Rotina

Foto de Emilayne Cristhina

Quero acordar em mais um dia de sol.

Queria acordar em mais um dia de sol, onde tudo são flores.
Onde não ha tristeza, dor ou pranto.
Tudo isso ja se passou, foi mais um sonho!
Agora sou eu e o nada, sozinha na estrada, no breu ouço os meus passos, o vento sussura em meu ouvido e o escuro me domina, preciso acordar ja é cedo, o começo de uma nova rotina.
Há que saudade daquele dia de sol.
Queria voltar a ser criança, brincar sem responsabilidades, passar horas me sujando no barro, entrar para dentro de casa e ouvir as cantigas da mamãe enquanto está a cozinhar.
Tomar um banho de chuva e sentir o cheiro da terra molhada, sentar embaixo da mangueira e me lambuzar. Depois do banho, aquela comida caseira e na cama as cantigas de ninar e o papai a acompanhar.
Hoje, preciso me libertar desse túnel sem luz pra iluminar, dessa vida amargurada que levo sem ter com quem contar.
Meu objetivo? ultrapassar limites, vencer barreiras.
Ser como um passaro que vive livre para voar, perto do sol, junto ao vento e perto do mar.
Voltar a ver aquele dia de sol, onde tudo são flores.

Foto de Nailde Barreto

"Dublê de mim".

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Dublê de mim

Novembro de um ano qualquer, manhã de um dia normal, marcado pelas cenas ousadas, pré-meditadas, calculado a rigor todo o risco para sair da rotina.
Então, de preto e lilás florido, decotado, dando forma às nuances das costas, caminhei para fora... E, o traço fino que delineava o meu olhar, ajudou disfarçar a ansiedade, fragilidade que fez o coração disparar. Mas, por entre a pequena multidão, ao longe, pude ver com precisão, a pinta preta, do lado esquerdo de uma face, até então, desconhecida!
Igual, diferente, surreal, loucura, pipoca sem sal, wisk puro com gelo, derrete a euforia – falsidade, simpatia – alegrando o momento, cujo efeito faz despir o corpo de um coração blindado.
Quem ouve falar, logo pensa: esse filme é lindo! Mas, basta refletir no contexto do emaranhado do novelo para entender que o principal é apenas um dublê de mim, de você. Principiantes, atuando numa trama com roteiro de palavras invisíveis...
Findou à tarde, adentrou a noite, e, o filme da vida real continua a ser produzido, mocinho e bandido, parte do sonho quebrado, e, mesmo blindado, coração pode ser violado, sem chave, segredo visível no seu olhar, preocupado!
Outrora, pensei que a felicidade pudesse acontecer...
Estranho a metafórica confusão, frases bonitas, paisagens, tudo lindo, afinidades, “feira-livre” de emoção. Terá sido isso, negócio de amor?
A priori, não há o que corrigir, pois, tudo agora é paisagem, pendurada na parede da sala, TV ligada, replay do filme, quer seja profissional ou amador, parte da vida que passou, entra em cena o dublê de mim, para não chorar e sufocar a dor.

Nailde Barreto.
25/04/2011

Foto de Fernando Vieira

Quero-te

Quero-te
(Fernando Vieira)

Não quero que sejam banais
Os versos de amor que te fiz
Ao contrário, sejam especiais
Uma lembrança gostosa e feliz

Não quero que perca o encanto
O sabor doce dos nossos beijos
Nem que brigas acabem estragando
A magia dos nossos desejos

Quero que sejas só minha
Quero conhecer-te a fundo
Dividir um pouco da rotina
Conhecer mais sobre o seu mundo

Quero-te hoje mais que ontem
Quero-te amanhã e acho que pra sempre
Quero-te como minha companheira
Quero poder te amar eternamente

Foto de CarmenCecilia

ROTINA

ROTINA

Piso na solidão,
Com sofreguidão...
Sem galardão...
Mergulho no vazio...
Dos gritos contidos
Dos olhos apáticos
E semblantes estáticos...
E no mormaço
Das tardes findas...
Não há mais contendas...
Nem sequer uma fenda
Que me livre desse cárcere...

Carmen Cecília

Foto de Carolvazzz

Metade do caminho

Ando perdendo meus pesadelos,
Já não vejo mais todos os monstros no escuro.
Na ultima viagem perdi minha toda a minha coleção de selos.
E nunca mais fiquei em cima do muro.

A rotina já me faz bem.
O tédio não me trás mais perturbações.
Eu e mais ninguém.
Olho pro céu, e escolho minhas ações.

Eu já nem quero nada da vida,
Minha paz vai aumentando com o tempo.
Deve ser o peso da partida,
Vim pro deserto pra aprender o poder do vento.

Foto de Allan Sobral

Soneto a Bailarina

Como flor surgiste junto a primavera,
como uma estrela bailarina em meio ao celeste firmamento
Apaixono-me indevidamente, por uma beleza que me vitupera
tomaste-me noites de sono, presenteia-me com um ar que anda um tanto desatento

Pois atento-me somente a você, flor que nasce em espinheiro,
mal a conheço e já é a modelo do que vivo a rabiscar,
Seus olhos sedentos de amor verdadeiro,
me encaram como soubessem o melhor que tenho pra lhe dar

Sua beleza sega-me em meio a multidão
como se do meio de ardentes chamas, surgisse um anjo,
como se em minhas tristes partituras solitárias,
surgissem notas agudas e puras que formassem o mais belo arranjo

Suas palavras em som baixo e afinadamente aguda
remete-me a ser somente a base para o canto que cantas como sereia,
Seu corpo desenhado detalhadamente em traços finos,
Obriga-me a buscar-te como o um naufrago ao se afogar busca a areia.

Seu andar que diz que és mulher impossível,
desafia minha petulância, e meu instinto de malandro
faz-me querer parar com você em um conhecido lugar imprevisível,
e te fazer andar sempre comigo por onde ando,

Com seu leve dançar, que me faz levantar vôo ainda com os pés no chão,
me fez tirar novamente uma bela musica de meu violão,
escrever um soneto de coração,

Me fizeste crer novamente em uma paixão pura e fina,
daquelas que quebram a rotina,
reconstroem as ruínas,
toma-me novamente a inspiração que alucina,
Pois me obriga a compor o mais sincero soneto a bailarina.

Dedicarei a você minhas mais belas palavras escritas,
se jurar não machucar meu pobre e desiludido coração
tocarei todos os dias a canção que te fará dançar
e olharei seu bailar, onde te cercarei pela mais bela emoção

Sua beleza roubou-me a rima,
restou-me só esse duvidoso sentimento,
e olhar vazio, em busca de uma bailarina.

Allan Sobral.

Foto de giogomes

Eu e ela em quatro estações

Vivia acuado em meu mundo acomodado.
Parado.

Com a vida passando junto aos carros das grandes avenidas.
Em ambas as pistas

Algemado a uma rotina sem rumo ou sentido, cíclico.
Um pássaro ferido, amargurado, impedido.

Quando a encontrei pela primeira vez,
foi quando o meu mundo se refez.

Entrou em minha vida como brisa de primavera.
Fria, mas com promessa de acalentar a quem espera.

Por algum tempo manteve-se a parte.
Como se observasse tudo do alto de um estandarte.

Aos poucos conheci suas grandezas de menina,
que espera uma mão acolhedora para cruzar a esquina

Mas ela cresceu, mudou os rumos de sua vida.
E, me disse que estava de partida.

Como a adolescente que tem medo, mas enfrenta a sua vez,
nesse momento o meu mundo novamente se desfez.

Ela se foi, mas não por muito tempo,
pois algo maior mudou a direção do vento

Ao encontrar seus olhos, vi que algo tinha mudado.
Só não entendia a intensidade do que tinha enxergado.

E ao encontrar toda aquela altivez,
disse adeus ao velho mundo e um novo se fez.

Com a primeira manhã de verão,
acordamos cedo para aproveitar toda a estação.

Vivemos o melhor possível tudo isso,
mas não mencionei a quem lê, que era um amor bandido ?

Tudo era farra, alegria e nada comedido.
Afinal, não é gostoso tudo o que é proibido ?

Por um tempo, tivemos tudo o que precisamos.
Amor, carinho, cumplicidade e até planos.

Aprendemos muito e rimos um com outro.
Mas ela começou a se questionar, se isso não era pouco.

Nossa relação oscilava entre o calor e o frio do abandono.
Então, ao fim do verão, entramos no outono.

Ela percebeu que não é só o amor que mantém,
e sim as provas de amor que se obtém.

O que eu podia provar já não era suficiente,
pois a maior de todas , era totalmente inconseqüente.

Minha adolescente, finalmente cresceu,
e com a fase adulta, a dor das escolhas apareceu

Ela não podia viver desse jeito.
Vida de concubina não era algo perfeito.

Ela resolveu por um fim da "sua" melhor maneira possível,
e o resultado foi dor a ambos, de maneira indescritível.

Ela disse o que não podia ser dito.
E eu respondi o que não podia ser respondido.

O estrago estava feito.
Conhecemos o lado negro do amor que parecia perfeito.

A primeira bonança, minha vez de ser humano,
cometi o erro de mentir e ser desumano.

Esquecemos tudo o que tínhamos dito.
Finalmente descobrimos o fim de um amor bandido.

E ao fim do que parecia eterno,
finalmente chegamos ao inverno.

Após ânimos contidos, tentamos ser amigos, pois restava emoção.
O único dia quente desta fria estação.

No começo foi bonito.
Um vínculo assim, não podia ser partido.

Mas ela tinha outros planos, queria outras emoções,
viver novamente a sua vida, sem se lembrar das outras estações.

A cada encontro, ela tomava mais decisões.
Infelizmente, não era levado em conta minhas emoções.

Minha vida tinha se tornado um lugar tórrido, sofrido.
O quê mais em nossa relação seria restrito ?

Não poderíamos fingir amizade,
se o que desejávamos era nos possuir de verdade

Finalmente o inverno tinha se firmado.
O vento frio, desta vez não tinha como ser enfrentado.

Até a última vez, ao tomar sua última decisão de dor.
Tomei coragem, e pela primeira vez disse não ao amor.

Estava sofrendo muito, totalmente corroído.
Sentindo as dores dos anjos caídos.

Pensei comigo , "Se esse é o preço que tenho que pagar",
"Infelizmente não estou mais disposto a lutar".

Já haviam sido ditos vários "Adeus",
mas dessa vez foi com a convicção dos ateus.

"O que ela sentiu ? O que fez ? Aceitou o fim ?"
Sinceramente, creio que sim.

"E as outras duas perguntas estreitas ?"
Não procurei saber as respostas feitas.

"Ela ficará bem ? é o fim ?"
Acredito de coração que sim.

Ela é uma mulher corajosa.
Qualquer homem desejaria sua pele de rosa.

E o cheiro dela que sentia em mim tão profundo,
se esvai a cada minuto, segundo.

E agora, com toda esta convicção e a vida que me espera,
aguardarei uma nova primavera.

Foto de Jessik Vlinder

Mulher Perfeita

Se eu fosse homem eu seria completamente apaixonado por cada mulher. Porque cada uma delas, por trás de brincos e pulseiras, batons e blash e de saltos e perfumes, tem uma essência de beleza que vai além de todos esses adereços. Eu ficaria sim muito louco ao vê-las produzidas e fatalmente poderosas, desfilando e distribuindo a sensualidade feminina linda de se ver a qualquer hora e em qualquer lugar. Porém, mais encantado eu me permitiria ficar ao observá-las após aquele último banho diário. Aquele em que elas não molham o cabelo, deixando o cheirinho do shampoo suavemente mais gostoso. Em que passam o removedor de maquiagem e permitem assim mostrar a verdadeira cor das maçãs dos seus rostos tímidos ao receberem um elogio. Permitindo sentir o mais puro sabor dos seus lábios... Aquele banho em que usam a esponja vegetal no corpo e por “cuidados cutâneos” não passam nada além do sabonete, no máximo um hidratante suave. E assim, exalam de suas peles seus verdadeiros cheiros acompanhados ao longe do perfume leve do banho... Eu me permitiria ficar ainda mais envolvido por elas ao observá-las se olhando no espelho com aquele conjuntinho de dormir que ganharam das suas avós, aquele mesmo, amarelinho ou rosa de bichinhos ou florzinhas. Eu me envolveria nas ondas que os seus cabelos ganham ao passar do dia agitado, no discreto bronzeado pelo sol que as acompanham na rotina diária, nos olhos vivos e cheios de amor apesar de cansados... Eu somente perceberia o quão lindas são todas elas dentro do que há de mais simples em cada uma. E faria dessa simplicidade meu refúgio, minha fonte de prazer e alegria, minha grande alucinação e minha maior idealização. A verdade é que a mulher perfeita só vai existir quando os olhos certos pousarem sobre cada detalhe dela...

Foto de Mitchell Pinheiro

O amor não prescreve

Quando surge um grande sentimento
Fervilha o lógico e o ilógico
O cheiro da primavera expande-se por todas as estações
E o astros ofertam lindas paisagens espaciais aos apaixonados
O mitológico domina o natural
O cardiológico comanda o cerebral

Quando esse sentimento é interrompido pela insensibilidade da dura rotina dos viventes
Um grande equívoco da geometria é evidenciado
Pois a pobre se ilude ao achar que a reta é a menor distancia entre dois entes
Ignorando que não dista um sentimento unificado
A união extingue os intervalos
A distancia apenas adormece o físico
Que reacorda no mais tímido sinal da alvorada
E o amor instantaneamente retoma o fervor do lógico e do ilógico
E o desassossego crescente domina o psicológico

Na velocidade da luz os impedidores chegam muito atrasados
As vibrações de outrora reacendem o cheiro primaveril
E o brilho do olhar se espalha sob as mais belas paisagens
Não importa mais o que é lógico e ilógico
A felicidade é quem define a verdade
O coração quer sossegar o psicológico
Quer tornar os dois entes unidade.

Foto de odias pereira

"INSÔNIA " ...

O relógio esta marcando duas horas da madrugada,
E eu tento na leitura de um livro adormecer.
Me enrrosco, me viro me cubro e o sono nada,
E assim a noite passa, e eu vejo o dia amanhecer.
Toda noite acontece essa rotina,
Fico noites, e mais noites, sem dormir.
Tomar remédio aumenta mais a adrenalina,
E o sol nasce e eu tenho sempre que assistir.
Perdi o sono, logo após perder você,
Não me conformo de você ter ido embora.
Não imagino o motivo e nem porque,
Me diga a onde eu errei me fale agora.
Me diga por favor o que eu fiz,
Me tire da cabeça esse tormento.
Perder você meu amor eu nunca quis,
Mais uma noite sem você eu não aguento...

São José dos Campos SP
Autor; Odias Pereira
19/03/2011

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