Rios

Foto de Carmen Lúcia

Corrida insana

Da janela semiaberta observo a vida
acelerada, apressada, incontida...
Em movimento cíclico
voltando sempre ao ponto de partida
pra de novo recomeçar...
sem saber onde chegar,
sem saber como parar,
onde parar...

Passos incertos conduzem as pessoas
num vaivém desnorteado, descompensado...
A incerteza do caminho as levam a perambular,
vontade insana de chegar...
Em desalinho procuram uma porta,
ansiedade é o que se vê em cada olhar,
entre tropeços e arremessos elas se trombam,
mas não importa,
sonham chegar em primeiro lugar...

Nessa corrida cega e obsessiva
regada à ambição desmedida
desprezam paisagens significativas,
o belo em cada canto contido,
as cores pintadas pela primavera,
flores que sempre estão a nossa espera...
Canções entoadas pelos rios,
a relva que seus pés acaricia,
mas seguem em frente sem se importar,
sem ver o pôr do sol, tampouco o amanhecer,
indo sempre em desencontro ao amor,
sem dar a ele o mínimo valor...

Queimam as etapas mais bonitas da vida
numa competição desenfreada e descabida
sem tempo de parar e observar,
sem tempo de se render e absorver...
Sem nunca amenizar essa corrida,
sem perceber o real sentido da vida...

_Carmen Lúcia_

Foto de Lidia Lima de Oliveira Soares

Que amor é este

Que amor é esse, que faz sorrir e faz tão feliz,
Faz-me atravessar rios e montanhas prá te ver.
Que amor é esse, que saio todas as noites,
Como uma gaivota nuns voos rasantes

Que estão sempre a minha espera...

Que amor é esse que me faz correr,
Ter pressa de viver,
Faz-me feliz, quando ouço.
Sua voz e me faz tremer nas bases, RSS.

Que amor é esse que eu estando lavando louça,
Lembro-me da sua empregada,
Sua máquina de lavar,
E rio sozinha comigo mesma... RSS
Que amor é esse que deixo as faxinas para sexta,
Porque quero te ver no sábado.

Que loucura é essa,
De correr da escola só prá ver o teu sorriso
Que amor é esse que brinca comigo,
Puxa meu cabelo,
Como um adolescente da infância,
Quando rouba um beijo da coleguinha... só prá chamar a atenção rss
Que amor é esse que me faz, falar de mim,
Sem medo de ser feliz?

Que amor é esse que faz os meus
Sentimentos mais nobres brotar,
Em versos e canções intermináveis,
Que só eu e você sabemos ler...

Ah que amor e esse que me tira do chão,
E faz voar voos rasantes, cada vez mais altos...
Esse é o meu amor... Esse é o teu amor,
Esse é o nosso amor louco de amigos,
Que só eu e você entendemos. RSS

Lídia Lima de O. Soares

Foto de Carmen Lúcia

Babilônia

Difícil conviver imune de pecados
ou conviver, simplesmente,
em meio a essa Babilônia que se espelha
e se prostra a minha frente
tentando dominar corpo e mente,
impondo um sol brilhante, ilusório,
que cega e se apaga de repente
priorizando decretos humanos
acima dos humanamente divinos...

Desfilando por tortuosos caminhos
uma verdade anacrônica, desgastada,
deteriorando-se passo a passo
num confronto irreversível com meu tempo,
com o que penso, com o que faço...

Vestes escarlates e púrpuras bailam
convidando para uma dança sensual
onde a razão e o bom senso
se desequilibram nesse ritual
e se afastam dos princípios certos da moral.
Impossível beber do cálice sagrado
e conciliá-lo ao pecado mortal.

Procuro outros jardins que não sejam os da Babilônia,
onde as sementes plantadas gerem frutos do bem,
onde a vida transcorra simples como os rios,
embora chorem o que o homem deflora
maculando suas águas límpidas que cristianizam
navegadas pelo amor, luz e serenidade
numa trajetória imaculada.

_Carmen Lúcia_

Carmen Lúcia Carvalho de Souza
19/01/2011

Foto de poetisando

Natureza

Como é bela a natureza
Com suas serras e montes
Os rios correndo nos vales
A água jorrando das fontes
Com as suas planícies
Cobertas de lindas flores
Esvoaçando ao sabor do vento
Parecem chamar seus amores
Com seus montes floridos
De alecrim e rosmaninho
Onde as mais diversas aves
Vão fazer os seus ninhos
Toda ela é uma beleza
Sem haver outra igual
Que bela é a natureza
Deste nosso Portugal
Não conheço outra paisagem
Com a sua fauna variada
Desde a raposa ao chapim
Como é bela a natureza
Não há outra coisa assim
Como é que o homem tem
Coragem de a destruir
Quando devia tratar dela
Para melhor a poder usufruir
É ela que nos purifica o ar
Que todos nós respiramos
Dá cor às lindas paisagens
Que nós tanto apreciamos

De: António Candeias

Foto de Maria silvania dos santos

Flor do amor...

Flor do amor...

_ Sinto que em meu coração a flor do amor desabrochou...
Um amor devassador!..
Minha cesta já não está vazia, está sobrecarregada pelo amor que contagia...
Pela luz Divina que me guia, minha tristeza foi-se embora pelos rios...
Lágrima secada, substituída por sorriso, sorriso que era pálidos ganhou brilho, minh alma ganhou vida...
Sinto-me agora com minh alma confortada, uma criatura super-abençoada...
Com a marca da alegria estou marcada, distribuindo amor, vou seguir minha jornada, a tristeza faz parte do passado e todas serão pagada...
No dia em que a flor do amor em meu coração desabrochou, um sorriso em meu rosto espalhou...
O seu brilhos é tão intenso que a minha vida brilhou...

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de poetisando

Mãe natureza

Vamos falar com a mãe natureza
Saber o mal e o mais o que ela tem
Tratar bem das suas mazelas
Porque é dela que a vida vem
Se a mãe natureza adoecer
A nossa vida não vai ser fácil
Ela nos purifica o ar e dá-nos vida
Não a deixemos então morrer
É no meio da mãe natureza
Que encontramos a paz e harmonia
Vamos falar com ela com a nossa alma
E o coração todo ele bem aberto
Lembrando tudo o que de ela vem
Tudo quanto ela nos dá
Desde a água limpa dos rios
Ao ar que todos respiramos
Da fauna selvagem às flores
Tudo ela nos oferece e dá
Sem nos pedir quaisquer favores
Pudemos agradecer á nossa mãe natureza
Que apesar de a tratarmos tão mal
Tem sido para nós bem generosa
Vamos tratar dela com toda a nossa nobreza

De: António Candeias

Foto de Carmen Lúcia

O planeta chora

O planeta chora
Lágrimas de aço
Que caem sobre os rios
Formando um ciclo plúmbeo, sarcástico,
De dor e de ácido,
Subindo para as nuvens de plástico,
Poluição, fumaça, desgraça...
Num vaivém que nunca passa.

A terra seca se racha,
O que beber nunca acha...
Cicio de cigarras...
Tempo quente, o sol abrasa...
Novas enchentes vêm de repente,
Corpos emergem, cidades imergem,
As camadas de ozônio sequer protegem.

O mar se revolta, sem volta...
E ondas cinzentas, pusilânimes,
Transformam-se em tsunamis...
El Niño (Jesus Menino) roga por preservação,
Mas a ambição, a autodestruição,
Mantém o seu ritmo, num sádico delírio,
Desequilíbrio letal, desequilíbrio mental...

E o planeta chora o triste abandono;
É a lei do retorno...
Almas enlatadas antecipam o final.

_Carmen Lúcia_

Foto de carlosmustang

EVENTOS

Veja restos de desgostos
Talvez neste dia supremo
Tudo será extremo
Minha namorada de pés inchado

Olhando ao alto, esperançosa
Murmurando, em que rios encontra-se
Meu homem do Amanhã! Teórico
Encantado de boas intenções

Escondidinho, em meio a decepções
Involutus á acabar
Extremando o amor de amar

Homem farrapo, a vida o'que é
Alguém sentiu seu cheiro
Chorará sua derradeira passagem

Foto de Maria silvania dos santos

Onde todos disião sim senhor, sim senhora...

Onde todos disião sim senhor, sim senhora...

_ As vezes fico Me lembrando de antigamente, onde a pobresa era bem mais que hoje, o tempo que nosso banho era em bacia ou nos rios. Mas a inocencia sem duvida existia, era um tempo em que as crianças eram tão inocentes que acredita vão que os bebês eram trago pelo avião, que bastavam sentir uma dor de cabeça que o avião trazia o bebê, Nisto eu acreditava pois isto era o que minha sempre me dizia quando estava sentindo a dor do parto ...
Foi o tempo que o respeito eram mútuo para com todos, onde todos disião sim senhor, sim senhora...
Eram o tempo em que os nossos pais basta-vão olhar de olhar torto e já era suficiente para as crianças entenderem que algo estava errado.
As crianças eram tão simples que acredita-vão em tudo em que os nossos pais disião.
Foi o tempo em que as crianças acredita-vão de verdade em papai Noel.
Na cabeça das crianças tudo era fácil, como se fosse mágico.
Me lembro que quando eu tinha uns quatro para cinco anos , não me lembro bem a idade, mas sei que não passava de seis anos, minha mãe já preparada para me banhar, eu já sem minha roupa, senti vontade de ir ao banheiro, o qual não existia, e como não havia banheiro, tínhamos que ir ao mato.
E assim fiz eu, mas durante o tempo em que eu estava no mato, chegou um compadre de minha mãe, o qual ia ficar ali por um bom tempo, e sendo assim eu teria que volta para dentro de casa, mas como? Eu estava sem roupa.
Minha mãe passou me apressar, dizia que a agua iria esfriar e que ela iria me dar uma surra, a qual eu sabia que ela daria mesmo pois sempre acontecia.
Comecei a chorar e resolvi obedece-la pois meu medo foi maior que a vergonha.
Chorei , chorei, chorei pois estava irritada por minha mãe fazer-me voltar sem roupa perto daquele homem, mas eu estava chorando muito e minha mãe irritou com isto, eu fui deitar-me e continuei chorar, e minha mãe já brava perguntou me já de arranque, porque está chorando? _ Eu, já com medo de tomar uma surra disse, estou com dor de cabeça.
Logo veio a minha imaginação, como eu gostava muito de bebês, imaginei, se eu começar a gritar, o avião pode trazer um bebê pra mim, ele já trouxe muitos para minha mãe, e comecei a gritar, ai, ai , estou com dor de cabeça, acaba eu ganhando um bebê,... ai, ai , estou com dor de cabeça, acaba eu ganhando um bebê. Mas estava demorando muito para o avião trazer o bebê e eu já não queria mais chorar, comecei chorar sem vontade, as vezes até esquecia de chorar e quando eu lembrava ,comessava d inovo chorar e gritar, ai, ai , estou com dor de cabeça, acaba eu ganhando um bebê, mas realmente eu não queria mais chorar e o avião não vinha, eu esquecia e parava de chorar, a minha mãe por que eu não sei, mas começou a dizer, é você não esta com dor de cabeça, você parou de chorar o avião não vai trazer o bebê desta vez, foi até que chegou uma amiguinha que eu gostava muito e perguntou por mim e eu ouvi, e na mesma hora eu esqueci de vez a dor de cabeça e fui brincar...
Maria silvania dos santos

Foto de Rosamares da Maia

Retalhos - Pedaços de Vida

Retalhos – Pedaços de Vida

A vida constrói-se assim:
Pequenos recortes de momentos,
Retalhos delicados e coloridos da alma,
Costurados em pedaços a bico de pena,
Arremata-se no encher surreal do pincel.
Das emendas, de cada uma delas, saltam poemas,
Melodias, cantos, lamentos e encantos.
Desenham-se personagens – sopro e anima.
A colcha cresce, desenrola-se em quadros,
Delineiam-se estampas simples de vidas,
Encaixados sem muito nexo ou explicação.
Amadurecem tracejados em tempo certo,
- Forma e sabedoria Divinas.
Dias que correm como rios, ora felizes,
Outros cinzentos em tempestade.
Retalhos, letras, telas e tintas,
Misturados no tempero de almas libertas.
A colcha de retalhos é absolutamente atemporal.
Está sempre quase pronta,
Mas, sempre e somente quase.
Esta é a sua magia, o seu mistério.
Como a vida retém e incorpora fragmentos.
Letras costuradas para agasalhar palavras.
De frente a lareira imaginária aquece,
Embala um inverno de sonhos,
Enquanto desfia-se o tecido da vida.

Rosamares da Maia – 31/07/2012
Inspiração do amigo David Queiroz

Para a série "Retalhos Pedaços de Vida"

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