias
Crescera erva daninha
Vicios e maldicência?

Ah
Mas todos partiram
Sem de mim ligarem
Se calhar
Tiveram medo
Medo!

E...
Assim me quedei
Morto nas horas do sul
Os meus restos falam
E os meus sonhos calam.

Sou a angustia
Que dói de ver
Sou soldado
Ao abandono.

Ninguem me ergue o olhar
De si
Nesta paisagem...
Todos fogem
De mim...

Choro
Ó choro
Choro por que me afliges
Porque partes a minha alma
Porque quebras a minha luz.

Porque me afliges assim?

Sou a angustia
Que dói de ver
E não mais te assim verei
Nas brisas fortuitas
Nem nas brisas prostituas
Dos meus sonhos.

Não...
Nem nas minhas ânsias
Proque me aflijo
Se partes?

Veio o sol
E o teu silencio
Embala-me.

A tua voz
É em mim
Uma ideia fingida
E faz-me navegar
Como um Apolo
Numa imensa lira de soar.

A tua voz
É a imensidão das sombras
Tristonhas
Que choram
Entre os prados
Murchos de cansar
Onde secou o teu olhar
E morreu o meu olhar.

Ah esta ideia aflitiva
De ver portos vazios
E sem navios...
Priva-me da razão
Que se acha finda.

Eis finda!
A calma ergue-se de novo
Sobre a saudade
E no abismo
Do alheamento
Os teus gestos
Não se apagam.

Não se apagam
Na minha alma ainda quente
Sou a angustia
Que dói de ver.

Ah o teu silencio
No meus seios oprimidos
E sem sentido.

Ah o teu silencio
No sonho de sermos
E não nos sermos mais.

Oh repiques de sinetas
De mim em delírios
Oh sinos
De mim aos desatinos.

O teu silencio é cego
É o sonho de te saber
... Tenho medo.

É medonho o teu silencio
De dito pelo fito
Do norte
Do sul
Da chuva
Do frio
Do destino
E da sorte...
Tenho medo.

És o meu desespero
Que não ignoro
Para não perde-lo
Porque no mundo
Assim aos sobressaltos
Me alevanto e caminho
Eu
Soldado ao abandono.

O teu silencio
É a minha cegueira
O meu sonho inerte
... Que aberto
Seria o mais belo
... Tão belo
Tão belo.

Não reparei nas horas
Que ainda cá estou
Nem o tempo que cá fiquei...
Calaram-se as tuas mãos
Sobre o meu peito
Murcharam os silencios de nós eleitos
E os meus sonhos
Não têm fim.

No ar os sorrisos gozam
O teu tédio
De me seres loucamente infinita
Ó soubessem
Soubessem nesse teu pueril horizonte
Quantas virtudes guardas
Ó soubessem!

Soubessem eles
No alheamento
E à força
Que em ti se erguem
Gementes
Crisântemos perfumados...
Soubessem!

Como me confunde o teu silencio
Como me desalegra
E ao mesmo tempo
Não existem no mesmo mundo
Sorrisos como os teus.

Ó é tarde
E a noite espreita
Arriscando-se a entrar.

Já não chove
E o céu
É imperfeito.

O céu bordado de nuvens
Anuncia mais um vendaval...

Estou triste!
A minha consciência está triste
Que raios é a minha consciência?
Que raios é
Se de ti não oiço preces
De amor
E és uma flor murcha
No meu pensamento
No meu peito
Que raios é a consciência?

Ah se fossemos um só...
Que tortura...
Sou medonho
Funesto nesta dor
Nesta unica dor
Que me dói!

Sou o cansaço
O meu ódio
Sem forças
Para te chorar.

O meu ódio corrompe a alma
De sentimentalismos
Como se uma nau desgovernada
Não achasse um bom porto
Para se acalmar
Para gritar
Berrar
Uma glória
Numa só bandeira
Duma só bandeira...
Vitória!

Ah mas eu sou a própria alma
Para além dos sonhos
Num porto
Sem navios.
E não sei se sou do norte
Ou do sul...

O teu silencio faz-me chorar
E gozam as virgens o meu tédio
Ó soubessem elas!

Soubessem elas a tua morte
..... Sim.......
..... Salva-me meu amor...
Da furia da minha ira.

Salva-me
Dos homens
Da dor
Da fome e da guerra
Leva-me contigo
Não sei viver sem ti
Minha amada.
Mostra-me o caminho
Que farei sozinho
... Salva-me.

Não me abandones nesse teu silencio
Que na hora da morte
... É morto
E eu já não sou quem era
Salva-me.

Soubessem elas
Não
Não, não
Não...................................
........................................
........................................
Porquê?
Que estranha é a alma.

Esse teu silencio
Deposto em meu peito
De sonhos aflitivo
E é morto
No infinito
E é sombrio
E é o sonho
Que se ergue
Como um muro
Na calma
Por dentro da alma
Que no fundo
Arde
Na vida que passa
E não sei quem eu sonho
Mas a vida passa.

E entra em mim
E passa
E ilumina-se
Em cada vela acesa
Purissima como o fogo
Que bate e aquece a vidraça
Para logo ouvir a chuva
Da chuva em vida
E no seu esplendor.

Que pena não poder
Através da janela
Olhar a chuva que cai sobre o meu altar
Num canto de coro latino
Que se sente chorar
Se não houver choros.

E passa o teu nome como um padre
Esta missa serena
Onde encontrar-te
É perder-me nos teus braços.

Apagaram-se as luzes
É o fim
E de repente
Escureceu!

O tempo é um abismo
Em hoje ser um dia triste
E nele te escrevo versos
Com esta pena
Que em todo o meu ser se esmaga
Numa infinita tortura
Ao som da tinta e do tinteiro
Onde o rejubilar do papel
É feliz.

E
Por onde escrevo
Os nossos olhares
Se cruzam.

E
Surge imensa a alegria
Difusa de mim...
Penso...
Tudo para...
Surges-me
Ao longe
Sobre os meus olhos fechados
Dentro de mim.

... Alguém sacode esta hora
Invadindo-nos de prazer
E sob os meus dedos
As minhas mãos
São vazias
E tristes na música que corre
Estamos em todos os lugares
Sorrio...
Pois esqueço-me das horas
E eu sou a própria alma
Para além dos sonhos.

Paulo Martins

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