Satisfação

Foto de Graciele Gessner

Rir Sem Limite. (Graciele_Gessner)

Rir da vida insana.
Rir do que já foi...
Rir do que já poderia ter sido.
Rir do que a vida nos presenteia.
Rir do sol a cada alvorecer.

Rir da alma desnuda.
Rir do que nos parece sem noção.
Rir da liberdade camuflada.
Rir do conteúdo sem inspiração.
Rir do que a imagem tenta transparecer.

Rir do que muitos se fazem de cegos.
Rir da hipocrisia dos infelizes.
Rir, apenas rir sem limite,
Com a satisfação da missão cumprida.
Rir dos que pensam que sabem.
Rir do controle que nos aprisiona.
Rir da vida que escolhemos.
Rir do destino que cultivamos.

Apenas a vontade louca de rir.
Rir ao amar, ou pelo menos tentar.
Rir pelo que você conquista.
Rir e vibrar por tudo insignificante.
Ria desta vida maluca!

21.04.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Enise

Surpresa! Duo Enise & Hilde

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Eu queria ser...
O seu sabonete, a sua lua
Seu cotonete, seu espaguete, a sua rua
Sua frase, seu capacete, o seu sorvete.

Sua surpresa, a alegria, o seu começo
O copo de cristal, a sua palavra, o endereço
Sua escova, a alcova, seu varal...

Sua toalha, sua mortalha, uma muralha
Sua esteira, a peneira, a sobrancelha,
Sua fogueira, a lareira, a sua maçã...

Eu queria ser...
O seu chão, sua emoção, a sua paixão
Sua cama, seu pijama, sua blusa de lã
Seu brinco, seu vício, o seu benefício...

Sua água, suas lágrimas, o seu suor
Sua pele, seu cachecol, a espuma
Sua pluma, seu costume, seu clamor...

A agulha, sua fagulha, sua luxúria
A languidez, a loucura, sua lucidez
Seu lençol, o anzol, o seu sol...

Seu carinho, sua ternura, a travessura
Seu ninho, um vinho, o seu apetite
Seu cobertor, sua morada, o seu amor...

Eu queria ser...
Sua seda, o seu pano de mesa, sua loucura
Seu garfo, sua faca, sua sutileza
Seu fogão, sua mão, toda sua beleza...

Seu piano, a flauta, seu violão
Seu paraíso, o regozijo, sua sacola
Todo tempero, sua sanha, o seu travesseiro.

Sua vontade, sua lubricidade, sua sensação
O seu xodó, seu paletó, todo seu lume
Seu batom, seu dentifrício, seu perfume.

Eu queria ser...
Sua moeda, seu para-queda, sua sedução...
O tesão, sua canção, toda sua emoção
O seu prazer, seu êxtase, e a sua satisfação...

Enise & Hilde

Foto de Rose Felliciano

ORGULHO EM SER POETA

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“Dizem que é brega ser Poeta.
Mas, como o mundo seria
Se acabasse a Poesia?

Melodias mudas
Guerras, lutas, silêncio....
E a dor do momento, apenas ais...

Mais, bem mais que isso!
Imagine um mundo sem riso,
Sem lágrimas, sem grito...

Um mundo sem eco
Um universo vazio...
Um rio seco, sem mar....

Jamais..Jamais acabem com a poesia...
Sejamos bregas com alegria.
E ser, com orgulho e satisfação,

Poetas dessa Nação!” (Rose Felliciano)

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*Mantenha a autoria desse Poema*

Foto de Paulo Gondim

Resumo

RESUMO
Paulo Gondim
30/07/2008

O que mais posso querer do amor
Se tudo o que almejei, consegui de ti
Se tudo o que sonhei se realizou
Se tudo o que busquei eu recebi?

Não contaram as horas de angústia
Os momentos dúbios de incerteza
As noites longas, mal dormidas
E as tardes frias de tristeza

Não contaram porque superadas
Pela vontade de estar contigo
Pela satisfação de teus abraços
Pela certeza de estares comigo

E assim, nessa harmonia, tudo se resume
Dores, angústias, esperas, incertezas
São, da alma, detalhes necessários
Qualificados como pequeninas fraquezas

A cada momento que passo contigo
Minha alma voa em longos devaneios
Meu semblante fica leve, como menino
E vejo realizados todos meus anseios.

Foto de von buchman

Eu e voce, vivendo uma paixão... Due Von & Arletinha

A cortina branca me desperta
trazendo a brisa fresca da manhã
meus olhos se abrem ..
e vejo voce.
(Arletinha )

Nada mais gsotos
de que acordar com você ao meu lado...
e esta bliza gostosa da primavera ao amnhecer
te enche de amor e paixão...
( Von )

cabelos emaranhados no travesseiro,
minhas mãos sem controle
os tocam com doçura.
(Arletinha )

Você me faz viajar ao me tocar ...
me enchem de desejos e fantasias...
( Von )

Meus labios sussuram seu nome
e sedentos procuram os seus.
(Arletinha )

Teus beijos molados , sedentos me faz chegar
perto do apice do amar...
( Von )

Seu corpo serpenteia
o meu corpo
num frenesi de desejo....
(Arletinha )

É pura tesão meu amor...
Teu serpenteiar me leva a loucura paixão..
( Von )

Somos agora uma fantasia
em duas almas
somos dois corpos celestes
(Arletinha )

Somos realmentes,
dois corpos seceste sedentos de amor...
( Von )

numa explosão
de luz e calor
enfeitiçados pela magia
somos os amantes,
somos cumplices
somos só eu e voce.
(Arletinha )

Somos amantes , somos pura paixão...
Cumplices de eternos realizar em um ninho de amor...
Quero pder viver cada momento a teu lado, com muito amor,
Num pleno realizar de nossos desejos
E nas mais ousadas fantasias para nossa satisfação....
lembrate que muito te amo e te quero minha eterna deusa da paixão..
( Von )

Agradeço a Arletinha pelos lindos versos neste lindo poema (dueto).
meu admirar, beijos, xeros e mimos de paixão ...
ICH LIEBE DICH ...

AS SEMENTES DO MEU PURO AMOR,
SÃO COMO FLOCOS DE NEVE...
ELAS SÃO REGADAS COM AS LÁGRIMAS DO MEU CORAÇÃO,
POR VOCÊ MINHA ETERNA PAIXÃO . . .

Foto de von buchman

NÓS DOIS NO INVERNO! (Anny) JUNTOS NO NINHO DO AMAR (Von)

Prometi que neste inverno seria só sua!
Aqueci-te em meus braços, te dei meu calor.
Cobri-te com meu mando de amor, te acaricie.
Enfeiticei-te, deitei e rolei com teu amor.
(flor)

Que coisa gostosa é te amar assim...
Ser aquecido nos teus braços em uma noite sem fim...
Me enfeitiçaste com tua paixão e tesão,
Me levando ao sonhar e delirar ,
Que delícia é te ter, e te amar...
(Von)

O inverno nos uniu mas ainda, juntos, juntinhos.
Feito dois passarinhos em seu ninho.
Aquecendo-nos, vivendo nosso amor.
A chama nos aquece, nada nos aborrece.
(flor)

Realmente nos uniu, após tanto tempo de desejos e sonhos
Você se decidiu ...
Hoje a chama da paixão tem aquecido este amor,
E nada pode nos aborrecer,
pois o alicerse deste amor ,
tem sido nossa pura paixão...
(Von)

Ficamos em frente á lareira, namoramos noite inteira
Bebemos um bom vinho, trocamos idéias.
Falamos de nós, falamos pra nós!
O quanto somos importantes, amantes do amor.
(flor)

A lareira tem sido testemunha de nossas noites de amor...
O teu corpo banhado de vinho
Onde me deliciava bebendo na fonte do amor...
Me embriaguei com a delíciosa mistura
da tua carne com este gostoso chateau...
(Von)

Fazemos coisas, que poucos casais fazem,
Namoramos, sim!Mas falamos de nós.
Isso fortalece uma relação, quem disse que dialogo
É coisa de mulher? É coisa de casal !
(flor)

Nossos diálogos só tem fortalecido nosso amor...
A cada conversa um novo horizonte...
Cada dúvida uma solução.
Que mais posso querer de você meu amor?
(Von)

Aproveitar o inverno, ficar agarradinho fazendo carinho.
Trocando idéias e jogando limpo! Aproveitar o momento
A dois, pra que deixar pra depois, se o inverno esta unindo
Nós dois, nos aquecemo-nos e falamos de nós dois.
Ainda bem que você é do tipo, que não deixa nada pra depois!
E faz da minha vida, um viver em cumplicidade
(flor)

Aproveito o nosso agarradinho que é tão gostoso,
me relaxando e vivendo esta louca paixão...
A cumplicidade de nossas vidas só me traz satisfação...
(Von)

O inverno já esta indo embora, mas não demora
A primavera chegar, nos aproximando para algum lugar
Onde podemos falar do nosso modo de amar.
Mas foi assim que você veio me conquistar,
Com esse teu jeito simples de amar.
Que seja em todas as estações, nós aproveitamos
Nossas emoções.
(flor)

Sim, a primavera está chegando,
cheia de flores com muita paixão..
Quero poder te amar loucamente
nas noites gostosas de verão...
(Von)

Agradeço a querida Anny ( Flozinha ),
pelas belas palavras neste lindo due..
Tenhas meu eterno carinho, mil e um beijos, um xero e muita paixão ...
ICH LIEBE DICH ...

As sementes do meu e do teu amor,
são regadas com as lágrimas do meu coração...
AS SEMENTES DO MEU PURO AMOR,
SÃO COMO FLOCOS DE NEVE...
ELAS SÃO REGADAS COM AS LÁGRIMAS DO MEU CORAÇÃO,
POR VOCÊ MINHA ETERNA PAIXÃO . . .

Foto de Cecília Santos

ROSAS DA PAIXÃO

ROSAS DA PAIXÃO
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Rosas vermelhas.
Que simbolizam o amor.
Que acalenta os sonhos.
Que traduz tanto ardor.
Num coração sonhador.

Rosas vermelhas.
Tingidas com a cor do fogo e rubi.
Exalando no ar.
Suave perfume de amor.

Rosas vermelhas.
Entrelaçadas, com nós e
laços apertados.
Feito um buquê de puro amor.

Rosas vermelhas.
Que desperta nosso desejo, nosso prazer.
Rubra gota de sangue, caída do coração.
Pintando os nossos sonhos mais bonitos.
Se transformando em ardente paixão.
E na boca apaixonada e sensual.
Tem a cor do desejoso carmim.

Rosas vermelhas.
Que enfeitam e perfumam nossa cama.
Despertando o desejo incontido.
Acendendo a chama da paixão.

Rosas vermelhas.
Mistura de amor e satisfação.
Mistura de essência e calor.
Mistura de corpos apaixonados.
Mistura do mais puro amor.

Direitos reservados
Cecília-SP/06/2008*

Foto de von buchman

Quando a noite cai...(Izaura) Vamos nos realizar...(Von)

Quando a noite cai... A solidão chega,
O desespero toma conta...
Você está tão longe de mim...
(Izaura)

Não ´por muito tempo,
Tua solidão vou acabar...
Nunca mais vais desesperar
Pois a teu lado sempre vou estar...
(Von)

Ouço-te cantando sua música preferida,
O meu pensamento me atormenta...
(Izaura)

Canto ela para você...
Pois meu pensamento só tem você...
(Von)

Não! Não quero pensar, não quero sentir
Seu olhar...
Não! Não posso! Mas a lembrança insiste
Me faz lembrar da nossa orgia, do nosso
Êxtase, do nosso prazer.
(Izaura)

Se você passa por isto, calcule o que eu passo...
Nossas orgias e fantasias ainda posso sentir,
Você é uma deusa ao me amar..
(Von)

A noite cai... E você tão longe...
Fecho os meus olhos, na cumplicidade dos
Meus sonhos trago você pra perto de mim.
(Izaura)

Eu também amor, viajo em você,
mesmo na sua ausência...
Nos meus sonhos te tenho
e chego ao ápice do amar..
(Von)

E novamente começo a reviver os momentos
Felizes que passamos.
Eu quero parar mas a intensidade do teu olhar
me faz estremecer.
(Izaura)

Se meu olhar te faz isto,
Te digo, teu cheiro ainda está na minha carne,
desde a última vez que nos amamos...
(Von)

Começo a dizer palavras românticas e você
Grita meu nome sem parar.
Agora, os nossos corpos estão quentes,
Latejantes que nos deixam arrepiados,
Desejosos...
(Izaura)

É verdade, minha paixão...
Sinto tua carne tremer de desejos e fantasias...
Mas te garanto irei te satisfazer no amar...
(Von)

Eu grito, eu quero parar, precisamos parar,
Mas você, com seu jeitinho especial me olha
Com tanta ternura que me faz voltar atrás e
Novamente começamos a nos amar, a nos delirar
De êxtase e paixão...
De repente o silêncio, a calma, o descanso.
(Izaura)

Meu amor é uma delícia te possuir e te realizar
Não adianta, pois quanto estou a te amar
nada me faz parar...
Teus delírios,teus extases e tua paixão
Nos levam a um gozo e a plena satisfação...
Com eles relaxamos e nos prostamos após
tantas orgias no nosso amar..
(Von)

Sinto você tão próximo de mim que quando a
Noite cai eu olho para o céu e percebo que só
As estrelas é que são testemunhas desse nosso
Encontro... O encontro do nosso amor!
(Izaura)

Nada mais gostoso que te amar ao luar...
Para mim é o pleno realizar...
És minha mulher e minha tesão e
nenhuma outra quero encontrar...
(Von)

Izaura meu anjo , espero que goste do nosso dueto...
associei teus lindos versos em
um sensual poema de amor...
Mil e um Bjs e mimos do Von Buchman !

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

♥ AMOR PERMITIDO ♥



♥ AMOR PERMITIDO.

É aquele que não é inibido, é desinibido e não sofrido.
É o que se permiti a todas as vontades e desejos e fantasias.
É amor que não cobra.
É amor que não faz mal, puro e natural, real.

Amor Permitido,
Onde se pode ousar, para amar,
Atrever-se para sobreviver, aprender.
Onde sonhar é o realizar.
Com os passos a finco ao chão.

Amor permitido.
É amor sem segredo, sem medo.
É satisfação, e fascinação e sedução.
E lançar-se a chama do amor,
Sem preconceito, sem insultos.

Amor permitido.
É um desejo incontido de amor despido.
Amor aberto a entrega a cumplicidade.
Sem pudores,sem punição, amar é a questão!
Com a certeza, de o outro amá-lo em questão.
Para tudo ficar em comunhão, na relação.

Amor permitido.
Amor correto, nada se retira nem acrescenta,
Apenas por ser permitido inventa.
E quando a coisa esquenta,
Não tem quem agüenta.

Amor permitido.
Não faz mal, desde que não haja ciúmes coisa e tal.
Se ciúmes houver, balanceio se puder.
Ciúmes na medida perfeita, é gostoso, aproveita!
Mas o amor, verdadeiro confia não suspeita.

Amor permitido.
Sabe respeitar,e receber respeito. De cada forma de amar.
Não pode ser culpado por dores, desgostos ou sofrimento.
Infalivelmente, isso se da em um envolvimento.
Mas o amor não tem nada, com mal entendimento.

Amor permitido.
Tem que ter liberdade, prisão é fatalidade.
Fechar as portas para alguém, é fechar ao amor também.
É onde você aceita o amor em seu coração.
Privando-se assim eternamente para solidão.
Viva um amor permitido.
Basta dar o primeiro passo!

Anna ( A FLOR DE LIS ) *-*
Se copiar favor colocar a autoria.

Foto de Carlos Lucchesi

Jeep Willys 54

Tio Odilon era mecânico afamado na pequena cidade de Carvalhos, ao sul de Minas Gerais. Tia Marly que me desculpe, mas suas grandes paixões eram mesmo a pescaria de domingo, a cachaça do alambique e o velho Jeep Willys, ano 1954.

Naquele carnaval de 1998, levei um grupo de amigos para conhecer aquela cidade, minha terra natal. Éramos onze ao todo, e formavámos um bom time de futebol. Eu era o capitão e goleiro do time, e sabia mesmo como agarrar! Descobri esta vocação desde cedo, assim que arrumei minha primeira namorada.

Na quinta feira, depois do carnaval, embora já estivéssemos bem cansados pelas farras dos quatro dias; fomos desafiados, pelos rapazes do Muquém, cidade vizinha a Carvalhos, para uma partida de futebol e aceitamos prontamente. Só não nos demos conta de que estávamos nos metendo numa enrascada daquelas...

Tio Odilon logo se prontificou a nos levar no velho jipe, assim que terminasse os reparos necessários. Concordei na hora, pois chamar aquele caminho até o Muquém de estrada seria o mesmo que confundir Monique Evans com Madre Tereza de Calcutá.

Quando cheguei com a turma para ir ao tal jogo, ele ainda dava as últimas marteladas no motor pra ver se encaixava. Nem chave tinha o danado! Teria que fazer pegar mesmo no tranco, mesmo porque a bateria tava mais arriada do que calcinha em filme pornô. Os pneus dianteiros estavam tão carecas que, ele mesmo, batizou o da direita de "Ronaldinho" e o da esquerda de "Roberto Carlos". Estranhei ao ver uma ratoeira armada no assoalho do jipe. Segundo meu tio serviria para pegar alguns camundongos que se escondiam nos buracos dos bancos, mas pelo tamanho dos buracos e do queijo preso à ratoeira, suspeitei que ele havia economizado no comprimento dos bichinhos.

Foi difícil acomodar todo aquele pessoal no velho jipe. Só o Zaias, negro forte de quase dois metros de altura e centro-avante do time, ocupava metade da carroceria. Teve gente que precisou ir com os pés pra fora, e outros, mesmo com o traseiro.
Logo que saimos da cidade o "Roberto Carlos" furou. Alguém gritou: - "Pega o macaco!" Com tanta gente no jipe não havia lugar nem pra camundongo, quanto mais pra macaco! Levantamos o jipe no braço mesmo, enquanto tio Odilon trocava o "Roberto Carlos" pelo "Mike Tyson": nome que nós mesmos demos ao reserva, de tão careca que estava.

Quando tudo parecia resolvido, logo à frente, a gasolina acabou. Foi um desespero geral, mas tio Odilon, na sua sabedoria de mecânico, mandou que pegássemos cana na beira da estrada e torceu o caldo pra dentro do tanque...
E não é que o danado pegou mesmo! Funcionou tão bem que, alguns dos amigos que viajavam na parte traseira, juraram que viram sair algumas rapaduras do cano de descarga.

Logo veio a primeira subida e todo time teve que descer pra empurar o jipe morro acima. Alguém gritou: -"Liga a tração nas quatro rodas!" E quem disse que jipe 54 tem tração nas quatro rodas? Naquele tempo, ter rodas já era considerado um grande avanço tecnológico. Teve que subir mesmo na impulsão dos onze calcanhares.

Na descida seguinte, tio Odilon gritou: - "Desce pra segurar que o freio não agüenta!" No total foram vinte subidas e vinte descidas; sem contar com a que deixamos o jipe desembestar ladeira abaixo de tão cansados que estávamos.
Zaias logo gritou: - "Pisa no freio Odilon!" - "Ta querendo me gozar!", respondeu meu tio. O freio era como cachorro vira-lata: só ameaçava pegar.
O jipe desceu com tanta velocidade que o velho chapéu do meu tio foi acertar uma andorinha desavisada que passava logo acima. E, enquanto o carro descia ladeira abaixo, todos vimos ratos enormes pularem do banco pra fora do jipe e, os que ficaram, foram considerados suicidas.
Tio Odilon segurou-se firme no assento, mas como o assento não estava seguro em coisa alguma, foi jogado pro lado do carona, enquanto o volante girava mais solto e desgovernado do que bambolê em cintura de criança.
Passou com tamanha velocidade num buraco, que ninguém ficou sabendo como ele foi parar no banco de trás.
Aos seus sessenta e cinco anos de idade, achei que aquela seria sua última viagem, mas o danado parecia ter sete vidas...

Chegamos tão cansados ao local do jogo que, um engraçadinho chamou Zaias de "capa do Zorro" e ele não deu nem um tapa no sujeito.

O juiz era do tipo caipira. Alternava na boca o apito e o cigarro de palha, e era tão confuso que ora fumava o apito, ora apitava o fumo.

Ficou combinado que, ganharia a partida, quem fizesse os doze primeiros gols, e logo no primeiro minuto do jogo o juiz apitou um pênalti contra nosso time. Alegou invasão da área do adversário. Não nossa, do jipe, que havia desembestado novamente e invadido o campo.
Como capitão do time, incentivei: - Gente, vamos levantar a cabeça! Foi ai que recebi uma bolada no lugar mais temido numa partida de futebol, e pegou justamente na parte onde eu tinha acabado de incentivar.
Confesso que vi estrelas nesta hora, em pleno meio dia. A batida foi tão forte que o "atingido", da ponta esquerda foi pra direita, já pedindo substituição.
Pela enorme pontaria, percebi que só poderia ter sido coisa do batedor de pênalti do time adversário. Como não sou de levar desaforo pra casa, fui tomar satisfação e levei um tapa no pé da orelha.
Alguém gritou: - "Vai levar um tapa deste e ficar ai parado?" - Claro que não! Respondi. Corri pra bem longe do sujeito, antes que levasse o segundo.

Os adversários eram tão maiores que eu, que um deles me provocou: - "Ué, botaram o gandula pra pegar no gol?" Deixei o dito pelo não dito, quando vi o mascote do time da casa dar um pontapé no traseiro do Zaias, que, a esta altura, já se arrastava em campo.

Pra não alongar mais a conversa, basta dizer que com vinte minutos de jogo, estávamos perdendo de dez a zero e decidi deixar as duas últimas bolas passarem, pra acabar logo com aquele massacre.
Joguei a bola pra dentro da rede tão descaradamente que, em vez de "frangueiro", a torcida já me chamava de "Zé galinha".

Doze a zero foi o placar final e estávamos tão exaustos que nos esparramamos no campo. Mesmo assim, ainda tive forças pra questionar tio Odilon: - Que a gente viesse pra jogar, tudo bem que tava combinado, mas precisava trazer o jipe? ...E ainda tinhamos que carregar ele de volta.
Mas isso é assunto pra uma outra história...

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