Riso

Foto de Marta Peres

Velha Cruz Solitária

Velha Cruz Solitária

Sozinha na estrada por onde ando
Sempre encontro chorando, só e triste,
Esquecida na vida, a velha cruz solitária!

Na solidão vive dia e noite, dia após noite
Esquecida do mundo, sem alguém que por lá
Passe e pare levando um cadinho de flor,
uma oração a favor.

Quando o dia finda e a noite vem baixando,
Lá nas bandas da várzea funda, onde a cruz
Foi erguida, passarinho solitário canta e dança
Ao seu redor, deixando lindo o cenário.

Ao lusco-fusco, na penumbra das moitas,
piscam pirilampos ou vaga-lumes,
escondidos no ermo dos campos brincando
e beijando a cruz.

Ela, sozinha na ponta da estrada parece chorar,
Não há viva alma que acalente seu olhar,
Apenas borboletas coloridas, voláteis
Voando e enxugando as lagrimas teimando ficar.

O amor que busca esta cruz pequena,
Entre choros e penas, sofrimento atroz,
O gozo e o riso, seu sonho há de encontrar,
Numa rosa tristonha, nascida ao pé da cruz.

Marta Peres

Foto de Sirlei Passolongo

Por Você!

Por você
Chorei em segredo
Sufoquei meus medos
Em vão, senti você
Fugir entre meus dedos.

Por você
Esqueci de mim
Sonhos, deixei de lado
Lugares, não freqüentei
Só a você me dediquei
Você e você era sagrado
Agora, vejo você partir
Assim.

Por você
Escondi meu pranto
Fingi meu riso
Sufoquei meu grito
Agora, triste em meu canto
Chora meu peito aflito.

Por você
Fiz o impossível
Só queria ver seu sorriso
Doce e irresistível
Em vão... Você se foi
E levou tudo que era meu
De mim, já não mais sei
Apenas a solidão,
Lembrando o amor que
A gente fez.

(Sirlei L. Passolongo)
.

Foto de Carmen Vervloet

Missão do Poeta

Missão do Poeta

Saio desta ilha do egoísmo...
Me solto do chão
Pilotando meu avião...
Sustentação... Tração...
Levanto vôo!...
Sigo minha rota...
Desgarro-me da frota...
Busco meu universo...
Escrevo meu verso...
Vôo entre nuvens macias...
Sobrevôo terras vazias...
E alcanço as estrelas...
Onde encontro à luz...
Cumpro a missão
Que Deus me deu
Junto com o dom da vida...
Seco o pranto...
Trato a ferida...
Levo o encanto...
Colho a flor e ofereço...
Colho encantamentos...
Tiro as pedras do caminho...
Arranco os espinhos...
Deixo sempre um afago...
Espalho poeira dourada de carinhos...
Mesmo que pareça um visionário...
Mesmo que seja imenso o sofrimento
E vário...
Em cada coração solitário...
Passageiros do meu avião
No meio do turbilhão...
Tempestades de dor
E desamor...
Dôo... Dôo... Dôo...
Este amor infinito...
Tão bonito...
Guardado dentro de mim...
Mas que não é meu,
É seu...
É do mundo!...
Sentimento profundo
Que faz brotar o sorriso
Que se torna riso
E faz feliz quem tem coragem
De comigo voar
Na Companhia Versos de Amar!

Carmen Vervloet

Foto de Cecília Santos

VÍDEO POEMA (CINZAS AO VENTO)

CINZAS AO VENTO

Pedra Grande, a cidade inteira, a seus pés,
Vento cantando, e o sol intenso a brilhar.
E nesse recanto tranquilo, e mágico que a natureza criou.
Você se transformou, em milhões de pontos cintilantes.
Cada partícula de cinza, do que se transformou seu corpo,
Foi levado pelo vento, livre e solto pelo ar.
Nas asas transparentes, de um anjo lindo à voar.
E recebendo os raios do sol, ia se transformando.
Em milhares de borboletas coloridas, que voavam pelo céu.
Nesse lugar lindo e imenso, que quase se mistura ao céu.
Com certeza você, vai continuar a voar,
por entre as nuvens brancas de algodão.
Por entre as pedras esculpidas, pelo força da chuva, e do vento,
Vai cantar e dançar, com a brisa leve, e perfumada.
Fará parte do dia, da noite, do sol, e será arco-íris colorido.
Depois que a chuva cair, como uma gigante gota transparente,
Flores nascerão por entre as pedras.
E a vida vai permanecer, sobre esses rochedos.
Assim como as ervas daninhas, e as flores, você também viverá.
Pois o espírito não morre nunca, é eterno.
E no espaço, e no tempo, você se eternizou.
Reluzirá em cada raio do sol, todos os dias.
E cada estrela do céu, terá o seu brilho.
A brisa será leve, e perfumada como seu riso.
As chuvas que cairem, serão suas lágrimas,
que apagará o pó, e aliviará a alma sofrida!
Você será isso, e muito mais...!
Você será a própria existência...!

Direitos reservados*
Cecília-Poema feito p/minha filha Fernanda em 10/04/07*

Agradeço à Fernanda Queiroz, que me presentou coma a elaboração
desse vídeo poema, no qual muito me emocionou.
Beijos a você querida amiga, te amo!
Cecília

Foto de Sonia Delsin

TEU CORAÇÃO, AMOR

TEU CORAÇÃO, AMOR

Teu coração é um ninho.
Tu és puro carinho.
No teu riso eu descanso.
No teu rosto sério eu penso.
Penso que minha vida ficou mais bonita.
Mais colorida.
Chegaste para mudar minha vida.
Vieste assim de leve.
Como um anjo de alvas asas.
Dizes.
Sou teu anjo guardião.
Dizes.
Te estendo a mão.
Eu sei.
Eu digo que sei.
Porque sei de fato.
Sinto tudo de bom ao teu lado.

Foto de Civana

Partiu (Vídeo-poema)

Meu segundo vídeo-poema. Poema Partiu com a música Ternura de Roberto Carlos, interpretada por Isabella Taviani.

Partiu

Acabou o encanto,
caiu, partiu e nem percebi.
Não sei quando começou,
o início do fim.
Era lindo, tinha som de risadas,
odor de tesão,
voz de esperança.
Cada dia crescia a ansiedade,
de ler algo carinhoso,
de rir sem parar,
de ouvir a voz novamente,
de conhecer finalmente.
Mas a luz está se apagando,
o riso chorando,
o tesão esfriando,
a esperança gritando,
a voz sufocando,
fim...

(Civana)

Foto de Civana

Partiu

Acabou o encanto,
caiu, partiu e nem percebi.
Não sei quando começou,
o início do fim.
Era lindo, tinha som de risadas,
odor de tesão,
voz de esperança.
Cada dia crescia a ansiedade,
de ler algo carinhoso,
de rir sem parar,
de ouvir a voz novamente,
de conhecer finalmente.
Mas a luz está se apagando,
o riso chorando,
o tesão esfriando,
a esperança gritando,
a voz sufocando,
fim...

(Civana)

OBS: Assistam também ao vídeo-poema: http://www.poemas-de-amor.net/blogues/civana/partiu_0

Foto de Cecília Santos

SEM DEIXAR A LÁGRIMA CAIR

SEM DEIXAR A LÁGRIMA CAIR
#
#
#
Jamais imaginei que um dia,
passaria por isso...
Achei que você era meu amor,
pra vida inteira.
Foi muito triste pra mim,
me deparar sem sua presença.
Foi inacreditável pra mim,
quando você partiu...
Quando tive a certeza absoluta,
que você não mais voltaria.
Me tornei triste, solitária.
Não sabia o que falar, nem o
que explicar pro meu coração.
Eu tinha consciência do que ele era,
quando sentia o amor.
Agora com sua ausência, ele só
sente a dor.
Como convencer ele, de que em seu
lugar só a saudade ficou!
Como lhe ensinar a chorar, sem deixar
a lágrima cair!
Como voltar a sorrir!
Como voltar a viver!
Se você era o riso da minha vida.
O motivo do meu viver?

Direitos reservados*
Cecília-SP/08/2007*

Foto de Fernanda Queiroz

Lembrar, é poder viver de novo.

Lembranças que trás ainda mais recordação, deixando um soluço em nossos corações.
Lembranças de minhas chupetas, eram tantas, todas coloridas.
Não me bastava uma para sugar, sempre carregava mais duas, três, nas mãos, talvez para que elas não sentissem saudades de mim, ou eu em minha infinita insegurança já persistia que era chegado o momento delas partirem.
Meu pai me aconselhou a plantá-las junto aos pés de rosas no jardim, por onde nasceriam lindos pés de chupetas coloridas, que seria sempre ornamentação.
Mas, nem mesmo a visão de um lindo e colorido pé de chupetas, venceram a imposição de vê-las soterradas, coibidas da liberdade.
Pensei no lago, poderiam ser mais que ornamento, poderia servir aos peixinhos, nas cores em profusão, mesmo sem ser alimentação, prismaria pela diversão.
Já com cinco anos, em um domingo depois da missa, com a coração tão apertadas quanto, estava todas elas embrulhadas no meu pequenino lenço que revestia meus cabelos do sol forte do verão, sentamos no barco, papai e eu e fomos até o centro do lago, onde deveria se concentrar a maior parte da família aquática, que muitas vezes em tuas brincadeiras familiar, ultrapassavam a margem, como se este fosse exatamente o palco da festa.
Ainda posso sentir minhas mãos tateando a matéria plástica, companheira e amiga de todos os dias, que para provar que existia, deixaram minha fileira de dentinhos, arrebitadinhos.
Razão óbvia pela qual gominhas coloridas enfeitaram minha adolescência de uma forma muito diferente, onde fios de metal era a mordaça que impunha restrição e decorava o riso, como uma cerca eletrificada, sem a placa “Perigo”.
O sol forte impôs urgência, e por mais que eu pensasse que elas ficariam bem, não conseguia imaginar como eu ficaria sem elas.
A voz terna e suave de papai, que sempre me inspirava confiança e bondade, como um afago nas mãos, preencheu minha mente, onde a coragem habitou e minhas mãos pequeninas, tremulas, deixaram que elas escorregassem, a caminho de teu novo lar.
Eram tantas... de todas as cores, eu gostava de segura-las as mãos alem de poder sentir teu paladar, era como se sempre poderia ter mais e mais ás mãos, sem medos ou receios de um dia não encontrá-las.
Papai quieto assistia meu marasmo em depositá-las na água de cor amarelada pelas chuvas do verão.
Despejadas na saia rodada de meu vestido, elas pareciam quietas demais, como se estivessem imaginando qual seria a próxima e a próxima e a próxima, e eu indecisa tentava ser justa, depositando primeiro as mais gasta, que já havia passado mais tempo comigo, mesmo que isto não me trouxesse conforto algum, eram as minhas chupetas, minhas fiéis escuderias dos tantos momentos que partilhamos, das tantas noites de tempestade, onde o vento açoitava fortes as árvores, os trovões ecoavam ensurdecedores, quando a casa toda dormia, e eu as tinha como companhia.
Pude sentir papai colocar teu grande chapéu de couro sobre minha cabeça para me protegendo sol forte, ficava olhando o remo, como se cada detalhe fosse de suprema importância, mas nós dois sabíamos que ele esperava pacientemente que se cumprisse à decisão gigante, que tua Pekena, (como ele me chamava carinhosamente) e grande garota.
Mesmo que fosse difícil e demorado, ele sabia que eu cumpriria com minha palavra, em deixar definitivamente as chupetas que me acompanharam por cinco felizes anos.
Por onde eu as deixava elas continuavam flutuantes, na seqüência da trajetória leve do barco, se distanciavam um pouco, mas não o suficiente para eu perdê-las de vista.
Só me restava entre os dedinhos suados, a amarelinha de florzinha lilás, não era a mais recente, mas sem duvida alguma minha preferida, aquela que eu sempre achava primeiro quando todas outras pareciam estar brincando de pique - esconde.
Deixei que minha mão a acompanhasse, senti a água fresca e turva que em contraste ao sol forte parecia um bálsamo em repouso, senti que ela se desprendia de meus dedos e como as outras, ganhava dimensão no espaço que nos separava.
O remo acentuava a uniformes e fortes gestos de encontro às águas, e como pontinhos coloridos elas foram se perdendo na visão, sem que eu pudesse ter certeza que ela faria do fundo do lago, junto a milhões de peixinhos coloridos tua nova residência.
Sabia que papai me observava atentamente, casa gesto, cada movimento, eu não iria chorar, eu sempre queria ser forte como o papai, como aqueles braços que agora me levantava e depositava em teu colo, trazendo minhas mãozinhas para se juntar ás tuas em volta do remo, onde teu rosto bem barbeado e bonito acariciava meus cabelos que impregnados de gotículas de suor grudava na face, debaixo daquele chapéu enorme.
Foi assim que chegamos na trilha que nos daria acesso mais fácil para retornar para casa, sem ter que percorrer mais meio milha até o embarcadouro da fazenda.
Muito tempo se passou, eu voltei muitas e muitas vezes pela beira do rio, ou simplesmente me assustava e voltava completamente ao deparar com algo colorido boiando nas águas daquela nascente tão amada, por onde passei minha infância.
Nunca chorei, foi um momento de uma difícil decisão, e por mais que eu tentasse mudar, era o único caminho a seguir, aprendi isto com meu pai, metas identificadas, metas tomadas, mesmo que pudesse doer, sempre seria melhor ser coerente e persistente, adiar só nos levaria a prolongar decisões que poderia com o passar do tempo, nos machucar ainda mais.
Também nunca tocamos no assunto, daquela manhã de sol forte, onde a amizade e coragem prevaleceram, nasceu uma frase... uma frase que me acompanhou por toda minha adolescência, que era uma forma delicada de papai perguntar se eu estava triste, uma frase que mais forte que os trovões em noites de tempestade, desliza suava pelos meus ouvidos em um som forte de uma voz que carinhosamente dava conotação a uma indagação... sempre que eu chegava de cabeça baixa, sandálias pelas mãos e calça arregaçada á altura do joelho... Procurando pelas chupetas, Pekena?

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

**Texto não concorrendo.**

Foto de Carmen Vervloet

AMOR ANDARILHO

Amor Andarilho

Sou perfume... Sou flor...
Sou poesia... Sou cor...
Poetizo... Dou alento...
Valorizo o riso...
Eternizo sentimentos...
A alegria, concretizo...
Nos descaminhos da vida
Transformo em sorriso a dor...

Sou o desabrochar delicado
De rosa branca... Anacarado...
Sou a paz que alivia...
Sou luz e sou magia...
Sou gerador de emoção...
Na nascente do coração...
E me esparramo pela terra...
Subo ladeiras e serras...
E entre sulcos escorro...
Deixando a minha trilha...
Que como o sol... Brilha...
E ilumina outros caminhos...
Entre afagos e carinhos...

Mas sou o rochedo...
Sólido... Resistente...
Não tremo por medo...
E me faço presente...
E recebo o vendaval... Paciente...
E do alto do meu cume...
Junto ao meu perfume...
Lanço um olhar...
Que segura o que vai desabar...
E lanço no mar
A minha jangada
E vou machucando
O silêncio da madrugada
Conjugando bem alto
O verbo amar...
Contra as ondas a remar...

E assim vou vagueando
Pelas curvas do tempo
Deixando meu sentimento
Nas ruas... Nas esquinas...
Longe e perto...
Em terra fértil... No deserto...
Sou o amor andarilho
E com meu brilho
Teço pétalas de felicidade...
Vislumbres da eternidade!...

Carmen Vervloet

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